Investigações

Primeiras investigações a serem solicitadas

Hemograma completo com diferencial

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Necessário como parte da investigação diagnóstica do LH.

O hemograma anormal pode sugerir envolvimento da medula óssea.

A hemoglobina <10.5 g/dL é um fator de prognóstico adverso.

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hemoglobina (Hb) baixa e plaquetopenia; a contagem de leucócitos pode estar alta ou baixa

perfil metabólico completo

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Necessário como parte da investigação diagnóstica do LH.

Realizado antes do início do tratamento, para avaliar a condição basal das funções renal e hepática.

Inclui fosfatase alcalina, lactato desidrogenase, enzimas hepáticas e albumina.

A albumina baixa (<4 g/dL) é um fator de prognóstico adverso.

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normal na maioria dos pacientes com LH

velocidade de hemossedimentação (VHS)

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Necessário como parte da investigação diagnóstica do LH.

VHS >50 mm/hora sem sintomas B ou >30 mm/hora com sintomas B é um fator de prognóstico adverso.

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pode estar elevada

testes da função tireoidiana

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Testes basais da função tireoidiana são necessários, particularmente em pacientes que recebem radioterapia no pescoço. A radioterapia no pescoço pode aumentar o risco de evoluir para disfunção tireoidiana.

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pode ser normal no início do estudo e anormal após a radioterapia no pescoço

rastreamento para HIV, hepatite B, hepatite C

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A infecção por HIV, hepatite B e/ou hepatite C pode complicar o tratamento.

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pode ser positivo para HIV, hepatite B e/ou hepatite C

radiografia torácica

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Útil no diagnóstico para avaliar a presença de linfadenopatia mediastinal volumosa.

A linfadenopatia mediastinal volumosa (maior que um terço da medida intratorácica em um filme vertical posteroanterior nos interespaços T5 a T6) é um fator de prognóstico adverso.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Radiografia torácica de paciente com dispneia, mostrando mediastino alargado e deslocamento da traqueiaDo acervo pessoal de CR Kelsey [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@4953e438

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massa mediastinal; linfadenopatia mediastinal volumosa

tomografia por emissão de pósitrons/tomografia computadorizada (PET/TC)

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Deve-se realizar uma PET-CT (quando disponível) no momento do diagnóstico para avaliar a extensão da doença (ou seja, o estádio) e durante o tratamento para monitorar a resposta ao tratamento e orientar o manejo.[34][35]

É recomendável fazer uma PET-CT antes do tratamento para facilitar a interpretação dos exames de PET-CT pós-tratamento.[36][37]​​​​

Pacientes tratados com terapia de modalidade combinada devem ser submetidos a uma PET-CT após a quimioterapia para avaliar a resposta ao tratamento (por exemplo, com base nos critérios de Deauville) e para orientar o tratamento subsequente (por exemplo, com quimioterapia e/ou radioterapia).[40]

A PET parece ser uma ferramenta precisa de estadiamento. A sensibilidade e a especificidade dessa técnica são relatadas como sendo de 93% e 87%, respectivamente.[41]

Pacientes adequadamente estadiados por PET-CT não necessitam de biópsia de medula óssea para avaliar o envolvimento ósseo.[38][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Tomografia por emissão de pósitrons (PET) (axial) mostrando massa ávida por fluordesoxiglucose (FDG) no mediastino anteriorDo acervo pessoal de CR Kelsey [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@5fc88db9[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Tomografia por emissão de pósitrons (PET) (coronal) mostrando massa ávida por fluordesoxiglucose (FDG) no mediastino superiorDo acervo pessoal de CR Kelsey [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@7cd0bd6e

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os locais afetados aparecem ávidos (brilhantes) por FDG na imagem da PET

exame com gálio

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Pode-se realizar um exame com gálio para avaliar a extensão da doença se a PET-CT não estiver disponível.

O gálio libera uma dose de radiação mais alta que a PET com fluordesoxiglucose (FDG) no paciente.

Os exames com gálio parecem ser menos sensíveis que a FDG-PET, podem ser necessários vários dias para obter resultados.[42]

A captação do gálio pelo intestino pode dificultar a visualização da doença abdominal.

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os locais acometidos brilham no exame com gálio

TC com contraste (pescoço, tórax, abdome, pelve)

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Indicada em combinação com o exame com gálio, quando não há aparelho de PET-CT disponível.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Tomografia computadorizada (TC) de paciente com linfoma de Hodgkin do tipo esclerose nodular, mostrando uma massa de 11 cm no mediastino anteriorDo acervo pessoal de CR Kelsey [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@34d6e134

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pode mostrar linfonodos aumentados e outros locais da doença

biópsia excisional de linfonodos ou punção por agulha grossa (core biopsy)

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Necessário para confirmar o diagnóstico de LH e essencial antes de iniciar o tratamento.

Recomenda-se uma biópsia excisional de um linfonodo aumentado.[5][33] Em algumas circunstâncias, uma punção por agulha grossa (core biopsy) pode ser adequada.

Uma biópsia por aspiração com agulha fina nunca é adequada para o diagnóstico de LH.

A célula de Hodgkin pode ser uma típica célula de Reed-Sternberg ou uma de suas variantes, como a célula lacunar no subtipo esclerose nodular. No LH com predominância linfocítica nodular, a célula característica é a linfocítica e histiocítica (L&H), também chamada de célula pipoca.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Célula de Reed-Sternberg diagnóstica observada no centro da imagemDo acervo pessoal de CR Kelsey [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@10021a1

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células de Hodgkin em um meio celular secundário apropriado

estudos imuno-histoquímicos

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Os estudos imuno-histoquímicos são inestimáveis para a diferenciação entre o LH e outros linfomas, bem como para diferenciá-lo de outros processos não hematológicos.

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o LH clássico é positivo para CD30 e em geral, mas nem sempre, para CD15. Geralmente, ele é negativo para CD45; a positividade para CD20, por sua vez, pode ser observada em até 30% a 40% dos casos de LH clássico. O LH com predominância linfocítica nodular é, geralmente, negativo para CD15 e CD30, mas positivo para CD20 e CD45

Investigações a serem consideradas

biópsia da medula óssea

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Pacientes adequadamente estadiados por PET-CT não necessitam de biópsia de medula óssea para avaliar o envolvimento ósseo.[38]

Uma biópsia de medula óssea pode ser necessária se a PET-CT não estiver disponível ou se o paciente apresentar uma PET/CT negativa e trombocitopenia ou neutropenia inexplicável.[5][33]

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presença de células de Hodgkin

ecocardiograma ou angiografia sincronizada multinuclear (MUGA)

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Pacientes que recebem agentes quimioterápicos potencialmente cardiotóxicos (por exemplo, antraciclinas) devem ser submetidos a uma avaliação cardíaca inicial.

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distribuição irregular de tecnécio no coração e/ou fração de ejeção reduzida durante um exame MUGA indica cardiopatia; um ecocardiograma é capaz de avaliar diversos parâmetros cardíacos, incluindo a fração de ejeção, que pode estar diminuída nos pacientes cardíacos

testes de função pulmonar

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Pacientes que recebem radioterapia mediastinal e/ou quimioterapia com potencial para toxicidade pulmonar (por exemplo, bleomicina) devem realizar testes iniciais da função pulmonar.

VEF1 e capacidade de difusão dos pulmões para o monóxido de carbono são os parâmetros mais comuns.

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pode mostrar volumes pulmonares, espirometria ou capacidade de difusão reduzidos nos pacientes com doença pulmonar relacionada ao tabagismo, ou naqueles que receberam quimioterapia tóxica para os pulmões ou radioterapia mediastinal

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