Tal como acontece com todas as outras formas de demência, o cuidado das pessoas com demência vascular deve se concentrar em garantir a segurança do paciente e de outras pessoas, e dar tranquilização e apoio ao paciente e aos cuidadores. O tratamento será determinado pelos sintomas individuais de cada paciente e pelas necessidades e capacidade de resposta dos cuidadores.
A prevenção de outras doenças cerebrovasculares por meio do controle ideal dos principais fatores de risco nad pessoas com história de AVC ou ataque isquêmico transitório (AIT) é o principal objetivo do tratamento para pacientes com demência vascular.
A escolha do tratamento preventivo é influenciada pela provável etiologia da lesão cerebral focal e pelo tipo e localização da lesão vascular.[69]Kleindorfer DO, Towfighi A, Chaturvedi S, et al. 2021 guideline for the prevention of stroke in patients with stroke and transient ischemic attack: a guideline from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2021 Jul;52(7):e364-467.
https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/STR.0000000000000375
Isso inclui os pacientes com doença aterosclerótica isquêmica e doença cardioembólica. A doença aterosclerótica refere-se à doença sem uma fonte cardíaca definitiva para os êmbolos cerebrais e com suspeita de patogênese artéria a artéria da embolia. A doença cardioembólica refere-se à doença com uma fonte cardíaca definitiva para os êmbolos cerebrais (por exemplo, fibrilação atrial, valvopatia cardíaca, trombo ventricular esquerdo).
Um outro aspecto do cuidado compreende intervenções para o controle de sintomas comportamentais e psicológicos.
Prevenção de doença cerebrovascular
As principais opções de tratamento para a prevenção das doenças cerebrovasculares são as seguintes:
Para pacientes com doença aterosclerótica: terapia antiagregante plaquetária, além de endarterectomia carotídea ou angioplastia carotídea e implante de stent para aqueles com estenose carotídea[69]Kleindorfer DO, Towfighi A, Chaturvedi S, et al. 2021 guideline for the prevention of stroke in patients with stroke and transient ischemic attack: a guideline from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2021 Jul;52(7):e364-467.
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Para os pacientes com doença cardioembólica: anticoagulação.[69]Kleindorfer DO, Towfighi A, Chaturvedi S, et al. 2021 guideline for the prevention of stroke in patients with stroke and transient ischemic attack: a guideline from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2021 Jul;52(7):e364-467.
https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/STR.0000000000000375
Intervenções de modificação do estilo de vida também devem ser iniciadas conforme aplicáveis.
Terapia antiagregante plaquetária
A aspirina é útil para prevenção secundária da doença cerebrovascular. Não há boas evidências de que a aspirina seja eficaz no tratamento de sintomas cognitivos em pacientes com demência vascular.[70]Williams PS, Rands G, Orrel M, et al. Aspirin for vascular dementia. Cochrane Database Syst Rev. 2000;(4):CD001296.
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As evidências apoiam o uso de monoterapia com aspirina, ou de tratamento combinado com aspirina associada a clopidogrel ou aspirina associada a ticagrelor, para prevenir novos infartos nos pacientes com AVC ou AIT relacionado a doença aterosclerótica ou de pequenos vasos.[69]Kleindorfer DO, Towfighi A, Chaturvedi S, et al. 2021 guideline for the prevention of stroke in patients with stroke and transient ischemic attack: a guideline from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2021 Jul;52(7):e364-467.
https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/STR.0000000000000375
A seleção do antiagregante plaquetário deve ser individualizada com base nos perfis de fatores de risco do paciente, na tolerância, na eficácia relativa conhecida dos agentes, e em outras características clínicas.
Endarterectomia carotídea ou angioplastia carotídea e colocação de stent
A endarterectomia carotídea é o tratamento de escolha para a estenose carotídea unilateral sintomática (grau >70%) nos pacientes que tiverem sofrido um AVC ou AIT não incapacitante nos últimos 6 meses.[69]Kleindorfer DO, Towfighi A, Chaturvedi S, et al. 2021 guideline for the prevention of stroke in patients with stroke and transient ischemic attack: a guideline from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2021 Jul;52(7):e364-467.
https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/STR.0000000000000375
A angioplastia carotídea e a colocação de stent podem ser indicadas como uma alternativa à endarterectomia carotídea para os pacientes sintomáticos com risco médio ou baixo de complicações associadas a uma intervenção endovascular quando o diâmetro do lúmen da artéria carótida interna estiver reduzido em >70% em exames de imagem não invasivos, ou >50% em exames de imagem por cateter ou exames de imagem não invasivos com corroboração, e a taxa prevista de AVC ou morte periprocedurais for <6%.[69]Kleindorfer DO, Towfighi A, Chaturvedi S, et al. 2021 guideline for the prevention of stroke in patients with stroke and transient ischemic attack: a guideline from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2021 Jul;52(7):e364-467.
https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/STR.0000000000000375
Consultar Estenose de artéria carótida (Manejo). Nos pacientes com mais de 70 anos, a endarterectomia carotídea pode estar associada a melhores desfechos em comparação com a angioplastia carotídea e colocação de stent, especialmente quando a anatomia arterial não for favorável a uma intervenção endovascular.[69]Kleindorfer DO, Towfighi A, Chaturvedi S, et al. 2021 guideline for the prevention of stroke in patients with stroke and transient ischemic attack: a guideline from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2021 Jul;52(7):e364-467.
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Anticoagulação
A varfarina é altamente eficaz na redução do risco de AVC cardioembólico em pacientes com fibrilação atrial.[71]Writing Committee Members, Joglar JA, Chung MK, et al. 2023 ACC/AHA/ACCP/HRS guideline for the diagnosis and management of atrial fibrillation: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. J Am Coll Cardiol. 2024 Jan 2;83(1):109-279.
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Os anticoagulantes orais de ação direta apixabana, dabigatrana, rivaroxabana e edoxabana também são efetivos na redução dos AVCs cardioembólicos em pacientes com fibrilação atrial não valvar.[71]Writing Committee Members, Joglar JA, Chung MK, et al. 2023 ACC/AHA/ACCP/HRS guideline for the diagnosis and management of atrial fibrillation: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. J Am Coll Cardiol. 2024 Jan 2;83(1):109-279.
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Consultar Fibrilação atrial estabelecida (Manejo).
Modificação no estilo de vida
A modificação agressiva dos fatores de risco para reduzir o risco de AVC também deve ser iniciada, incluindo atividade física, modificação alimentar, redução do colesterol, controle da pressão arterial e controle do diabetes/glicemia.
Os pacientes que conseguirem se exercitar devem fazer 40 minutos de exercícios de intensidade moderada a vigorosa de 3 a 4 vezes por semana. Os fumantes devem ser aconselhados a parar de fumar. Os pacientes com alto consumo de álcool devem ser aconselhados a reduzir o consumo ou parar de beber completamente.[69]Kleindorfer DO, Towfighi A, Chaturvedi S, et al. 2021 guideline for the prevention of stroke in patients with stroke and transient ischemic attack: a guideline from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2021 Jul;52(7):e364-467.
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Tratamentos para melhorar os sintomas cognitivos ou para prevenir o agravamento da demência relacionada à doença cerebrovascular
Inibidores da colinesterase e memantina
Os efeitos dos inibidores da colinesterase e da memantina são modestos e de benefício clínico incerto nos pacientes com demência com uma etiologia puramente vascular.[72]Demaerschalk BM, Wingerchuk DM. Treatment of vascular dementia and vascular cognitive impairment. Neurologist. 2007 Jan;13(1):37-41.
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[78]Battle CE, Abdul-Rahim AH, Shenkin SD, et al. Cholinesterase inhibitors for vascular dementia and other vascular cognitive impairments: a network meta-analysis. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Feb 22;2(2):CD013306.
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No entanto, uma doença de Alzheimer (DA) coexistente pode justificar esse tratamento, pois os inibidores da colinesterase e a memantina têm algum benefício nesses pacientes.[77]McShane R, Westby MJ, Roberts E, et al. Memantine for dementia. Cochrane Database Syst Rev. 2019 Mar 20;(3):CD003154.
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Acredita-se que a demência mista, a qual compreende uma DA e uma demência vascular coexistentes, ocorra em uma proporção significativa dos pacientes com demência.[28]Jellinger KA, Attems J. Neuropathological evaluation of mixed dementia. J Neurol Sci. 2007 Jun 15;257(1-2):80-7.
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Os inibidores da colinesterase são indicados para DA leve a grave. Os benefícios clínicos são modestos, mas foi relatado que continuam por mais de 1 ano com a manutenção do tratamento.[79]Birks J. Cholinesterase inhibitors for Alzheimer's disease. Cochrane Database Syst Rev. 2006 Jan 25;(1):CD005593.
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[81]Howard R, McShane R, Lindesay J, et al. Donepezil and memantine for moderate-to-severe Alzheimer's disease. N Engl J Med. 2012 Mar 8;366(10):893-903.
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A memantina é indicada para a DA moderada a grave.[77]McShane R, Westby MJ, Roberts E, et al. Memantine for dementia. Cochrane Database Syst Rev. 2019 Mar 20;(3):CD003154.
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A coadministração de memantina com um inibidor da colinesterase pode ser considerada conforme a gravidade da DA piora. A memantina pode ser administrada como tratamento único, caso os inibidores da colinesterase sejam contraindicados, não sejam tolerados e/ou tiverem se mostrado inefetivos. A donepezila e a galantamina parecem ter o maior efeito na cognição dos pacientes com comprometimento cognitivo vascular e, portanto, os pacientes podem querer considerá-las, dada a ausência de outras opções de tratamento.[78]Battle CE, Abdul-Rahim AH, Shenkin SD, et al. Cholinesterase inhibitors for vascular dementia and other vascular cognitive impairments: a network meta-analysis. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Feb 22;2(2):CD013306.
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Sabe-se que os inibidores da colinesterase têm efeitos cardiovasculares e neurológicos e, com o tratamento de longo prazo, há boas evidências que confirmam que eles reduzem a mortalidade por todas as causas nos pacientes com demência.[82]Truong C, Recto C, Lafont C, et al. Effect of cholinesterase inhibitors on mortality in patients with dementia: a systematic review of randomized and nonrandomized trials. Neurology. 2022 Nov 14;99(20):e2313-25.
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Medicamentos anti-hipertensivos
Os resultados de dois estudos sugeriram um efeito do inibidor da ECA, perindopril, e do bloqueador dos canais de cálcio, nitrendipina, na prevenção da DA e da demência relacionada a AVCs.[83]Hanon O, Forette F. Prevention of dementia: lessons from SYST-EUR and PROGRESS. J Neurol Sci. 2004 Nov 15;226(1-2):71-4.
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Revisões sistemáticas revelaram um benefício com a nimodipina, outro bloqueador dos canais de cálcio, e também com os inibidores da ECA e diuréticos.[84]López Arrieta J, Birks J. Nimodipine for primary degenerative, mixed and vascular dementia. Cochrane Database Syst Rev. 2002;(3):CD000147.
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[
]
Is there randomized controlled trial evidence to support the use of nimodipine in people with primary degenerative, mixed and vascular dementia?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.194/fullMostre-me a resposta No entanto, as evidências sobre se o tratamento para baixar a pressão arterial evita ou protela o declínio cognitivo em pacientes com ou sem doença cerebrovascular prévia são confusas.[86]McGuinness B, Todd S, Passmore P, et al. Blood pressure lowering in patients without prior cerebrovascular disease for prevention of cognitive impairment and dementia. Cochrane Database Syst Rev. 2009 Oct 7;2009(4):CD004034.
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[87]Zonneveld TP, Richard E, Vergouwen MD, et al. Blood pressure-lowering treatment for preventing recurrent stroke, major vascular events, and dementia in patients with a history of stroke or transient ischaemic attack. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Jul 19;(7):CD007858.
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O tratamento anti-hipertensivo é de benefício comprovado para a prevenção da doença cerebrovascular e deve ser usado para esse fim, um efeito indireto do que pode ser a prevenção do declínio cognitivo relacionado ao AVC.
Estatinas
Estudos sobre o uso de estatinas para melhorar a função cognitiva não mostraram benefícios claros.[89]Etminan M, Gill S, Sammii A. The role of lipid-lowering drugs in cognitive function: a meta-analysis of observational studies. Pharmacotherapy. 2003 Jun;23(6):726-30.
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Demonstrou-se que o tratamento com estatinas não previne declínio cognitivo ou demência em pessoas com risco de doença vascular.[91]McGuinness B, Craig D, Bullock R, et al. Statins for the prevention of dementia. Cochrane Database Syst Rev. 2016 Jan 4;(1):CD003160.
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Não há evidências robustas para confirmar as associações sugeridas entre uma redução agressiva do colesterol LDL e os efeitos tóxicos sobre o cérebro, incluindo o maior risco de demência e AVC hemorrágico.[92]Goldstein LB, Toth PP, Dearborn-Tomazos JL, et al. Aggressive LDL-C lowering and the brain: impact on risk for dementia and hemorrhagic stroke: a scientific statement from the American Heart Association. Arterioscler Thromb Vasc Biol. 2023 Oct;43(10):e404-42.
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O principal papel das estatinas no tratamento de demência vascular é prevenir outros eventos isquêmicos. Existem boas evidências para apoiar o uso de estatinas na prevenção secundária do AVC.[93]Collins R, Reith C, Emberson J, et al. Interpretation of the evidence for the efficacy and safety of statin therapy. Lancet. 2016 Nov 19;388(10059):2532-61.
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[94]Grundy SM, Stone NJ, Bailey AL, et al. 2018 AHA/ACC/AACVPR/AAPA/ABC/ACPM/ADA/AGS/APhA/ASPC/NLA/PCNA guideline on the management of blood cholesterol: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association task force on clinical practice guidelines. Circulation. 2019 Jun 18;139(25):e1082-143.
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As estatinas podem ser indicadas para prevenção primária de doença cerebrovascular em pacientes com doença cardioembólica e colesterol de lipoproteína de baixa densidade elevado ou diabetes, ou após uma discussão sobre o risco entre o médico e o paciente.[94]Grundy SM, Stone NJ, Bailey AL, et al. 2018 AHA/ACC/AACVPR/AAPA/ABC/ACPM/ADA/AGS/APhA/ASPC/NLA/PCNA guideline on the management of blood cholesterol: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association task force on clinical practice guidelines. Circulation. 2019 Jun 18;139(25):e1082-143.
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Manejo do diabetes
A otimização do controle da glicose nos pacientes com diabetes pode reduzir o risco de doenças macrovasculares e microvasculares.[95]Stratton IM, Adler AI, Neil HA, et al. Association of glycaemia with macrovascular and microvascular complications of type 2 diabetes (UKPDS 35): prospective observational study. BMJ. 2000 Aug 12;321(7258):405-12.
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Tratamentos não farmacológicos para o comprometimento cognitivo
A terapia de estimulação cognitiva ou treinamento cognitivo pode melhorar a função cognitiva nos pacientes com demência leve a moderada, mas as evidências são de baixa qualidade.[96]Carrion C, Folkvord F, Anastasiadou D, et al. Cognitive therapy for dementia patients: a systematic review. Dement Geriatr Cogn Disord. 2018;46(1-2):1-26.
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A reabilitação cognitiva é útil para permitir que as pessoas com demência leve a moderada melhorem o manejo das atividades cotidianas por meio de uma abordagem personalizada e focada em soluções.[99]Kudlicka A, Martyr A, Bahar-Fuchs A, et al. Cognitive rehabilitation for people with mild to moderate dementia. Cochrane Database Syst Rev. 2023 Jun 29;6(6):CD013388.
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Manejo dos sintomas comportamentais e psicológicos
Vários sintomas comportamentais e psicológicos estão associados à demência vascular e à demência mista, e tratá-los é uma parte importante do tratamento da demência. Eles incluem depressão, apatia, agitação, agressividade e perturbação do sono.
Estratégias não farmacológicas para manejo dos sintomas comportamentais e psicológicos
As famílias e os cuidadores devem ser encorajados a promover o funcionamento independente pelo máximo de tempo possível. Os sintomas de apatia ou depressão podem ser melhorados encorajando-se reuniões e atividades sociais (como jardinagem, limpeza e arrumar a mesa) para fornecer uma rotina à pessoa e estimular um senso de utilidade. As ações que podem ser úteis para reduzir a agitação incluem explicar as ações do cuidador com antecedência, dar instruções por escrito e usar calendários, relógios e gráficos para ajudar os pacientes a se manterem orientados quanto ao tempo e ao espaço. Os pacientes com agitação também podem responder bem a massoterapias, intervenções assistidas por animais e atividades personalizadas.[100]Leng M, Zhao Y, Wang Z. Comparative efficacy of non-pharmacological interventions on agitation in people with dementia: A systematic review and Bayesian network meta-analysis. Int J Nurs Stud. 2020 Feb;102:103489.
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Também há algumas evidências de que as atividades personalizadas podem reduzir o comportamento desafiador nas pessoas com demência que vivem na comunidade.[101]Möhler R, Renom A, Renom H, et al. Personally tailored activities for improving psychosocial outcomes for people with dementia in community settings. Cochrane Database Syst Rev. 2020 Aug 17;(8):CD010515.
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As intervenções psicológicas (por exemplo, terapia cognitivo-comportamental, terapias interpessoais) podem reduzir a depressão e a ansiedade nas pessoas com demência, mas não são tão efetivas quanto nas pessoas que não têm demência.[102]Orgeta V, Qazi A, Spector A, et al. Psychological treatments for depression and anxiety in dementia and mild cognitive impairment: systematic review and meta-analysis. Br J Psychiatry. 2015 Oct;207(4):293-8.
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Intervenções não medicamentosas, como massoterapia e estimulação cognitiva combinadas com exercícios e interação social, podem ser mais efetivas que os medicamentos para tratar a depressão nos pacientes com demência.[104]Watt JA, Goodarzi Z, Veroniki AA, et al. Comparative efficacy of interventions for reducing symptoms of depression in people with dementia: systematic review and network meta-analysis. BMJ. 2021 Mar 24;372:n532.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7988455
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33762262?tool=bestpractice.com
Outras estratégias para reduzir as dificuldades comportamentais podem incluir: agendamento de idas ao banheiro e encorajamento à micção; tocar música, especialmente durante as refeições e banhos; e encorajar caminhadas ou exercícios leves.
Embora haja um consenso geral de que a perturbação do sono está associada à demência e a redução da cognição, faltam evidências sobre quais intervenções são mais efetivas para superar ou prevenir isso.[105]Gottesman RF, Lutsey PL, Benveniste H, et al. Impact of sleep disorders and disturbed sleep on brain health: a scientific statement from the American Heart Association. Stroke. 2024 Mar;55(3):e61-76.
https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/STR.0000000000000453
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[106]Wilfling D, Calo S, Dichter MN, et al. Non-pharmacological interventions for sleep disturbances in people with dementia. Cochrane Database Syst Rev. 2023 Jan 3;1(1):CD011881.
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Depressão: tratamento farmacológico
A depressão é comum nos pacientes com demência vascular.[107]Park JH, Lee SB, Lee JJ, et al. Depression in vascular dementia is quantitively and qualitatively different from depression in Alzheimer's disease. Dement Geriatr Cogn Disord. 2007;23:67-73.
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As evidências disponíveis não fornecem um forte apoio à eficácia dos antidepressivos no tratamento da depressão na demência.[108]Dudas R, Malouf R, McCleery J, et al. Antidepressants for treating depression in dementia. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Aug 31;(8):CD003944.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD003944.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30168578?tool=bestpractice.com
No entanto, o consenso clínico apoia realização de uma tentativa com um antidepressivo para tratar a depressão clinicamente significativa nas pessoas com demência.[109]Rabins PV, Rovner BW, Rummans T, et al. Guideline watch (October 2014): practice guideline for the treatment of patients with Alzheimer's disease and other dementias. Focus (Am Psychiatr Publ). 2017 Jan;15(1):110-28.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6519627
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Os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs), como a sertralina, citalopram e escitalopram, são preferenciais. Os ISRSs com meia-vida mais longa (ou seja, fluoxetina), aqueles com maior potencial para interação medicamentosa mediada pelo citocromo P450 (fluoxetina, paroxetina, fluvoxamina) ou os reconhecidamente mais ativantes (por exemplo, paroxetina) devem ser usados com cautela. A mirtazapina, um antidepressivo atípico, é adequada quando houver inapetência e insônia.
Os ISRSs e a mirtazapina aumentam o risco de prolongamento do QT e devem ser usados com cautela nos pacientes com condições que também aumentam o risco de prolongamento do QT (por exemplo, bradicardia, insuficiência cardíaca, cardiomiopatia, AVC, infarto do miocárdio); monitoramento regular do ECG é necessário. Há um aumento do risco de sangramento com os ISRSs, portanto, cuidado e monitoramento são necessários se o paciente estiver tomando um anticoagulante ou agente antiagregante plaquetário. A mirtazapina pode causar hipotensão ortostática e, portanto, deve ser usada com cautela nos pacientes com doença cerebrovascular que puder ser exacerbada pela hipotensão.
Os inibidores da recaptação de serotonina-noradrenalina podem ser adequados de acordo com a preferência do paciente, as comorbidades e a experiência do médico. Os antidepressivos tricíclicos não devem ser usados devido ao risco de efeitos adversos cardiovasculares significativos e de superdosagem letal.
Agitação e agressividade: tratamento farmacológico
Uma revisão Cochrane revelou que os ISRSs citalopram e sertralina foram associados a uma redução nos sintomas de agitação em comparação com o placebo em pessoas com demência, embora não tenha havido evidência específica para as pessoas com demência vascular.[110]Seitz DP, Adunuri N, Gill SS, et al. Antidepressants for agitation and psychosis in dementia. Cochrane Database Syst Rev. 2011 Feb 16;(2):CD008191.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD008191.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21328305?tool=bestpractice.com
Consulte a seção Depressão: tratamento farmacológico acima para obter os cuidados sobre o uso de ISRS.
Os antipsicóticos devem ser evitados nas pessoas com demência vascular devido ao aumento da incidência relatada de AVC e infarto do miocárdio em pessoas que tomam esses medicamentos, além da evidência de aumento da mortalidade com o uso de antipsicóticos típicos e atípicos em pacientes com demência.[111]Zivkovic S, Koh CH, Kaza N, et al. Antipsychotic drug use and risk of stroke and myocardial infarction: a systematic review and meta-analysis. BMC Psychiatry. 2019 Jun 20;19(1):189.
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[112]Huang KL, Fang CJ, Hsu CC, et al. Myocardial infarction risk and antipsychotics use revisited: a meta-analysis of 10 observational studies. J Psychopharmacol. 2017 Dec;31(12):1544-55.
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[113]Schneider-Thoma J, Efthimiou O, Huhn M, et al. Second-generation antipsychotic drugs and short-term mortality: a systematic review and meta-analysis of placebo-controlled randomised controlled trials. Lancet Psychiatry. 2018 Aug;5(8):653-63.
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[114]Kheirbek RE, Fokar A, Little JT, et al. Association between antipsychotics and all-cause mortality among community-dwelling older adults. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2019 Nov 13;74(12):1916-21.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7357455
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30753301?tool=bestpractice.com
Cuidados de suporte
A primeira etapa após o diagnóstico é fornecer educação, apoio e recursos para o paciente, sua família e cuidadores.[64]National Institute for Health and Care Excellence. Dementia: assessment, management and support for people living with dementia and their carers. June 2018 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng97
As informações devem abranger tópicos como a tendência de evolução dos sintomas, necessidades de cuidados futuros (incluindo planejamento antecipado dos cuidados) e diretrizes antecipadas ou um procurador para decisões de saúde. Os benefícios e riscos dos tratamentos não farmacológicos e farmacológicos devem ser discutidos com o paciente e sua família, para que se possam tomar decisões informadas. Deve-se disponibilizar um assistente social, psicólogo ou outro profissional da saúde mental para oferecer suporte emocional e contribuição psicossocial.
Necessidades do cuidador
As famílias e os cuidadores devem ser parte integrante dessas conversas. Eles devem ser informados sobre outras fontes de informação e grupos de apoio a cuidadores; esses últimos demonstraram ser benéficos.[115]Chien LY, Chu H, Guo JL, et al. Caregiver support groups in patients with dementia: a meta-analysis. Int J Geriatr Psychiatry. 2011 Oct;26(10):1089-98.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21308785?tool=bestpractice.com
Avaliação ambiental
Um terapeuta ocupacional deve realizar uma avaliação da segurança domiciliar, bem como uma avaliação das necessidades de transporte, condução e autocuidados.[116]Graff MJ, Adang EM, Vernooij-Dassen MJ, et al. Community occupational therapy for older patients with dementia and their care givers: cost effectiveness study. BMJ. 2008 Jan 19;336(7636):134-8.
https://www.bmj.com/content/336/7636/134.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18171718?tool=bestpractice.com
Uma marcha e um equilíbrio prejudicados são típicos da demência vascular, por isso é importante que o risco de queda seja avaliado e que as intervenções para mitigar esse risco sejam postas em prática.
Cuidados no final da vida
Os cuidados na fase avançada/terminal incluem medidas paliativas, escolhas de fim da vida e discussão dos objetivos dos cuidados com a família.[117]Chiong W, Tsou AY, Simmons Z, et al. Ethical considerations in dementia diagnosis and care: AAN position statement. Neurology. 2021 Jul 13;97(2):80-9.
https://n.neurology.org/content/97/2/80.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34524968?tool=bestpractice.com
[118]Taylor LP, Besbris JM, Graf WD, et al. Clinical guidance in neuropalliative care: an AAN position statement. Neurology. 2022 Mar 8;98(10):409-16.
https://www.doi.org/10.1212/WNL.0000000000200063
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35256519?tool=bestpractice.com
É importante avaliar essas questões no estágio final da demência, já que cuidados excessivamente agressivos, como as sondas de gastrostomia endoscópica percutânea, podem causar agravamento da morbidade e não melhorar a qualidade de vida ou a longevidade.[119]Davies N, Barrado-Martín Y, Vickerstaff V, et al. Enteral tube feeding for people with severe dementia. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Aug 13;(8):CD013503.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD013503.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34387363?tool=bestpractice.com
Muitos pacientes e famílias não estão dispostos a medidas extremas se não houver possibilidade de função independente. Explorar as preferências da família e do paciente no contexto da literatura e das informações médicas é bastante útil.[64]National Institute for Health and Care Excellence. Dementia: assessment, management and support for people living with dementia and their carers. June 2018 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng97