Complicações
Elevação do nível de amilase e lipase ocorre em quase todos os pacientes, mas não exige interrupção do tratamento na maioria dos pacientes assintomáticos.
Por outro lado, pancreatite clínica aguda pode ser potencialmente letal e necessita de interrupção temporária ou definitiva do tratamento.
Pacientes coinfectados com HIV-leishmaniose visceral (LV) correm mais riscos.
É possível haver superinfecção bacteriana na leishmaniose cutânea, especialmente se as lesões forem ulcerativas ou estiverem expostas ao ar (por exemplo, pés e mãos) e em ambientes com higiene precária.
Também pode ocorrer infecção quando as lesões são tratadas com termoterapia, devido à queimadura de segundo grau localizada.
A superinfecção pode atrasar a resposta ao tratamento.
Deve-se aplicar antibioticoterapia tópica ou sistêmica em casos de superinfecção bacteriana. Antibióticos tópicos podem ser administrados após a aplicação da termoterapia para prevenir a superinfecção.
A imunossupressão induzida pela leishmaniose visceral favorece infecções bacterianas potencialmente letais, como disenteria, pneumonia e sepse.
Os pacientes têm que ser submetidos a um exame físico criterioso antes e durante o tratamento.
Infecções bacterianas suspeitas ou comprovadas precisam ser tratadas precocemente, com antibióticos adequados.
Relatado com mais frequência durante o tratamento da leishmaniose visceral que da leishmaniose cutânea. Pode ser fatal.
Pacientes com coinfecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), com cardiopatia ou distúrbios eletrolíticos adjacentes correm mais riscos.
O monitoramento por eletrocardiograma (ECG) é recomendado durante o tratamento. O tratamento deverá ser interrompido, temporária ou definitivamente, se forem desenvolvidos sinais preocupantes (por exemplo, alterações marcantes da onda ST-T ou intervalo QT corrigido prolongado >0.5 segundo).
Efeito adverso frequente e potencialmente letal da anfotericina B desoxicolato.
Os níveis de potássio sérico e a creatinina devem ser monitorados.
Se o monitoramento não for possível, é preferível o tratamento em dias alternados.
Risco reduzido pela administração de suplemento de cloreto de sódio e eletrólitos, e evitando-se a desidratação.
A nefrotoxicidade é menos comumente relatada com anfotericina B lipossomal, mas continua sendo uma preocupação significativa.
Epistaxe ocorre normalmente na leishmaniose visceral (LV) e é, em geral, benigna. Ocasionalmente, na LV pode ocorrer intenso sangramento intestinal, levando a choque ou agravamento da anemia preexistente.
Trombocitopenia relacionada à doença é, provavelmente, a principal causa de tendência a sangramento.
Os sinais vitais devem ser monitorados de perto durante o tratamento, e deve ser feita transfusão sanguínea em caso de sangramento intenso ou anemia grave.
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