Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

suspeita de encefalopatia de Wernicke

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estabilização/ressuscitação + tiamina parenteral

Após qualquer estabilização e ressuscitação necessárias, todos os pacientes com suspeita de encefalopatia de Wernicke devem ser tratados com administração parenteral de tiamina em altas doses para evitar lesão neurológica permanente e psicose de Korsakoff subsequente ou morte.[1][23]​ Entretanto, dada a falta de evidências de qualidade e consenso global sobre dosagem, preparação e cronograma, geralmente há variabilidade significativa na administração de tiamina no tratamento de emergência.[1][69][80][81]​​ Na ausência de dados de ensaios clínicos randomizados e controlados que afirmem uma dose específica, altas doses de tiamina são preferenciais devido à relação risco-benefício favorável.[1][82]

A duração do tratamento é orientada pela resposta clínica. A oftalmoplegia provavelmente será o primeiro sinal de resposta após a reposição de tiamina, com recuperação completa após algumas horas, exceto por um nistagmo horizontal fino residual em até 60% dos pacientes.[17]​ A ataxia pode se resolver ao longo de vários dias, mas pode ser incompleta. A melhora no estado mental geralmente leva várias semanas para ser observada.

A European Federation of Neurological Societies recomenda que a administração parenteral urgente de tiamina seja continuada até que não haja mais melhora nos sinais e sintomas. No entanto, o National Institute of Health and Care Excellence (NICE) do Reino Unido recomenda que o tratamento seja continuado por no mínimo 5 dias, a menos que a encefalopatia de Wernicke seja descartada.[1][66]

O efeito adverso mais comum associado à administração parenteral de tiamina são reações no local da injeção, que tendem a ser leves e autolimitadas.[85]​ Embora rara, a anafilaxia foi observada após administração parenteral de tiamina.[82][85][86] Os pacientes devem ser monitorados quanto a reações adversas graves ou anafilaxia e a administração deve ser interrompida imediatamente quando observada.

Algumas orientações sugerem que a tiamina deve ser administrada antes de qualquer infusão de glicose, pois a dextrose intravenosa pode precipitar a encefalopatia de Wernicke em indivíduos com deficiência de tiamina.[1][23] Entretanto, há falta de consenso em relação a essa abordagem e poucas evidências que sugiram que a administração de glicose deva ser adiada, caso seja necessário.[87]​ Se o paciente apresentar sintomas agudos de hipoglicemia, a tiamina parenteral deve ser administrada simultaneamente com (ou o mais rápido possível após) fluidoterapia intravenosa contendo glicose.[64]

Opções primárias

tiamina: 200-500 mg por via intravenosa/intramuscular a cada 8 horas por 2-7 dias, seguido por 250 mg por via intravenosa/intramuscular a cada 24 horas por 3-5 dias, depois 100 mg por via oral uma vez ao dia até não haver mais risco

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suplementação vitamínica/mineral

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os deficits nutricionais devem ser corrigidos em pacientes com transtornos decorrentes do uso de bebidas alcoólicas e aqueles com outros fatores de risco para encefalopatia de Wernicke.[80][83]​​[84]​ A deficiência de magnésio geralmente coexiste com a deficiência de tiamina e sua correção é fundamental, pois é um cofator necessário para o funcionamento normal de diversas enzimas dependentes de tiamina.[48] A suplementação com vitaminas hidrossolúveis, especialmente niacina (vitamina B3) e piridoxina (vitamina B6), também é recomendada, pois pacientes com encefalopatia de Wernicke geralmente apresentam deficiência dessas vitaminas.[23] Existem vários suplementos vitamínicos e/ou minerais; consulte a fonte local de informações sobre medicamentos para obter mais informações.

CONTÍNUA

alto risco de deficiência de tiamina

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suplementação de tiamina em longo prazo

Pacientes com alto risco de deficiência de tiamina podem se beneficiar de tiamina suplementar em baixas doses, por via parenteral ou oral, dependendo das circunstâncias clínicas.[1][66]​ Isso inclui pacientes com transtorno decorrente do uso de bebidas alcoólicas ou história de intoxicação alcoólica; com vômitos repetidos ou ingestão oral inadequada; que estão hospitalizados; com história de encefalopatia de Wernicke; que estão imunocomprometidos com câncer ou recebendo quimioterapia; que passaram por cirurgia gastrointestinal recente (particularmente cirurgia bariátrica); recebendo hemodiálise crônica.

Não há orientação formal para terapia de longo prazo, mas a suplementação de tiamina pode ser continuada por vários meses, dependendo do quadro clínico e dos fatores de risco do paciente.[23]

Opções primárias

tiamina: 100-200 mg por via oral/intramuscular uma vez ao dia

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suplementação vitamínica/mineral

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os deficits nutricionais devem ser corrigidos em pacientes com transtornos decorrentes do uso de bebidas alcoólicas e aqueles com outros fatores de risco para encefalopatia de Wernicke.[80][83]​​[84]​​ A deficiência de magnésio geralmente coexiste com a deficiência de tiamina e sua correção é fundamental, pois é um cofator necessário para o funcionamento normal de diversas enzimas dependentes de tiamina.[48] A suplementação com vitaminas hidrossolúveis, especialmente niacina (vitamina B3) e piridoxina (vitamina B6), também é recomendada, pois pacientes com encefalopatia de Wernicke geralmente apresentam deficiência dessas vitaminas.[23] Existem vários suplementos vitamínicos e/ou minerais; consulte a fonte local de informações sobre medicamentos para obter mais informações.

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