Epidemiologia

A insuficiência hepática aguda (IHA) é um evento raro, com menos de 10 casos por milhão de pessoas ao ano nos países desenvolvidos.[7][9]​ A IHA foi responsável por 1.9% dos transplantes de fígado nos EUA em 2021.[10]​​

Devido a sua raridade e sua apresentação aguda, a IHA não havia sido bem estudada de forma prospectiva até o estabelecimento, nos EUA, do grupo de estudos sobre insuficiência hepática aguda (Acute Liver Failure Study Group, ALFSG). Ao longo de quase 20 anos, mais de 2000 pacientes adultos em mais de 30 centros dos EUA foram incluídos na base de dados do ALFSG.[7][11][12] Também foi criada uma base de dados separada para casos pediátricos de IHA provenientes de 19 centros dos EUA, 1 do Canadá e 2 do Reino Unido.

Uma análise do conjunto de dados dos adultos revelou que a maioria dos casos era de mulheres (67%) e a média de idade era de 38 anos (variação 17-79 anos). A taxa global de recuperação espontânea sem transplante do fígado foi de 45%; 25% dos casos receberam transplante de fígado; e a taxa global de mortalidade foi de 30%.[7]

Esses desfechos representam uma melhora em relação àqueles relatados em décadas passadas, em parte por causa das mudanças de tendência nas etiologias da IHA. Dados adicionais revelaram melhoras na sobrevida global em curto prazo, sobrevida livre de transplante e sobrevida pós-transplante ao longo da última década em particular, possivelmente como resultado do reconhecimento precoce e alterações no manejo com cuidados intensivos.[12]

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