A obstrução respiratória mecânica e a miocardite são responsáveis pela maioria dos óbitos relacionados à difteria.[27]Acosta AM, Pedro LM, Hariri S et al. Diphtheria. In: Hall E, Wodi AP, Hamborsky J, et al. Centers for Disease Control and Prevention. Epidemiology and vaccine-preventable diseases. 14th ed. Washington, DC. Public Health Foundation, 2021.
https://www.cdc.gov/pinkbook/hcp/table-of-contents/chapter-7-diphtheria.html
A taxa de letalidade global para a difteria era de 2.4% na década de 1940 e permaneceu em 2% a 3% durante o surto na Rússia na década de 1990. Quando a polineuropatia diftérica se desenvolve, há relatos de mortalidade de 16%.[59]Logina I, Donaghy M. Diphtheritic polyneuropathy: a clinical study and comparison with Guillain-Barre syndrome. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 1999 Oct;67(4):433-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10486387?tool=bestpractice.com
Antes da era do tratamento efetivo, a taxa de letalidade era de aproximadamente 50%; com a maior disponibilidade de tratamento e de vacinação, a taxa de letalidade se manteve em aproximadamente 10%.[1]Centers for Disease Control and Prevention. Manual for the surveillance of vaccine-preventable diseases. Chapter 1: diphtheria. Dec 2022 [internet publication].
https://www.cdc.gov/vaccines/pubs/surv-manual/chpt01-dip.html
Em 2017-2019, o maior surto do século atual, entre refugiados Rohingya em Bangladesh, foi associado a uma taxa de mortalidade muito mais baixa de 0.5%.[22]Truelove SA, Keegan LT, Moss WJ, et al. Clinical and epidemiological aspects of diphtheria: a systematic review and pooled analysis. Clin Infect Dis. 2020 Jun 24;71(1):89-97.
https://www.doi.org/10.1093/cid/ciz808
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31425581?tool=bestpractice.com
[23]Polonsky JA, Ivey M, Mazhar MKA, et al. Epidemiological, clinical, and public health response characteristics of a large outbreak of diphtheria among the Rohingya population in Cox's Bazar, Bangladesh, 2017 to 2019: A retrospective study. PLoS Med. 2021 Apr;18(4):e1003587.
https://www.doi.org/10.1371/journal.pmed.1003587
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33793554?tool=bestpractice.com
A recuperação da função cardíaca geralmente é completa após a miocardite. No entanto, pacientes que sofrem de arritmias graves podem apresentar danos permanentes do sistema de condução cardíaca.[4]Padhye A, Fritz SA. Diphtheria. In: Kliegman R, St Geme JW, Blum NJ, et al., eds. Nelson textbook of pediatrics. 21st ed. Philadelphia, PA: Elsevier; 2020.
Geralmente, há resolução completa dos déficits neurológicos. Raramente, a disfunção dos centros vasomotores pode causar hipotensão e insuficiência cardíaca.[4]Padhye A, Fritz SA. Diphtheria. In: Kliegman R, St Geme JW, Blum NJ, et al., eds. Nelson textbook of pediatrics. 21st ed. Philadelphia, PA: Elsevier; 2020.
A idade do paciente e o status de adequada vacinação são fatores prognósticos importantes: pacientes muito idosos ou muito jovens geralmente têm um prognóstico mais desfavorável, enquanto a imunização prévia está associada a um prognóstico melhor.
O momento da terapia com antitoxina diftérica é fundamental para o desfecho; a administração precoce pode prevenir muitas das sequelas tóxicas da doença.[4]Padhye A, Fritz SA. Diphtheria. In: Kliegman R, St Geme JW, Blum NJ, et al., eds. Nelson textbook of pediatrics. 21st ed. Philadelphia, PA: Elsevier; 2020. Infecções cutâneas raramente causam sintomas sistêmicos.[2]Centers for Disease Control and Prevention. Diphtheria: clinical features of diphtheria. Feb 2024 [internet publication].
https://www.cdc.gov/diphtheria/hcp/clinical-signs
[3]Moore LSP, Leslie A, Meltzer M, et al. Corynebacterium ulcerans cutaneous diphtheria. Lancet Infect Dis. 2015 Sep;15(9):1100-07.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26189434?tool=bestpractice.com