Complicações
A fibrilação atrial é a complicação mais comum da tireotoxicose durante a fase tireotóxica de tireoidite indolor.[42] Ela é mais observada em pacientes com mais de 50 anos de idade e naqueles com doença cardiovascular subjacente, podendo estar associada a acidentes vasculares cerebrais embólicos. Até mesmo a tireotoxicose subclínica aumenta as contrações atriais prematuras e o risco de taquicardias supraventriculares. O tratamento deve ter como objetivo controlar a frequência cardíaca, sendo que a anticoagulação muitas vezes é aconselhada. A cardioversão, que geralmente ocorre espontaneamente quando o eutireoidismo é alcançado, deve ser adiada até a remissão da tireotoxicose.[31]
Os pacientes podem necessitar de avaliação cardíaca e intervenção aguda de urgência para angina instável.
Os pacientes podem necessitar de avaliação cardíaca e intervenção aguda de urgência para ICC.
Pacientes que tiveram tireoidite indolor têm maior probabilidade de desenvolver hipotireoidismo permanente no futuro. Por exemplo, em um estudo, metade das mulheres com tireoidite pós-parto e anticorpos antitireoperoxidase (anti-TPO) persistentes cuja função tireoidiana foi recuperada desenvolveu hipotireoidismo permanente após 7 anos.[40]
Pacientes com história de tireoidite indolor raramente desenvolvem a doença de Graves. Se um paciente desenvolver hipertireoidismo recorrente, devem ser medidos os anticorpos receptores de TSH, ou a captação de 4, 6 ou 24 horas de radioiodo deverá ser repetida e deverão ser realizadas outras avaliações da etiologia da tireotoxicose.
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal