Novos tratamentos
Aparelhos não biológicos de assistência hepática
Aparelhos não biológicos de assistência hepática foram desenvolvidos como forma de fornecer suporte hepático temporário em casos de IHA e servir como uma ponte para os pacientes até a recuperação ou o transplante de fígado. Esses aparelhos baseiam-se em plasmaférese, hemodiálise, hemofiltração, hemoperfusão com carvão, e sistemas de hemoperfusão com resina. O sistema de recirculação absorvente molecular (MARS) é o mais amplamente estudado. Um ensaio clínico randomizado e controlado envolvendo o MARS falhou em demonstrar um benefício de sobrevida em pacientes com IHA; entretanto, uma grande proporção de pacientes neste ensaio submeteu-se a transplante de fígado com um pequeno intervalo desde a inclusão, impedindo segurança definitiva e avaliação da eficácia.[125] Apesar das melhorias em alguns parâmetros fisiológicos apresentados em estudos prospectivos, nenhum desses sistemas demonstrou impacto significativo nos desfechos clínicos ou na sobrevida global no contexto da IHA.[126][127][128]
Aparelhos bioartificiais de assistência hepática
Aparelhos de assistência hepática bioartificiais ou baseados em células incorporam hepatócitos ou outros tipos de célula para promover a metabolização assim como a detoxificação como meio de fornecer suporte hepático temporário em casos de IHA. Os tipos de célula utilizados nesses aparelhos incluem células imortalizadas como linhagens celulares C3A derivadas de hepatoblastoma humano ou hepatócitos primários de porcos. Estudos preliminares com aparelhos bioartificiais de assistência hepática demonstraram a segurança desses aparelhos; no entanto, sua utilidade ou eficácia no contexto da IHA ainda precisa ser determinada.[128][129]
Engenharia de tecidos hepáticos e transplante de hepatócitos
Vários pequenos estudos demonstraram que é possível transplantar hepatócitos no contexto da IHA; no entanto, são necessárias mais pesquisas para atingir níveis ideais de viabilidade, função e preservação dos hepatócitos transplantados. Esforços no sentido de desenvolver sistemas de cultura de hepatócitos e engenharia de tecidos que possam vir a constituir uma fonte de hepatócitos ou tecido hepático no futuro podem trazer ainda mais avanços para esses métodos.[7]
Transplante auxiliar
O transplante do fígado auxiliar utiliza um aloenxerto hepático parcial para fornecer suporte temporário da função hepática no contexto da IHA, permitindo que o fígado nativo do receptor recupere sua função. Uma parte do lobo hepático esquerdo ou do lobo hepático direito é transplantada do doador para o receptor. Essa forma de transplante pode beneficiar pacientes mais jovens; no entanto, está associada a uma maior incidência de complicações pós-operatórias, e até 15% dos pacientes acabam sendo submetidos a retransplante.[130]
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