Infecção por citomegalovírus

O desfecho do tratamento da doença por citomegalovírus (CMV) geralmente é favorável, com exceção da retinite por CMV, que pode causar cegueira irreversível tanto em pacientes transplantados quanto em pacientes com síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS).​[37]Eid AJ, Bakri SJ, Kijpittayarit S, et al. Clinical features and outcomes of cytomegalovirus retinitis after transplantation. Transpl Infect Dis. 2008 Feb;10(1):13-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17511815?tool=bestpractice.com [72]Chen S, Pawelec G, Trompet S, et al. Associations of cytomegalovirus infection with all-cause and cardiovascular mortality in multiple observational cohort studies of older adults. J Infect Dis. 2021 Feb 3;223(2):238-46. https://www.doi.org/10.1093/infdis/jiaa480 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32909605?tool=bestpractice.com ​​ Em casos de receptores de transplante de órgão sólido e de transplante de células-tronco hematopoéticas com doença do enxerto contra o hospedeiro, em que o receptor é soronegativo (CMV D+/R-) e o doador é soropositivo para CMV, é comum a recorrência da replicação do CMV, e pode ser necessária a administração de vários ciclos de terapia antiviral. Em receptores de transplantes de órgãos sólidos, alguns especialistas administram profilaxia secundária nos pacientes com alto risco de recorrência (CMV D+/R-).

Há um reconhecimento cada vez maior das consequências adversas em longo prazo da infecção por CMV em receptores de transplantes, como aumento do risco de falência crônica de aloenxerto (incluindo vasculopatia acelerada após transplante de coração, bronquiolite obliterante após transplante de pulmão e fibrose tubulointersticial após transplante de rim).

O desfecho clínico em longo prazo mais comum da doença congênita por CMV é a perda auditiva.