Epidemiologia
A exposição ao chumbo ocorre por meio de inalação e ingestão.[4]
Nos EUA e em outros países desenvolvidos, a remoção do chumbo dos combustíveis diminuiu drasticamente a exposição da população geral ao chumbo oriundo dessa fonte. O fechamento de fundições de chumbo nos EUA eliminou o principal ponto de origem de exposição. As reduções no chumbo transportado pelo ar nos EUA resultaram em um declínio nos níveis sanguíneos de chumbo para pessoas de 1 a 74 anos de idade, de 0.6 micromol/L (12.8 microgramas/dL) em 1976 a 1980 para 0.1 micromol/L (2.8 microgramas/dL) em 1991.[5] O chumbo transportado pelo ar continua a ser um problema nos pouquíssimos países que ainda usam combustível com chumbo.
O chumbo é uma substância tóxica cumulativa com permanência muito prolongada nos ossos. Devido ao fato de existirem várias fontes reais e potenciais de chumbo ao longo da vida, a avaliação de fontes de exposição requer a avaliação de eventos ao longo de toda a vida, particularmente em idosos. Os pacientes que vivem na pobreza têm maior probabilidade de morar em casas antigas, com manutenção ruim e deterioração da pintura nas superfícies e, portanto, têm um risco aumentado de exposição ao chumbo.[6]
Exposição ao chumbo em crianças
Nos EUA e em outros países desenvolvidos, o principal risco para as crianças é decorrente de tintas à base de chumbo, e de solo e pó contaminados com tinta à base de chumbo. As fontes secundárias incluem joias, brinquedos e outros itens que contêm chumbo. Os níveis de chumbo em crianças geralmente aumentam durante o período da atividade de levar a mão à boca (9-36 meses de idade) devido à natureza dessas fontes. Os níveis de chumbo no sangue em crianças atingem a intensidade máxima na idade de 18 a 24 meses.[6] A vigilância do chumbo no sangue é uma ferramenta útil.[7] CDC: childhood lead poisoning prevention program Opens in new window; Public Health England: lead exposure in children surveillance reports Opens in new window
35 casos de exposição ao chumbo em crianças foram notificados na Inglaterra em 2020.[8] O número de casos detectados foi muito menor que a incidência esperada de exposição ao chumbo, com base em dados de pesquisas populacionais internacionais. Normalmente, os casos ocorreram em crianças de 1 a 4 anos de idade, do sexo masculino, residentes em áreas mais carentes; a concentração média de chumbo no sangue foi de 0.7 micromoles/L (14.7 microgramas/dL).[8]
Exposição ao chumbo em adultos
A fonte primária de exposição ao chumbo é ocupacional (como raspar pintura antiga contendo chumbo, fundições, fabricação de baterias e reparo de radiadores), e não a ingestão oral de materiais contaminados pelo chumbo. No entanto, houve redução significativa das exposições ocupacionais nos EUA.[9]
O uso de remédios tradicionais, como fitoterápicos ayurvédicos, resultou em intoxicação por chumbo.[10][11]
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