Prevenção primária

A tiamina profilática deve ser oferecida a pacientes com abstinência alcoólica para prevenir a encefalopatia de Wernicke, pois esses pacientes apresentam alto risco de desenvolver o transtorno.[64][65]​​[66]​ A escolha da via de administração (oral ou parenteral) dependerá se o paciente:

  • Está recebendo tratamento ambulatorial ou hospitalar (para abstinência alcoólica ou para qualquer outra doença ou lesão aguda)

  • Está desnutrido ou em risco de desnutrição

  • Tem doença hepática descompensada.

Consulte Abstinência alcoólica.

A fortificação com tiamina é outra estratégia para reduzir a prevalência de deficiência de tiamina e, portanto, o risco de encefalopatia de Wernicke entre populações vulneráveis. Na Austrália, a introdução de farinha de pão enriquecida com tiamina reduziu a prevalência da encefalopatia de Wernicke de 4.7% para 1.1%.[67] Outros países nos quais a adição de tiamina nos alimentos é obrigatória ou recomendada incluem EUA, Reino Unido, Canadá, Dinamarca, Japão e México. O impacto geral dessas medidas na prevalência da encefalopatia de Wernicke não foi rigorosamente avaliado.

Existem poucos programas obrigatórios de fortificação com tiamina em países de baixa e média renda.[68]​ Estratégias futuras nessas regiões devem levar em consideração as práticas alimentares tradicionais locais ou regionais.

Prevenção secundária

Caso seja apropriado, os pacientes devem receber aconselhamento quanto à cessação do consumo de bebidas alcoólicas e devem ser incluídos em programas comunitários apropriados. Recomenda-se acompanhamento periódico para garantir que os pacientes não sofram recidivas e continuem a aderir às recomendações relativas à suplementação de tiamina em longo prazo e à correção de deficiências nutricionais.

Consulte Transtornos decorrentes do uso de bebidas alcoólicas.

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