O principal objetivo do tratamento é excluir o saco aneurismático da circulação intracraniana, preservando a artéria onde ele está localizado. Nos aneurismas não rotos, a decisão de tratar ou de acompanhar o aneurisma deve ser feita caso a caso.[39]Etminan N, Brown RD Jr, Beseoglu K, et al. The unruptured intracranial aneurysm treatment score: a multidisciplinary consensus. Neurology. 2015 Sep 8;85(10):881-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4560059
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26276380?tool=bestpractice.com
Nos aneurismas rotos, o tratamento rápido é essencial.A terapia intervencionista envolve a clipagem microcirúrgica ou técnicas endovasculares.
A cirurgia para aneurisma cerebral envolve a colocação de um clipe no colo de um aneurisma intracraniano e tem um longo histórico de eficácia demonstrada.O risco atribuível ao procedimento é relativamente baixo.[8]Schievink WI. Intracranial aneurysms. N Engl J Med. 1997 Jan 2;336(1):28-40.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8970938?tool=bestpractice.com
O tamanho, a localização e a configuração do aneurisma, juntamente com edema cerebral, vasoespasmo e coágulos circundantes arraigados complicam a clipagem microcirúrgica e podem aumentar as complicações do procedimento.
O tratamento endovascular padrão dos aneurismas cerebrais envolve a inserção de molas metálicas macias através do lúmen do aneurisma, as quais são soltas depois de posicionadas.[40]Guglielmi G, Vinuela F, Sepetka I, et al. Electrothrombosis of saccular aneurysms via endovascular approach. Part 1: Electrochemical basis, technique, and experimental results. J Neurosurg. 1991 Jul;75(1):1-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2045891?tool=bestpractice.com
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Exemplo de uma mola usada para tratar aneurismas cerebraisDe: Sellar M. Practical Neurology. 2005;5:28-37. Usada com permissão [Citation ends].
As molas, algumas de platina pura e algumas com aditivos superficiais diversos, promovem a trombose da cúpula aneurismática.[41]Kurre W, Berkefeld J. Materials and techniques for coiling of cerebral aneurysms: how much scientific evidence do we have? Neuroradiology. 2008 Nov;50(11):909-27.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18802691?tool=bestpractice.com
Uma comparação das molas revestidas de hidrogel com as de platina pura não demonstrou melhora nos desfechos clínicos em longo prazo com o dispositivo revestido, embora tenha parecido que ele reduziu as recorrências importantes.[42]White PM, Lewis SC, Gholkar A, et al; HELPS trial collaborators. Hydrogel-coated coils versus bare platinum coils for the endovascular treatment of intracranial aneurysms (HELPS): a randomised controlled trial. Lancet. 2011 May 14;377(9778):1655-62.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21571149?tool=bestpractice.com
Os fatores que complicam o tratamento endovascular são colo largo, um aneurisma gigante com trombo intra-aneurismático e a presença de ramificações arteriais importantes saindo da cúpula aneurismática.Dispositivos adjuvantes, como balões e stents intracranianos, podem permitir que aneurismas anteriormente difíceis de tratar com molas sejam tratados com sucesso, e novos dispositivos endovasculares alternativos podem ser considerados para pacientes selecionados.[43]Bodily KD, Cloft HJ, Lanzino G, et al. Stent-assisted coiling in acutely ruptured intracranial aneurysms: a qualitative, systematic review of the literature. AJNR Am J Neuroradiol. 2011 Aug;32(7):1232-6.
http://www.ajnr.org/content/32/7/1232.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21546464?tool=bestpractice.com
[44]Etminan N, de Sousa DA, Tiseo C, et al. European Stroke Organisation (ESO) guidelines on management of unruptured intracranial aneurysms. Eur Stroke J. 2022 Sep;7(3):V.
https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/23969873221099736
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36082246?tool=bestpractice.com
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Imagens angiográficas progressivas de um pequeno aneurisma dissecante da porção distal da artéria basilar após hemorragia subaracnoide e intraventricular, no dia 3 (A), dia 23 (B), dia 30 (C) e 6 meses (D) após embolização assistida por stent. As setas indicam os stents marcadores proximal e distalDe: Peluso JP, van Rooij WJ, Sluzewski M. BMJ Case Reports 2009; doi:10.1136/bcr.2007.121533. Usada com permissão [Citation ends].
Aneurismas não rotos
Para os aneurismas que não romperam, a opção de manejo é acompanhar ou tratar.[18]Thompson BG, Brown RD Jr, Amin-Hanjani S, et al. Guidelines for the management of patients with unruptured intracranial aneurysms: a guideline for healthcare professionals from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2015 Aug;46(8):2368-400.
http://stroke.ahajournals.org/content/46/8/2368.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26089327?tool=bestpractice.com
O acompanhamento consiste em estudos periódicos por imagem, com duração cada vez maior, e visitas regulares ao médico. O tratamento consiste em clipagem por craniotomia ou embolização endovascular.[18]Thompson BG, Brown RD Jr, Amin-Hanjani S, et al. Guidelines for the management of patients with unruptured intracranial aneurysms: a guideline for healthcare professionals from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2015 Aug;46(8):2368-400.
http://stroke.ahajournals.org/content/46/8/2368.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26089327?tool=bestpractice.com
Uma revisão sistemática de 2021 concluiu que atualmente não há evidências suficientes para apoiar o tratamento conservador (por exemplo, tratamento de fatores de risco, como hipertensão e abandono do hábito de fumar) ou tratamentos intervencionistas (grampeamento microcirúrgico ou embolização endovascular) para indivíduos com aneurismas intracranianos não rotos.[45]Pontes FGB, da Silva EM, Baptista-Silva JC, et al. Treatments for unruptured intracranial aneurysms. Cochrane Database Syst Rev. 2021 May 10;5:CD013312.
https://www.doi.org/10.1002/14651858.CD013312.pub2
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33971026?tool=bestpractice.com
A escolha entre acompanhamento e tratamento precisa ser feita caso a caso, por um especialista com experiência no manejo de aneurismas cerebrais.O tratamento pode ser buscado quando o risco de ruptura ao longo da vida for considerado superior ao risco da abordagem de tratamento proposta.[44]Etminan N, de Sousa DA, Tiseo C, et al. European Stroke Organisation (ESO) guidelines on management of unruptured intracranial aneurysms. Eur Stroke J. 2022 Sep;7(3):V.
https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/23969873221099736
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36082246?tool=bestpractice.com
Os fatores a serem considerados incluem:
Idade: aumento do risco associado ao tratamento e menor expectativa de vida tendem a favorecer a necessidade de manter observação em pacientes idosos com aneurismas assintomáticos.
Localização: o risco de ruptura varia com a localização do aneurisma. Os aneurismas da porção cavernosa da artéria carótida apresentam o risco mais baixo, os da circulação anterior têm risco médio e os da circulação posterior têm o risco de ruptura mais elevado.
História pessoal de hemorragia subaracnoidea: uma hemorragia aneurismática prévia é um fator de risco independente para ruptura de aneurismas adicionais, independentemente do tamanho.[18]Thompson BG, Brown RD Jr, Amin-Hanjani S, et al. Guidelines for the management of patients with unruptured intracranial aneurysms: a guideline for healthcare professionals from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2015 Aug;46(8):2368-400.
http://stroke.ahajournals.org/content/46/8/2368.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26089327?tool=bestpractice.com
Tamanho: o risco de ruptura aumenta com o tamanho do aneurisma. Nos pacientes assintomáticos sem história de hemorragia subaracnoide, os aneurismas pequenos (ou seja, <7 mm) podem, em geral, ser observados.[2]Wiebers DO, Whisnant JP, Huston J 3rd, et al. Unruptured intracranial aneurysms: natural history, clinical outcome, and risks of surgical and endovascular treatment. Lancet. 2003;362:103-110.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12867109?tool=bestpractice.com
Estabilidade: o alargamento intervalar (>1 mm) é um fator de risco forte para ruptura e o tratamento é recomendado mesmo quando o tamanho total permanece pequeno.[18]Thompson BG, Brown RD Jr, Amin-Hanjani S, et al. Guidelines for the management of patients with unruptured intracranial aneurysms: a guideline for healthcare professionals from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2015 Aug;46(8):2368-400.
http://stroke.ahajournals.org/content/46/8/2368.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26089327?tool=bestpractice.com
Sintomas: os aneurismas sintomáticos devem ser considerados para o tratamento, independentemente do tamanho. É necessário realizar considerações de urgência nos casos de aneurismas intradurais sintomáticos.
Comorbidades: aumenta o risco do tratamento.
Riscos do tratamento: os dois maiores riscos são a morte relacionada à cirurgia e desfechos neurológicos desfavoráveis.
Os médicos devem estar cientes da carga psicológica de adiar o tratamento intervencionista de pequenos aneurismas intracranianos não rotos.A ansiedade do paciente sobre uma "bomba-relógio" deve ser abordada quando apropriado, e incorporada ao processo de tomada de decisão compartilhada.[46]Jelen MB, Clarke RE, Jones B, et al. Psychological and functional impact of a small unruptured intracranial aneurysm diagnosis: a mixed‐methods evaluation of the patient journey. Stroke vasc. interv. neurol. 2022 Sep 26;3(1):e000531.
https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/SVIN.122.000531#d1e2147
Para aneurismas não rotos, não há evidências suficientes para apoiar a preferência por clipagem cirúrgica ou embolização endovascular, e a seleção deve ser baseada em fatores individuais do paciente.[18]Thompson BG, Brown RD Jr, Amin-Hanjani S, et al. Guidelines for the management of patients with unruptured intracranial aneurysms: a guideline for healthcare professionals from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2015 Aug;46(8):2368-400.
http://stroke.ahajournals.org/content/46/8/2368.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26089327?tool=bestpractice.com
[44]Etminan N, de Sousa DA, Tiseo C, et al. European Stroke Organisation (ESO) guidelines on management of unruptured intracranial aneurysms. Eur Stroke J. 2022 Sep;7(3):V.
https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/23969873221099736
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36082246?tool=bestpractice.com
[45]Pontes FGB, da Silva EM, Baptista-Silva JC, et al. Treatments for unruptured intracranial aneurysms. Cochrane Database Syst Rev. 2021 May 10;5:CD013312.
https://www.doi.org/10.1002/14651858.CD013312.pub2
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33971026?tool=bestpractice.com
Além disso, novos dispositivos endovasculares podem ser considerados para os aneurismas cerebrais não rotos de alto risco (por exemplo, aneurismas de bifurcação de colo largo) não adequados para os tratamentos intervencionistas padrão; no entanto, há uma baixa certeza da evidência para o uso desses dispositivos:[47]Brinjikji W, Murad MH, Lanzino G, et al. Endovascular treatment of intracranial aneurysms with flow diverters: a meta-analysis. Stroke. 2013 Feb;44(2):442-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23321438?tool=bestpractice.com
Os dispositivos de desvio de fluxo canalizam o fluxo sanguíneo para fora do aneurisma através de um stent localizado no colo do aneurisma.[47]Brinjikji W, Murad MH, Lanzino G, et al. Endovascular treatment of intracranial aneurysms with flow diverters: a meta-analysis. Stroke. 2013 Feb;44(2):442-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23321438?tool=bestpractice.com
Há evidências de que o tratamento dos aneurismas cerebrais com dispositivos de desvio de fluxo seja um procedimento endovascular efetivo, com altas taxas de oclusão completa.[47]Brinjikji W, Murad MH, Lanzino G, et al. Endovascular treatment of intracranial aneurysms with flow diverters: a meta-analysis. Stroke. 2013 Feb;44(2):442-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23321438?tool=bestpractice.com
Esses dispositivos apresentam risco de complicações trombóticas associadas e requerem o uso de medicamentos antiagregantes plaquetários duplos.Modificações antitrombogênicas da superfície podem reduzir o risco de complicações isquêmicas.[48]Li YL, Roalfe A, Chu EY, et al. Outcome of flow diverters with surface modifications in treatment of cerebral aneurysms: systematic review and meta-analysis. AJNR Am J Neuroradiol. 2021 Jan;42(2):327-33.
https://www.ajnr.org/content/42/2/327
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33384292?tool=bestpractice.com
Interruptores do fluxo intrassacular (por exemplo, dispositivos Contour ou WEB) podem ser implantados dentro do aneurisma.[49]Lee KB, Suh CH, Song Y, et al. Trends of expanding indications of woven EndoBridge devices for the treatment of intracranial aneurysms: a systematic review and meta-analysis. Clin Neuroradiol. 2023 Mar;33(1):227-35.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36036257?tool=bestpractice.com
[50]Liebig T, Killer-Oberpfalzer M, Gal G, et al. The safety and effectiveness of the contour neurovascular system (Contour) for the treatment of bifurcation aneurysms: the CERUS study. Neurosurgery. 2022 Mar 1;90(3):270-7.
https://journals.lww.com/neurosurgery/Fulltext/2022/03000/The_Safety_and_Effectiveness_of_the_Contour.3.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35113830?tool=bestpractice.com
Quando colocado inteiramente intrassacular, os medicamentos antiagregantes plaquetários duplos não são necessários.Esses tratamentos têm um perfil de segurança de procedimento favorável em comparação com as técnicas tradicionais; no entanto, as taxas de oclusão completa do aneurisma em um ano (50%) ficam aquém de outras modalidades de tratamento e os desfechos em longo prazo não foram estabelecidos.[51]Chen CJ, Dabhi N, Snyder MH, et al. Intrasaccular flow disruption for brain aneurysms: a systematic review of long-term outcomes. J Neurosurg. 2021 Dec 24;1-13.
https://thejns.org/view/journals/j-neurosurg/137/2/article-p360.xml
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34952523?tool=bestpractice.com
Aneurismas rotos
O tratamento com embolização endovascular ou clipagem microcirúrgica deve ser instituído o mais precocemente possível para a maioria dos pacientes com um aneurisma roto.[20]Hoh BL, Ko NU, Amin-Hanjani S, et al. 2023 Guideline for the management of patients with aneurysmal subarachnoid hemorrhage: a guideline from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2023 Jul;54(7):e314-70.
https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/STR.0000000000000436
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37212182?tool=bestpractice.com
[21]National Institute for Health and Care Excellence. Subarachnoid haemorrhage caused by a ruptured aneurysm: diagnosis and management. Nov 2022 [nternet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng228
A obliteração completa do aneurisma é recomendada sempre que possível.[20]Hoh BL, Ko NU, Amin-Hanjani S, et al. 2023 Guideline for the management of patients with aneurysmal subarachnoid hemorrhage: a guideline from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2023 Jul;54(7):e314-70.
https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/STR.0000000000000436
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37212182?tool=bestpractice.com
O tratamento dos aneurismas não rotos coexistentes também deve ser considerado.
O International Subarachnoid Aneurysm Trial (ISAT) comparou a segurança e a eficácia da embolização endovascular e da clipagem cirúrgica para o tratamento dos aneurismas cerebrais rotos.[52]Molyneux A, Kerr R, Stratton I, et al. International Subarachnoid Aneurysm Trial (ISAT) of neurosurgical clipping versus endovascular coiling in 2143 patients with ruptured intracranial aneurysms: a randomised trial. Lancet. 2002 Oct 26;360(9342):1267-74.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12414200?tool=bestpractice.com
Os resultados primários do ISAT mostraram que, entre pacientes igualmente adequados às duas opções de tratamento, a embolização endovascular apresentou desfechos substancialmente melhores que a cirurgia em termos de sobrevida livre de incapacidades em 1 ano. Um estudo de acompanhamento dos participantes do ISAT demonstrou que a embolização endovascular também estava associada a uma maior sobrevida em longo prazo (em 10 anos) quando comparada com o reparo neurocirúrgico.[53]Molyneux AJ, Birks J, Clarke A, et al. The durability of endovascular coiling versus neurosurgical clipping of ruptured cerebral aneurysms: 18 year follow-up of the UK cohort of the International Subarachnoid Aneurysm Trial (ISAT). Lancet. 2015 Feb 21;385(9969):691-7.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4356153
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25465111?tool=bestpractice.com
Dados de uma revisão sistemática de 2018 sobre ensaios randomizados mostraram que, para pacientes em boas condições clínicas com aneurismas rotos, a embolização está associada a um desfecho melhor do que a cirurgia. Não existe evidência de estudo consistente para pacientes em condições clínicas desfavoráveis.[54]Lindgren A, Vergouwen MD, van der Schaaf I, et al. Endovascular coiling versus neurosurgical clipping for people with aneurysmal subarachnoid haemorrhage. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Aug 15;8:CD003085.
https://www.doi.org/10.1002/14651858.CD003085.pub3
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30110521?tool=bestpractice.com
Um bypass extracraniano-intracraniano pode ser considerado se a aplicação de um clipe ou a embolização não puderem ser realizados.[55]Schaller B. Extracranial-intracranial bypass to reduce the risk of ischemic stroke in intracranial aneurysms of the anterior cerebral circulation: a systematic review. J Stroke Cerebrovasc Dis. 2008 Sep;17(5):287-98.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18755409?tool=bestpractice.com
Os dispositivos de desvio de fluxo não são recomendados para os aneurismas cerebrais rotos devido a uma alta taxa de complicações observadas, incluindo nova ruptura do aneurisma, trombose do dispositivo e complicações da terapia antiagregante plaquetária dupla associada, e só devem ser considerados quando nenhum outro método efetivo de tratamento do aneurisma for viável.[56]Giorgianni A, Agosti E, Molinaro S, et al. Flow diversion for acutely ruptured intracranial aneurysms treatment: a retrospective study and literature review. J Stroke Cerebrovasc Dis. 2022 Mar;31(3):106284.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35007933?tool=bestpractice.com
[57]Ten Brinck MFM, Jäger M, de Vries J, et al. Flow diversion treatment for acutely ruptured aneurysms. J Neurointerv Surg. 2020 Mar;12(3):283-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31446429?tool=bestpractice.com
Os dados atuais sugerem que os disruptores de fluxo intrasacular podem ser tão seguros nos aneurismas rotos quanto nos aneurismas não rotos, mas as limitações em suas taxas de oclusão em longo prazo impedem sua recomendação rotineira em vez dos métodos estabelecidos.[58]Diestro JDB, Dibas M, Adeeb N, et al. Intrasaccular flow disruption for ruptured aneurysms: an international multicenter study. J Neurointerv Surg. 2022 Jul 22;neurintsurg-2022-019153. [Epub ahead of print].
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35868856?tool=bestpractice.com
Ver Hemorragia subaracnoide para obter mais informações sobre o tratamento de aneurismas cerebrais rompidos.
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Exemplo de uma mola usada para tratar aneurismas cerebraisDe: Sellar M. Practical Neurology. 2005;5:28-37. Usada com permissão [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Imagens angiográficas progressivas de um pequeno aneurisma dissecante da porção distal da artéria basilar após hemorragia subaracnoide e intraventricular, no dia 3 (A), dia 23 (B), dia 30 (C) e 6 meses (D) após embolização assistida por stent. As setas indicam os stents marcadores proximal e distalDe: Peluso JP, van Rooij WJ, Sluzewski M. BMJ Case Reports 2009; doi:10.1136/bcr.2007.121533. Usada com permissão [Citation ends].
Cuidados de suporte para aneurismas rotos
O paciente deve ser monitorado rigorosamente para complicações como hidrocefalia ou vasoespasmo cerebral em um local silencioso na unidade de terapia neurointensiva.Se o paciente estiver agitado, uma sedação leve é recomendável.A cabeceira da cama deve ser elevada a cerca de 30°.
O nível de consciência deve ser avaliado com o uso da escala de coma de Glasgow, devendo ser estabelecida as necessidades de intubação endotraqueal e ventilação mecânica.Deve-se monitorar a pressão arterial (PA), a frequência cardíaca e a função respiratória de maneira rigorosa.[20]Hoh BL, Ko NU, Amin-Hanjani S, et al. 2023 Guideline for the management of patients with aneurysmal subarachnoid hemorrhage: a guideline from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2023 Jul;54(7):e314-70.
https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/STR.0000000000000436
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37212182?tool=bestpractice.com
Apesar da preocupação de que pressões arteriais extremas possam precipitar eventos de ressangramento, os parâmetros e métodos específicos de tratamento da hipertensão arterial na fase aguda não foram estabelecidos.Quando os pacientes estão gravemente hipertensos (>180-200 mmHg), a PA deve ser gradualmente controlada enquanto se equilibra o risco de baixa perfusão cerebral ou sistêmica e de vasoespasmo cerebral.Uma meta de PA sistólica <160 mmHg (ou pressão arterial média <110 mmHg) é razoável, mas fatores específicos do paciente, como PA à apresentação, edema cerebral, hidrocefalia e história de hipertensão e comprometimento renal, devem ser considerados ao se decidir sobre uma meta individualizada para a PA.[20]Hoh BL, Ko NU, Amin-Hanjani S, et al. 2023 Guideline for the management of patients with aneurysmal subarachnoid hemorrhage: a guideline from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2023 Jul;54(7):e314-70.
https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/STR.0000000000000436
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37212182?tool=bestpractice.com
[59]Diringer MN, Bleck TP, Claude Hemphill J 3rd, et al. Critical care management of patients following aneurysmal subarachnoid hemorrhage: recommendations from the Neurocritical Care Society's Multidisciplinary Consensus Conference. Neurocrit Care. 2011 Sep;15(2):211-40.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21773873?tool=bestpractice.com
O bloqueio do canal de cálcio com nimodipino é feito em todos os pacientes.[20]Hoh BL, Ko NU, Amin-Hanjani S, et al. 2023 Guideline for the management of patients with aneurysmal subarachnoid hemorrhage: a guideline from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2023 Jul;54(7):e314-70.
https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/STR.0000000000000436
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37212182?tool=bestpractice.com
[21]National Institute for Health and Care Excellence. Subarachnoid haemorrhage caused by a ruptured aneurysm: diagnosis and management. Nov 2022 [nternet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng228
Os pacientes com vasoespasmo que não respondem rapidamente à terapia hipertensiva podem necessitar de angioplastia cerebral e vasodilatação intra-arterial com bloqueadores dos canais de cálcio.[20]Hoh BL, Ko NU, Amin-Hanjani S, et al. 2023 Guideline for the management of patients with aneurysmal subarachnoid hemorrhage: a guideline from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2023 Jul;54(7):e314-70.
https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/STR.0000000000000436
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37212182?tool=bestpractice.com
Laxativos são administrados para evitar manobras de Valsalva, que podem causar picos de PA sistólica e pressão intratorácica.