Monitoramento

O ácido ursodesoxicólico deve ser mantido indefinidamente. As diretrizes dos EUA e da Europa recomendam avaliar a resposta bioquímica ao tratamento em 12 meses para estratificar o risco dos pacientes. Pacientes de baixo risco (responsivos ao ácido ursodesoxicólico) devem então ter acompanhamento individualizado de acordo com a carga de sintomas e o estágio da doença. Pacientes de alto risco (aqueles que apresentam uma resposta inadequada ao tratamento) devem ser considerados para tratamentos de segunda linha.[14][15]

A resposta ao tratamento pode ser avaliada usando sistemas de escores quantitativos (escores de risco GLOBE e UK-PBC) ou qualitativos (critérios Paris-I, Paris-II, Rotterdam, Toronto, Rochester, Ehime).[30]​ A ferramenta escolhida deve incluir medições de FA e bilirrubina, pois essas são as duas variáveis mais fortes usadas para prever o prognóstico.[15]

A medição da rigidez hepática (LSM) por elastografia transitória (TE) surgiu recentemente como uma técnica importante para avaliar o prognóstico e a resposta ao tratamento. As diretrizes dos EUA a mencionam como uma técnica emergente, enquanto as diretrizes europeias definem um papel claro para ela, tanto em termos de estratificação de risco na linha basal quanto durante o acompanhamento do tratamento.[14][15] Atualmente, faltam evidências quanto ao intervalo de tempo ideal entre as LSMs subsequentes, mas a sugestão atual é repetir a LSM a cada 2 anos em pacientes com doença em estágio inicial e anualmente em pacientes com doença avançada.[15]

A triagem regular para carcinoma hepatocelular com ultrassonografia +/- alfafetoproteína é recomendada em intervalos de 6 meses em pacientes com cirrose e pacientes do sexo masculino.[14][15]

As diretrizes dos EUA também recomendam o monitoramento de testes hepáticos a cada 3-6 meses, densitometria mineral óssea a cada 2 anos, TSH anual, monitoramento anual de vitaminas lipossolúveis em pacientes com icterícia e endoscopia digestiva alta a cada 1-3 anos se cirrótico, escore de risco de Mayo >4.1, ou a elastografia transiente mostra um escore ≥17 kPa.[14]

A deterioração da função de síntese do fígado (elevação da concentração de bilirrubina e tempo de protrombina e queda da concentração de albumina) é um indicador de doença progressiva ou cirrose e deve levar a uma investigação mais aprofundada.[27]

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