Epidemiologia

A prevalência real da tireoidite indolor é difícil de determinar e varia por localização geográfica, pela frequência em que os pacientes são submetidos a rastreamento e se todos os pacientes tireotóxicos são avaliados com diagnóstico por imagem com radionuclídeos.

Em uma série, até 23% de todos os pacientes tireotóxicos tinham tireoidite indolor, enquanto outros estudos relataram percentuais consideravelmente menores.[2][3][4] Uma estimativa bruta da incidência usando a prevalência de tireoidite indolor entre pacientes tireotóxicos (23%) e a taxa de incidência de tireotoxicose de estudos populacionais sugere uma taxa de incidência de tireoidite indolor de aproximadamente 0.28 casos a cada 1000 pessoas-ano.[6] A doença tem probabilidade duas vezes maior de ocorrer em mulheres e pode atingir todas as faixas etárias, embora a idade média de início seja na terceira década.[2][3]

A tireoidite pós-parto ocorre após 7% das gestações (na faixa de 1% a 17%), embora apenas um terço dessas pacientes apresentem tireotoxicose (em algumas mulheres, a fase tireotóxica passa despercebida).[7] Também pode ocorrer após aborto espontâneo ou medicamentoso. Ela também tem sido relatada após aborto espontâneo ou aborto terapêutico.[5]

A disfunção tireoidiana é observada em até 40% dos pacientes tratados com medicamentos imunomoduladores, como alfainterferona, inibidores de tirosina quinase (por exemplo, sunitinibe) e anticorpos monoclonais (por exemplo, alentuzumabe, ipilimumabe, nivolumabe). No entanto, apenas uma minoria desses pacientes apresenta tireotoxicose transitória.[8]​​[9]​​[10]​​[11]​​[12]​​ Similarmente, embora a prevalência do hipotireoidismo seja alta entre os pacientes submetidos à terapia com lítio, a incidência de tireoidite indolor é de 1.3 a cada 1000 pacientes-anos ou cerca de 5 vezes maior que a da população geral.[6]

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