Epidemiologia

Apesar de ser mais comum do que outros distúrbios neurodegenerativos, a doença de Parkinson ainda é geralmente considerada rara. Diferenças metodológicas entre estudos ou metodologias inadequadas complicam os esforços de estabelecer estimativas confiáveis sobre incidência e prevalência da doença de Parkinson e sobre o possível papel epidemiológico da ascendência e do sexo.

A média da idade de início da DP é de 65 anos; a prevalência aumenta com a idade. Os casos que ocorrem em pessoas com idade dos 21-40 anos são considerados doença de Parkinson de início na juventude; pacientes com menos de 21 anos têm parkinsonismo juvenil.[2] Entre os residentes de Olmsted County, Minnesota, a taxa anual média de incidência do parkinsonismo foi de 0.8/100,000 pessoas-anos em indivíduos entre 0-29 anos, aumentando progressivamente para 304.8/100,000 pessoas-anos naqueles com idade entre 80-99 anos.[3] Uma revisão mais recente da prevalência da DP na Itália relatou números de 37.8 por 100,000 habitantes em indivíduos de 0-64 anos, 578.7 por 100,000 em indivíduos com idade entre 65-75 anos, e 1235.7 por 100,000 em indivíduos com 75 anos ou mais.[4]

Aproximadamente 6.1 milhões de pessoas em todo o mundo tinham doença de Parkinson em 2016, em comparação com 2.5 milhões em 1990.[5] As taxas de prevalência padronizadas pela idade aumentaram 21.7% no mesmo período, o que indica que o aumento não se deve unicamente ao aumento do número de idosos.[5] Algumas análises relatam menor prevalência de DP na África e na Ásia, em comparação com os países ocidentais, mas a heterogeneidade dos estudos exige cautela ao interpretar os dados.[5][6][7][8]

Há dados que sugerem que a incidência e a prevalência de DP pode variar por etnia.[9][10] Nos EUA, a DP parece ser consideravelmente mais comum em indivíduos brancos, mas os fatores socioeconômicos e culturais podem contribuir para reduzir as baixas taxas de diagnóstico em indivíduos negros, asiáticos e hispânicos.[10][11] Foram relatadas variações regionais na prevalência de DP na América do Norte.[10][12]

A incidência e prevalência de DP parece ser maior entre homens que entre mulheres.[4][5][12][13] As taxas de prevalência padronizadas por idade de 2016 indicam que a DP é 1.4 vezes mais comum em homens.[5] Há relatos de diferenças entre os sexos quanto ao quadro clínico de sintomas motores e não motores.[14]

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