Complicações

Complicação
Período de ocorrência
Probabilidade
curto prazo
alta

Espasmos musculares podem causar fraturas das vértebras e de outros ossos, assim como rabdomiólise (insuficiência renal aguda) e miosite ossificante circunscrita.[1]

curto prazo
alta

Espasmos musculares podem causar rabdomiólise que, por sua vez, pode resultar em insuficiência renal aguda.[1]

curto prazo
alta

Espasmos musculares podem causar calcificação heterotópica intramuscular (miosite ossificante circunscrita).[1]

curto prazo
alta

Existe um alto risco de aspiração como resultado da capacidade reduzida de tossir em virtude da rigidez muscular e sedação, de espasmos faríngeos, da disfagia, da estase gástrica e da pressão intra-abdominal elevada durante os espasmos. No tétano grave, os espasmos podem aumentar rapidamente em frequência e duração; o estabelecimento de uma via aérea protegida é fundamental antes da ocorrência de obstrução laríngea e/ou aspiração.

curto prazo
Médias

Enfermidade crítica e ventilação assistida podem causar infecção nosocomial.

A pneumonia hospitalar é uma complicação conhecida do tétano grave. Um ensaio clínico randomizado e controlado que envolveu 229 adultos e crianças com tétano grave no Vietnã não encontrou diferença na incidência de pneumonia hospitalar entre os que estavam sendo assistidos em posição de semidecúbito e em posição supina, embora esse achado não possa ser generalizado para os pacientes tratados em unidades de terapia intensiva de um país desenvolvido.[88]

curto prazo
Médias

A imobilização prolongada pode causar úlceras de decúbito.

curto prazo
Médias

A ventilação assistida pode causar estenose traqueal.

curto prazo
Médias

Enfermidade crítica pode causar hemorragia do trato gastrointestinal.

curto prazo
Médias

Enfermidade crítica e imobilização prolongada podem causar tromboembolismo venoso.

curto prazo
Médias

Enfermidade crítica e imobilização prolongada podem causar tromboembolismo venoso.

longo prazo
baixa

A maioria dos adultos que sobrevivem não apresenta sequelas neurológicas, embora a convalescença possa ser prolongada por causa da rigidez muscular residual por vários meses.[1] Em um estudo retrospectivo com 102 pacientes com tétano tratados em um centro terciário na Tanzânia, 8.6% dos sobreviventes receberam alta com incapacidade permanente (estado vegetativo persistente em decorrência de dano cerebral por hipóxia, amputação de membros e marcha anormal).[89]

Alguns pequenos estudos sugeriram que as sequelas neurológicas após tétano neonatal podem ser mais comuns. A frequência dessas complicações pode variar de acordo com as instalações médicas disponíveis.[2] Algumas evidências demonstraram incapacidade apreciável (paralisia cerebral, deficit mental, perturbações comportamentais) em sobreviventes de tétano neonatal, que foram atribuídas a dano por anóxia cerebral decorrente de espasmos prolongados e apneia.[90] O achado frequente de enurese, deficiência intelectual e comprometimento do crescimento entre crianças turcas que sobreviveram a tétano neonatal foi descrito em um estudo.[91] Em sobreviventes de tétano neonatal no Quênia, foi constatado um aumento na frequência de microcefalia, leves anormalidades neurológicas, deficiência no desenvolvimento (particularmente dificuldades na função motora fina) e problemas comportamentais, em comparação com outras crianças na comunidade pareadas por idade, sexo e localidade.[92]

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