História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco
bradicinesia
tremor de repouso
Um tremor de 4-6 Hz é observado em repouso e se dissipa com o uso dos membros. Geralmente, o início é assimétrico. O tremor do queixo também pode ocorrer. Esse tremor pode ressurgir quando os braços estão estendidos.[88]
rigidez
A hipertonicidade é definida como uma resistência elevada invariável dentro da amplitude de movimento passivo de uma articulação.[89] Muitas vezes, observa-se rigidez em roda dentada, principalmente (mas não apenas) se também houver tremor.
instabilidade postural
Desequilíbrios ou quedas observados no pull test ou espontaneamente; retropulsão; comum na fase média a tardia da doença.
Outros fatores diagnósticos
comuns
hipomimia
Perda do movimento facial espontâneo e da expressividade, muitas vezes observada apenas pelo companheiro do paciente.
hipofonia
Volume reduzido da voz.
disartria hipocinética
Relacionado à bradicinesia e à rigidez da musculatura orobucolingual e laríngea.
micrografia
Diminuição na amplitude da escrita manual/caligrafia.
postura encurvada
Relacionada à rigidez.
marcha arrastada
Relacionada a rigidez e bradicinesia.
distúrbios do olhar conjugado
Movimento sacádico de busca (espasmódico) e sacudidelas hipométricas (não chegando a alcançar o alvo pretendido).
fadiga
Sintoma incapacitante relatado comumente.
constipação
depressão
Queixa neuropsiquiátrica comum. Deve ser procurada nos pacientes. Pode preceder o desenvolvimento de sintomas motores.[17]
ansiedade
Muitas vezes não reconhecida, mas comum. Deve ser procurada nos pacientes. Pode preceder o desenvolvimento de sintomas motores.[17]
demência
Sintoma não motor que deve ser rastreado nas consultas; comum na fase média a tardia da doença.
Incomuns
exposição a antipsicóticos ou antieméticos
Os agentes de bloqueio da dopamina podem induzir um parkinsonismo secundário. Além disso, eles podem revelar a DP incipiente.
características do parkinsonismo atípico
Incluem início agudo, doença rapidamente progressiva, comprometimento cognitivo, instabilidade postural proeminente, disfunção autonômica grave (por exemplo, hipotensão ortostática) ou características neuropsiquiátricas significativas (por exemplo, alucinações, níveis flutuantes de alerta).
hiposmia/anosmia
Fatores de risco
Fortes
idade mais avançada
Fator de risco mais importante.
Entre os residentes de Olmsted County, Minnesota, a taxa anual média de incidência do parkinsonismo foi de 0.8/100,000 pessoas-anos em indivíduos entre 0-29 anos, aumentando progressivamente para 304.8/100,000 pessoas-anos naqueles com idade entre 80-99 anos.[3] Uma revisão mais recente da prevalência da DP na Itália relatou números de 37.8 por 100,000 habitantes em indivíduos de 0-64 anos, 578.7 em indivíduos com idade entre 65-75 anos, e 1235.7 em indivíduos com 75 anos ou mais.[4]
história de doença de Parkinson (DP) familiar na doença de início mais precoce
mutação no gene que codifica a glucocerebrosidase
exposição a 1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetra-hidropiridina (MPTP)
No início da década de 1980, essa neurotoxina produziu parkinsonismo de início agudo em um grupo de pessoas inadvertidamente expostas.[46] Ela é raramente encontrada fora dos modelos de laboratório e, portanto, impõe risco mínimo às populações em geral. No entanto, a exposição teria alta associação ao parkinsonismo.
Fracos
exposição crônica a metais
A exposição crônica a metais pesados tem sido implicada como fator de risco.[31] A exposição crônica ao manganês (ou, mineração ou soldagem) e a elevada circulação de manganês foram associadas ao parkinsonismo, mas os achados são inconsistentes.[47][48]
A hemocromatose pode causar síndrome de parkinsonismo.[49]
sexo masculino
fatores adicionais de risco genético
Muitas outras variantes genéticas foram mapeadas, e vários dos genes envolvidos foram identificados, inclusive SNCA, LRRK2, PRKN, PINK-1, GBA, DJ-1, TREM2, VPS35 e MHFTR.[18] Um estudo identificou 90 sinais de risco significativos e independentes genômicos amplos para DP em 78 regiões genômicas.[16]
Um estudo relatou uma incidência cumulativa de 2% até os 75 anos de idade em parentes de primeiro grau de indivíduos com DP, versus incidência de 1% em parentes de primeiro grau dos controles.[50]
trauma cranioencefálico
influência geográfica
Pode ser um fator de risco contribuinte, entre várias outras influências multifatoriais.
Foram relatadas variações regionais na prevalência de DP na América do Norte.[10][12]
Vários estudos relataram um aumento do risco de DP em ambientes rurais ou áreas industriais concentradas.[10][54][55]
As variações na prevalência da doença em grupos raciais individuais de diferentes áreas geográficas sugeriram aumento do risco associado à vida em zonas rurais.[56]
exposição a toxinas
A exposição a toxinas, como solventes (por exemplo, dissulfeto de carbono, tricloroetileno, percloroetileno e tetracloreto de carbono), pode contribuir com a DP, juntamente com muitos outros fatores.[57]
A exposição ocupacional a inseticidas e herbicidas foi identificada como fator de risco.[57][58] Alguns casos de parkinsonismo ocorreram após exposição aguda a paraquat ou glifosato.[59][60] Há evidências de uma associação entre a exposição ao Agente Laranja (uma mistura 1:1 de ácido 2,4-diclorofenoxiacético e ácido 2,4,5-triclorofenoxiacético) e a DP.[61]
profissão
Pode ser um fator de risco contribuinte, entre várias outras influências multifatoriais.
Foi relatado aumento do risco de DP em profissionais da saúde.[62][63] O alto nível de educação e a complexidade ocupacional foram associados ao aumento do risco.[63][64][65]
O risco de DP é maior em agricultores expostos a pesticidas.[66]
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