Leishmaniose
- Visão geral
- Teoria
- Diagnóstico
- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
leishmaniose cutânea (LC)
vigilância ativa
A LC simples é definida da seguinte forma: sem envolvimento da mucosa e espécies de parasitas não associadas à leishmaniose mucosa; 4 ou menos lesões <1 cm; localização viável para terapia local e/ou pele não exposta (sem importância cosmética); hospedeiro imunocompetente; lesões que remitem sem terapia.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com
A maior parte dos casos de LC, principalmente entre espécies do Velho Mundo, apresenta resolução espontânea em 18 meses; portanto, é importante decidir se o tratamento é realmente indicado.[107]Burza S, Croft SL, Boelaert M. Leishmaniasis. Lancet. 2018 Sep 15;392(10151):951-70. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30126638?tool=bestpractice.com [128]Morizot G, Kendjo E, Mouri O, et al. Travelers with cutaneous leishmaniasis cured without systemic therapy. Clin Infect Dis. 2013 Aug;57(3):370-80. https://academic.oup.com/cid/article/57/3/370/461927 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23633111?tool=bestpractice.com Essa decisão deve ser individualizada, levando em consideração fatores como o início ou não da cicatrização, o comprometimento da cicatrização da ferida, o risco de infecções secundárias, a preferência do paciente, a presença ou ausência de evidências de comprometimento da imunidade celular e a disponibilidade/experiência no tratamento.
tratamento da ferida
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Deve-se adotar cuidados para garantir o tratamento adequado da ferida, inclusive a lavagem da(s) úlcera(s) e a aplicação de pomada para formar uma barreira. A presença de quentura, vermelhidão, dor e/ou secreção purulenta deve requerer a avaliação e o tratamento de uma infecção bacteriana secundária. Geralmente, as evidências de cura começam com achatamento, e as úlceras grandes podem não cicatrizar completamente até o fim do tratamento. CDC: parasites – leishmaniasis Opens in new window
terapia local
A LC simples é definida da seguinte forma: sem envolvimento da mucosa e espécies de parasitas não associadas à leishmaniose mucosa; 4 ou menos lesões <1 cm; localização viável para terapia local e/ou pele não exposta (sem importância cosmética); hospedeiro imunocompetente; lesões que remitem sem terapia.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com
As terapias locais podem ser usadas quando a vigilância ativa não é recomendada, ou para acelerar a cura. Todas as crostas devem ser removidas, quando presentes, antes de iniciar a terapia local.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com
Crioterapia: uma opção em todas as regiões. Administração simples: consiste em congelar a lesão e circundar 1 a 2 cm de pele saudável com nitrogênio líquido até ficar branco, permitindo que a área descongele e, em seguida, congelar novamente. Recomendam-se sessões a cada 3 semanas por até três tratamentos. Os efeitos adversos incluem dor e vermelhidão transitórias e hipopigmentação.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com
Termoterapia: uma opção em todas as regiões. Tamanho, localização e número de lesões influenciam a eficácia e a eficiência dessa modalidade. Altamente eficaz contra Leishmania tropica.[107]Burza S, Croft SL, Boelaert M. Leishmaniasis. Lancet. 2018 Sep 15;392(10151):951-70. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30126638?tool=bestpractice.com Recomenda-se o uso de anestesia local e antibióticos tópicos após o procedimento. Geralmente, um único tratamento é suficiente, e o uso de um dispositivo especializado é necessário. Os efeitos adversos incluem celulite, vermelhidão e dor no local do tratamento.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com
Paromomicina tópica (15% em uma base complexa): eficaz para doenças do Velho Mundo, particularmente Leishmania major, e doenças do Novo Mundo causadas pela espécie Viannia.[131]Ben Salah A, Ben Messaoud N, Guedri E, et al. Topical paromomycin with or without gentamicin for cutaneous leishmaniasis. N Engl J Med. 2013 Feb 7;368(6):524-32. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23388004?tool=bestpractice.com [132]Sosa N, Pascale JM, Jiménez AI, et al. Topical paromomycin for New World cutaneous leishmaniasis. PLoS Negl Trop Dis. 2019 May 2;13(5):e0007253. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6497224 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31048871?tool=bestpractice.com [133]Soto J, Soto P, Ajata A, et al. Topical 15% paromomycin-aquaphilic for Bolivian Leishmania braziliensis cutaneous leishmaniasis: a randomized, placebo-controlled trial. Clin Infect Dis. 2019 Feb 15;68(5):844-9. https://academic.oup.com/cid/article/68/5/844/5107841 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30260376?tool=bestpractice.com O uso na espécie Viannia pode não ser apropriado devido ao risco de doença da mucosa.[132]Sosa N, Pascale JM, Jiménez AI, et al. Topical paromomycin for New World cutaneous leishmaniasis. PLoS Negl Trop Dis. 2019 May 2;13(5):e0007253. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6497224 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31048871?tool=bestpractice.com A irritação local é esperada e é maior com algumas formulações. As formulações comerciais e manipuladas podem não ser equivalentes. Um esquema razoável é aplicar de maneira tópica diariamente, por 20 dias. Pode ser usada isoladamente ou em conjunto com o cloreto de metilbenzetônio, ureia ou gentamicina.[126]Heras-Mosteiro J, Monge-Maillo B, Pinart M, et al. Interventions for Old World cutaneous leishmaniasis. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Nov 17;11(11):CD005067. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD005067.pub4/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29149474?tool=bestpractice.com
Terapia intralesional: compostos de antimônio pentavalente são usados com mais frequência, quando disponíveis. A combinação de estibogluconato de sódio intralesional e crioterapia é muito eficaz na doença do Velho Mundo.[107]Burza S, Croft SL, Boelaert M. Leishmaniasis. Lancet. 2018 Sep 15;392(10151):951-70. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30126638?tool=bestpractice.com O antimoniato de meglumina é preferido no Novo Mundo.[135]Brito NC, Rabello A, Cota GF. Efficacy of pentavalent antimoniate intralesional infiltration therapy for cutaneous leishmaniasis: a systematic review. PLoS One. 2017 Sep 19;12(9):e0184777. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5604971 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28926630?tool=bestpractice.com O tratamento pode ser administrado de uma a cinco vezes a cada 3 a 7 dias. O estibogluconato de sódio está disponível para uso intralesional na Europa. A pentamidina também pode ser usada por via intralesional.[136]Soto J, Paz D, Rivero D, et al. Intralesional pentamidine: a novel therapy for single lesions of Bolivian cutaneous leishmaniasis. Am J Trop Med Hyg. 2016 Apr;94(4):852-6. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4824229 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26903605?tool=bestpractice.com A dor da injeção pode ser significativa.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com
tratamento da ferida
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Deve-se adotar cuidados para garantir o tratamento adequado da ferida, inclusive a lavagem da(s) úlcera(s) e a aplicação de pomada para formar uma barreira. A presença de quentura, vermelhidão, dor e/ou secreção purulenta deve requerer a avaliação e o tratamento de uma infecção bacteriana secundária. Geralmente, as evidências de cura começam com achatamento, e as úlceras grandes podem não cicatrizar completamente até o fim do tratamento. CDC: parasites – leishmaniasis Opens in new window
antifúngico azólico
O fluconazol, cetoconazol e itraconazol são opções quando as terapias locais não estão disponíveis, mas é preferível o tratamento (em vez de vigilância ativa). Todos têm efeitos adversos gastrointestinais e risco de hepatotoxicidade, mas o cetoconazol está relacionado ao risco de hepatotoxicidade que representa risco de vida e prolongamento QT que pode causar arritmias fatais.
Uma revisão sistemática não encontrou evidências suficientes para recomendar rotineiramente qualquer antifúngico azólico, mas no Novo Mundo a eficácia combinada do cetoconazol no tratamento de Leishmania mexicana foi de até 89%, sugerindo isso como uma opção potencial no México e em partes da América Central com o monitoramento apropriado dos efeitos adversos.[137]Galvão EL, Rabello A, Cota GF. Efficacy of azole therapy for tegumentary leishmaniasis: a systematic review and meta-analysis. PLoS One. 2017 Oct 9;12(10):e0186117. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5633178 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29016694?tool=bestpractice.com
O uso de antifúngico azólico é off-label para essa indicação na Europa e nos EUA.
Opções primárias
fluconazol: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
itraconazol: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
Opções secundárias
cetoconazol: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
tratamento da ferida
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Deve-se adotar cuidados para garantir o tratamento adequado da ferida, inclusive a lavagem da(s) úlcera(s) e a aplicação de pomada para formar uma barreira. A presença de quentura, vermelhidão, dor e/ou secreção purulenta deve requerer a avaliação e o tratamento de uma infecção bacteriana secundária. Geralmente, as evidências de cura começam com achatamento, e as úlceras grandes podem não cicatrizar completamente até o fim do tratamento. CDC: parasites – leishmaniasis Opens in new window
terapia antileishmaniose sistêmica
O complexo de LC é definido como: espécies de parasitas causadas por espécies associadas à leishmaniose mucosa; nódulos subcutâneos locais; grande adenopatia regional; >4 lesões geralmente >1 cm; lesão individual ≥5 cm; o tamanho ou a localização inviabiliza a terapia local e/ou lesão no rosto, dedos das mãos, dedos dos pés, articulações ou órgãos genitais; hospedeiro imunocomprometido; falha da terapia local.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com
A terapia sistêmica é preferível devido à extensão ou à localização da lesão, antes do fracasso da terapia local e/ou risco de disseminação.
Miltefosina: único anti-leishmania oral. Eficaz na doença do Novo Mundo causada pela espécie Viannia, embora menor eficácia seja observada na Guatemala.[138]Chakravarty J, Sundar S. Current and emerging medications for the treatment of leishmaniasis. Expert Opin Pharmacother. 2019 Jul;20(10):1251-65. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31063412?tool=bestpractice.com Efeitos adversos significativos, como náuseas, vômitos e dor abdominal, são frequentes.
Compostos antimoniais pentavalentes (estibogluconato de sódio, antimoniato de meglumina): altamente eficazes para Leishmania major no Velho Mundo e amplamente utilizados no Novo Mundo, quando disponíveis, embora possam ser menos eficazes contra Leishmania braziliensis e Leishmania mexicana na Guatemala.[138]Chakravarty J, Sundar S. Current and emerging medications for the treatment of leishmaniasis. Expert Opin Pharmacother. 2019 Jul;20(10):1251-65. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31063412?tool=bestpractice.com Podem ocorrer efeitos adversos graves (por exemplo, pancreatite, prolongamento do QT), e os pacientes devem ser monitorados rigorosamente. Os compostos antimoniais pentavalentes não estão disponíveis nos EUA. O estibogluconato de sódio está disponível comercialmente na Europa.
Anfotericina B: menos dados concretos, mas provavelmente útil no mundo todo. Maior eficácia observada na doença do Novo Mundo na Bolívia.[138]Chakravarty J, Sundar S. Current and emerging medications for the treatment of leishmaniasis. Expert Opin Pharmacother. 2019 Jul;20(10):1251-65. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31063412?tool=bestpractice.com A anfotericina B lipossomal é a formulação preferida, com maior segurança, mas seu custo e a necessidade de uma cadeia de resfriamento podem limitar sua disponibilidade global; assim, a anfotericina B desoxicolato é uma alternativa. Geralmente bem tolerada; no entanto, os pacientes precisam ser monitorados para nefrotoxicidade, distúrbios eletrolíticos e anemia.
Pentamidina: altamente eficaz contra Leishmania guyanensis na Guiana Francesa e Suriname.[139]Roussel M, Nacher M, Frémont G, et al. Comparison between one and two injections of pentamidine isethionate, at 7 mg/kg in each injection, in the treatment of cutaneous leishmaniasis in French Guiana. Ann Trop Med Parasitol. 2006 Jun;100(4):307-14. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16762111?tool=bestpractice.com [140]Lai A Fat EJ, Vrede MA, Soetosenojo RM, et al. Pentamidine, the drug of choice for the treatment of cutaneous leishmaniasis in Surinam. Int J Dermatol. 2002 Nov;41(11):796-800. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12453009?tool=bestpractice.com A administração intravenosa é mais eficaz que a intramuscular.[141]Christen JR, Bourreau E, Demar M, et al. Use of the intramuscular route to administer pentamidine isethionate in Leishmania guyanensis cutaneous leishmaniasis increases the risk of treatment failure. Travel Med Infect Dis. 2018 Jul - Aug;24:31-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29482012?tool=bestpractice.com Em outros cenários, os efeitos adversos e a eficácia relativamente menor da pentamidina costumam impedir seu uso. Isso pode ser devido em parte à subdosagem com base no sal (isetionato) versus a base.[143]Dorlo TP, Kager PA. Pentamidine dosage: a base/salt confusion. PLoS Negl Trop Dis. 2008 May 28;2(5):e225. https://www.doi.org/10.1371/journal.pntd.0000225 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18509543?tool=bestpractice.com Podem ocorrer efeitos adversos graves (por exemplo, diabetes mellitus, pancreatite, sintomas gastrointestinais, hipotensão, prolongamento do QT, distúrbios eletrolíticos, nefrotoxicidade, hepatotoxicidade, citopenias e rabdomiólise), e os pacientes devem ser monitorados rigorosamente. Estes são mitigados com o uso intralesional.
A dose depende do organismo e da localização geográfica; consulte a orientação local para obter informações sobre seleção e dose do medicamento.
Opções primárias
miltefosina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
estibogluconato de sódio: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
antimoniato de meglumina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
anfotericina B lipossomal: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
anfotericina B desoxicolato: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
Opções secundárias
pentamidina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
tratamento da ferida
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Deve-se adotar cuidados para garantir o tratamento adequado da ferida, inclusive a lavagem da(s) úlcera(s) e a aplicação de pomada para formar uma barreira. A presença de quentura, vermelhidão, dor e/ou secreção purulenta deve requerer a avaliação e o tratamento de uma infecção bacteriana secundária. Geralmente, as evidências de cura começam com achatamento, e as úlceras grandes podem não cicatrizar completamente até o fim do tratamento. CDC: parasites – leishmaniasis Opens in new window
consulta com especialista
O tratamento de formas complexas de LC, incluindo leishmaniose disseminada, leishmaniose cutânea difusa e leishmaniose recidiva, deve ser orientado por especialistas, pois o tratamento pode ser desafiador e os dados são limitados.
Leishmaniose disseminada: a anfotericina B lipossomal foi usada com sucesso (taxa de cura de 75%).[144]Machado PR, Rosa ME, Guimarães LH, et al. Treatment of disseminated leishmaniasis with liposomal amphotericin B. Clin Infect Dis. 2015 Sep 15;61(6):945-9. https://academic.oup.com/cid/article/61/6/945/450907 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26048961?tool=bestpractice.com
Leishmaniose recidiva: pode ser frustrante tratar.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com Um esquema potencial combina um composto de antimônio pentavalente e alopurinol por 30 dias.[146]Esfandiarpour I, Dabiri SH. Treatment of cutaneous leishmaniasis recidivans with a combination of allopurinol and meglumine antimoniate: a clinical and histologic study. Int J Dermatol. 2007 Aug;46(8):848-52. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17651170?tool=bestpractice.com A anfotericina B lipossomal e a miltefosina são frequentemente usadas.
tratamento postergado ou terapia local
O tratamento da doença cutânea simples e complexa em gestantes é altamente individualizado.
Se possível, o tratamento deve ser adiado até terminar o período gestacional, mesmo em caso de lesões exofíticas; no entanto, pode haver aumento do risco de nascimento pré-termo e natimorto em pacientes com LC não tratada.[147]Morgan DJ, Guimaraes LH, Machado PR, et al. Cutaneous leishmaniasis during pregnancy: exuberant lesions and potential fetal complications. Clin Infect Dis. 2007 Aug 15;45(4):478-82. https://academic.oup.com/cid/article/45/4/478/426772 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17638198?tool=bestpractice.com
As opções de terapia local, como crioterapia, termoterapia e paromomicina tópica, costumam ser preferíveis às terapias sistêmicas; no entanto, pode haver aumento do risco de parto prematuro e natimorto. As terapias intralesionais podem causar absorção sistêmica e, portanto, não são recomendadas em gestantes.
O tratamento de formas complexas de LC, incluindo leishmaniose disseminada, leishmaniose cutânea difusa e leishmaniose recidiva, deve ser orientado por especialistas, pois o tratamento pode ser desafiador e os dados são limitados.
tratamento da ferida
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Deve-se adotar cuidados para garantir o tratamento adequado da ferida, inclusive a lavagem da(s) úlcera(s) e a aplicação de pomada para formar uma barreira. A presença de quentura, vermelhidão, dor e/ou secreção purulenta deve requerer a avaliação e o tratamento de uma infecção bacteriana secundária. Geralmente, as evidências de cura começam com achatamento, e as úlceras grandes podem não cicatrizar completamente até o fim do tratamento. CDC: parasites – leishmaniasis Opens in new window
anfotericina B
A anfotericina B lipossomal tem os melhores dados de segurança gerais e demonstrou ser segura na gestação. Seu custo e a necessidade de uma cadeia de resfriamento podem limitar sua disponibilidade global; assim, a anfotericina B desoxicolato é uma alternativa.
Geralmente bem tolerada; no entanto, os pacientes precisam ser monitorados para nefrotoxicidade, distúrbios eletrolíticos e anemia.
A dose depende do organismo e da localização geográfica; consulte a orientação local para obter informações sobre seleção e dose do medicamento.
O tratamento de formas complexas de LC, incluindo leishmaniose disseminada, leishmaniose cutânea difusa e leishmaniose recidiva, deve ser orientado por especialistas, pois o tratamento pode ser desafiador e os dados são limitados.
Opções primárias
anfotericina B lipossomal: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
anfotericina B desoxicolato: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
tratamento da ferida
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Deve-se adotar cuidados para garantir o tratamento adequado da ferida, inclusive a lavagem da(s) úlcera(s) e a aplicação de pomada para formar uma barreira. A presença de quentura, vermelhidão, dor e/ou secreção purulenta deve requerer a avaliação e o tratamento de uma infecção bacteriana secundária. Geralmente, as evidências de cura começam com achatamento, e as úlceras grandes podem não cicatrizar completamente até o fim do tratamento. CDC: parasites – leishmaniasis Opens in new window
leishmaniose mucosa (LM)
terapia antileishmaniose sistêmica
Pacientes com LM devem sempre receber tratamento com terapia sistêmica. Os dados sólidos são limitados, e a eficácia do tratamento varia; assim, é necessária uma abordagem individualizada à terapia.
Compostos de antimônio pentavalente (estibogluconato de sódio, antimoniato de meglumina): primeira escolha razoável, quando disponíveis, em pacientes capazes de tolerar o ciclo com até 88% de eficácia observada com antimoniato de meglumina (mais baixa com estibogluconato de sódio). Alguns estudos acrescentaram adjuvantes como pentoxifilina ou gamainterferona, mas as evidências são fracas.[124]Amato VS, Tuon FF, Siqueira AM, et al. Treatment of mucosal leishmaniasis in Latin America: systematic review. Am J Trop Med Hyg. 2007 Aug;77(2):266-74. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17690398?tool=bestpractice.com Podem ocorrer efeitos adversos graves (por exemplo, pancreatite, prolongamento do QT), e os pacientes devem ser monitorados rigorosamente. Estes são mitigados com o uso intralesional. Os compostos antimoniais pentavalentes não estão disponíveis nos EUA. O estibogluconato de sódio está disponível comercialmente na Europa.
Anfotericina B: os dados são limitados se comparados aos dados dos compostos de antimônio pentavalente, mas tem um perfil de segurança melhor. É uma alternativa, principalmente em casos de fracasso do tratamento, recidiva ou intolerância a compostos de antimônio pentavalente.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com Dados retrospectivos do Brasil mostram uma taxa de cura de 93%.[150]Cunha MA, Leão AC, de Cassia Soler R, et al. Efficacy and safety of liposomal amphotericin B for the treatment of mucosal leishmaniasis from the New World: a retrospective study. Am J Trop Med Hyg. 2015 Dec;93(6):1214-8. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4674237 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26483120?tool=bestpractice.com A anfotericina B lipossomal é a formulação preferida, com maior segurança, mas seu custo e a necessidade de uma cadeia de resfriamento podem limitar sua disponibilidade global; assim, a anfotericina B desoxicolato é uma alternativa. Geralmente bem tolerada; no entanto, os pacientes precisam ser monitorados para nefrotoxicidade, distúrbios eletrolíticos e anemia.
Miltefosina: uma opção potencial, mas os dados são menos concretos, e as taxas de cura são mais baixas, exceto para doença clinicamente leve.[151]Soto J, Toledo J, Valda L, et al. Treatment of Bolivian mucosal leishmaniasis with miltefosine. Clin Infect Dis. 2007 Feb 1;44(3):350-6. https://academic.oup.com/cid/article/44/3/350/312370 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17205440?tool=bestpractice.com É o único medicamento antileishmaniose oral. Efeitos adversos significativos, como náuseas, vômitos e dor abdominal, são frequentes.
Pentamidina: a pentamidina é considerada uma alternativa menor.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com
A dose depende do organismo e da localização geográfica; consulte a orientação local para obter informações sobre seleção e dose do medicamento.
Opções primárias
estibogluconato de sódio: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
antimoniato de meglumina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
anfotericina B lipossomal: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
anfotericina B desoxicolato: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
miltefosina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
Opções secundárias
pentamidina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
anfotericina B
O tratamento da LM não deve ser postergado em gestantes.
A anfotericina B lipossomal tem os melhores dados de segurança gerais e demonstrou ser segura na gestação. Seu custo e a necessidade de uma cadeia de resfriamento podem limitar sua disponibilidade global; assim, a anfotericina B desoxicolato é uma alternativa.
Geralmente bem tolerada; no entanto, os pacientes precisam ser monitorados para nefrotoxicidade, distúrbios eletrolíticos e anemia.
A dose depende do organismo e da localização geográfica; consulte a orientação local para obter informações sobre seleção e dose do medicamento.
Opções primárias
anfotericina B lipossomal: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
anfotericina B desoxicolato: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
leishmaniose visceral (LV)
anfotericina B
A anfotericina B lipossomal é altamente eficaz para Leishmania donovani no sul da Ásia e Leishmania infantum (também conhecida como Leishmania chagasi).[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com [107]Burza S, Croft SL, Boelaert M. Leishmaniasis. Lancet. 2018 Sep 15;392(10151):951-70. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30126638?tool=bestpractice.com [138]Chakravarty J, Sundar S. Current and emerging medications for the treatment of leishmaniasis. Expert Opin Pharmacother. 2019 Jul;20(10):1251-65. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31063412?tool=bestpractice.com
Doses mais altas são necessárias para L donovani na África Oriental; portanto, essa é uma opção de menos preferida nessa região.[159]Copeland NK, Aronson NE. Leishmaniasis: treatment updates and clinical practice guidelines review. Curr Opin Infect Dis. 2015 Oct;28(5):426-37. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26312442?tool=bestpractice.com [160]Gebreyohannes EA, Bhagvathula AS, Abegaz TM, et al. Treatment outcomes of visceral leishmaniasis in Ethiopia from 2001 to 2017: a systematic review and meta-analysis. Infect Dis Poverty. 2018 Oct 19;7(1):108. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6194743 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30340519?tool=bestpractice.com
Seu custo e a necessidade de uma cadeia de resfriamento podem limitar sua disponibilidade global; assim, a anfotericina B desoxicolato é uma alternativa.
Geralmente bem tolerada; no entanto, os pacientes precisam ser monitorados para nefrotoxicidade, distúrbios eletrolíticos e anemia.
A dose depende do organismo e da localização geográfica; consulte a orientação local para obter informações sobre seleção e dose do medicamento.
Opções primárias
anfotericina B lipossomal: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
anfotericina B desoxicolato: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O manejo deve abordar complicações frequentes, como depleção de volume, desnutrição, anemia e infecções bacterianas concomitantes (por exemplo, pneumonia) ou infecções parasitárias (por exemplo, malária).
terapia antileishmaniose combinada
Na África Oriental, a combinação de um composto de antimônio pentavalente com paromomicina é altamente eficaz para a LV devido a Leishmania donovani, com taxas de cura de 90% a 95%.[160]Gebreyohannes EA, Bhagvathula AS, Abegaz TM, et al. Treatment outcomes of visceral leishmaniasis in Ethiopia from 2001 to 2017: a systematic review and meta-analysis. Infect Dis Poverty. 2018 Oct 19;7(1):108. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6194743 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30340519?tool=bestpractice.com [163]Kimutai R, Musa AM, Njoroge S, et al. Safety and effectiveness of sodium stibogluconate and paromomycin combination for the treatment of visceral leishmaniasis in eastern Africa: results from a pharmacovigilance programme. Clin Drug Investig. 2017 Mar;37(3):259-72. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5315726 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28066878?tool=bestpractice.com Esse esquema é o tratamento de escolha na África Oriental (sobre a anfotericina B) devido ao custo, disponibilidade e eficácia regional. Não deve ser usado em pacientes >50 anos de idade ou em pacientes com HIV devido às taxas de cura reduzidas nesses pacientes.[163]Kimutai R, Musa AM, Njoroge S, et al. Safety and effectiveness of sodium stibogluconate and paromomycin combination for the treatment of visceral leishmaniasis in eastern Africa: results from a pharmacovigilance programme. Clin Drug Investig. 2017 Mar;37(3):259-72. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5315726 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28066878?tool=bestpractice.com Essa combinação não é recomendada no sul da Ásia.
No sul da Ásia, a combinação de anfotericina B lipossomal com ciclos curtos de miltefosina ou paromomicina, ou de miltefosina com paromomicina, são alternativas altamente eficazes à anfotericina B.[157]Rahman R, Goyal V, Haque R, et al. Safety and efficacy of short course combination regimens with AmBisome, miltefosine and paromomycin for the treatment of visceral leishmaniasis (VL) in Bangladesh. PLoS Negl Trop Dis. 2017 May 30;11(5):e0005635. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5466346 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28558062?tool=bestpractice.com [158]Goyal V, Mahajan R, Pandey K, et al. Field safety and effectiveness of new visceral leishmaniasis treatment regimens within public health facilities in Bihar, India. PLoS Negl Trop Dis. 2018 Oct 22;12(10):e0006830. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6197645 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30346949?tool=bestpractice.com [164]Sundar S, Sinha PK, Rai M, et al. Comparison of short-course multidrug treatment with standard therapy for visceral leishmaniasis in India: an open-label, non-inferiority, randomised controlled trial. Lancet. 2011 Feb 5;377(9764):477-86. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21255828?tool=bestpractice.com
A dose depende do organismo e da localização geográfica; consulte a orientação local para obter informações sobre seleção e dose do medicamento.
Opções primárias
estibogluconato de sódio: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
antimoniato de meglumina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
--E--
paromomicina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
anfotericina B lipossomal: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
--E--
miltefosina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
paromomicina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
miltefosina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
e
paromomicina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O manejo deve abordar complicações frequentes, como depleção de volume, desnutrição, anemia e infecções bacterianas concomitantes (por exemplo, pneumonia) ou infecções parasitárias (por exemplo, malária).
miltefosina
Uma opção alternativa para Leishmania donovani no sul da Ásia, mas a resistência emergente levou a um declínio no seu uso. A eficácia em outras regiões está abaixo do ideal para a monoterapia.[138]Chakravarty J, Sundar S. Current and emerging medications for the treatment of leishmaniasis. Expert Opin Pharmacother. 2019 Jul;20(10):1251-65. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31063412?tool=bestpractice.com
Efeitos adversos significativos, como náuseas, vômitos e dor abdominal, são frequentes.
A dose depende do organismo e da localização geográfica; consulte a orientação local para obter informações sobre seleção e dose do medicamento.
Opções primárias
miltefosina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O manejo deve abordar complicações frequentes, como depleção de volume, desnutrição, anemia e infecções bacterianas concomitantes (por exemplo, pneumonia) ou infecções parasitárias (por exemplo, malária).
composto de antimônio pentavalente ou paromomicina
Compostos antimoniais pentavalentes (estibogluconato de sódio, antimoniato de meglumina) podem ser usados para Leishmania donovani na África Oriental ou em Leishmania infantum com eficácia decente, mas são considerados de segunda linha quando não estão disponíveis outras opções. A resistência aos medicamentos no sul da Ásia impede seu uso no subcontinente.[107]Burza S, Croft SL, Boelaert M. Leishmaniasis. Lancet. 2018 Sep 15;392(10151):951-70. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30126638?tool=bestpractice.com Podem ocorrer efeitos adversos graves (por exemplo, pancreatite, prolongamento do QT), e os pacientes devem ser monitorados rigorosamente. Os compostos antimoniais pentavalentes não estão disponíveis nos EUA. O estibogluconato de sódio está disponível comercialmente na Europa.
Paromomicina: a segurança e a eficácia da monoterapia foram demonstradas na Leishmania donovani no sul da Ásia, mas outras opções mais seguras com eficácia igual ou maior estão disponíveis.[165]Sundar S, Jha TK, Thakur CP, et al. Injectable paromomycin for visceral leishmaniasis in India. N Engl J Med. 2007 Jun 21;356(25):2571-81. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa066536?url_ver=Z39.88-2003 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17582067?tool=bestpractice.com [166]Jamil KM, Haque R, Rahman R, et al. Effectiveness study of paromomycin IM injection (PMIM) for the treatment of visceral leishmaniasis (VL) in Bangladesh. PLoS Negl Trop Dis. 2015 Oct 23;9(10):e0004118. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4619770 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26496648?tool=bestpractice.com Os pacientes devem ser monitorados para nefrotoxicidade e ototoxicidade. As formulações sistêmicas de paromomicina não estão disponíveis nos EUA.
A dose depende do organismo e da localização geográfica; consulte a orientação local para obter informações sobre seleção e dose do medicamento.
Opções primárias
estibogluconato de sódio: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
antimoniato de meglumina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
paromomicina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O manejo deve abordar complicações frequentes, como depleção de volume, desnutrição, anemia e infecções bacterianas concomitantes (por exemplo, pneumonia) ou infecções parasitárias (por exemplo, malária).
anfotericina B
O tratamento é essencial, pois a leishmaniose visceral (LV) não tratada pode ser fatal tanto para a mãe quanto para o feto.
Dados limitados sugerem que anfotericina B lipossomal é uma opção de tratamento segura e eficaz.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com [119]Pagliano P, Carannante N, Rossi M, et al. Visceral leishmaniasis in pregnancy: a case series and a systematic review of the literature. J Antimicrob Chemother. 2005 Feb;55(2):229-33. https://academic.oup.com/jac/article/55/2/229/856828?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15649998?tool=bestpractice.com
Seu custo e a necessidade de uma cadeia de resfriamento podem limitar sua disponibilidade global; assim, a anfotericina B desoxicolato é uma alternativa.
Geralmente bem tolerada; no entanto, os pacientes precisam ser monitorados para nefrotoxicidade, distúrbios eletrolíticos e anemia.
A dose depende do organismo e da localização geográfica; consulte a orientação local para obter informações sobre seleção e dose do medicamento. Doses mais altas são necessárias para a Leishmania donovani na África Oriental.[159]Copeland NK, Aronson NE. Leishmaniasis: treatment updates and clinical practice guidelines review. Curr Opin Infect Dis. 2015 Oct;28(5):426-37. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26312442?tool=bestpractice.com [160]Gebreyohannes EA, Bhagvathula AS, Abegaz TM, et al. Treatment outcomes of visceral leishmaniasis in Ethiopia from 2001 to 2017: a systematic review and meta-analysis. Infect Dis Poverty. 2018 Oct 19;7(1):108. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6194743 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30340519?tool=bestpractice.com
Opções primárias
anfotericina B lipossomal: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
anfotericina B desoxicolato: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O manejo deve abordar complicações frequentes, como depleção de volume, desnutrição, anemia e infecções bacterianas concomitantes (por exemplo, pneumonia) ou infecções parasitárias (por exemplo, malária).
composto de antimônio pentavalente ou paromomicina
De maneira geral, o uso de compostos de antimônio pentavalente na gestação deve ser evitado devido ao aumento do risco de aborto espontâneo ou parto pré-termo, e não há dados de segurança sobre o uso de paromomicina na gestação.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com No entanto, se não houver outras opções disponíveis, o tratamento com esses medicamentos (isolados ou combinados), quando disponíveis, pode ser uma opção apenas sob orientação de especialistas.
cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O manejo deve abordar complicações frequentes, como depleção de volume, desnutrição, anemia e infecções bacterianas concomitantes (por exemplo, pneumonia) ou infecções parasitárias (por exemplo, malária).
anfotericina B
Geralmente, a anfotericina B lipossomal é considerada a melhor opção para pacientes com LV e infecção por HIV.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com [169]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. Guidelines for the prevention and treatment of opportunistic infections in adults and adolescents with HIV: Leishmaniasis. 2017 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/leishmaniasis [170]World Health Organization. WHO technical report series 949: control of the leishmaniases - report of a meeting of the WHO Expert Committee on the control of leishmaniases. 2010 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/WHO-TRS-949
Uma dose total mais alta é usada em pacientes imunocomprometidos. No entanto, mesmo em doses mais altas, o tratamento pode ser insatisfatório e a recidiva é comum. Um ensaio clínico publicado na África Oriental mostrou uma eficácia de apenas 55% para a monoterapia com anfotericina B lipossomal entre pacientes com contagem mediana de CD4 de 69 células/microlitro.[171]Diro E, Blesson S, Edwards T, et al. A randomized trial of AmBisome monotherapy and AmBisome and miltefosine combination to treat visceral leishmaniasis in HIV co-infected patients in Ethiopia. PLoS Negl Trop Dis. 2019 Jan 17;13(1):e0006988. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6336227 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30653490?tool=bestpractice.com
Seu custo e a necessidade de uma cadeia de resfriamento podem limitar sua disponibilidade global; assim, a anfotericina B desoxicolato é uma alternativa.
Geralmente bem tolerada; no entanto, os pacientes precisam ser monitorados para nefrotoxicidade, distúrbios eletrolíticos e anemia.
A dose depende do organismo e da localização geográfica; consulte a orientação local para obter informações sobre seleção e dose do medicamento.
Opções primárias
anfotericina B lipossomal: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
anfotericina B desoxicolato: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
inicie ou continue a terapia antirretroviral
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A terapia antirretroviral por toda a vida deve ser iniciada (ou continuada) em todos os pacientes com infecção por HIV, de acordo com as diretrizes locais atuais. Uma melhora na função imune é essencial para o tratamento da LV. Consulte Infecção por HIV.
cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O manejo deve abordar complicações frequentes, como depleção de volume, desnutrição, anemia e infecções bacterianas concomitantes (por exemplo, pneumonia) ou infecções parasitárias (por exemplo, malária).
profilaxia secundária
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A profilaxia secundária com medicamento antileishmaniose adequado deve ser administrada a todos os pacientes com contagem de CD4 <200 a 350 células/microlitro (o ponto de corte mais alto de CD4 é recomendado pela Organização Pan-Americana da Saúde) devido ao alto risco de recidiva.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com [145]Pan American Health Organization. Guideline for the treatment of Leishmaniasis in the Americas. Second edition. Sep 2022 [internet publication]. https://iris.paho.org/handle/10665.2/56120 [169]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. Guidelines for the prevention and treatment of opportunistic infections in adults and adolescents with HIV: Leishmaniasis. 2017 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/leishmaniasis [170]World Health Organization. WHO technical report series 949: control of the leishmaniases - report of a meeting of the WHO Expert Committee on the control of leishmaniases. 2010 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/WHO-TRS-949
Não há consenso sobre o melhor esquema, mas as diretrizes recomendam várias opções.[169]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. Guidelines for the prevention and treatment of opportunistic infections in adults and adolescents with HIV: Leishmaniasis. 2017 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/leishmaniasis Consulte as diretrizes locais para obter orientações adicionais.
Não está claro quando a profilaxia secundária deve terminar. Algumas diretrizes sugerem suspendê-la depois que a contagem de CD4 chegar a >200 a 350 células/microlitro, enquanto outras recomendam a terapia por tempo indefinido, pois o risco de recidiva continua. De qualquer forma, é essencial realizar o monitoramento rigoroso da recidiva em todos os pacientes com infecção por HIV.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com [169]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. Guidelines for the prevention and treatment of opportunistic infections in adults and adolescents with HIV: Leishmaniasis. 2017 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/leishmaniasis
terapia antileishmaniose combinada
A terapia combinada deve ser considerada neste contexto. A combinação de anfotericina B lipossomal e miltefosina demonstrou uma taxa de eficácia de 88% na África Oriental entre pacientes com uma contagem mediana de CD4 de 54 células/microlitro.[171]Diro E, Blesson S, Edwards T, et al. A randomized trial of AmBisome monotherapy and AmBisome and miltefosine combination to treat visceral leishmaniasis in HIV co-infected patients in Ethiopia. PLoS Negl Trop Dis. 2019 Jan 17;13(1):e0006988. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6336227 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30653490?tool=bestpractice.com Na Índia, a combinação de miltefosina e anfotericina B lipossomal foi associada a 96% de eficácia em comparação com a monoterapia com miltefosina em 85%.[172]Burza S, Mahajan R, Kazmi S, et al. AmBisome monotherapy and combination AmBisome-Miltefosine therapy for the treatment of visceral leishmaniasis in patients coinfected with human immunodeficiency virus in India: a randomized open-label, parallel-Arm, phase 3 trial. Clin Infect Dis. 2022 Oct 12;75(8):1423-32. https://www.doi.org/10.1093/cid/ciac127 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35147680?tool=bestpractice.com
A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere anfotericina B lipossomal associada a miltefosina sobre a monoterapia com anfotericina B lipossomal em pessoas com coinfecção por HIV na África Oriental e no Sudeste Asiático.[62]World Health Organization. WHO guideline for the treatment of visceral leishmaniasis in HIV co-infected patients in East Africa and South-East Asia. June 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240048294
A dose depende do organismo e da localização geográfica; consulte a orientação local para obter informações sobre seleção e dose do medicamento.
Opções primárias
anfotericina B lipossomal: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
e
miltefosina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
inicie ou continue a terapia antirretroviral
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A terapia antirretroviral por toda a vida deve ser iniciada (ou continuada) em todos os pacientes com infecção por HIV, de acordo com as diretrizes locais atuais. Uma melhora na função imune é essencial para o tratamento da LV. Consulte Infecção por HIV.
cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O manejo deve abordar complicações frequentes, como depleção de volume, desnutrição, anemia e infecções bacterianas concomitantes (por exemplo, pneumonia) ou infecções parasitárias (por exemplo, malária).
profilaxia secundária
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A profilaxia secundária com medicamento antileishmaniose adequado deve ser administrada a todos os pacientes com contagem de CD4 <200 a 350 células/microlitro (o ponto de corte mais alto de CD4 é recomendado pela Organização Pan-Americana da Saúde) devido ao alto risco de recidiva.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com [145]Pan American Health Organization. Guideline for the treatment of Leishmaniasis in the Americas. Second edition. Sep 2022 [internet publication]. https://iris.paho.org/handle/10665.2/56120 [169]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. Guidelines for the prevention and treatment of opportunistic infections in adults and adolescents with HIV: Leishmaniasis. 2017 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/leishmaniasis [170]World Health Organization. WHO technical report series 949: control of the leishmaniases - report of a meeting of the WHO Expert Committee on the control of leishmaniases. 2010 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/WHO-TRS-949
Não há consenso sobre o melhor esquema, mas as diretrizes recomendam várias opções.[169]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. Guidelines for the prevention and treatment of opportunistic infections in adults and adolescents with HIV: Leishmaniasis. 2017 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/leishmaniasis Consulte as diretrizes locais para obter orientações adicionais.
Não está claro quando a profilaxia secundária deve terminar. Algumas diretrizes sugerem suspendê-la depois que a contagem de CD4 chegar a >200 a 350 células/microlitro, enquanto outras recomendam a terapia por tempo indefinido, pois o risco de recidiva continua. De qualquer forma, é essencial realizar o monitoramento rigoroso da recidiva em todos os pacientes com infecção por HIV.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com [169]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. Guidelines for the prevention and treatment of opportunistic infections in adults and adolescents with HIV: Leishmaniasis. 2017 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/leishmaniasis
composto de antimônio pentavalente
O uso na coinfecção por HIV foi associado a taxas mais altas de mortalidade e de reações adversas graves; portanto, outras opções devem ser usadas sempre que possível.[173]Cota GF, de Sousa MR, Fereguetti TO, et al. Efficacy of anti-leishmania therapy in visceral leishmaniasis among HIV infected patients: a systematic review with indirect comparison. PLoS Negl Trop Dis. 2013 May 2;7(5):e2195. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3642227 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23658850?tool=bestpractice.com [174]Laguna F, Lopez-Velez R, Pulido F, et al. Treatment of visceral leishmaniasis in HIV-infected patients: a randomized trial comparing meglumine antimoniate with amphotericin B. Spanish HIV-Leishmania Study Group. AIDS. 1999 Jun 18;13(9):1063-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10397536?tool=bestpractice.com [175]Delgado J, Macías J, Pineda JA, et al. High frequency of serious side effects from meglumine antimoniate given without an upper limit dose for the treatment of visceral leishmaniasis in human immunodeficiency virus type-1-infected patients. Am J Trop Med Hyg. 1999 Nov;61(5):766-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10586909?tool=bestpractice.com
Podem ocorrer efeitos adversos graves (por exemplo, pancreatite, prolongamento do QT), e os pacientes devem ser monitorados rigorosamente.
Os compostos antimoniais pentavalentes não estão disponíveis nos EUA. O estibogluconato de sódio está disponível comercialmente na Europa.
A dose depende do organismo e da localização geográfica; consulte a orientação local para obter informações sobre seleção e dose do medicamento.
Opções primárias
estibogluconato de sódio: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
antimoniato de meglumina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
inicie ou continue a terapia antirretroviral
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A terapia antirretroviral por toda a vida deve ser iniciada (ou continuada) em todos os pacientes com infecção por HIV, de acordo com as diretrizes locais atuais. Uma melhora na função imune é essencial para o tratamento da LV. Consulte Infecção por HIV.
cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O manejo deve abordar complicações frequentes, como depleção de volume, desnutrição, anemia e infecções bacterianas concomitantes (por exemplo, pneumonia) ou infecções parasitárias (por exemplo, malária).
profilaxia secundária
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A profilaxia secundária com medicamento antileishmaniose adequado deve ser administrada a todos os pacientes com contagem de CD4 <200 a 350 células/microlitro (o ponto de corte mais alto de CD4 é recomendado pela Organização Pan-Americana da Saúde) devido ao alto risco de recidiva.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com [145]Pan American Health Organization. Guideline for the treatment of Leishmaniasis in the Americas. Second edition. Sep 2022 [internet publication]. https://iris.paho.org/handle/10665.2/56120 [169]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. Guidelines for the prevention and treatment of opportunistic infections in adults and adolescents with HIV: Leishmaniasis. 2017 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/leishmaniasis [170]World Health Organization. WHO technical report series 949: control of the leishmaniases - report of a meeting of the WHO Expert Committee on the control of leishmaniases. 2010 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/WHO-TRS-949
Não há consenso sobre o melhor esquema, mas as diretrizes recomendam várias opções.[169]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. Guidelines for the prevention and treatment of opportunistic infections in adults and adolescents with HIV: Leishmaniasis. 2017 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/leishmaniasis
Não está claro quando a profilaxia secundária deve terminar. Algumas diretrizes sugerem suspendê-la depois que a contagem de CD4 chegar a >200 a 350 células/microlitro, enquanto outras recomendam a terapia por tempo indefinido, pois o risco de recidiva continua. De qualquer forma, é essencial realizar o monitoramento rigoroso da recidiva em todos os pacientes com infecção por HIV.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com [169]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. Guidelines for the prevention and treatment of opportunistic infections in adults and adolescents with HIV: Leishmaniasis. 2017 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/leishmaniasis
anfotericina B
Outras formas de imunossupressão incluem transplante de órgão sólido, neoplasia hematológica ou linfática ou tratamento com imunossupressores por outras indicações.
O tratamento foi realizado com múltiplos esquemas, mas a anfotericina B lipossomal é recomendada, principalmente em pacientes de transplante de órgão sólido.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com [145]Pan American Health Organization. Guideline for the treatment of Leishmaniasis in the Americas. Second edition. Sep 2022 [internet publication]. https://iris.paho.org/handle/10665.2/56120 [168]Gajurel K, Dhakal R, Deresinski S. Leishmaniasis in solid organ and hematopoietic stem cell transplant recipients. Clin Transplant. 2017 Jan;31(1). http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27801541?tool=bestpractice.com
Seu custo e a necessidade de uma cadeia de resfriamento podem limitar sua disponibilidade global; assim, a anfotericina B desoxicolato é uma alternativa.
Geralmente bem tolerada; no entanto, os pacientes precisam ser monitorados para nefrotoxicidade, distúrbios eletrolíticos e anemia.
A dose depende do organismo e da localização geográfica; consulte a orientação local para obter informações sobre seleção e dose do medicamento.
Opções primárias
anfotericina B lipossomal: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
anfotericina B desoxicolato: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O manejo deve abordar complicações frequentes, como depleção de volume, desnutrição, anemia e infecções bacterianas concomitantes (por exemplo, pneumonia) ou infecções parasitárias (por exemplo, malária).
suspenda o imunossupressor ou reduza a dose
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Caso os pacientes estejam tomando imunossupressores por outras indicações, considere reduzir a dose ou suspender esses medicamentos, se possível, embora isso se baseie em opiniões de especialistas e não em dados sólidos.[168]Gajurel K, Dhakal R, Deresinski S. Leishmaniasis in solid organ and hematopoietic stem cell transplant recipients. Clin Transplant. 2017 Jan;31(1). http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27801541?tool=bestpractice.com Uma melhora na função imune é essencial para o tratamento da LV.
profilaxia secundária
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Considere a profilaxia secundária de modo individual, principalmente entre pacientes com história de recidiva prévia e condição imunossupressora contínua. Embora a recidiva seja comum, principalmente entre pacientes de transplante de órgão sólido (aproximadamente 25%), os dados não são claros sobre o papel da profilaxia secundária. As diretrizes da Infectious Diseases Society of America/American Society of Tropical Medicine and Hygiene não recomendam a profilaxia secundária entre pacientes sem recidiva prévia, mas em um pequeno estudo de caso-controle retrospectivo o risco de recidiva caiu 27% entre pacientes com profilaxia secundária.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com [178]Clemente W, Vidal E, Girão E, et al. Risk factors, clinical features and outcomes of visceral leishmaniasis in solid-organ transplant recipients: a retrospective multicenter case-control study. Clin Microbiol Infect. 2015 Jan;21(1):89-95. https://www.clinicalmicrobiologyandinfection.com/article/S1198-743X(14)00008-1/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25636932?tool=bestpractice.com
anfotericina B
O tratamento é essencial, pois a leishmaniose visceral (LV) não tratada pode ser fatal tanto para a mãe quanto para o feto.
Dados limitados sugerem que anfotericina B lipossomal é uma opção de tratamento segura e eficaz.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com [119]Pagliano P, Carannante N, Rossi M, et al. Visceral leishmaniasis in pregnancy: a case series and a systematic review of the literature. J Antimicrob Chemother. 2005 Feb;55(2):229-33. https://academic.oup.com/jac/article/55/2/229/856828?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15649998?tool=bestpractice.com
Seu custo e a necessidade de uma cadeia de resfriamento podem limitar sua disponibilidade global; assim, a anfotericina B desoxicolato é uma alternativa.
Geralmente bem tolerada; no entanto, os pacientes precisam ser monitorados para nefrotoxicidade, distúrbios eletrolíticos e anemia.
A dose depende do organismo e da localização geográfica; consulte a orientação local para obter informações sobre seleção e dose do medicamento.
Opções primárias
anfotericina B lipossomal: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
anfotericina B desoxicolato: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O manejo deve abordar complicações frequentes, como depleção de volume, desnutrição, anemia e infecções bacterianas concomitantes (por exemplo, pneumonia) ou infecções parasitárias (por exemplo, malária).
inicie ou continue a terapia antirretroviral
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A terapia antirretroviral por toda a vida deve ser iniciada (ou continuada) em todos os pacientes com infecção por HIV, de acordo com as diretrizes locais atuais. Deve ser usado um esquema específico recomendado para gestantes. Uma melhora na função imune é essencial para o tratamento da LV. Consulte Infecção por HIV na gestação.
suspenda o imunossupressor ou reduza a dose
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Caso os pacientes estejam tomando imunossupressores por outras indicações, considere reduzir a dose ou suspender esses medicamentos, se possível, embora isso se baseie em opiniões de especialistas e não em dados sólidos.[168]Gajurel K, Dhakal R, Deresinski S. Leishmaniasis in solid organ and hematopoietic stem cell transplant recipients. Clin Transplant. 2017 Jan;31(1). http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27801541?tool=bestpractice.com Uma melhora na função imune é essencial para o tratamento da LV.
profilaxia secundária
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A profilaxia secundária com medicamento antileishmaniose adequado deve ser administrada aos pacientes com infecção por HIV e contagem de CD4 <200 a 350 células/microlitro (o ponto de corte mais alto de CD4 é recomendado pela Organização Pan-Americana da Saúde) devido ao alto risco de recidiva.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com [145]Pan American Health Organization. Guideline for the treatment of Leishmaniasis in the Americas. Second edition. Sep 2022 [internet publication]. https://iris.paho.org/handle/10665.2/56120 [169]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. Guidelines for the prevention and treatment of opportunistic infections in adults and adolescents with HIV: Leishmaniasis. 2017 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/leishmaniasis [170]World Health Organization. WHO technical report series 949: control of the leishmaniases - report of a meeting of the WHO Expert Committee on the control of leishmaniases. 2010 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/WHO-TRS-949
Em pacientes com outras formas de imunossupressão, considere a profilaxia secundária de modo individual, principalmente entre pacientes com história de recidiva prévia e condição imunossupressora contínua.
leishmaniose dérmica pós-calazar (LDPC)
terapia antileishmaniose sistêmica
O tratamento é indicado para pacientes africanos orientais com LDPC grave ou que não se cura por si mesma, para a LDPC em indianos e em pacientes imunocomprometidos.[6]Zijlstra EE, Musa AM, Khalil EA, et al. Post-kala-azar dermal leishmaniasis. Lancet Infect Dis. 2003 Feb;3(2):87-98. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12560194?tool=bestpractice.com
Miltefosina: tratamento de primeira linha recomendado no sul da Ásia.[185]World Health Organization. WHO technical report series 949: control of the leishmaniases – report of a meeting of the WHO Expert Committee on the Control of Leishmaniases. 2010 [internet publication]. http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/44412/1/WHO_TRS_949_eng.pdf É o único medicamento antileishmaniose oral. Efeitos adversos significativos, como náuseas, vômitos e dor abdominal, são frequentes. A terapia combinada com anfotericina B lipossomal e miltefosina foi associada a 100% de eficácia no sul da Ásia.[184]Ramesh V, Dixit KK, Sharma N, et al. Assessing the efficacy and safety of liposomal amphotericin B and miltefosine in combination for treatment of post kala-azar dermal leishmaniasis. J Infect Dis. 2020 Feb 3;221(4):608-17. https://www.doi.org/10.1093/infdis/jiz486 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31854451?tool=bestpractice.com
Anfotericina B: considerada opção de segunda linha no sul da Ásia.[170]World Health Organization. WHO technical report series 949: control of the leishmaniases - report of a meeting of the WHO Expert Committee on the control of leishmaniases. 2010 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/WHO-TRS-949 A anfotericina B lipossomal demonstrou eficácia em estudos limitados na região.[182]Musa AM, Khalil EA, Mahgoub FA, et al. Efficacy of liposomal amphotericin B (AmBisome) in the treatment of persistent post-kala-azar dermal leishmaniasis (PKDL). Ann Trop Med Parasitol. 2005 Sep;99(6):563-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16156969?tool=bestpractice.com [181]Basher A, Maruf S, Nath P, et al. Case report: treatment of widespread nodular post kala-azar dermal leishmaniasis with extended-dose liposomal amphotericin B in Bangladesh – a series of four cases. Am J Trop Med Hyg. 2017 Oct;97(4):1111-5. https://www.ajtmh.org/configurable/content/journals$002ftpmd$002f97$002f4$002farticle-p1111.xml?t:ac=journals%24002ftpmd%24002f97%24002f4%24002farticle-p1111.xml http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28820697?tool=bestpractice.com Seu custo e a necessidade de uma cadeia de resfriamento podem limitar sua disponibilidade global; assim, a anfotericina B desoxicolato é uma alternativa. Geralmente bem tolerada; no entanto, os pacientes precisam ser monitorados para nefrotoxicidade, distúrbios eletrolíticos e anemia.
Compostos antimoniais pentavalentes: comumente usados na África Oriental para doenças graves ou persistentes.[186]World Health Organization. South Sudan intensifies measures against visceral leishmaniasis to improve health and social well-being of affected populations. Nov 2018 [internet publication]. https://www.who.int/news/item/22-11-2018-south-sudan-intensifies-measures-against-visceral-leishmaniasis-to-improve-health-and-social-well-being-of-affected-populations Podem ocorrer efeitos adversos graves (por exemplo, pancreatite, prolongamento do QT), e os pacientes devem ser monitorados rigorosamente. Os compostos antimoniais pentavalentes não estão disponíveis nos EUA. O estibogluconato de sódio está disponível comercialmente na Europa.
A dose depende do organismo e da localização geográfica; consulte a orientação local para obter informações sobre seleção e dose do medicamento.
Opções primárias
miltefosina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
estibogluconato de sódio: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
estibogluconato de sódio: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
--E--
paromomicina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
Opções secundárias
anfotericina B lipossomal: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
anfotericina B desoxicolato: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
anfotericina B
Dados limitados nesse cenário, mas a recomendação é orientada pela segurança relativa e pela contraindicação de miltefosina na gestação.
A anfotericina B lipossomal tem os melhores dados de segurança gerais e demonstrou ser segura na gestação.
Seu custo e a necessidade de uma cadeia de resfriamento podem limitar sua disponibilidade global; assim, a anfotericina B desoxicolato é uma alternativa.
Geralmente bem tolerada; no entanto, os pacientes precisam ser monitorados para nefrotoxicidade, distúrbios eletrolíticos e anemia.
A dose depende do organismo e da localização geográfica; consulte a orientação local para obter informações sobre seleção e dose do medicamento.
Opções primárias
anfotericina B lipossomal: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
anfotericina B desoxicolato: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
recidiva
repetição do tratamento
Recidivas são incomuns com o tratamento adequado em hospedeiros imunocompetentes. Os pacientes devem ser monitorados para sinais de recidiva, principalmente pacientes com HIV/AIDS ou imunocomprometidos.
Um especialista deve ser consultado para determinar o melhor esquema para a repetição do tratamento, se necessário.
Formulações de anfotericina B são uma opção na leishmaniose mucosa, principalmente quando há fracasso do tratamento ou recidiva.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com
Pacientes imunocompetente com leishmaniose visceral (LV) que não respondem ou que apresentam recidiva depois da terapia inicial devem receber tratamento completo com um medicamento antileishmaniose (ou com uma combinação de medicamentos antileishmaniose) de uma classe diferente. No entanto, caso o tratamento inicial tenha sido com anfotericina B lipossomal, a repetição do tratamento com anfotericina B, potencialmente com doses totais mais altas, é adequada.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com [107]Burza S, Croft SL, Boelaert M. Leishmaniasis. Lancet. 2018 Sep 15;392(10151):951-70. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30126638?tool=bestpractice.com
Para pacientes imunocomprometidos com LV com recidiva, o tratamento com anfotericina B lipossomal é razoável, mesmo entre os pacientes que a receberam como terapia primária, pois acredita-se que o fracasso nesse quadro seja imunológico e não resultado de resistência ao medicamento. De maneira alternativa, pode-se tentar outras opções ou terapias combinadas.[8]Aronson N, Herwaldt BL, Libman M, et al. Diagnosis and treatment of leishmaniasis: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and the American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH). Clin Infect Dis. 2016 Dec 15;63(12):1539-57. https://academic.oup.com/cid/article/63/12/1539/2645617 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941143?tool=bestpractice.com
Escolha um grupo de pacientes para ver nossas recomendações
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal