Caso clínico
Caso clínico #1
Uma mulher de 63 anos com diabetes apresenta-se com um episódio de dor torácica retroesternal e diaforese que ocorreu enquanto subia as escadas naquele dia. Seu exame físico não apresenta nada digno de nota, exceto pela presença de pressão arterial de 156/96 mmHg e obesidade abdominal. Um perfil lipídico recente mostrou triglicerídeos de 3.8 mmol/L (335 mg/dL), colesterol total de 6.29 mmol/L (243 mg/dL), colesterol de lipoproteína de baixa densidade de 3.68 mmol/L (142 mg/dL) e colesterol de lipoproteína de alta densidade de 0.88 mmol/L (34 mg/dL). Seu eletrocardiograma não mostra nenhuma alteração aguda.
Caso clínico #2
Um homem obeso de 56 anos com diabetes mellitus do tipo 2 mal controlada apresenta sintomas de náuseas, vômitos e dor abdominal com agravamento após um jantar com carne, batatas e vinho. Ao exame físico, ele apresenta desconforto abdominal difuso, que é mais acentuado no quadrante superior esquerdo. Xantomas eruptivos são percebidos nas suas costas e nos antebraços. O nível de triglicerídeos é de 28.3 mmol/L (2500 mg/dL) e a glicose sanguínea é de 20.2 mmol/L (364 mg/dL). Os níveis de lipase sérica estão elevados e a ultrassonografia abdominal mostra evidências de pancreatite.
Outras apresentações
Tipicamente, a HTG é clinicamente silenciosa e, em geral, é detectada pelo rastreamento de lipídios.[5] A presença de achados físicos na HTG grave está se tornando menos comum, provavelmente devido ao diagnóstico precoce e tratamento mais eficaz.[12] Não há sintomas ou achados físicos nos pacientes com HTG leve a moderada, a menos que se tenha desenvolvido doença cardiovascular aterosclerótica, a qual pode causar sintomas de síndromes coronarianas agudas. Entretanto, alguns fatores secundários subjacentes à HTG, como diabetes mellitus do tipo 2, doença hepática gordurosa associada à disfunção metabólica (anteriormente conhecida como doença hepática gordurosa não alcoólica), doença renal ou hipotireoidismo, estão associados a características clínicas específicas.[4][13]
As características clínicas da quilomicronemia incluem xantomas eruptivos, lipemia retiniana, hepatoesplenomegalia, dor abdominal, náuseas e vômitos.[14] Características clínicas menos comuns incluem sangramento intestinal, palidez, anemia, irritabilidade, diarreia, convulsões e encefalopatia.[14] Bebês com síndrome da quilomicronemia familiar podem apresentar retardo do crescimento pôndero-estatural e dor abdominal.[14]
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Xantomas eruptivosDa coleção pessoal do professor Hegele; usado com permissão [Citation ends].[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Lipemia retiniana. Descoloração branco-rosada dos vasos sanguíneos da retina à oftalmoscopiaDa coleção pessoal do professor Hegele, usado com permissão [Citation ends].
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