História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

faixa etária típica (<15 anos ou >25 anos de idade)

Em áreas endêmicas, onde a vacinação é incomum, a difteria afeta principalmente crianças <15 anos de idade. Nos locais onde a vacinação é cumprida, a epidemiologia voltou seu foco para adultos (>25 anos de idade) que não têm exposição natural à toxina e que não receberam as vacinas de reforço.[4]

exposição a um indivíduo infectado

Contactantes próximos a indivíduos infectados devem ser monitorados para evidências da doença por 7-10 dias.[43]

viagem proveniente de regiões endêmicas ou epidêmicas

Aumenta a probabilidade de difteria, sendo um fator de risco particularmente importante para indivíduos imunizados de maneira inadequada.

indivíduos não vacinados/com vacinação incompleta

Os indivíduos apresentarão risco particularmente elevado de contrair difteria se não tiverem se submetido a um programa completo de vacinação primária ou se não estiverem com as doses de reforço em dia.[1]

faringite

Frequentemente associada a febre; pode evoluir para dificuldade na respiração, com desenvolvimento de pseudomembrana.

Disfagia, rouquidão, dispneia e tosse rouca são sinais sugestivos de extensão laríngea e/ou envolvimento dos nervos faríngeos/laríngeos.[27]

disfagia ou disfonia

Pode indicar progressão da doença e maior risco de comprometimento respiratório.

dispneia

Pode indicar progressão da doença e maior risco de comprometimento respiratório.

tosse rouca

Pode indicar progressão da doença e maior risco de comprometimento respiratório.

formação de pseudomembrana

A formação de uma membrana aderente marrom-acinzentada que cobre as amígdalas, faringe e laringe é altamente sugestiva de difteria e ajuda a diferenciar a difteria da faringite piogênica decorrente de infecção por Streptococcus pyogenes ou pelo vírus Epstein-Barr.[1]

edema cervical

Esse aspecto está associado a linfadenopatia e é característico da difteria grave.[27] Geralmente é acompanhado de mal-estar intenso, prostração e estridor.

lesões cutâneas

A difteria cutânea é caracterizada por uma infecção superficial da pele, não progressiva, com erupções cutâneas em descamação ou úlceras que não cicatrizam, cobertas por membranas de cor marrom-acinzentada.[2]​​[3]

Dor, eritema e exsudatos são sintomas da difteria cutânea.[5] Normalmente, as lesões ocorrem em locais de feridas ou doenças de pele preexistentes.[4]

[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Lesão cutânea causada por Corynebacterium diphtheriaePublic Health Image Library (PHIL), CDC [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@7a6cc3

comprometimento respiratório

Os pacientes poderão apresentar sinais de comprometimento respiratório na apresentação, particularmente se a laringe ou a traqueia estiverem afetadas.

Outros fatores diagnósticos

comuns

febre

A febre é uma característica comum, presente em mais de 90% dos casos confirmados de difteria no surto de 2018-2019 em Cox’s Bazar, Bangladesh.[23]​ A febre manifesta é classicamente descrita como baixa (<39 °C [<102 °F]), mas pode ser mais alta.

estridor

Indicativo de doença avançada e geralmente acompanhado de mal-estar intenso e prostração.

Fatores de risco

Fortes

indivíduos não vacinados

Antes de haver uma vacina disponível, a difteria era uma causa comum de doença e morte no mundo todo, mas agora raramente é relatada em países com alta cobertura vacinal.[1]​ Os surtos de difteria são cada vez mais relatados em cenários onde a cobertura vacinal é baixa ou os programas de imunização foram interrompidos (por exemplo, nos antigos estados soviéticos durante a dissolução da União Soviética e, mais recentemente, no Iêmen e entre refugiados Rohingya em Bangladesh).[23][29][30]

indivíduos vacinados inadequadamente

Adultos que não receberam injeções de reforço e que não têm exposição natural à cepa toxigênica de C diphtheriae têm maior probabilidade de desenvolverem a doença do que aqueles que estão totalmente vacinados.[1] Surtos de difteria na Nigéria em 2011 e na África do Sul em 2015 foram associados com as baixas taxas de vacinação primária ou de reforço.[19][20]

exposição a um indivíduo infectado

A transmissão entre pessoas por gotículas respiratórias a partir de portadores ou indivíduos doentes é a forma mais comum de transmissão. Menos comumente, a transmissão pode ocorrer a partir das lesões cutâneas de pacientes com difteria cutânea ou por fômites infectados por C diphtheriae.​[1]

viagens provenientes de regiões endêmicas

A difteria continua endêmica no Haiti e na República Dominicana e em muitos países da Ásia, Pacífico Sul e Oriente Médio.[12][31]​ Em cenários não endêmicos, o risco é maior entre populações deslocadas de locais de alto risco.

Fracos

ruptura da pele

A ruptura da pele decorrente de lacerações, queimaduras ou impetigo predispõe à infecção diftérica secundária.[4]

higiene deficiente, superpopulação e pobreza

A difteria é mais comum em condições de higiene deficiente e de superpopulação, o que facilita a transmissão da doença, especialmente por gotículas respiratórias.

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