Endocardite infecciosa
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
suspeita de endocardite infecciosa
cuidados de suporte
O manejo inicial tem como objetivo fazer o controle das vias aéreas, da respiração e da circulação. Os pacientes podem precisar de ressuscitação, oxigenoterapia e outras medidas de suporte.
Os pacientes agudamente doentes que apresentam insuficiência cardíaca descompensada geralmente precisam de cirurgia, e o edema pulmonar deve ser tratado com diuréticos intravenosos antes da cirurgia.
Devem ser obtidas hemoculturas antes do início da terapêutica antimicrobiana e é necessária uma ecocardiografia urgente.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com [7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 [63]Habib G, Badano L, Tribouilloy C, et al. Recommendations for the practice of echocardiography in infective endocarditis. Eur J Echocardiogr. 2010 Mar;11(2):202-19. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20223755?tool=bestpractice.com [64]Xie P, Zhuang X, Liu M, et al. An appraisal of clinical practice guidelines for the appropriate use of echocardiography for adult infective endocarditis-the timing and mode of assessment (TTE or TEE). BMC Infect Dis. 2021 Jan 21;21(1):92. https://bmcinfectdis.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12879-021-05785-6 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33478412?tool=bestpractice.com
As diretrizes dos EUA recomendam a descontinuação temporária da anticoagulação nos pacientes com EI que apresentarem evidências de embolia cerebral ou AVC. Nos pacientes estiverem recebendo varfarina ou outros antagonistas da vitamina K no momento do diagnóstico de EI, a interrupção temporária da anticoagulação deve ser considerada. Essas diretrizes afirmam que as decisões sobre a anticoagulação contínua e a terapia antiagregante plaquetária devem ser tomadas pelo cardiologista e pelo cirurgião cardiotorácico, em consulta com um especialista em neurologia se os achados neurológicos estiverem presentes clinicamente ou por imagem.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 As diretrizes europeias indicam que a terapia antiagregante plaquetária pode ser continuada se não houver evidências de sangramento, que os anticoagulantes orais devem ser trocados por heparina não fracionada se ocorrer um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e que a anticoagulação deve ser completamente interrompida se ocorrer sangramento intracraniano.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com
Todos os casos de EI suspeita ou confirmada devem incluir uma avaliação multidisciplinar por especialistas em doenças infecciosas, cardiologia e cirurgia cardíaca.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com [7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 [90]Malhotra A, Prendergast BD. Evaluating treatment options for patients with infective endocarditis: when is it the right time for surgery? Future Cardiol. 2012 Nov;8(6):847-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23176688?tool=bestpractice.com
antibioticoterapia empírica de amplo espectro
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A terapêutica antimicrobiana apropriada deve ser iniciada e continuada após a obtenção de hemoculturas, com orientação por dados de sensibilidade a antibióticos e especialistas em doenças infecciosas na equipe multidisciplinar.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 É fundamental obter hemoculturas antes do início da terapêutica antimicrobiana, já que uma dose geralmente mascara a bacteremia subjacente e atrasa a terapia apropriada. A terapêutica antimicrobiana de amplo espectro é necessária empiricamente em pacientes com choque séptico ou naqueles que apresentam sinais de alto risco na apresentação.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
Consideração dos seguintes fatores influencia a escolha do tratamento empírico: antibioticoterapia prévia recebida; envolvimento de valva protética ou nativa; epidemiologia local ou conhecimento dos patógenos resistentes a antibióticos e que apresentam cultura negativa; e infecções associadas à comunidade, aos cuidados de saúde, nosocomiais e não nosocomiais.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
Os esquemas de antibioticoterapia podem variar de um país para outro, e as diretrizes locais devem ser consultadas.[93]Gupta R, Kaushal V, Goyal A, et al. Changing microbiological profile and antimicrobial susceptibility of the isolates obtained from patients with infective endocarditis - the time to relook into the therapeutic guidelines. Indian Heart J. 2021 Nov-Dec;73(6):704-10. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0019483221002327?via%3Dihub http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34736905?tool=bestpractice.com
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os objetivos da cirurgia são remover completamente o tecido infectado e reparar ou substituir as valvas afetadas, restaurando, assim, a anatomia cardíaca.
As indicações para cirurgia incluem os seguintes aspectos:[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com [7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [90]Malhotra A, Prendergast BD. Evaluating treatment options for patients with infective endocarditis: when is it the right time for surgery? Future Cardiol. 2012 Nov;8(6):847-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23176688?tool=bestpractice.com [105]Tleyjeh IM, Kashour T, Zimmerman V, et al. The role of valve surgery in infective endocarditis management: a systematic review of observational studies that included propensity score analysis. Am Heart J. 2008 Nov;156(5):901-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19061705?tool=bestpractice.com [106]Pettersson GB, Coselli JS, Hussain ST, et al. 2016 The American Association for Thoracic Surgery (AATS) consensus guidelines: surgical treatment of infective endocarditis - executive summary. J Thorac Cardiovasc Surg. 2017 Jun;153(6):1241-58. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365016?tool=bestpractice.com [107]Wang A, Fosbøl EL. Current recommendations and uncertainties for surgical treatment of infective endocarditis: a comparison of American and European cardiovascular guidelines. Eur Heart J. 2022 May 1;43(17):1617-25. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/17/1617/6507121 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35029274?tool=bestpractice.com
1) Insuficiência cardíaca, especialmente choque cardiogênico ou edema pulmonar (requer cirurgia de emergência) ou baixa tolerância hemodinâmica (requer cirurgia urgente).
2) Infecção não controlada com complicações locais (por exemplo, abscesso, falso aneurisma, fístula e aumento da vegetação); hemoculturas positivas persistentes (apesar de antibioticoterapia adequada por mais de uma semana e controle de êmbolos sépticos); bactérias ou fungos resistentes; ou endocardite de valva protética causada por Staphylococcus aureus ou bacilos Gram-negativos não-HACEK.
3) Alto risco de embolia ou embolia estabelecida com vegetação ≥10 mm e êmbolos apesar de antibioticoterapia apropriada, vegetação ≥10 mm e outro motivo para cirurgia (por exemplo, pacientes com disfunção valvar significativa [seja resultado direto do processo de endocardite ou não]) ou vegetação ≥10 mm e sem evidência de êmbolo.
As diretrizes de 2023 da European Society of Cardiology e a diretriz de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology recomendam que o momento ideal da intervenção cirúrgica seja decidido por uma equipe multidisciplinar de endocardite.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 Além da antibioticoterapia, a intervenção cirúrgica precoce será necessária em cerca de 50% dos pacientes.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 A intervenção cirúrgica precoce (durante a hospitalização inicial e antes de se concluir o curso completo do antibiótico) é recomendada para os pacientes com qualquer uma das seguintes condições: sintomas de insuficiência cardíaca; EI do lado esquerdo causada por S aureus, organismo fúngico ou outro patógeno altamente resistente; EI complicada por bloqueio atrioventricular, abscesso anular ou aórtico ou lesões penetrantes destrutivas; bacteremia ou febre persistente por >5 dias, apesar de uma terapêutica antimicrobiana apropriada. A cirurgia precoce também deve ser considerada para os pacientes com: êmbolos recorrentes e vegetação persistente; EI de valva nativa do lado esquerdo com vegetação móvel >10 mm de comprimento.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
valva nativa: endocardite confirmada
betalactâmicos ± gentamicina; ou vancomicina
Os estreptococos altamente sensíveis à penicilina geralmente são tratados com base na concentração inibitória mínima (CIM).
Em pacientes com CIM ≤0.12 micrograma/mL, o tratamento consiste em monoterapia com betalactâmicos (por exemplo, benzilpenicilina, ampicilina ou ceftriaxona) por 4 semanas ou betalactâmicos associados a gentamicina por 2 semanas. O esquema de 2 semanas é recomendado somente em pacientes com endocardite de valva nativa não complicada e função renal normal. O esquema de 4 semanas deve ser usado em pacientes >65 anos de idade ou pacientes com comprometimento renal ou comprometimento do nervo craniano VIII.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
A amoxicilina pode ser considerada como um betalactâmico alternativo em alguns países. Além disso, netilmicina pode ser usada como alternativa à gentamicina; porém, não está amplamente disponível.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com
Monoterapia com vancomicina (por 4 semanas) é recomendada em pacientes intolerantes à penicilina (reação de hipersensibilidade tipo I).[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
As diretrizes de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology estabelecem que os pacientes estáveis com EI do lado esquerdo causada por estreptococos, E faecalis, S aureus ou estafilococos coagulase-negativos, que não apresentem evidências de infecção paravalvular ou ecocardiografia transesofágica (ETE) podem ser considerados para troca para antibioticoterapia oral após a terapia intravenosa inicial.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 [103]Phillips MC, Wald-Dickler N, Davar K, et al. Choosing patients over placebos: oral transitional therapy vs. IV-only therapy for bacteraemia and infective endocarditis. Clin Microbiol Infect. 2023 Sep;29(9):1126-32. https://www.clinicalmicrobiologyandinfection.com/article/S1198-743X(23)00209-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37179005?tool=bestpractice.com É necessário um acompanhamento frequente da equipe multidisciplinar, e uma ETE de acompanhamento é recomendada de 1 a 3 dias antes de se concluir o ciclo do antibiótico.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
Opções primárias
benzilpenicilina sódica: 7.2 a 14.4 g/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 4 horas por 4 semanas
ou
ampicilina: 2 g por via intravenosa a cada 4 horas por 4 semanas
ou
ceftriaxona: 2 g por via intravenosa/intramuscular uma vez ao dia por 4 semanas
ou
amoxicilina: 100-200 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 4-6 horas por 4 semanas
ou
benzilpenicilina sódica: 7.2 a 14.4 g/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 4 horas por 2 semanas
ou
ceftriaxona: 2 g por via intravenosa/intramuscular uma vez ao dia por 2 semanas
ou
amoxicilina: 100-200 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 4-6 horas por 2 semanas
--E--
gentamicina: 3 mg/kg por via intravenosa/intramuscular uma vez ao dia por 2 semanas
Mais gentamicinaA dose diária pode ser administrada uma vez ao dia (de preferência) ou em 2-3 doses igualmente fracionadas. A dose de gentamicina deve ser ajustada para atingir um pico de concentração plasmática de 3-4 microgramas/mL e um nível em vale <1 micrograma/mL quando administrada em 3 doses fracionadas. Não há dados sobre concentrações ideais de medicamentos quando a dosagem é administrada uma vez ao dia.
Opções secundárias
vancomicina: 30 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 12 horas por 4 semanas
Mais vancomicinaA dose de vancomicina deve ser ajustada para atingir uma concentração em vale de 10-20 microgramas/mL.
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para cirurgia incluem os seguintes aspectos:[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com [7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [90]Malhotra A, Prendergast BD. Evaluating treatment options for patients with infective endocarditis: when is it the right time for surgery? Future Cardiol. 2012 Nov;8(6):847-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23176688?tool=bestpractice.com [105]Tleyjeh IM, Kashour T, Zimmerman V, et al. The role of valve surgery in infective endocarditis management: a systematic review of observational studies that included propensity score analysis. Am Heart J. 2008 Nov;156(5):901-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19061705?tool=bestpractice.com [106]Pettersson GB, Coselli JS, Hussain ST, et al. 2016 The American Association for Thoracic Surgery (AATS) consensus guidelines: surgical treatment of infective endocarditis - executive summary. J Thorac Cardiovasc Surg. 2017 Jun;153(6):1241-58. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365016?tool=bestpractice.com [107]Wang A, Fosbøl EL. Current recommendations and uncertainties for surgical treatment of infective endocarditis: a comparison of American and European cardiovascular guidelines. Eur Heart J. 2022 May 1;43(17):1617-25. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/17/1617/6507121 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35029274?tool=bestpractice.com
1) Insuficiência cardíaca, especialmente choque cardiogênico ou edema pulmonar (requer cirurgia de emergência) ou baixa tolerância hemodinâmica (requer cirurgia urgente).
2) Infecção não controlada com complicações locais (por exemplo, abscesso, falso aneurisma, fístula e aumento da vegetação); hemoculturas positivas persistentes (apesar de antibioticoterapia adequada por mais de uma semana e controle de êmbolos sépticos); bactérias ou fungos resistentes; ou endocardite de valva protética causada por Staphylococcus aureus ou bacilos Gram-negativos não-HACEK.
3) Alto risco de embolia ou embolia estabelecida com vegetação ≥10 mm e êmbolos apesar de antibioticoterapia apropriada, vegetação ≥10 mm e outro motivo para cirurgia (por exemplo, pacientes com disfunção valvar significativa [seja resultado direto do processo de endocardite ou não]) ou vegetação ≥10 mm e sem evidência de êmbolo.
A intervenção cirúrgica frequentemente é necessária para curar a doença em pacientes com valvas protéticas.
O marca-passo temporário é recomendado em pacientes com bloqueio atrioventricular secundário ao abscesso micótico da raiz aórtica.
As diretrizes de 2023 da European Society of Cardiology e a diretriz de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology recomendam que o momento ideal da intervenção cirúrgica seja decidido por uma equipe multidisciplinar de endocardite.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 [107]Wang A, Fosbøl EL. Current recommendations and uncertainties for surgical treatment of infective endocarditis: a comparison of American and European cardiovascular guidelines. Eur Heart J. 2022 May 1;43(17):1617-25. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/17/1617/6507121 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35029274?tool=bestpractice.com Além da antibioticoterapia, a intervenção cirúrgica precoce será necessária em cerca de 50% dos pacientes.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 A intervenção cirúrgica precoce (durante a hospitalização inicial e antes de se concluir o curso completo do antibiótico) é recomendada para os pacientes com qualquer uma das seguintes condições: sintomas de insuficiência cardíaca; EI do lado esquerdo causada por S aureus, organismo fúngico ou outro patógeno altamente resistente; EI complicada por bloqueio atrioventricular, abscesso anular ou aórtico ou lesões penetrantes destrutivas; bacteremia ou febre persistente por >5 dias, apesar de uma terapêutica antimicrobiana apropriada. A cirurgia precoce também deve ser considerada para os pacientes com: êmbolos recorrentes e vegetação persistente; EI de valva nativa do lado esquerdo com vegetação móvel >10 mm de comprimento.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
betalactâmicos + gentamicina; ou vancomicina ± gentamicina
Algumas cepas de viridans são relativamente resistentes à penicilina ou a outros antimicrobianos, com CIM de 0.12 a 0.5 micrograma/mL.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
Um betalactâmico (benzilpenicilina, ampicilina ou ceftriaxona) por 4 semanas associado a gentamicina por 2 semanas é o esquema terapêutico recomendado.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com A amoxicilina pode ser considerada como um betalactâmico alternativo em alguns países.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com
Monoterapia com vancomicina (por 4 semanas) é recomendada em pacientes intolerantes à penicilina (reação de hipersensibilidade tipo I).[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com Gentamicina (por 2 semanas) pode ser adicionada à vancomicina em alguns países.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com
É razoável tratar pacientes com estreptococos resistentes à penicilina (CIM ≥0.5 micrograma/mL) com ampicilina ou benzilpenicilina associada a gentamicina mediante consulta com um especialista em doenças infecciosas.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
As diretrizes de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology estabelecem que os pacientes estáveis com EI do lado esquerdo causada por estreptococos, E faecalis, S aureus ou estafilococos coagulase-negativos, que não apresentem evidências de infecção paravalvular ou ecocardiografia transesofágica (ETE) podem ser considerados para troca para antibioticoterapia oral após a terapia intravenosa inicial.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 [103]Phillips MC, Wald-Dickler N, Davar K, et al. Choosing patients over placebos: oral transitional therapy vs. IV-only therapy for bacteraemia and infective endocarditis. Clin Microbiol Infect. 2023 Sep;29(9):1126-32. https://www.clinicalmicrobiologyandinfection.com/article/S1198-743X(23)00209-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37179005?tool=bestpractice.com É necessário um acompanhamento frequente da equipe multidisciplinar, e uma ETE de acompanhamento é recomendada de 1 a 3 dias antes de se concluir o ciclo do antibiótico.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
Opções primárias
benzilpenicilina sódica: 7.2 a 14.4 g/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 4 horas por 4 semanas
ou
ampicilina: 2 g por via intravenosa a cada 4 horas por 4 semanas
ou
ceftriaxona: 2 g por via intravenosa/intramuscular uma vez ao dia por 4 semanas
ou
amoxicilina: 200 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 4-6 horas por 4 semanas
--E--
gentamicina: 3 mg/kg por via intravenosa/intramuscular uma vez ao dia por 2 semanas
Mais gentamicinaA dose diária pode ser administrada uma vez ao dia (de preferência) ou em 2-3 doses igualmente fracionadas. A dose de gentamicina deve ser ajustada para atingir um pico de concentração plasmática de 3-4 microgramas/mL e um nível em vale <1 micrograma/mL quando administrada em 3 doses fracionadas. Não há dados sobre concentrações ideais de medicamentos quando a dosagem é administrada uma vez ao dia.
Opções secundárias
vancomicina: 30 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 12 horas por 4 semanas
Mais vancomicinaA dose de vancomicina deve ser ajustada para atingir uma concentração em vale de 10-20 microgramas/mL.
ou
vancomicina: 30 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 12 horas por 4 semanas
Mais vancomicinaA dose de vancomicina deve ser ajustada para atingir uma concentração em vale de 10-20 microgramas/mL.
e
gentamicina: 3 mg/kg por via intravenosa/intramuscular uma vez ao dia por 2 semanas
Mais gentamicinaA dose diária pode ser administrada uma vez ao dia (de preferência) ou em 2-3 doses igualmente fracionadas. A dose de gentamicina deve ser ajustada para atingir um pico de concentração plasmática de 3-4 microgramas/mL e um nível em vale <1 micrograma/mL quando administrada em 3 doses fracionadas. Não há dados sobre concentrações ideais de medicamentos quando a dosagem é administrada uma vez ao dia.
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para cirurgia incluem os seguintes aspectos:[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com [7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [90]Malhotra A, Prendergast BD. Evaluating treatment options for patients with infective endocarditis: when is it the right time for surgery? Future Cardiol. 2012 Nov;8(6):847-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23176688?tool=bestpractice.com [105]Tleyjeh IM, Kashour T, Zimmerman V, et al. The role of valve surgery in infective endocarditis management: a systematic review of observational studies that included propensity score analysis. Am Heart J. 2008 Nov;156(5):901-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19061705?tool=bestpractice.com [106]Pettersson GB, Coselli JS, Hussain ST, et al. 2016 The American Association for Thoracic Surgery (AATS) consensus guidelines: surgical treatment of infective endocarditis - executive summary. J Thorac Cardiovasc Surg. 2017 Jun;153(6):1241-58. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365016?tool=bestpractice.com [107]Wang A, Fosbøl EL. Current recommendations and uncertainties for surgical treatment of infective endocarditis: a comparison of American and European cardiovascular guidelines. Eur Heart J. 2022 May 1;43(17):1617-25. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/17/1617/6507121 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35029274?tool=bestpractice.com
1) Insuficiência cardíaca, especialmente choque cardiogênico ou edema pulmonar (requer cirurgia de emergência) ou baixa tolerância hemodinâmica (requer cirurgia urgente).
2) Infecção não controlada com complicações locais (por exemplo, abscesso, falso aneurisma, fístula e aumento da vegetação); hemoculturas positivas persistentes (apesar de antibioticoterapia adequada por mais de uma semana e controle de êmbolos sépticos); bactérias ou fungos resistentes; ou endocardite de valva protética causada por Staphylococcus aureus ou bacilos Gram-negativos não-HACEK.
3) Alto risco de embolia ou embolia estabelecida com vegetação ≥10 mm e êmbolos apesar de antibioticoterapia apropriada, vegetação ≥10 mm e outro motivo para cirurgia (por exemplo, pacientes com disfunção valvar significativa [seja resultado direto do processo de endocardite ou não]) ou vegetação ≥10 mm e sem evidência de êmbolo.
A intervenção cirúrgica frequentemente é necessária para curar a doença em pacientes com valvas protéticas.
O marca-passo temporário é recomendado em pacientes com bloqueio atrioventricular secundário ao abscesso micótico da raiz aórtica.
As diretrizes de 2023 da European Society of Cardiology e a diretriz de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology recomendam que o momento ideal da intervenção cirúrgica seja decidido por uma equipe multidisciplinar de endocardite.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 Além da antibioticoterapia, a intervenção cirúrgica precoce será necessária em cerca de 50% dos pacientes.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 A intervenção cirúrgica precoce (durante a hospitalização inicial e antes de se concluir o curso completo do antibiótico) é recomendada para os pacientes com qualquer uma das seguintes condições: sintomas de insuficiência cardíaca; EI do lado esquerdo causada por S aureus, organismo fúngico ou outro patógeno altamente resistente; EI complicada por bloqueio atrioventricular, abscesso anular ou aórtico ou lesões penetrantes destrutivas; bacteremia ou febre persistente por >5 dias, apesar de uma terapêutica antimicrobiana apropriada. A cirurgia precoce também deve ser considerada para os pacientes com: êmbolos recorrentes e vegetação persistente; EI de valva nativa do lado esquerdo com vegetação móvel >10 mm de comprimento.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
betalactâmicos; ou vancomicina; ou daptomicina; ou sulfametoxazol/trimetoprima + clindamicina
A endocardite por estafilococos está se tornando uma entidade cada vez mais reconhecida, em decorrência das altas taxas de exposição hospitalar e do desenvolvimento de organismos resistentes.
Um betalactâmico (oxacilina ou nafcilina) é o tratamento de primeira escolha em cepas suscetíveis a oxacilina. Cefazolina pode ser usada como alternativa em pacientes alérgicos à penicilina (não anafilactoide). A vancomicina ou daptomicina é recomendada para pacientes com cepas resistentes à oxacilina ou que são intolerantes à penicilina (reação de hipersensibilidade tipo I). O ciclo de tratamento recomendado é de 6 semanas.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
Outros esquemas para Staphylococcus aureus (por exemplo, sulfametoxazol/trimetoprima associado a clindamicina) podem ser usados, e a duração do tratamento pode ser diferente (por exemplo, 4-6 semanas) em alguns países.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com
O S aureus é o organismo causador mais comum de endocardite na população que abusa de substâncias por via intravenosa.[3]Baddour LM, Weimer MB, Wurcel AG, et al. Management of infective endocarditis in people who inject drugs: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2022 Oct 4;146(14):e187-201. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000001090 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36043414?tool=bestpractice.com
Em usuários de substâncias por via intravenosa com endocardite direita, foi demonstrado que a gentamicina aumenta a taxa de destruição microbiana quando usada em combinação com betalactâmicos. No entanto, aminoglicosídeos não são mais recomendados nessa situação em virtude do aumento do risco de nefrotoxicidade.[95]Korzeniowski O, Sande MA. Combination antimicrobial therapy for Staphylococcus aureus endocarditis in patients addicted to parenteral drugs and in nonaddicts: a prospective study. Ann Intern Med. 1982 Oct;97(4):496-503. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6751182?tool=bestpractice.com [96]Cosgrove SE, Vigliani GA, Fowler VG Jr., et al. Initial low-dose gentamicin for Staphylococcus aureus bacteremia and endocarditis is nephrotoxic. Clin Infect Dis. 2009 Mar 15;48(6):713-21. http://cid.oxfordjournals.org/content/48/6/713.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19207079?tool=bestpractice.com A American Heart Association recomenda que os usuários de substâncias por via intravenosa com EI devem receber 6 semanas de antibióticos intravenosos. Se isso não for considerado viável (por exemplo, decisão do paciente ou alta não planejada), a terapia intravenosa inicial deve ser seguida por tratamento oral apropriado, com acompanhamento ambulatorial por especialistas em substâncias que causam dependência e doenças infecciosas.[3]Baddour LM, Weimer MB, Wurcel AG, et al. Management of infective endocarditis in people who inject drugs: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2022 Oct 4;146(14):e187-201. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000001090 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36043414?tool=bestpractice.com
Opções primárias
oxacilina: 12 g/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 4-6 horas por 6 semanas
ou
nafcilina: 12 g/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 4-6 horas por 6 semanas
Opções secundárias
cefazolina: 6 g/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 8 horas por 6 semanas
ou
vancomicina: 30 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 12 horas por 6 semanas
Mais vancomicinaA dose de vancomicina deve ser ajustada para atingir uma concentração em vale de 10-20 microgramas/mL.
ou
daptomicina: 8-10 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia por 6 semanas
ou
sulfametoxazol/trimetoprima: 960 mg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 4-6 horas por 1 semana, em seguida alternar para terapia oral por 5 semanas
Mais sulfametoxazol/trimetoprimaA dose refere-se ao componente trimetoprima.
e
clindamicina: 1800 mg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 8 horas por 1 semana
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para cirurgia incluem os seguintes aspectos:[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com [7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [90]Malhotra A, Prendergast BD. Evaluating treatment options for patients with infective endocarditis: when is it the right time for surgery? Future Cardiol. 2012 Nov;8(6):847-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23176688?tool=bestpractice.com [105]Tleyjeh IM, Kashour T, Zimmerman V, et al. The role of valve surgery in infective endocarditis management: a systematic review of observational studies that included propensity score analysis. Am Heart J. 2008 Nov;156(5):901-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19061705?tool=bestpractice.com [106]Pettersson GB, Coselli JS, Hussain ST, et al. 2016 The American Association for Thoracic Surgery (AATS) consensus guidelines: surgical treatment of infective endocarditis - executive summary. J Thorac Cardiovasc Surg. 2017 Jun;153(6):1241-58. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365016?tool=bestpractice.com [107]Wang A, Fosbøl EL. Current recommendations and uncertainties for surgical treatment of infective endocarditis: a comparison of American and European cardiovascular guidelines. Eur Heart J. 2022 May 1;43(17):1617-25. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/17/1617/6507121 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35029274?tool=bestpractice.com
1) Insuficiência cardíaca, especialmente choque cardiogênico ou edema pulmonar (requer cirurgia de emergência) ou baixa tolerância hemodinâmica (requer cirurgia urgente).
2) Infecção não controlada com complicações locais (por exemplo, abscesso, falso aneurisma, fístula e aumento da vegetação); hemoculturas positivas persistentes (apesar de antibioticoterapia adequada por mais de uma semana e controle de êmbolos sépticos); bactérias ou fungos resistentes; ou endocardite de valva protética causada por Staphylococcus aureus ou bacilos Gram-negativos não-HACEK.
3) Alto risco de embolia ou embolia estabelecida com vegetação ≥10 mm e êmbolos apesar de antibioticoterapia apropriada, vegetação ≥10 mm e outro motivo para cirurgia (por exemplo, pacientes com disfunção valvar significativa [seja resultado direto do processo de endocardite ou não]) ou vegetação ≥10 mm e sem evidência de êmbolo.
A intervenção cirúrgica frequentemente é necessária para curar a doença em pacientes com valvas protéticas.
O marca-passo temporário é recomendado em pacientes com bloqueio atrioventricular secundário ao abscesso micótico da raiz aórtica.
As diretrizes de 2023 da European Society of Cardiology e a diretriz de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology recomendam que o momento ideal da intervenção cirúrgica seja decidido por uma equipe multidisciplinar de endocardite.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 Além da antibioticoterapia, a intervenção cirúrgica precoce será necessária em cerca de 50% dos pacientes.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 A intervenção cirúrgica precoce (durante a hospitalização inicial e antes de se concluir o curso completo do antibiótico) é recomendada para os pacientes com qualquer uma das seguintes condições: sintomas de insuficiência cardíaca; EI do lado esquerdo causada por S aureus, organismo fúngico ou outro patógeno altamente resistente; EI complicada por bloqueio atrioventricular, abscesso anular ou aórtico ou lesões penetrantes destrutivas; bacteremia ou febre persistente por >5 dias, apesar de uma terapêutica antimicrobiana apropriada. A cirurgia precoce também deve ser considerada para os pacientes com: êmbolos recorrentes e vegetação persistente; EI de valva nativa do lado esquerdo com vegetação móvel >10 mm de comprimento.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
vancomicina; ou daptomicina; ou sulfametoxazol/trimetoprima + clindamicina
A vancomicina é o tratamento de primeira escolha. Daptomicina pode ser usada nos casos de resistência à vancomicina.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
Outros esquemas para Staphylococcus aureus (por exemplo, sulfametoxazol/trimetoprima associado a clindamicina) podem ser usados, e a duração do tratamento pode ser diferente (por exemplo, 4-6 semanas) em alguns países.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com
Opções primárias
vancomicina: 30 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 12 horas por 6 semanas
Mais vancomicinaA dose de vancomicina deve ser ajustada para atingir uma concentração em vale de 10-20 microgramas/mL.
Opções secundárias
daptomicina: 8-10 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia por 6 semanas
ou
sulfametoxazol/trimetoprima: 960 mg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 4-6 horas por 1 semana, em seguida alternar para terapia oral por 5 semanas
Mais sulfametoxazol/trimetoprimaA dose refere-se ao componente trimetoprima.
e
clindamicina: 1800 mg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 8 horas por 1 semana
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para cirurgia incluem os seguintes aspectos:[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com [7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [90]Malhotra A, Prendergast BD. Evaluating treatment options for patients with infective endocarditis: when is it the right time for surgery? Future Cardiol. 2012 Nov;8(6):847-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23176688?tool=bestpractice.com [105]Tleyjeh IM, Kashour T, Zimmerman V, et al. The role of valve surgery in infective endocarditis management: a systematic review of observational studies that included propensity score analysis. Am Heart J. 2008 Nov;156(5):901-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19061705?tool=bestpractice.com [106]Pettersson GB, Coselli JS, Hussain ST, et al. 2016 The American Association for Thoracic Surgery (AATS) consensus guidelines: surgical treatment of infective endocarditis - executive summary. J Thorac Cardiovasc Surg. 2017 Jun;153(6):1241-58. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365016?tool=bestpractice.com [107]Wang A, Fosbøl EL. Current recommendations and uncertainties for surgical treatment of infective endocarditis: a comparison of American and European cardiovascular guidelines. Eur Heart J. 2022 May 1;43(17):1617-25. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/17/1617/6507121 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35029274?tool=bestpractice.com
1) Insuficiência cardíaca, especialmente choque cardiogênico ou edema pulmonar (requer cirurgia de emergência) ou baixa tolerância hemodinâmica (requer cirurgia urgente).
2) Infecção não controlada com complicações locais (por exemplo, abscesso, falso aneurisma, fístula e aumento da vegetação); hemoculturas positivas persistentes (apesar de antibioticoterapia adequada por mais de uma semana e controle de êmbolos sépticos); bactérias ou fungos resistentes; ou endocardite de valva protética causada por Staphylococcus aureus ou bacilos Gram-negativos não-HACEK.
3) Alto risco de embolia ou embolia estabelecida com vegetação ≥10 mm e êmbolos apesar de antibioticoterapia apropriada, vegetação ≥10 mm e outro motivo para cirurgia (por exemplo, pacientes com disfunção valvar significativa [seja resultado direto do processo de endocardite ou não]) ou vegetação ≥10 mm e sem evidência de êmbolo.
A intervenção cirúrgica frequentemente é necessária para curar a doença em pacientes com valvas protéticas.
O marca-passo temporário é recomendado em pacientes com bloqueio atrioventricular secundário ao abscesso micótico da raiz aórtica.
As diretrizes de 2023 da European Society of Cardiology e a diretriz de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology recomendam que o momento ideal da intervenção cirúrgica seja decidido por uma equipe multidisciplinar de endocardite.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 Além da antibioticoterapia, a intervenção cirúrgica precoce será necessária em cerca de 50% dos pacientes.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 A intervenção cirúrgica precoce (durante a hospitalização inicial e antes de se concluir o curso completo do antibiótico) é recomendada para os pacientes com qualquer uma das seguintes condições: sintomas de insuficiência cardíaca; EI do lado esquerdo causada por S aureus, organismo fúngico ou outro patógeno altamente resistente; EI complicada por bloqueio atrioventricular, abscesso anular ou aórtico ou lesões penetrantes destrutivas; bacteremia ou febre persistente por >5 dias, apesar de uma terapêutica antimicrobiana apropriada. A cirurgia precoce também deve ser considerada para os pacientes com: êmbolos recorrentes e vegetação persistente; EI de valva nativa do lado esquerdo com vegetação móvel >10 mm de comprimento.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
betalactâmicos ou vancomicina + aminoglicosídeo; ou terapia dupla com betalactâmicos
As espécies de enterococos são inerentemente impermeáveis a medicamentos aminoglicosídeos, mas quando eles são usados em combinação com a penicilina, podem-se atingir concentrações bactericidas.
Cepas de enterococos sensíveis à penicilina devem ser tratadas com penicilina (ampicilina ou benzilpenicilina) associada a um aminoglicosídeo (gentamicina; ou estreptomicina se for resistente à gentamicina/suscetível à estreptomicina) por 4-6 semanas em caso de envolvimento de valva nativa. A amoxicilina pode ser considerada como um betalactâmico alternativo em alguns países. Gentamicina pode ser recomendada por apenas 2 semanas quando administrada junto com amoxicilina.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com
Pacientes sintomáticos por <3 meses devem receber 4 semanas de terapia. Já aqueles sintomáticos por >3 meses devem receber 6 semanas de terapia.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
Um esquema com dois betalactâmicos (ampicilina associada a ceftriaxona) por 6 semanas pode ser usado em pacientes com comprometimento renal (ou seja, clearance da creatinina <50 mL/min), função anormal do nervo craniano VIII ou cepas resistentes a aminoglicosídeos.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com Essa combinação é o esquema de escolha em pacientes com cepas de Enterococcus faecalis com resistência geral a aminoglicosídeos, embora não seja ativo contra Enterococcus faecium.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com
Vancomicina associada a gentamicina (por 6 semanas) é recomendada em pacientes intolerantes à penicilina (reação de hipersensibilidade tipo I).[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
A monitorização rigorosa da função renal e de possível ototoxicidade é importante em pacientes que recebem tratamento prolongado com aminoglicosídeos.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
Opções primárias
ampicilina: 2 g por via intravenosa a cada 4 horas por 4-6 semanas
ou
benzilpenicilina sódica: 7.2 a 14.4 g/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 4 horas por 4-6 semanas
ou
amoxicilina: 200 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 4-6 horas por 4-6 semanas
--E--
gentamicina: 3 mg/kg/dia por via intravenosa/intramuscular administrados em doses fracionadas a cada 8-12 horas por 4-6 semanas
Mais gentamicinaA dose diária pode ser administrada uma vez ao dia (de preferência) ou em 2-3 doses igualmente fracionadas. A dose de gentamicina deve ser ajustada para atingir um pico de concentração plasmática de 3-4 microgramas/mL e um nível em vale <1 micrograma/mL quando administrada em 3 doses fracionadas. Não há dados sobre concentrações ideais de medicamentos quando a dosagem é administrada uma vez ao dia.
ou
estreptomicina: 15 mg/kg/dia por via intravenosa/intramuscular administrados em 2 doses fracionadas por 4-6 semanas
Mais estreptomicinaA dose de estreptomicina deve ser ajustada para atingir um pico de concentração plasmática de 20-35 microgramas/mL e um nível em vale <10 microgramas/mL.
ou
ampicilina: 2 g por via intravenosa a cada 4 horas por 6 semanas
e
ceftriaxona: 2 g por via intravenosa a cada 12 horas por 6 semanas
Opções secundárias
vancomicina: 30 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 12 horas por 6 semanas
Mais vancomicinaA dose de vancomicina deve ser ajustada para atingir uma concentração em vale de 10-20 microgramas/mL.
e
gentamicina: 3 mg/kg/dia por via intravenosa/intramuscular administrados em doses fracionadas a cada 8 horas por 6 semanas
Mais gentamicinaA dose diária pode ser administrada uma vez ao dia (de preferência) ou em 2-3 doses igualmente fracionadas. A dose de gentamicina deve ser ajustada para atingir um pico de concentração plasmática de 3-4 microgramas/mL e um nível em vale <1 micrograma/mL quando administrada em 3 doses fracionadas. Não há dados sobre concentrações ideais de medicamentos quando a dosagem é administrada uma vez ao dia.
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para cirurgia incluem os seguintes aspectos:[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com [7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [90]Malhotra A, Prendergast BD. Evaluating treatment options for patients with infective endocarditis: when is it the right time for surgery? Future Cardiol. 2012 Nov;8(6):847-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23176688?tool=bestpractice.com [105]Tleyjeh IM, Kashour T, Zimmerman V, et al. The role of valve surgery in infective endocarditis management: a systematic review of observational studies that included propensity score analysis. Am Heart J. 2008 Nov;156(5):901-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19061705?tool=bestpractice.com [106]Pettersson GB, Coselli JS, Hussain ST, et al. 2016 The American Association for Thoracic Surgery (AATS) consensus guidelines: surgical treatment of infective endocarditis - executive summary. J Thorac Cardiovasc Surg. 2017 Jun;153(6):1241-58. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365016?tool=bestpractice.com [107]Wang A, Fosbøl EL. Current recommendations and uncertainties for surgical treatment of infective endocarditis: a comparison of American and European cardiovascular guidelines. Eur Heart J. 2022 May 1;43(17):1617-25. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/17/1617/6507121 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35029274?tool=bestpractice.com
1) Insuficiência cardíaca, especialmente choque cardiogênico ou edema pulmonar (requer cirurgia de emergência) ou baixa tolerância hemodinâmica (requer cirurgia urgente).
2) Infecção não controlada com complicações locais (por exemplo, abscesso, falso aneurisma, fístula e aumento da vegetação); hemoculturas positivas persistentes (apesar de antibioticoterapia adequada por mais de uma semana e controle de êmbolos sépticos); bactérias ou fungos resistentes; ou endocardite de valva protética causada por Staphylococcus aureus ou bacilos Gram-negativos não-HACEK.
3) Alto risco de embolia ou embolia estabelecida com vegetação ≥10 mm e êmbolos apesar de antibioticoterapia apropriada, vegetação ≥10 mm e outro motivo para cirurgia (por exemplo, pacientes com disfunção valvar significativa [seja resultado direto do processo de endocardite ou não]) ou vegetação ≥10 mm e sem evidência de êmbolo.
A intervenção cirúrgica frequentemente é necessária para curar a doença em pacientes com valvas protéticas.
O marca-passo temporário é recomendado em pacientes com bloqueio atrioventricular secundário ao abscesso micótico da raiz aórtica.
As diretrizes de 2023 da European Society of Cardiology e a diretriz de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology recomendam que o momento ideal da intervenção cirúrgica seja decidido por uma equipe multidisciplinar de endocardite.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 Além da antibioticoterapia, a intervenção cirúrgica precoce será necessária em cerca de 50% dos pacientes.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 A intervenção cirúrgica precoce (durante a hospitalização inicial e antes de se concluir o curso completo do antibiótico) é recomendada para os pacientes com qualquer uma das seguintes condições: sintomas de insuficiência cardíaca; EI do lado esquerdo causada por S aureus, organismo fúngico ou outro patógeno altamente resistente; EI complicada por bloqueio atrioventricular, abscesso anular ou aórtico ou lesões penetrantes destrutivas; bacteremia ou febre persistente por >5 dias, apesar de uma terapêutica antimicrobiana apropriada. A cirurgia precoce também deve ser considerada para os pacientes com: êmbolos recorrentes e vegetação persistente; EI de valva nativa do lado esquerdo com vegetação móvel >10 mm de comprimento.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
ampicilina/sulbactam ou vancomicina + gentamicina
O tratamento da endocardite por enterococos, similar ao tratamento para os estreptococos do grupo viridans, é baseado nas sensibilidades à penicilina. Ao contrário dos estreptococos do grupo viridans, os enterococos geralmente não são destruídos por antimicrobianos, mas são simplesmente inibidos. As espécies de enterococos são inerentemente impermeáveis a medicamentos aminoglicosídeos, mas quando eles são usados em combinação com a penicilina, podem-se atingir concentrações bactericidas.
Raramente, cepas de Enterococcus faecalis conseguem produzir betalactamases induzíveis. Esses pacientes devem ser tratados com ampicilina/sulbactam associado a gentamicina.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
Vancomicina associada a gentamicina (por 6 semanas) é recomendada em pacientes intolerantes à penicilina (reação de hipersensibilidade tipo I).[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
A monitorização rigorosa da função renal e de possível ototoxicidade é importante em pacientes que recebem tratamento prolongado com aminoglicosídeos.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
Opções primárias
ampicilina/sulbactam: 3 g por via intravenosa a cada 6 horas por 6 semanas
Mais ampicilina/sulbactamA dose consiste em 2 g de ampicilina associados a 1 g de sulbactam.
e
gentamicina: 3 mg/kg/dia por via intravenosa/intramuscular administrados em doses fracionadas a cada 8 horas por 6 semanas
Mais gentamicinaA dose diária pode ser administrada uma vez ao dia (de preferência) ou em 2-3 doses igualmente fracionadas. A dose de gentamicina deve ser ajustada para atingir um pico de concentração plasmática de 3-4 microgramas/mL e um nível em vale <1 micrograma/mL quando administrada em 3 doses fracionadas. Não há dados sobre concentrações ideais de medicamentos quando a dosagem é administrada uma vez ao dia.
Opções secundárias
vancomicina: 30 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 12 horas por 6 semanas
Mais vancomicinaA dose de vancomicina deve ser ajustada para atingir uma concentração em vale de 10-20 microgramas/mL.
e
gentamicina: 3 mg/kg/dia por via intravenosa/intramuscular administrados em doses fracionadas a cada 8 horas por 6 semanas
Mais gentamicinaA dose diária pode ser administrada uma vez ao dia (de preferência) ou em 2-3 doses igualmente fracionadas. A dose de gentamicina deve ser ajustada para atingir um pico de concentração plasmática de 3-4 microgramas/mL e um nível em vale <1 micrograma/mL quando administrada em 3 doses fracionadas. Não há dados sobre concentrações ideais de medicamentos quando a dosagem é administrada uma vez ao dia.
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para cirurgia incluem os seguintes aspectos:[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com [7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [90]Malhotra A, Prendergast BD. Evaluating treatment options for patients with infective endocarditis: when is it the right time for surgery? Future Cardiol. 2012 Nov;8(6):847-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23176688?tool=bestpractice.com [105]Tleyjeh IM, Kashour T, Zimmerman V, et al. The role of valve surgery in infective endocarditis management: a systematic review of observational studies that included propensity score analysis. Am Heart J. 2008 Nov;156(5):901-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19061705?tool=bestpractice.com [106]Pettersson GB, Coselli JS, Hussain ST, et al. 2016 The American Association for Thoracic Surgery (AATS) consensus guidelines: surgical treatment of infective endocarditis - executive summary. J Thorac Cardiovasc Surg. 2017 Jun;153(6):1241-58. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365016?tool=bestpractice.com [107]Wang A, Fosbøl EL. Current recommendations and uncertainties for surgical treatment of infective endocarditis: a comparison of American and European cardiovascular guidelines. Eur Heart J. 2022 May 1;43(17):1617-25. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/17/1617/6507121 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35029274?tool=bestpractice.com
1) Insuficiência cardíaca, especialmente choque cardiogênico ou edema pulmonar (requer cirurgia de emergência) ou baixa tolerância hemodinâmica (requer cirurgia urgente).
2) Infecção não controlada com complicações locais (por exemplo, abscesso, falso aneurisma, fístula e aumento da vegetação); hemoculturas positivas persistentes (apesar de antibioticoterapia adequada por mais de uma semana e controle de êmbolos sépticos); bactérias ou fungos resistentes; ou endocardite de valva protética causada por Staphylococcus aureus ou bacilos Gram-negativos não-HACEK.
3) Alto risco de embolia ou embolia estabelecida com vegetação ≥10 mm e êmbolos apesar de antibioticoterapia apropriada, vegetação ≥10 mm e outro motivo para cirurgia (por exemplo, pacientes com disfunção valvar significativa [seja resultado direto do processo de endocardite ou não]) ou vegetação ≥10 mm e sem evidência de êmbolo.
A intervenção cirúrgica frequentemente é necessária para curar a doença em pacientes com valvas protéticas.
O marca-passo temporário é recomendado em pacientes com bloqueio atrioventricular secundário ao abscesso micótico da raiz aórtica.
As diretrizes de 2023 da European Society of Cardiology e a diretriz de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology recomendam que o momento ideal da intervenção cirúrgica seja decidido por uma equipe multidisciplinar de endocardite.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 Além da antibioticoterapia, a intervenção cirúrgica precoce será necessária em cerca de 50% dos pacientes.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 A intervenção cirúrgica precoce (durante a hospitalização inicial e antes de se concluir o curso completo do antibiótico) é recomendada para os pacientes com qualquer uma das seguintes condições: sintomas de insuficiência cardíaca; EI do lado esquerdo causada por S aureus, organismo fúngico ou outro patógeno altamente resistente; EI complicada por bloqueio atrioventricular, abscesso anular ou aórtico ou lesões penetrantes destrutivas; bacteremia ou febre persistente por >5 dias, apesar de uma terapêutica antimicrobiana apropriada. A cirurgia precoce também deve ser considerada para os pacientes com: êmbolos recorrentes e vegetação persistente; EI de valva nativa do lado esquerdo com vegetação móvel >10 mm de comprimento.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
vancomicina + gentamicina
O tratamento da endocardite por enterococos, similar ao tratamento para os estreptococos do grupo viridans, é baseado nas sensibilidades à penicilina. Ao contrário dos estreptococos do grupo viridans, os enterococos geralmente não são destruídos por antimicrobianos, mas são simplesmente inibidos. As espécies de enterococos são inerentemente impermeáveis a medicamentos aminoglicosídeos, mas quando eles são usados em combinação com a penicilina, podem-se atingir concentrações bactericidas.
A resistência intrínseca à penicilina é incomum no Enterococcus faecalis, mas é comum no Enterococcus faecium. Esses pacientes devem ser tratados com vancomicina associada a gentamicina.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
A monitorização rigorosa da função renal e de possível ototoxicidade é importante em pacientes que recebem tratamento prolongado com aminoglicosídeos.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
Opções primárias
vancomicina: 30 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 12 horas por 6 semanas
Mais vancomicinaA dose de vancomicina deve ser ajustada para atingir uma concentração em vale de 10-20 microgramas/mL.
e
gentamicina: 3 mg/kg/dia por via intravenosa/intramuscular administrados em doses fracionadas a cada 8 horas por 6 semanas
Mais gentamicinaA dose diária pode ser administrada uma vez ao dia (de preferência) ou em 2-3 doses igualmente fracionadas. A dose de gentamicina deve ser ajustada para atingir um pico de concentração plasmática de 3-4 microgramas/mL e um nível em vale <1 micrograma/mL quando administrada em 3 doses fracionadas. Não há dados sobre concentrações ideais de medicamentos quando a dosagem é administrada uma vez ao dia.
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para cirurgia incluem os seguintes aspectos:[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com [7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [90]Malhotra A, Prendergast BD. Evaluating treatment options for patients with infective endocarditis: when is it the right time for surgery? Future Cardiol. 2012 Nov;8(6):847-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23176688?tool=bestpractice.com [105]Tleyjeh IM, Kashour T, Zimmerman V, et al. The role of valve surgery in infective endocarditis management: a systematic review of observational studies that included propensity score analysis. Am Heart J. 2008 Nov;156(5):901-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19061705?tool=bestpractice.com [106]Pettersson GB, Coselli JS, Hussain ST, et al. 2016 The American Association for Thoracic Surgery (AATS) consensus guidelines: surgical treatment of infective endocarditis - executive summary. J Thorac Cardiovasc Surg. 2017 Jun;153(6):1241-58. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365016?tool=bestpractice.com [107]Wang A, Fosbøl EL. Current recommendations and uncertainties for surgical treatment of infective endocarditis: a comparison of American and European cardiovascular guidelines. Eur Heart J. 2022 May 1;43(17):1617-25. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/17/1617/6507121 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35029274?tool=bestpractice.com
1) Insuficiência cardíaca, especialmente choque cardiogênico ou edema pulmonar (requer cirurgia de emergência) ou baixa tolerância hemodinâmica (requer cirurgia urgente).
2) Infecção não controlada com complicações locais (por exemplo, abscesso, falso aneurisma, fístula e aumento da vegetação); hemoculturas positivas persistentes (apesar de antibioticoterapia adequada por mais de uma semana e controle de êmbolos sépticos); bactérias ou fungos resistentes; ou endocardite de valva protética causada por Staphylococcus aureus ou bacilos Gram-negativos não-HACEK.
3) Alto risco de embolia ou embolia estabelecida com vegetação ≥10 mm e êmbolos apesar de antibioticoterapia apropriada, vegetação ≥10 mm e outro motivo para cirurgia (por exemplo, pacientes com disfunção valvar significativa [seja resultado direto do processo de endocardite ou não]) ou vegetação ≥10 mm e sem evidência de êmbolo.
A intervenção cirúrgica frequentemente é necessária para curar a doença em pacientes com valvas protéticas.
O marca-passo temporário é recomendado em pacientes com bloqueio atrioventricular secundário ao abscesso micótico da raiz aórtica.
As diretrizes de 2023 da European Society of Cardiology e a diretriz de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology recomendam que o momento ideal da intervenção cirúrgica seja decidido por uma equipe multidisciplinar de endocardite.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 Além da antibioticoterapia, a intervenção cirúrgica precoce será necessária em cerca de 50% dos pacientes.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 A intervenção cirúrgica precoce (durante a hospitalização inicial e antes de se concluir o curso completo do antibiótico) é recomendada para os pacientes com qualquer uma das seguintes condições: sintomas de insuficiência cardíaca; EI do lado esquerdo causada por S aureus, organismo fúngico ou outro patógeno altamente resistente; EI complicada por bloqueio atrioventricular, abscesso anular ou aórtico ou lesões penetrantes destrutivas; bacteremia ou febre persistente por >5 dias, apesar de uma terapêutica antimicrobiana apropriada. A cirurgia precoce também deve ser considerada para os pacientes com: êmbolos recorrentes e vegetação persistente; EI de valva nativa do lado esquerdo com vegetação móvel >10 mm de comprimento.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
linezolida ou daptomicina
A endocardite por enterococos resistentes à vancomicina é muito difícil de ser manejada e os pacientes devem ser tratados por um especialista.
A linezolida e a daptomicina são recomendadas como agentes de primeira linha.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
Esquemas alternativos (por exemplo, quinupristina/dalfopristina, ceftarolina) devem ser usados apenas sob orientação de um especialista em doenças infecciosas.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
Opções primárias
linezolida: 600 mg por via intravenosa/oral a cada 12 horas por pelo menos 6 semanas
ou
daptomicina: 10-12 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia por pelo menos 6 semanas
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para cirurgia incluem os seguintes aspectos:[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com [7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [90]Malhotra A, Prendergast BD. Evaluating treatment options for patients with infective endocarditis: when is it the right time for surgery? Future Cardiol. 2012 Nov;8(6):847-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23176688?tool=bestpractice.com [105]Tleyjeh IM, Kashour T, Zimmerman V, et al. The role of valve surgery in infective endocarditis management: a systematic review of observational studies that included propensity score analysis. Am Heart J. 2008 Nov;156(5):901-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19061705?tool=bestpractice.com [106]Pettersson GB, Coselli JS, Hussain ST, et al. 2016 The American Association for Thoracic Surgery (AATS) consensus guidelines: surgical treatment of infective endocarditis - executive summary. J Thorac Cardiovasc Surg. 2017 Jun;153(6):1241-58. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365016?tool=bestpractice.com [107]Wang A, Fosbøl EL. Current recommendations and uncertainties for surgical treatment of infective endocarditis: a comparison of American and European cardiovascular guidelines. Eur Heart J. 2022 May 1;43(17):1617-25. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/17/1617/6507121 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35029274?tool=bestpractice.com
1) Insuficiência cardíaca, especialmente choque cardiogênico ou edema pulmonar (requer cirurgia de emergência) ou baixa tolerância hemodinâmica (requer cirurgia urgente).
2) Infecção não controlada com complicações locais (por exemplo, abscesso, falso aneurisma, fístula e aumento da vegetação); hemoculturas positivas persistentes (apesar de antibioticoterapia adequada por mais de uma semana e controle de êmbolos sépticos); bactérias ou fungos resistentes; ou endocardite de valva protética causada por Staphylococcus aureus ou bacilos Gram-negativos não-HACEK.
3) Alto risco de embolia ou embolia estabelecida com vegetação ≥10 mm e êmbolos apesar de antibioticoterapia apropriada, vegetação ≥10 mm e outro motivo para cirurgia (por exemplo, pacientes com disfunção valvar significativa [seja resultado direto do processo de endocardite ou não]) ou vegetação ≥10 mm e sem evidência de êmbolo.
A intervenção cirúrgica frequentemente é necessária para curar a doença em pacientes com valvas protéticas.
O marca-passo temporário é recomendado em pacientes com bloqueio atrioventricular secundário ao abscesso micótico da raiz aórtica.
As diretrizes de 2023 da European Society of Cardiology e a diretriz de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology recomendam que o momento ideal da intervenção cirúrgica seja decidido por uma equipe multidisciplinar de endocardite.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 Além da antibioticoterapia, a intervenção cirúrgica precoce será necessária em cerca de 50% dos pacientes.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 A intervenção cirúrgica precoce (durante a hospitalização inicial e antes de se concluir o curso completo do antibiótico) é recomendada para os pacientes com qualquer uma das seguintes condições: sintomas de insuficiência cardíaca; EI do lado esquerdo causada por S aureus, organismo fúngico ou outro patógeno altamente resistente; EI complicada por bloqueio atrioventricular, abscesso anular ou aórtico ou lesões penetrantes destrutivas; bacteremia ou febre persistente por >5 dias, apesar de uma terapêutica antimicrobiana apropriada. A cirurgia precoce também deve ser considerada para os pacientes com: êmbolos recorrentes e vegetação persistente; EI de valva nativa do lado esquerdo com vegetação móvel >10 mm de comprimento.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
ceftriaxona; ou ampicilina/sulbactam ± gentamicina; ou ciprofloxacino; ou ampicilina
Cada vez mais, os organismos de espécies de Haemophilus, Aggregatibacter, Cardiobacterium hominis, Eikenella corrodens e Kingella sp (HACEK) têm se tornado resistentes à ampicilina, e esta nunca deve ser usada como terapia de primeira linha para a endocardite por organismos HACEK.
Essas cepas são suscetíveis a cefalosporinas de terceira e quarta gerações (por exemplo, ceftriaxona) e possivelmente a ampicilina/sulbactam. O ciclo de tratamento é de 4 dias.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
Essas cepas também são suscetíveis a fluoroquinolonas. As fluoroquinolonas não foram amplamente estudadas no tratamento da EI e, portanto, devem ser usadas apenas como uma alternativa para pacientes que não toleram cefalosporinas ou ampicilina/sulbactam.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
Os antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Isso inclui, mas não está limitado a: tendinopatia/ruptura de tendão; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação de valva cardíaca; disglicemia; e efeitos sobre o sistema nervoso central, incluindo convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicidas.[99]Rusu A, Munteanu AC, Arbănași EM, et al. Overview of side-effects of antibacterial fluoroquinolones: new drugs versus old drugs, a step forward in the safety profile? Pharmaceutics. 2023 Mar 1;15(3):804. https://www.mdpi.com/1999-4923/15/3/804 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36986665?tool=bestpractice.com Restrições de prescrição aplicam-se ao uso de fluoroquinolonas e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso das fluoroquinolonas deve ser restrito apenas nas infecções bacterianas graves e com risco à vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que eles sejam usados apenas em situações em que outros antibióticos comumente recomendados para a infecção sejam inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento, indisponibilidade). Consulte as diretrizes e a fonte de informações de medicamentos locais para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.
A ampicilina é uma opção caso o isolamento em cultura seja suficiente para permitir resultados de suscetibilidade in vitro.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
Ampicilina/sulbactam associado a gentamicina por 4-6 semanas pode ser recomendado em alguns países.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com
A monitorização rigorosa da função renal e de possível ototoxicidade é importante em pacientes que recebem tratamento prolongado com aminoglicosídeos.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
Opções primárias
ceftriaxona: 2 g por via intravenosa/intramuscular uma vez ao dia por 4 semanas
ou
ampicilina/sulbactam: 3 g por via intravenosa a cada 6 horas por 4 semanas
Mais ampicilina/sulbactamA dose consiste em 2 g de ampicilina associados a 1 g de sulbactam.
Opções secundárias
ciprofloxacino: 400 mg por via intravenosa a cada 12 horas por 4 semanas; 1000 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia por 4 semanas
ou
ampicilina: 2 g por via intravenosa a cada 4 horas por 4 semanas
ou
ampicilina/sulbactam: 3 g por via intravenosa a cada 6 horas por 4-6 semanas
Mais ampicilina/sulbactamA dose consiste em 2 g de ampicilina associados a 1 g de sulbactam.
e
gentamicina: 3 mg/kg/dia por via intravenosa/intramuscular administrados em doses fracionadas a cada 8 horas por 4-6 semanas
Mais gentamicinaA dose diária pode ser administrada uma vez ao dia (de preferência) ou em 2-3 doses igualmente fracionadas. A dose de gentamicina deve ser ajustada para atingir um pico de concentração plasmática de 3-4 microgramas/mL e um nível em vale <1 micrograma/mL quando administrada em 3 doses fracionadas. Não há dados sobre concentrações ideais de medicamentos quando a dosagem é administrada uma vez ao dia.
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para cirurgia incluem os seguintes aspectos:[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com [7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [90]Malhotra A, Prendergast BD. Evaluating treatment options for patients with infective endocarditis: when is it the right time for surgery? Future Cardiol. 2012 Nov;8(6):847-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23176688?tool=bestpractice.com [105]Tleyjeh IM, Kashour T, Zimmerman V, et al. The role of valve surgery in infective endocarditis management: a systematic review of observational studies that included propensity score analysis. Am Heart J. 2008 Nov;156(5):901-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19061705?tool=bestpractice.com [106]Pettersson GB, Coselli JS, Hussain ST, et al. 2016 The American Association for Thoracic Surgery (AATS) consensus guidelines: surgical treatment of infective endocarditis - executive summary. J Thorac Cardiovasc Surg. 2017 Jun;153(6):1241-58. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365016?tool=bestpractice.com [107]Wang A, Fosbøl EL. Current recommendations and uncertainties for surgical treatment of infective endocarditis: a comparison of American and European cardiovascular guidelines. Eur Heart J. 2022 May 1;43(17):1617-25. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/17/1617/6507121 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35029274?tool=bestpractice.com
1) Insuficiência cardíaca, especialmente choque cardiogênico ou edema pulmonar (requer cirurgia de emergência) ou baixa tolerância hemodinâmica (requer cirurgia urgente).
2) Infecção não controlada com complicações locais (por exemplo, abscesso, falso aneurisma, fístula e aumento da vegetação); hemoculturas positivas persistentes (apesar de antibioticoterapia adequada por mais de uma semana e controle de êmbolos sépticos); bactérias ou fungos resistentes; ou endocardite de valva protética causada por Staphylococcus aureus ou bacilos Gram-negativos não-HACEK.
3) Alto risco de embolia ou embolia estabelecida com vegetação ≥10 mm e êmbolos apesar de antibioticoterapia apropriada, vegetação ≥10 mm e outro motivo para cirurgia (por exemplo, pacientes com disfunção valvar significativa [seja resultado direto do processo de endocardite ou não]) ou vegetação ≥10 mm e sem evidência de êmbolo.
A intervenção cirúrgica frequentemente é necessária para curar a doença em pacientes com valvas protéticas.
O marca-passo temporário é recomendado em pacientes com bloqueio atrioventricular secundário ao abscesso micótico da raiz aórtica.
As diretrizes de 2023 da European Society of Cardiology e a diretriz de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology recomendam que o momento ideal da intervenção cirúrgica seja decidido por uma equipe multidisciplinar de endocardite.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 Além da antibioticoterapia, a intervenção cirúrgica precoce será necessária em cerca de 50% dos pacientes.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 A intervenção cirúrgica precoce (durante a hospitalização inicial e antes de se concluir o curso completo do antibiótico) é recomendada para os pacientes com qualquer uma das seguintes condições: sintomas de insuficiência cardíaca; EI do lado esquerdo causada por S aureus, organismo fúngico ou outro patógeno altamente resistente; EI complicada por bloqueio atrioventricular, abscesso anular ou aórtico ou lesões penetrantes destrutivas; bacteremia ou febre persistente por >5 dias, apesar de uma terapêutica antimicrobiana apropriada. A cirurgia precoce também deve ser considerada para os pacientes com: êmbolos recorrentes e vegetação persistente; EI de valva nativa do lado esquerdo com vegetação móvel >10 mm de comprimento.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
consulta com especialista em doenças infecciosas
Vários organismos estão envolvidos, entre eles: Chlamydia spp; Coxiella spp; Bartonella spp; Brucella spp; e Legionella spp.
Deve-se considerar o aconselhamento com um especialista em doenças infecciosas em virtude dos vários mecanismos de resistência a antibióticos encontrados em organismos não HACEK. Antibioticoterapia combinada com um betalactâmico associado a um aminoglicosídeo ou uma fluoroquinolona por 6 semanas pode ser uma opção razoável.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com As recomendações europeias são mais específicas e recomendam esquemas específicos para cada organismo causador.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para cirurgia incluem os seguintes aspectos:[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com [7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [90]Malhotra A, Prendergast BD. Evaluating treatment options for patients with infective endocarditis: when is it the right time for surgery? Future Cardiol. 2012 Nov;8(6):847-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23176688?tool=bestpractice.com [105]Tleyjeh IM, Kashour T, Zimmerman V, et al. The role of valve surgery in infective endocarditis management: a systematic review of observational studies that included propensity score analysis. Am Heart J. 2008 Nov;156(5):901-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19061705?tool=bestpractice.com [106]Pettersson GB, Coselli JS, Hussain ST, et al. 2016 The American Association for Thoracic Surgery (AATS) consensus guidelines: surgical treatment of infective endocarditis - executive summary. J Thorac Cardiovasc Surg. 2017 Jun;153(6):1241-58. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365016?tool=bestpractice.com [107]Wang A, Fosbøl EL. Current recommendations and uncertainties for surgical treatment of infective endocarditis: a comparison of American and European cardiovascular guidelines. Eur Heart J. 2022 May 1;43(17):1617-25. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/17/1617/6507121 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35029274?tool=bestpractice.com
1) Insuficiência cardíaca, especialmente choque cardiogênico ou edema pulmonar (requer cirurgia de emergência) ou baixa tolerância hemodinâmica (requer cirurgia urgente).
2) Infecção não controlada com complicações locais (por exemplo, abscesso, falso aneurisma, fístula e aumento da vegetação); hemoculturas positivas persistentes (apesar de antibioticoterapia adequada por mais de uma semana e controle de êmbolos sépticos); bactérias ou fungos resistentes; ou endocardite de valva protética causada por Staphylococcus aureus ou bacilos Gram-negativos não-HACEK.
3) Alto risco de embolia ou embolia estabelecida com vegetação ≥10 mm e êmbolos apesar de antibioticoterapia apropriada, vegetação ≥10 mm e outro motivo para cirurgia (por exemplo, pacientes com disfunção valvar significativa [seja resultado direto do processo de endocardite ou não]) ou vegetação ≥10 mm e sem evidência de êmbolo.
A intervenção cirúrgica frequentemente é necessária para curar a doença em pacientes com valvas protéticas.
O marca-passo temporário é recomendado em pacientes com bloqueio atrioventricular secundário ao abscesso micótico da raiz aórtica.
As diretrizes de 2023 da European Society of Cardiology e a diretriz de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology recomendam que o momento ideal da intervenção cirúrgica seja decidido por uma equipe multidisciplinar de endocardite.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 Além da antibioticoterapia, a intervenção cirúrgica precoce será necessária em cerca de 50% dos pacientes.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 A intervenção cirúrgica precoce (durante a hospitalização inicial e antes de se concluir o curso completo do antibiótico) é recomendada para os pacientes com qualquer uma das seguintes condições: sintomas de insuficiência cardíaca; EI do lado esquerdo causada por S aureus, organismo fúngico ou outro patógeno altamente resistente; EI complicada por bloqueio atrioventricular, abscesso anular ou aórtico ou lesões penetrantes destrutivas; bacteremia ou febre persistente por >5 dias, apesar de uma terapêutica antimicrobiana apropriada. A cirurgia precoce também deve ser considerada para os pacientes com: êmbolos recorrentes e vegetação persistente; EI de valva nativa do lado esquerdo com vegetação móvel >10 mm de comprimento.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
cirurgia + terapia antifúngica
Mais frequentemente, as infecções fúngicas afetam pacientes com valvas protéticas ou aqueles que são imunocomprometidos.[100]Meena DS, Kumar D, Agarwal M, et al. Clinical features, diagnosis and treatment outcome of fungal endocarditis: a systematic review of reported cases. Mycoses. 2022 Mar;65(3):294-302. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34787939?tool=bestpractice.com Os usuários de drogas intravenosas também têm um risco aumentado para EI fúngica.[100]Meena DS, Kumar D, Agarwal M, et al. Clinical features, diagnosis and treatment outcome of fungal endocarditis: a systematic review of reported cases. Mycoses. 2022 Mar;65(3):294-302. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34787939?tool=bestpractice.com Os agentes causadores mais comuns são Candida e Aspergillus, com mortalidade >40% a 50%.[100]Meena DS, Kumar D, Agarwal M, et al. Clinical features, diagnosis and treatment outcome of fungal endocarditis: a systematic review of reported cases. Mycoses. 2022 Mar;65(3):294-302. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34787939?tool=bestpractice.com O tratamento inclui substituição da valva e terapia antifúngica.[100]Meena DS, Kumar D, Agarwal M, et al. Clinical features, diagnosis and treatment outcome of fungal endocarditis: a systematic review of reported cases. Mycoses. 2022 Mar;65(3):294-302. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34787939?tool=bestpractice.com [101]Ellis ME, Al-Abdely H, Sandridge A, et al. Fungal endocarditis: evidence in the world literature, 1965-1995. Clin Infect Dis. 2001 Jan;32(1):50-62. http://cid.oxfordjournals.org/content/32/1/50.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11118386?tool=bestpractice.com
A intervenção cirúrgica precoce (durante a hospitalização inicial) é recomendada.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 [123]Patterson TF, Thompson GR 3rd, Denning DW, et al. Practice guidelines for the diagnosis and management of aspergillosis: 2016 update by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2016 Aug 15;63(4):e1-60. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4967602 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27365388?tool=bestpractice.com A cirurgia de substituição de valva é recomendada para os pacientes com endocardite de valva nativa por Candida.[124]Pappas PG, Kauffman CA, Andes DR, et al. Clinical practice guideline for the management of candidiasis: 2016 update by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2016 Feb 15;62(4):e1-50. https://academic.oup.com/cid/article/62/4/409/2462633 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26679628?tool=bestpractice.com A escolha da terapia antifúngica é baseada em evidências limitadas, de baixa qualidade, de ensaios clínicos randomizados.[123]Patterson TF, Thompson GR 3rd, Denning DW, et al. Practice guidelines for the diagnosis and management of aspergillosis: 2016 update by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2016 Aug 15;63(4):e1-60. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4967602 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27365388?tool=bestpractice.com [124]Pappas PG, Kauffman CA, Andes DR, et al. Clinical practice guideline for the management of candidiasis: 2016 update by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2016 Feb 15;62(4):e1-50. https://academic.oup.com/cid/article/62/4/409/2462633 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26679628?tool=bestpractice.com [125]Douglas AP, Smibert OC, Bajel A, et al. Consensus guidelines for the diagnosis and management of invasive aspergillosis, 2021. Intern Med J. 2021 Nov;51 Suppl 7:143-76. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/imj.15591 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34937136?tool=bestpractice.com Deve-se consultar um especialista.
valva protética: endocardite confirmada
betalactâmicos ± gentamicina; ou vancomicina
Caso a cepa seja altamente sensível, com base no valor da concentração inibitória mínima (ou seja, ≤0.12 microgramas/mL), o paciente pode receber benzilpenicilina, ampicilina ou ceftriaxona por 6 semanas com ou sem gentamicina por 2 semanas.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com A amoxicilina pode ser considerada como um betalactâmico alternativo em alguns países.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com
Monoterapia com vancomicina (por 6 semanas) é recomendada em pacientes intolerantes à penicilina (reação de hipersensibilidade tipo I).[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
As diretrizes de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology estabelecem que os pacientes estáveis com EI do lado esquerdo causada por estreptococos, E faecalis, S aureus ou estafilococos coagulase-negativos, que não apresentem evidências de infecção paravalvular ou ecocardiografia transesofágica (ETE) podem ser considerados para troca para antibioticoterapia oral após a terapia intravenosa inicial.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 [103]Phillips MC, Wald-Dickler N, Davar K, et al. Choosing patients over placebos: oral transitional therapy vs. IV-only therapy for bacteraemia and infective endocarditis. Clin Microbiol Infect. 2023 Sep;29(9):1126-32. https://www.clinicalmicrobiologyandinfection.com/article/S1198-743X(23)00209-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37179005?tool=bestpractice.com É necessário um acompanhamento frequente da equipe multidisciplinar, e uma ETE de acompanhamento é recomendada de 1 a 3 dias antes de se concluir o ciclo do antibiótico.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
Opções primárias
benzilpenicilina sódica: 7.2 a 14.4 g/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 4 horas por 6 semanas
ou
ampicilina: 2 g por via intravenosa a cada 4 horas por 6 semanas
ou
ceftriaxona: 2 g por via intravenosa/intramuscular uma vez ao dia por 6 semanas
ou
amoxicilina: 100-200 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 4-6 horas por 6 semanas
ou
benzilpenicilina sódica: 7.2 a 14.4 g/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 4 horas por 6 semanas
ou
ampicilina: 2 g por via intravenosa a cada 4 horas por 6 semanas
ou
ceftriaxona: 2 g por via intravenosa/intramuscular uma vez ao dia por 6 semanas
ou
amoxicilina: 100-200 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 4-6 horas por 6 semanas
--E--
gentamicina: 3 mg/kg/dia por via intravenosa/intramuscular uma vez ao dia por 2 semanas
Mais gentamicinaA dose diária pode ser administrada uma vez ao dia (de preferência) ou em 2-3 doses igualmente fracionadas. A dose de gentamicina deve ser ajustada para atingir um pico de concentração plasmática de 3-4 microgramas/mL e um nível em vale <1 micrograma/mL quando administrada em 3 doses fracionadas. Não há dados sobre concentrações ideais de medicamentos quando a dosagem é administrada uma vez ao dia.
Opções secundárias
vancomicina: 30 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 12 horas por 6 semanas
Mais vancomicinaA dose de vancomicina deve ser ajustada para atingir uma concentração em vale de 10-20 microgramas/mL.
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para cirurgia incluem os seguintes aspectos:[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com [7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [90]Malhotra A, Prendergast BD. Evaluating treatment options for patients with infective endocarditis: when is it the right time for surgery? Future Cardiol. 2012 Nov;8(6):847-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23176688?tool=bestpractice.com [105]Tleyjeh IM, Kashour T, Zimmerman V, et al. The role of valve surgery in infective endocarditis management: a systematic review of observational studies that included propensity score analysis. Am Heart J. 2008 Nov;156(5):901-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19061705?tool=bestpractice.com [106]Pettersson GB, Coselli JS, Hussain ST, et al. 2016 The American Association for Thoracic Surgery (AATS) consensus guidelines: surgical treatment of infective endocarditis - executive summary. J Thorac Cardiovasc Surg. 2017 Jun;153(6):1241-58. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365016?tool=bestpractice.com [107]Wang A, Fosbøl EL. Current recommendations and uncertainties for surgical treatment of infective endocarditis: a comparison of American and European cardiovascular guidelines. Eur Heart J. 2022 May 1;43(17):1617-25. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/17/1617/6507121 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35029274?tool=bestpractice.com
1) Insuficiência cardíaca, especialmente choque cardiogênico ou edema pulmonar (requer cirurgia de emergência) ou baixa tolerância hemodinâmica (requer cirurgia urgente).
2) Infecção não controlada com complicações locais (por exemplo, abscesso, falso aneurisma, fístula e aumento da vegetação); hemoculturas positivas persistentes (apesar de antibioticoterapia adequada por mais de uma semana e controle de êmbolos sépticos); bactérias ou fungos resistentes; ou endocardite de valva protética causada por Staphylococcus aureus ou bacilos Gram-negativos não-HACEK.
3) Alto risco de embolia ou embolia estabelecida com vegetação ≥10 mm e êmbolos apesar de antibioticoterapia apropriada, vegetação ≥10 mm e outro motivo para cirurgia (por exemplo, pacientes com disfunção valvar significativa [seja resultado direto do processo de endocardite ou não]) ou vegetação ≥10 mm e sem evidência de êmbolo.
A intervenção cirúrgica frequentemente é necessária para curar a doença em pacientes com valvas protéticas.
O marca-passo temporário é recomendado em pacientes com bloqueio atrioventricular secundário ao abscesso micótico da raiz aórtica.
As diretrizes de 2023 da European Society of Cardiology e a diretriz de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology recomendam que o momento ideal da intervenção cirúrgica seja decidido por uma equipe multidisciplinar de endocardite.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 Além da antibioticoterapia, a intervenção cirúrgica precoce será necessária em cerca de 50% dos pacientes.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 A intervenção cirúrgica precoce (durante a hospitalização inicial e antes de se concluir o curso completo do antibiótico) é recomendada para os pacientes com qualquer uma das seguintes condições: sintomas de insuficiência cardíaca; EI do lado esquerdo causada por S aureus, organismo fúngico ou outro patógeno altamente resistente; EI complicada por bloqueio atrioventricular, abscesso anular ou aórtico ou lesões penetrantes destrutivas; bacteremia ou febre persistente por >5 dias, apesar de uma terapêutica antimicrobiana apropriada. A cirurgia precoce também deve ser considerada para os pacientes com: êmbolos recorrentes e vegetação persistente; EI de valva nativa do lado esquerdo com vegetação móvel >10 mm de comprimento.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
betalactâmicos + gentamicina; ou vancomicina ± gentamicina
Um betalactâmico (benzilpenicilina, ampicilina ou ceftriaxona) associado à gentamicina é o esquema recomendado caso a cepa seja relativamente resistente à penicilina, com base no valor da concentração inibitória mínima (ou seja, >0.12 microgramas/mL).[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com A amoxicilina pode ser considerada como um betalactâmico alternativo em alguns países.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com
Monoterapia com vancomicina (por 6 semanas) é recomendada em pacientes intolerantes à penicilina (reação de hipersensibilidade tipo I).[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com Gentamicina (por 2 semanas) pode ser adicionada à vancomicina em alguns países.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com
A monitorização rigorosa da função renal e de possível ototoxicidade é importante em pacientes que recebem tratamento prolongado com aminoglicosídeos.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
As diretrizes de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology estabelecem que os pacientes estáveis com EI do lado esquerdo causada por estreptococos, E faecalis, S aureus ou estafilococos coagulase-negativos, que não apresentem evidências de infecção paravalvular ou ecocardiografia transesofágica (ETE) podem ser considerados para troca para antibioticoterapia oral após a terapia intravenosa inicial.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 [103]Phillips MC, Wald-Dickler N, Davar K, et al. Choosing patients over placebos: oral transitional therapy vs. IV-only therapy for bacteraemia and infective endocarditis. Clin Microbiol Infect. 2023 Sep;29(9):1126-32. https://www.clinicalmicrobiologyandinfection.com/article/S1198-743X(23)00209-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37179005?tool=bestpractice.com É necessário um acompanhamento frequente da equipe multidisciplinar, e uma ETE de acompanhamento é recomendada de 1 a 3 dias antes de se concluir o ciclo do antibiótico.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
Opções primárias
benzilpenicilina sódica: 7.2 a 14.4 g/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 4 horas por 6 semanas
ou
ampicilina: 2 g por via intravenosa a cada 4 horas por 6 semanas
ou
ceftriaxona: 2 g por via intravenosa/intramuscular uma vez ao dia por 6 semanas
ou
amoxicilina: 200 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 4-6 horas por 6 semanas
--E--
gentamicina: 3 mg/kg/dia por via intravenosa/intramuscular uma vez ao dia por 6 semanas
Mais gentamicinaA dose diária pode ser administrada uma vez ao dia (de preferência) ou em 2-3 doses igualmente fracionadas. A dose de gentamicina deve ser ajustada para atingir um pico de concentração plasmática de 3-4 microgramas/mL e um nível em vale <1 micrograma/mL quando administrada em 3 doses fracionadas. Não há dados sobre concentrações ideais de medicamentos quando a dosagem é administrada uma vez ao dia.
Opções secundárias
vancomicina: 30 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 12 horas por 6 semanas
Mais vancomicinaA dose de vancomicina deve ser ajustada para atingir uma concentração em vale de 10-20 microgramas/mL.
ou
vancomicina: 30 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 12 horas por 6 semanas
Mais vancomicinaA dose de vancomicina deve ser ajustada para atingir uma concentração em vale de 10-20 microgramas/mL.
e
gentamicina: 3 mg/kg por via intravenosa/intramuscular uma vez ao dia por 2 semanas
Mais gentamicinaA dose diária pode ser administrada uma vez ao dia (de preferência) ou em 2-3 doses igualmente fracionadas. A dose de gentamicina deve ser ajustada para atingir um pico de concentração plasmática de 3-4 microgramas/mL e um nível em vale <1 micrograma/mL quando administrada em 3 doses fracionadas. Não há dados sobre concentrações ideais de medicamentos quando a dosagem é administrada uma vez ao dia.
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para cirurgia incluem os seguintes aspectos:[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com [7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [90]Malhotra A, Prendergast BD. Evaluating treatment options for patients with infective endocarditis: when is it the right time for surgery? Future Cardiol. 2012 Nov;8(6):847-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23176688?tool=bestpractice.com [105]Tleyjeh IM, Kashour T, Zimmerman V, et al. The role of valve surgery in infective endocarditis management: a systematic review of observational studies that included propensity score analysis. Am Heart J. 2008 Nov;156(5):901-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19061705?tool=bestpractice.com [106]Pettersson GB, Coselli JS, Hussain ST, et al. 2016 The American Association for Thoracic Surgery (AATS) consensus guidelines: surgical treatment of infective endocarditis - executive summary. J Thorac Cardiovasc Surg. 2017 Jun;153(6):1241-58. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365016?tool=bestpractice.com [107]Wang A, Fosbøl EL. Current recommendations and uncertainties for surgical treatment of infective endocarditis: a comparison of American and European cardiovascular guidelines. Eur Heart J. 2022 May 1;43(17):1617-25. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/17/1617/6507121 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35029274?tool=bestpractice.com
1) Insuficiência cardíaca, especialmente choque cardiogênico ou edema pulmonar (requer cirurgia de emergência) ou baixa tolerância hemodinâmica (requer cirurgia urgente).
2) Infecção não controlada com complicações locais (por exemplo, abscesso, falso aneurisma, fístula e aumento da vegetação); hemoculturas positivas persistentes (apesar de antibioticoterapia adequada por mais de uma semana e controle de êmbolos sépticos); bactérias ou fungos resistentes; ou endocardite de valva protética causada por Staphylococcus aureus ou bacilos Gram-negativos não-HACEK.
3) Alto risco de embolia ou embolia estabelecida com vegetação ≥10 mm e êmbolos apesar de antibioticoterapia apropriada, vegetação ≥10 mm e outro motivo para cirurgia (por exemplo, pacientes com disfunção valvar significativa [seja resultado direto do processo de endocardite ou não]) ou vegetação ≥10 mm e sem evidência de êmbolo.
A intervenção cirúrgica frequentemente é necessária para curar a doença em pacientes com valvas protéticas.
O marca-passo temporário é recomendado em pacientes com bloqueio atrioventricular secundário ao abscesso micótico da raiz aórtica.
As diretrizes de 2023 da European Society of Cardiology e a diretriz de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology recomendam que o momento ideal da intervenção cirúrgica seja decidido por uma equipe multidisciplinar de endocardite.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 Além da antibioticoterapia, a intervenção cirúrgica precoce será necessária em cerca de 50% dos pacientes.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 A intervenção cirúrgica precoce (durante a hospitalização inicial e antes de se concluir o curso completo do antibiótico) é recomendada para os pacientes com qualquer uma das seguintes condições: sintomas de insuficiência cardíaca; EI do lado esquerdo causada por S aureus, organismo fúngico ou outro patógeno altamente resistente; EI complicada por bloqueio atrioventricular, abscesso anular ou aórtico ou lesões penetrantes destrutivas; bacteremia ou febre persistente por >5 dias, apesar de uma terapêutica antimicrobiana apropriada. A cirurgia precoce também deve ser considerada para os pacientes com: êmbolos recorrentes e vegetação persistente; EI de valva nativa do lado esquerdo com vegetação móvel >10 mm de comprimento.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
nafcilina ou oxacilina ou cefazolina ou vancomicina + rifampicina + gentamicina
As infecções causadas por Staphylococcus aureus geralmente têm rápida progressão e apresentam alta taxa de mortalidade; portanto, a terapia combinada é recomendada.[97]Chirouze C, Cabell CH, Fowler VG Jr, et al. Prognostic factors in 61 cases of Staphylococcus aureus prosthetic valve infective endocarditis from the International Collaboration on Endocarditis merged database. Clin Infect Dis. 2004 May 1;38(9):1323-7. http://cid.oxfordjournals.org/content/38/9/1323.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15127349?tool=bestpractice.com [98]John MD, Hibberd PL, Karchmer AW, et al. Staphylococcus aureus prosthetic valve endocarditis: optimal management and risk factors for death. Clin Infect Dis. 1998 Jun;26(6):1302-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9636852?tool=bestpractice.com
O tratamento de cepas sensíveis à meticilina deve incluir nafcilina ou oxacilina ou cefazolina associada a rifampicina por pelo menos 6 semanas. A gentamicina deve ser usada em sinergia durante as primeiras 2 semanas de terapia.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
Vancomicina associada a rifampicina (por pelo menos 6 semanas) associada a gentamicina (por 2 semanas) é recomendada em pacientes intolerantes à penicilina (reação de hipersensibilidade tipo I).[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
A monitorização rigorosa da função renal e de possível ototoxicidade é importante em pacientes que recebem tratamento prolongado com aminoglicosídeos.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
As diretrizes de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology estabelecem que os pacientes estáveis com EI do lado esquerdo causada por estreptococos, E faecalis, S aureus ou estafilococos coagulase-negativos, que não apresentem evidências de infecção paravalvular ou ecocardiografia transesofágica (ETE) podem ser considerados para troca para antibioticoterapia oral após a terapia intravenosa inicial.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 [103]Phillips MC, Wald-Dickler N, Davar K, et al. Choosing patients over placebos: oral transitional therapy vs. IV-only therapy for bacteraemia and infective endocarditis. Clin Microbiol Infect. 2023 Sep;29(9):1126-32. https://www.clinicalmicrobiologyandinfection.com/article/S1198-743X(23)00209-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37179005?tool=bestpractice.com É necessário um acompanhamento frequente da equipe multidisciplinar, e uma ETE de acompanhamento é recomendada de 1 a 3 dias antes de se concluir o ciclo do antibiótico.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
Opções primárias
nafcilina: 12 g/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 4 horas por pelo menos 6 semanas
ou
oxacilina: 12 g/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 4 horas por pelo menos 6 semanas
ou
cefazolina: 6 g/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 8 horas por 6 semanas
--E--
rifampicina: 900 mg/dia por via oral/intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 8 horas por pelo menos 6 semanas
--E--
gentamicina: 3 mg/kg/dia por via intravenosa/intramuscular administrados em doses fracionadas a cada 8-12 horas por 2 semanas
Mais gentamicinaA dose diária pode ser administrada uma vez ao dia (de preferência) ou em 2-3 doses igualmente fracionadas. A dose de gentamicina deve ser ajustada para atingir um pico de concentração plasmática de 3-4 microgramas/mL e um nível em vale <1 micrograma/mL quando administrada em 3 doses fracionadas. Não há dados sobre concentrações ideais de medicamentos quando a dosagem é administrada uma vez ao dia.
Opções secundárias
vancomicina: 30 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 12 horas por pelo menos 6 semanas
Mais vancomicinaA dose de vancomicina deve ser ajustada para atingir uma concentração em vale de 10-20 microgramas/mL.
e
rifampicina: 900 mg/dia por via oral/intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 8 horas por pelo menos 6 semanas
e
gentamicina: 3 mg/kg/dia por via intravenosa/intramuscular administrados em doses fracionadas a cada 8-12 horas por 2 semanas
Mais gentamicinaA dose diária pode ser administrada uma vez ao dia (de preferência) ou em 2-3 doses igualmente fracionadas. A dose de gentamicina deve ser ajustada para atingir um pico de concentração plasmática de 3-4 microgramas/mL e um nível em vale <1 micrograma/mL quando administrada em 3 doses fracionadas. Não há dados sobre concentrações ideais de medicamentos quando a dosagem é administrada uma vez ao dia.
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para cirurgia incluem os seguintes aspectos:[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com [7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [90]Malhotra A, Prendergast BD. Evaluating treatment options for patients with infective endocarditis: when is it the right time for surgery? Future Cardiol. 2012 Nov;8(6):847-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23176688?tool=bestpractice.com [105]Tleyjeh IM, Kashour T, Zimmerman V, et al. The role of valve surgery in infective endocarditis management: a systematic review of observational studies that included propensity score analysis. Am Heart J. 2008 Nov;156(5):901-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19061705?tool=bestpractice.com [106]Pettersson GB, Coselli JS, Hussain ST, et al. 2016 The American Association for Thoracic Surgery (AATS) consensus guidelines: surgical treatment of infective endocarditis - executive summary. J Thorac Cardiovasc Surg. 2017 Jun;153(6):1241-58. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365016?tool=bestpractice.com [107]Wang A, Fosbøl EL. Current recommendations and uncertainties for surgical treatment of infective endocarditis: a comparison of American and European cardiovascular guidelines. Eur Heart J. 2022 May 1;43(17):1617-25. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/17/1617/6507121 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35029274?tool=bestpractice.com
1) Insuficiência cardíaca, especialmente choque cardiogênico ou edema pulmonar (requer cirurgia de emergência) ou baixa tolerância hemodinâmica (requer cirurgia urgente).
2) Infecção não controlada com complicações locais (por exemplo, abscesso, falso aneurisma, fístula e aumento da vegetação); hemoculturas positivas persistentes (apesar de antibioticoterapia adequada por mais de uma semana e controle de êmbolos sépticos); bactérias ou fungos resistentes; ou endocardite de valva protética causada por Staphylococcus aureus ou bacilos Gram-negativos não-HACEK.
3) Alto risco de embolia ou embolia estabelecida com vegetação ≥10 mm e êmbolos apesar de antibioticoterapia apropriada, vegetação ≥10 mm e outro motivo para cirurgia (por exemplo, pacientes com disfunção valvar significativa [seja resultado direto do processo de endocardite ou não]) ou vegetação ≥10 mm e sem evidência de êmbolo.
A intervenção cirúrgica frequentemente é necessária para curar a doença em pacientes com valvas protéticas.
O marca-passo temporário é recomendado em pacientes com bloqueio atrioventricular secundário ao abscesso micótico da raiz aórtica.
As diretrizes de 2023 da European Society of Cardiology e a diretriz de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology recomendam que o momento ideal da intervenção cirúrgica seja decidido por uma equipe multidisciplinar de endocardite.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 Além da antibioticoterapia, a intervenção cirúrgica precoce será necessária em cerca de 50% dos pacientes.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 A intervenção cirúrgica precoce (durante a hospitalização inicial e antes de se concluir o curso completo do antibiótico) é recomendada para os pacientes com qualquer uma das seguintes condições: sintomas de insuficiência cardíaca; EI do lado esquerdo causada por S aureus, organismo fúngico ou outro patógeno altamente resistente; EI complicada por bloqueio atrioventricular, abscesso anular ou aórtico ou lesões penetrantes destrutivas; bacteremia ou febre persistente por >5 dias, apesar de uma terapêutica antimicrobiana apropriada. A cirurgia precoce também deve ser considerada para os pacientes com: êmbolos recorrentes e vegetação persistente; EI de valva nativa do lado esquerdo com vegetação móvel >10 mm de comprimento.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
vancomicina + rifampicina + gentamicina
As espécies resistentes à meticilina estão se tornando mais prevalentes, especialmente em pacientes hospitalizados.
Recomenda-se vancomicina associada a rifampicina por 6 semanas. A gentamicina deve ser usada em sinergia durante as primeiras 2 semanas de terapia.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
As diretrizes de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology estabelecem que os pacientes estáveis com EI do lado esquerdo causada por estreptococos, E faecalis, S aureus ou estafilococos coagulase-negativos, que não apresentem evidências de infecção paravalvular ou ecocardiografia transesofágica (ETE) podem ser considerados para troca para antibioticoterapia oral após a terapia intravenosa inicial.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 [103]Phillips MC, Wald-Dickler N, Davar K, et al. Choosing patients over placebos: oral transitional therapy vs. IV-only therapy for bacteraemia and infective endocarditis. Clin Microbiol Infect. 2023 Sep;29(9):1126-32. https://www.clinicalmicrobiologyandinfection.com/article/S1198-743X(23)00209-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37179005?tool=bestpractice.com É necessário um acompanhamento frequente da equipe multidisciplinar, e uma ETE de acompanhamento é recomendada de 1 a 3 dias antes de se concluir o ciclo do antibiótico.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
Opções primárias
vancomicina: 30 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 12 horas por pelo menos 6 semanas
Mais vancomicinaA dose de vancomicina deve ser ajustada para atingir uma concentração em vale de 10-20 microgramas/mL.
e
rifampicina: 900 mg/dia por via oral/intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 8 horas por pelo menos 6 semanas
e
gentamicina: 3 mg/kg/dia por via intravenosa/intramuscular administrados em doses fracionadas a cada 8-12 horas por 2 semanas
Mais gentamicinaA dose diária pode ser administrada uma vez ao dia (de preferência) ou em 2-3 doses igualmente fracionadas. A dose de gentamicina deve ser ajustada para atingir um pico de concentração plasmática de 3-4 microgramas/mL e um nível em vale <1 micrograma/mL quando administrada em 3 doses fracionadas. Não há dados sobre concentrações ideais de medicamentos quando a dosagem é administrada uma vez ao dia.
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para cirurgia incluem os seguintes aspectos:[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com [7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [90]Malhotra A, Prendergast BD. Evaluating treatment options for patients with infective endocarditis: when is it the right time for surgery? Future Cardiol. 2012 Nov;8(6):847-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23176688?tool=bestpractice.com [105]Tleyjeh IM, Kashour T, Zimmerman V, et al. The role of valve surgery in infective endocarditis management: a systematic review of observational studies that included propensity score analysis. Am Heart J. 2008 Nov;156(5):901-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19061705?tool=bestpractice.com [106]Pettersson GB, Coselli JS, Hussain ST, et al. 2016 The American Association for Thoracic Surgery (AATS) consensus guidelines: surgical treatment of infective endocarditis - executive summary. J Thorac Cardiovasc Surg. 2017 Jun;153(6):1241-58. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365016?tool=bestpractice.com [107]Wang A, Fosbøl EL. Current recommendations and uncertainties for surgical treatment of infective endocarditis: a comparison of American and European cardiovascular guidelines. Eur Heart J. 2022 May 1;43(17):1617-25. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/17/1617/6507121 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35029274?tool=bestpractice.com
1) Insuficiência cardíaca, especialmente choque cardiogênico ou edema pulmonar (requer cirurgia de emergência) ou baixa tolerância hemodinâmica (requer cirurgia urgente).
2) Infecção não controlada com complicações locais (por exemplo, abscesso, falso aneurisma, fístula e aumento da vegetação); hemoculturas positivas persistentes (apesar de antibioticoterapia adequada por mais de uma semana e controle de êmbolos sépticos); bactérias ou fungos resistentes; ou endocardite de valva protética causada por Staphylococcus aureus ou bacilos Gram-negativos não-HACEK.
3) Alto risco de embolia ou embolia estabelecida com vegetação ≥10 mm e êmbolos apesar de antibioticoterapia apropriada, vegetação ≥10 mm e outro motivo para cirurgia (por exemplo, pacientes com disfunção valvar significativa [seja resultado direto do processo de endocardite ou não]) ou vegetação ≥10 mm e sem evidência de êmbolo.
A intervenção cirúrgica frequentemente é necessária para curar a doença em pacientes com valvas protéticas.
O marca-passo temporário é recomendado em pacientes com bloqueio atrioventricular secundário ao abscesso micótico da raiz aórtica.
As diretrizes de 2023 da European Society of Cardiology e a diretriz de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology recomendam que o momento ideal da intervenção cirúrgica seja decidido por uma equipe multidisciplinar de endocardite.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 Além da antibioticoterapia, a intervenção cirúrgica precoce será necessária em cerca de 50% dos pacientes.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 A intervenção cirúrgica precoce (durante a hospitalização inicial e antes de se concluir o curso completo do antibiótico) é recomendada para os pacientes com qualquer uma das seguintes condições: sintomas de insuficiência cardíaca; EI do lado esquerdo causada por S aureus, organismo fúngico ou outro patógeno altamente resistente; EI complicada por bloqueio atrioventricular, abscesso anular ou aórtico ou lesões penetrantes destrutivas; bacteremia ou febre persistente por >5 dias, apesar de uma terapêutica antimicrobiana apropriada. A cirurgia precoce também deve ser considerada para os pacientes com: êmbolos recorrentes e vegetação persistente; EI de valva nativa do lado esquerdo com vegetação móvel >10 mm de comprimento.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
betalactâmicos ou vancomicina + aminoglicosídeo; ou terapia dupla com betalactâmicos
As espécies de enterococos são inerentemente impermeáveis a medicamentos aminoglicosídeos, mas quando eles são usados em combinação com a penicilina, podem-se atingir concentrações bactericidas.
Cepas de enterococos sensíveis à penicilina devem ser tratadas com penicilina (ampicilina ou benzilpenicilina) associada a um aminoglicosídeo (gentamicina; ou estreptomicina se for resistente à gentamicina/suscetível à estreptomicina) por 6 semanas em caso de envolvimento de valva protética.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com A amoxicilina pode ser considerada como um betalactâmico alternativo em alguns países. Gentamicina pode ser recomendada por apenas 2 semanas quando administrada junto com amoxicilina.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com
Um esquema com dois betalactâmicos (ampicilina associada a ceftriaxona) por 6 semanas pode ser usado em pacientes com comprometimento renal (ou seja, clearance da creatinina <50 mL/min), função anormal do nervo craniano VIII ou cepas resistentes a aminoglicosídeos.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com Essa combinação é o esquema de escolha em pacientes com cepas de Enterococcus faecalis com resistência geral a aminoglicosídeos, embora não seja ativo contra Enterococcus faecium.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com
Vancomicina associada a gentamicina (por 6 semanas) é recomendada em pacientes intolerantes à penicilina (reação de hipersensibilidade tipo I).[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
A monitorização rigorosa da função renal e de possível ototoxicidade é importante em pacientes que recebem tratamento prolongado com aminoglicosídeos.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
As diretrizes de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology estabelecem que os pacientes estáveis com EI do lado esquerdo causada por estreptococos, E faecalis, S aureus ou estafilococos coagulase-negativos, que não apresentem evidências de infecção paravalvular ou ecocardiografia transesofágica (ETE) podem ser considerados para troca para antibioticoterapia oral após a terapia intravenosa inicial.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 [103]Phillips MC, Wald-Dickler N, Davar K, et al. Choosing patients over placebos: oral transitional therapy vs. IV-only therapy for bacteraemia and infective endocarditis. Clin Microbiol Infect. 2023 Sep;29(9):1126-32. https://www.clinicalmicrobiologyandinfection.com/article/S1198-743X(23)00209-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37179005?tool=bestpractice.com É necessário um acompanhamento frequente da equipe multidisciplinar, e uma ETE de acompanhamento é recomendada de 1 a 3 dias antes de se concluir o ciclo do antibiótico.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
Opções primárias
ampicilina: 2 g por via intravenosa a cada 4 horas por 6 semanas
ou
benzilpenicilina sódica: 7.2 a 14.4 g/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 4 horas por 6 semanas
ou
amoxicilina: 200 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 4-6 horas por 6 semanas
--E--
gentamicina: 3 mg/kg/dia por via intravenosa/intramuscular administrados em doses fracionadas a cada 8-12 horas por 6 semanas
Mais gentamicinaA dose diária pode ser administrada uma vez ao dia (de preferência) ou em 2-3 doses igualmente fracionadas. A dose de gentamicina deve ser ajustada para atingir um pico de concentração plasmática de 3-4 microgramas/mL e um nível em vale <1 micrograma/mL quando administrada em 3 doses fracionadas. Não há dados sobre concentrações ideais de medicamentos quando a dosagem é administrada uma vez ao dia.
ou
estreptomicina: 15 mg/kg/dia por via intravenosa/intramuscular administrados em 2 doses fracionadas por 6 semanas
Mais estreptomicinaA dose de estreptomicina deve ser ajustada para atingir um pico de concentração plasmática de 20-35 microgramas/mL e um nível em vale <10 microgramas/mL.
ou
ampicilina: 2 g por via intravenosa a cada 4 horas por 6 semanas
e
ceftriaxona: 2 g por via intravenosa a cada 12 horas por 6 semanas
Opções secundárias
vancomicina: 30 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 12 horas por 6 semanas
Mais vancomicinaA dose de vancomicina deve ser ajustada para atingir uma concentração em vale de 10-20 microgramas/mL.
e
gentamicina: 3 mg/kg/dia por via intravenosa/intramuscular administrados em doses fracionadas a cada 8-12 horas por 6 semanas
Mais gentamicinaA dose diária pode ser administrada uma vez ao dia (de preferência) ou em 2-3 doses igualmente fracionadas. A dose de gentamicina deve ser ajustada para atingir um pico de concentração plasmática de 3-4 microgramas/mL e um nível em vale <1 micrograma/mL quando administrada em 3 doses fracionadas. Não há dados sobre concentrações ideais de medicamentos quando a dosagem é administrada uma vez ao dia.
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para cirurgia incluem os seguintes aspectos:[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com [7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [90]Malhotra A, Prendergast BD. Evaluating treatment options for patients with infective endocarditis: when is it the right time for surgery? Future Cardiol. 2012 Nov;8(6):847-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23176688?tool=bestpractice.com [105]Tleyjeh IM, Kashour T, Zimmerman V, et al. The role of valve surgery in infective endocarditis management: a systematic review of observational studies that included propensity score analysis. Am Heart J. 2008 Nov;156(5):901-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19061705?tool=bestpractice.com [106]Pettersson GB, Coselli JS, Hussain ST, et al. 2016 The American Association for Thoracic Surgery (AATS) consensus guidelines: surgical treatment of infective endocarditis - executive summary. J Thorac Cardiovasc Surg. 2017 Jun;153(6):1241-58. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365016?tool=bestpractice.com [107]Wang A, Fosbøl EL. Current recommendations and uncertainties for surgical treatment of infective endocarditis: a comparison of American and European cardiovascular guidelines. Eur Heart J. 2022 May 1;43(17):1617-25. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/17/1617/6507121 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35029274?tool=bestpractice.com
1) Insuficiência cardíaca, especialmente choque cardiogênico ou edema pulmonar (requer cirurgia de emergência) ou baixa tolerância hemodinâmica (requer cirurgia urgente).
2) Infecção não controlada com complicações locais (por exemplo, abscesso, falso aneurisma, fístula e aumento da vegetação); hemoculturas positivas persistentes (apesar de antibioticoterapia adequada por mais de uma semana e controle de êmbolos sépticos); bactérias ou fungos resistentes; ou endocardite de valva protética causada por Staphylococcus aureus ou bacilos Gram-negativos não-HACEK.
3) Alto risco de embolia ou embolia estabelecida com vegetação ≥10 mm e êmbolos apesar de antibioticoterapia apropriada, vegetação ≥10 mm e outro motivo para cirurgia (por exemplo, pacientes com disfunção valvar significativa [seja resultado direto do processo de endocardite ou não]) ou vegetação ≥10 mm e sem evidência de êmbolo.
A intervenção cirúrgica frequentemente é necessária para curar a doença em pacientes com valvas protéticas.
O marca-passo temporário é recomendado em pacientes com bloqueio atrioventricular secundário ao abscesso micótico da raiz aórtica.
As diretrizes de 2023 da European Society of Cardiology e a diretriz de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology recomendam que o momento ideal da intervenção cirúrgica seja decidido por uma equipe multidisciplinar de endocardite.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 Além da antibioticoterapia, a intervenção cirúrgica precoce será necessária em cerca de 50% dos pacientes.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 A intervenção cirúrgica precoce (durante a hospitalização inicial e antes de se concluir o curso completo do antibiótico) é recomendada para os pacientes com qualquer uma das seguintes condições: sintomas de insuficiência cardíaca; EI do lado esquerdo causada por S aureus, organismo fúngico ou outro patógeno altamente resistente; EI complicada por bloqueio atrioventricular, abscesso anular ou aórtico ou lesões penetrantes destrutivas; bacteremia ou febre persistente por >5 dias, apesar de uma terapêutica antimicrobiana apropriada. A cirurgia precoce também deve ser considerada para os pacientes com: êmbolos recorrentes e vegetação persistente; EI de valva nativa do lado esquerdo com vegetação móvel >10 mm de comprimento.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
ampicilina/sulbactam ou vancomicina + gentamicina
O tratamento da endocardite por enterococos, similar ao tratamento para os estreptococos do grupo viridans, é baseado nas sensibilidades à penicilina. Ao contrário dos estreptococos do grupo viridans, os enterococos geralmente não são destruídos por antimicrobianos, mas são simplesmente inibidos. As espécies de enterococos são inerentemente impermeáveis a medicamentos aminoglicosídeos, mas quando eles são usados em combinação com a penicilina, podem-se atingir concentrações bactericidas.
Raramente, cepas de Enterococcus faecalis conseguem produzir betalactamases induzíveis. Esses pacientes devem ser tratados com ampicilina/sulbactam associado a gentamicina.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
Vancomicina associada a gentamicina (por 6 semanas) é recomendada em pacientes intolerantes à penicilina (reação de hipersensibilidade tipo I).[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
A monitorização rigorosa da função renal e de possível ototoxicidade é importante em pacientes que recebem tratamento prolongado com aminoglicosídeos.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
As diretrizes de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology estabelecem que os pacientes estáveis com EI do lado esquerdo causada por estreptococos, E faecalis, S aureus ou estafilococos coagulase-negativos, que não apresentem evidências de infecção paravalvular ou ecocardiografia transesofágica (ETE) podem ser considerados para troca para antibioticoterapia oral após a terapia intravenosa inicial.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 [103]Phillips MC, Wald-Dickler N, Davar K, et al. Choosing patients over placebos: oral transitional therapy vs. IV-only therapy for bacteraemia and infective endocarditis. Clin Microbiol Infect. 2023 Sep;29(9):1126-32. https://www.clinicalmicrobiologyandinfection.com/article/S1198-743X(23)00209-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37179005?tool=bestpractice.com É necessário um acompanhamento frequente da equipe multidisciplinar, e uma ETE de acompanhamento é recomendada de 1 a 3 dias antes de se concluir o ciclo do antibiótico.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
Opções primárias
ampicilina/sulbactam: 3 g por via intravenosa a cada 6 horas por 6 semanas
Mais ampicilina/sulbactamA dose consiste em 2 g de ampicilina associados a 1 g de sulbactam.
e
gentamicina: 3 mg/kg/dia por via intravenosa/intramuscular administrados em doses fracionadas a cada 8 horas por 6 semanas
Mais gentamicinaA dose diária pode ser administrada uma vez ao dia (de preferência) ou em 2-3 doses igualmente fracionadas. A dose de gentamicina deve ser ajustada para atingir um pico de concentração plasmática de 3-4 microgramas/mL e um nível em vale <1 micrograma/mL quando administrada em 3 doses fracionadas. Não há dados sobre concentrações ideais de medicamentos quando a dosagem é administrada uma vez ao dia.
Opções secundárias
vancomicina: 30 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 12 horas por 6 semanas
Mais vancomicinaA dose de vancomicina deve ser ajustada para atingir uma concentração em vale de 10-20 microgramas/mL.
e
gentamicina: 3 mg/kg/dia por via intravenosa/intramuscular administrados em doses fracionadas a cada 8 horas por 6 semanas
Mais gentamicinaA dose diária pode ser administrada uma vez ao dia (de preferência) ou em 2-3 doses igualmente fracionadas. A dose de gentamicina deve ser ajustada para atingir um pico de concentração plasmática de 3-4 microgramas/mL e um nível em vale <1 micrograma/mL quando administrada em 3 doses fracionadas. Não há dados sobre concentrações ideais de medicamentos quando a dosagem é administrada uma vez ao dia.
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para cirurgia incluem os seguintes aspectos:[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com [7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [90]Malhotra A, Prendergast BD. Evaluating treatment options for patients with infective endocarditis: when is it the right time for surgery? Future Cardiol. 2012 Nov;8(6):847-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23176688?tool=bestpractice.com [105]Tleyjeh IM, Kashour T, Zimmerman V, et al. The role of valve surgery in infective endocarditis management: a systematic review of observational studies that included propensity score analysis. Am Heart J. 2008 Nov;156(5):901-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19061705?tool=bestpractice.com [106]Pettersson GB, Coselli JS, Hussain ST, et al. 2016 The American Association for Thoracic Surgery (AATS) consensus guidelines: surgical treatment of infective endocarditis - executive summary. J Thorac Cardiovasc Surg. 2017 Jun;153(6):1241-58. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365016?tool=bestpractice.com [107]Wang A, Fosbøl EL. Current recommendations and uncertainties for surgical treatment of infective endocarditis: a comparison of American and European cardiovascular guidelines. Eur Heart J. 2022 May 1;43(17):1617-25. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/17/1617/6507121 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35029274?tool=bestpractice.com
1) Insuficiência cardíaca, especialmente choque cardiogênico ou edema pulmonar (requer cirurgia de emergência) ou baixa tolerância hemodinâmica (requer cirurgia urgente).
2) Infecção não controlada com complicações locais (por exemplo, abscesso, falso aneurisma, fístula e aumento da vegetação); hemoculturas positivas persistentes (apesar de antibioticoterapia adequada por mais de uma semana e controle de êmbolos sépticos); bactérias ou fungos resistentes; ou endocardite de valva protética causada por Staphylococcus aureus ou bacilos Gram-negativos não-HACEK.
3) Alto risco de embolia ou embolia estabelecida com vegetação ≥10 mm e êmbolos apesar de antibioticoterapia apropriada, vegetação ≥10 mm e outro motivo para cirurgia (por exemplo, pacientes com disfunção valvar significativa [seja resultado direto do processo de endocardite ou não]) ou vegetação ≥10 mm e sem evidência de êmbolo.
A intervenção cirúrgica frequentemente é necessária para curar a doença em pacientes com valvas protéticas.
O marca-passo temporário é recomendado em pacientes com bloqueio atrioventricular secundário ao abscesso micótico da raiz aórtica.
As diretrizes de 2023 da European Society of Cardiology e a diretriz de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology recomendam que o momento ideal da intervenção cirúrgica seja decidido por uma equipe multidisciplinar de endocardite.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 Além da antibioticoterapia, a intervenção cirúrgica precoce será necessária em cerca de 50% dos pacientes.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 A intervenção cirúrgica precoce (durante a hospitalização inicial e antes de se concluir o curso completo do antibiótico) é recomendada para os pacientes com qualquer uma das seguintes condições: sintomas de insuficiência cardíaca; EI do lado esquerdo causada por S aureus, organismo fúngico ou outro patógeno altamente resistente; EI complicada por bloqueio atrioventricular, abscesso anular ou aórtico ou lesões penetrantes destrutivas; bacteremia ou febre persistente por >5 dias, apesar de uma terapêutica antimicrobiana apropriada. A cirurgia precoce também deve ser considerada para os pacientes com: êmbolos recorrentes e vegetação persistente; EI de valva nativa do lado esquerdo com vegetação móvel >10 mm de comprimento.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
vancomicina + gentamicina
O tratamento da endocardite por enterococos, similar ao tratamento para os estreptococos do grupo viridans, é baseado nas sensibilidades à penicilina. Ao contrário dos estreptococos do grupo viridans, os enterococos geralmente não são destruídos por antimicrobianos, mas são simplesmente inibidos. As espécies de enterococos são inerentemente impermeáveis a medicamentos aminoglicosídeos, mas quando eles são usados em combinação com a penicilina, podem-se atingir concentrações bactericidas.
A resistência intrínseca à penicilina é incomum no Enterococcus faecalis, mas é comum no Enterococcus faecium. Esses pacientes devem ser tratados com vancomicina associada a gentamicina.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
A monitorização rigorosa da função renal e de possível ototoxicidade é importante em pacientes que recebem tratamento prolongado com aminoglicosídeos.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
Opções primárias
vancomicina: 30 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 12 horas por 6 semanas
Mais vancomicinaA dose de vancomicina deve ser ajustada para atingir uma concentração em vale de 10-20 microgramas/mL.
e
gentamicina: 3 mg/kg/dia por via intravenosa/intramuscular administrados em doses fracionadas a cada 8 horas por 6 semanas
Mais gentamicinaA dose diária pode ser administrada uma vez ao dia (de preferência) ou em 2-3 doses igualmente fracionadas. A dose de gentamicina deve ser ajustada para atingir um pico de concentração plasmática de 3-4 microgramas/mL e um nível em vale <1 micrograma/mL quando administrada em 3 doses fracionadas. Não há dados sobre concentrações ideais de medicamentos quando a dosagem é administrada uma vez ao dia.
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para cirurgia incluem os seguintes aspectos:[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com [7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [90]Malhotra A, Prendergast BD. Evaluating treatment options for patients with infective endocarditis: when is it the right time for surgery? Future Cardiol. 2012 Nov;8(6):847-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23176688?tool=bestpractice.com [105]Tleyjeh IM, Kashour T, Zimmerman V, et al. The role of valve surgery in infective endocarditis management: a systematic review of observational studies that included propensity score analysis. Am Heart J. 2008 Nov;156(5):901-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19061705?tool=bestpractice.com [106]Pettersson GB, Coselli JS, Hussain ST, et al. 2016 The American Association for Thoracic Surgery (AATS) consensus guidelines: surgical treatment of infective endocarditis - executive summary. J Thorac Cardiovasc Surg. 2017 Jun;153(6):1241-58. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365016?tool=bestpractice.com [107]Wang A, Fosbøl EL. Current recommendations and uncertainties for surgical treatment of infective endocarditis: a comparison of American and European cardiovascular guidelines. Eur Heart J. 2022 May 1;43(17):1617-25. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/17/1617/6507121 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35029274?tool=bestpractice.com
1) Insuficiência cardíaca, especialmente choque cardiogênico ou edema pulmonar (requer cirurgia de emergência) ou baixa tolerância hemodinâmica (requer cirurgia urgente).
2) Infecção não controlada com complicações locais (por exemplo, abscesso, falso aneurisma, fístula e aumento da vegetação); hemoculturas positivas persistentes (apesar de antibioticoterapia adequada por mais de uma semana e controle de êmbolos sépticos); bactérias ou fungos resistentes; ou endocardite de valva protética causada por Staphylococcus aureus ou bacilos Gram-negativos não-HACEK.
3) Alto risco de embolia ou embolia estabelecida com vegetação ≥10 mm e êmbolos apesar de antibioticoterapia apropriada, vegetação ≥10 mm e outro motivo para cirurgia (por exemplo, pacientes com disfunção valvar significativa [seja resultado direto do processo de endocardite ou não]) ou vegetação ≥10 mm e sem evidência de êmbolo.
A intervenção cirúrgica frequentemente é necessária para curar a doença em pacientes com valvas protéticas.
O marca-passo temporário é recomendado em pacientes com bloqueio atrioventricular secundário ao abscesso micótico da raiz aórtica.
As diretrizes de 2023 da European Society of Cardiology e a diretriz de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology recomendam que o momento ideal da intervenção cirúrgica seja decidido por uma equipe multidisciplinar de endocardite.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 Além da antibioticoterapia, a intervenção cirúrgica precoce será necessária em cerca de 50% dos pacientes.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 A intervenção cirúrgica precoce (durante a hospitalização inicial e antes de se concluir o curso completo do antibiótico) é recomendada para os pacientes com qualquer uma das seguintes condições: sintomas de insuficiência cardíaca; EI do lado esquerdo causada por S aureus, organismo fúngico ou outro patógeno altamente resistente; EI complicada por bloqueio atrioventricular, abscesso anular ou aórtico ou lesões penetrantes destrutivas; bacteremia ou febre persistente por >5 dias, apesar de uma terapêutica antimicrobiana apropriada. A cirurgia precoce também deve ser considerada para os pacientes com: êmbolos recorrentes e vegetação persistente; EI de valva nativa do lado esquerdo com vegetação móvel >10 mm de comprimento.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
linezolida ou daptomicina
Os enterococos resistentes à vancomicina são muito difíceis de manejar e os pacientes devem ser tratados por um especialista.
A linezolida e a daptomicina são recomendadas como agentes de primeira linha.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
Esquemas alternativos (por exemplo, quinupristina/dalfopristina, ceftarolina) devem ser usados apenas sob orientação de um especialista em doenças infecciosas.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
Opções primárias
linezolida: 600 mg por via intravenosa/oral a cada 12 horas por pelo menos 6 semanas
ou
daptomicina: 10-12 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia por pelo menos 6 semanas
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para cirurgia incluem os seguintes aspectos:[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com [7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [90]Malhotra A, Prendergast BD. Evaluating treatment options for patients with infective endocarditis: when is it the right time for surgery? Future Cardiol. 2012 Nov;8(6):847-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23176688?tool=bestpractice.com [105]Tleyjeh IM, Kashour T, Zimmerman V, et al. The role of valve surgery in infective endocarditis management: a systematic review of observational studies that included propensity score analysis. Am Heart J. 2008 Nov;156(5):901-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19061705?tool=bestpractice.com [106]Pettersson GB, Coselli JS, Hussain ST, et al. 2016 The American Association for Thoracic Surgery (AATS) consensus guidelines: surgical treatment of infective endocarditis - executive summary. J Thorac Cardiovasc Surg. 2017 Jun;153(6):1241-58. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365016?tool=bestpractice.com [107]Wang A, Fosbøl EL. Current recommendations and uncertainties for surgical treatment of infective endocarditis: a comparison of American and European cardiovascular guidelines. Eur Heart J. 2022 May 1;43(17):1617-25. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/17/1617/6507121 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35029274?tool=bestpractice.com
1) Insuficiência cardíaca, especialmente choque cardiogênico ou edema pulmonar (requer cirurgia de emergência) ou baixa tolerância hemodinâmica (requer cirurgia urgente).
2) Infecção não controlada com complicações locais (por exemplo, abscesso, falso aneurisma, fístula e aumento da vegetação); hemoculturas positivas persistentes (apesar de antibioticoterapia adequada por mais de uma semana e controle de êmbolos sépticos); bactérias ou fungos resistentes; ou endocardite de valva protética causada por Staphylococcus aureus ou bacilos Gram-negativos não-HACEK.
3) Alto risco de embolia ou embolia estabelecida com vegetação ≥10 mm e êmbolos apesar de antibioticoterapia apropriada, vegetação ≥10 mm e outro motivo para cirurgia (por exemplo, pacientes com disfunção valvar significativa [seja resultado direto do processo de endocardite ou não]) ou vegetação ≥10 mm e sem evidência de êmbolo.
A intervenção cirúrgica frequentemente é necessária para curar a doença em pacientes com valvas protéticas.
O marca-passo temporário é recomendado em pacientes com bloqueio atrioventricular secundário ao abscesso micótico da raiz aórtica.
As diretrizes de 2023 da European Society of Cardiology e a diretriz de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology recomendam que o momento ideal da intervenção cirúrgica seja decidido por uma equipe multidisciplinar de endocardite.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 Além da antibioticoterapia, a intervenção cirúrgica precoce será necessária em cerca de 50% dos pacientes.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 A intervenção cirúrgica precoce (durante a hospitalização inicial e antes de se concluir o curso completo do antibiótico) é recomendada para os pacientes com qualquer uma das seguintes condições: sintomas de insuficiência cardíaca; EI do lado esquerdo causada por S aureus, organismo fúngico ou outro patógeno altamente resistente; EI complicada por bloqueio atrioventricular, abscesso anular ou aórtico ou lesões penetrantes destrutivas; bacteremia ou febre persistente por >5 dias, apesar de uma terapêutica antimicrobiana apropriada. A cirurgia precoce também deve ser considerada para os pacientes com: êmbolos recorrentes e vegetação persistente; EI de valva nativa do lado esquerdo com vegetação móvel >10 mm de comprimento.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
ceftriaxona; ou ampicilina/sulbactam ± gentamicina; ou ciprofloxacino; ou ampicilina
Cada vez mais, os organismos Haemophilus sp, Actinobacillus actinomycetemcomitans, Cardiobacterium hominis, Eikenella corrodens e Kingella sp (HACEK) têm se tornado resistentes à ampicilina, e esta nunca deve ser usada como terapia de primeira linha para endocardite por organismos HACEK. Essas cepas são suscetíveis a cefalosporinas de terceira e quarta gerações (por exemplo, ceftriaxona) e, possivelmente, a ampicilina/sulbactam. O ciclo de tratamento é de 6 semanas.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
Essas cepas também são suscetíveis a fluoroquinolonas. As fluoroquinolonas não foram amplamente estudadas no tratamento da EI e, portanto, devem ser usadas apenas como uma alternativa para pacientes que não toleram cefalosporinas ou ampicilina/sulbactam.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
Os antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Isso inclui, mas não está limitado a: tendinopatia/ruptura de tendão; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação de valva cardíaca; disglicemia; e efeitos sobre o sistema nervoso central, incluindo convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicidas.[99]Rusu A, Munteanu AC, Arbănași EM, et al. Overview of side-effects of antibacterial fluoroquinolones: new drugs versus old drugs, a step forward in the safety profile? Pharmaceutics. 2023 Mar 1;15(3):804. https://www.mdpi.com/1999-4923/15/3/804 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36986665?tool=bestpractice.com Aplicam-se restrições de prescrição ao uso de fluoroquinolonas, e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso das fluoroquinolonas deve ser restrito apenas nas infecções bacterianas graves e com risco à vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que eles sejam usados apenas nas situações em que outros antibióticos comumente recomendados para a infecção sejam inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha de tratamento, indisponibilidade). Consulte as diretrizes e a fonte de informações de medicamentos locais para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.
A ampicilina é uma opção caso o isolamento em cultura seja suficiente para permitir resultados de suscetibilidade in vitro.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
Ampicilina/sulbactam associado a gentamicina por 4-6 semanas é recomendado em alguns países.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com
A monitorização rigorosa da função renal e de possível ototoxicidade é importante em pacientes que recebem tratamento prolongado com aminoglicosídeos.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
Opções primárias
ceftriaxona: 2 g por via intravenosa/intramuscular uma vez ao dia por 6 semanas
ou
ampicilina/sulbactam: 3 g por via intravenosa a cada 6 horas por 6 semanas
Mais ampicilina/sulbactamA dose consiste em 2 g de ampicilina associados a 1 g de sulbactam.
Opções secundárias
ciprofloxacino: 400 mg por via intravenosa a cada 12 horas por 6 semanas; 1000 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia por 6 semanas
ou
ampicilina: 2 g por via intravenosa a cada 4 horas por 6 semanas
ou
ampicilina/sulbactam: 3 g por via intravenosa a cada 6 horas por 4-6 semanas
Mais ampicilina/sulbactamA dose consiste em 2 g de ampicilina associados a 1 g de sulbactam.
e
gentamicina: 3 mg/kg/dia por via intravenosa/intramuscular administrados em doses fracionadas a cada 8 horas por 4-6 semanas
Mais gentamicinaA dose diária pode ser administrada uma vez ao dia (de preferência) ou em 2-3 doses igualmente fracionadas. A dose de gentamicina deve ser ajustada para atingir um pico de concentração plasmática de 3-4 microgramas/mL e um nível em vale <1 micrograma/mL quando administrada em 3 doses fracionadas. Não há dados sobre concentrações ideais de medicamentos quando a dosagem é administrada uma vez ao dia.
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para cirurgia incluem os seguintes aspectos:[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com [7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [90]Malhotra A, Prendergast BD. Evaluating treatment options for patients with infective endocarditis: when is it the right time for surgery? Future Cardiol. 2012 Nov;8(6):847-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23176688?tool=bestpractice.com [105]Tleyjeh IM, Kashour T, Zimmerman V, et al. The role of valve surgery in infective endocarditis management: a systematic review of observational studies that included propensity score analysis. Am Heart J. 2008 Nov;156(5):901-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19061705?tool=bestpractice.com [106]Pettersson GB, Coselli JS, Hussain ST, et al. 2016 The American Association for Thoracic Surgery (AATS) consensus guidelines: surgical treatment of infective endocarditis - executive summary. J Thorac Cardiovasc Surg. 2017 Jun;153(6):1241-58. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365016?tool=bestpractice.com [107]Wang A, Fosbøl EL. Current recommendations and uncertainties for surgical treatment of infective endocarditis: a comparison of American and European cardiovascular guidelines. Eur Heart J. 2022 May 1;43(17):1617-25. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/17/1617/6507121 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35029274?tool=bestpractice.com
1) Insuficiência cardíaca, especialmente choque cardiogênico ou edema pulmonar (requer cirurgia de emergência) ou baixa tolerância hemodinâmica (requer cirurgia urgente).
2) Infecção não controlada com complicações locais (por exemplo, abscesso, falso aneurisma, fístula e aumento da vegetação); hemoculturas positivas persistentes (apesar de antibioticoterapia adequada por mais de uma semana e controle de êmbolos sépticos); bactérias ou fungos resistentes; ou endocardite de valva protética causada por Staphylococcus aureus ou bacilos Gram-negativos não-HACEK.
3) Alto risco de embolia ou embolia estabelecida com vegetação ≥10 mm e êmbolos apesar de antibioticoterapia apropriada, vegetação ≥10 mm e outro motivo para cirurgia (por exemplo, pacientes com disfunção valvar significativa [seja resultado direto do processo de endocardite ou não]) ou vegetação ≥10 mm e sem evidência de êmbolo.
A intervenção cirúrgica frequentemente é necessária para curar a doença em pacientes com valvas protéticas.
O marca-passo temporário é recomendado em pacientes com bloqueio atrioventricular secundário ao abscesso micótico da raiz aórtica.
As diretrizes de 2023 da European Society of Cardiology e a diretriz de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology recomendam que o momento ideal da intervenção cirúrgica seja decidido por uma equipe multidisciplinar de endocardite.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 Além da antibioticoterapia, a intervenção cirúrgica precoce será necessária em cerca de 50% dos pacientes.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 A intervenção cirúrgica precoce (durante a hospitalização inicial e antes de se concluir o curso completo do antibiótico) é recomendada para os pacientes com qualquer uma das seguintes condições: sintomas de insuficiência cardíaca; EI do lado esquerdo causada por S aureus, organismo fúngico ou outro patógeno altamente resistente; EI complicada por bloqueio atrioventricular, abscesso anular ou aórtico ou lesões penetrantes destrutivas; bacteremia ou febre persistente por >5 dias, apesar de uma terapêutica antimicrobiana apropriada. A cirurgia precoce também deve ser considerada para os pacientes com: êmbolos recorrentes e vegetação persistente; EI de valva nativa do lado esquerdo com vegetação móvel >10 mm de comprimento.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
consulta com especialista em doenças infecciosas
Vários organismos estão envolvidos: Chlamydia spp; Coxiella spp; Bartonella spp; Brucella spp; e Legionella spp.
Deve-se considerar o aconselhamento com um especialista em doenças infecciosas em virtude dos vários mecanismos de resistência a antibióticos encontrados em organismos não HACEK.
Se o início dos sintomas ocorre no espaço de um ano após a cirurgia de valva protética, recomenda-se tratamento antibiótico para estafilococos, enterococos e bacilos Gram-negativos aeróbios. Se o início dos sintomas ocorrer passado um ano após a colocação da valva, recomenda-se tratamento para estafilococos, estreptococos do grupo viridans e enterococos.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com As recomendações europeias são mais específicas e recomendam esquemas específicos para cada organismo causador.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para cirurgia incluem os seguintes aspectos:[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86. http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com [7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [90]Malhotra A, Prendergast BD. Evaluating treatment options for patients with infective endocarditis: when is it the right time for surgery? Future Cardiol. 2012 Nov;8(6):847-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23176688?tool=bestpractice.com [105]Tleyjeh IM, Kashour T, Zimmerman V, et al. The role of valve surgery in infective endocarditis management: a systematic review of observational studies that included propensity score analysis. Am Heart J. 2008 Nov;156(5):901-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19061705?tool=bestpractice.com [106]Pettersson GB, Coselli JS, Hussain ST, et al. 2016 The American Association for Thoracic Surgery (AATS) consensus guidelines: surgical treatment of infective endocarditis - executive summary. J Thorac Cardiovasc Surg. 2017 Jun;153(6):1241-58. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365016?tool=bestpractice.com [107]Wang A, Fosbøl EL. Current recommendations and uncertainties for surgical treatment of infective endocarditis: a comparison of American and European cardiovascular guidelines. Eur Heart J. 2022 May 1;43(17):1617-25. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/17/1617/6507121 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35029274?tool=bestpractice.com
1) Insuficiência cardíaca, especialmente choque cardiogênico ou edema pulmonar (requer cirurgia de emergência) ou baixa tolerância hemodinâmica (requer cirurgia urgente).
2) Infecção não controlada com complicações locais (por exemplo, abscesso, falso aneurisma, fístula e aumento da vegetação); hemoculturas positivas persistentes (apesar de antibioticoterapia adequada por mais de uma semana e controle de êmbolos sépticos); bactérias ou fungos resistentes; ou endocardite de valva protética causada por Staphylococcus aureus ou bacilos Gram-negativos não-HACEK.
3) Alto risco de embolia ou embolia estabelecida com vegetação ≥10 mm e êmbolos apesar de antibioticoterapia apropriada, vegetação ≥10 mm e outro motivo para cirurgia (por exemplo, pacientes com disfunção valvar significativa [seja resultado direto do processo de endocardite ou não]) ou vegetação ≥10 mm e sem evidência de êmbolo.
A intervenção cirúrgica frequentemente é necessária para curar a doença em pacientes com valvas protéticas.
O marca-passo temporário é recomendado em pacientes com bloqueio atrioventricular secundário ao abscesso micótico da raiz aórtica.
As diretrizes de 2023 da European Society of Cardiology e a diretriz de 2020 da American Heart Association/American College of Cardiology recomendam que o momento ideal da intervenção cirúrgica seja decidido por uma equipe multidisciplinar de endocardite.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 Além da antibioticoterapia, a intervenção cirúrgica precoce será necessária em cerca de 50% dos pacientes.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 A intervenção cirúrgica precoce (durante a hospitalização inicial e antes de se concluir o curso completo do antibiótico) é recomendada para os pacientes com qualquer uma das seguintes condições: sintomas de insuficiência cardíaca; EI do lado esquerdo causada por S aureus, organismo fúngico ou outro patógeno altamente resistente; EI complicada por bloqueio atrioventricular, abscesso anular ou aórtico ou lesões penetrantes destrutivas; bacteremia ou febre persistente por >5 dias, apesar de uma terapêutica antimicrobiana apropriada. A cirurgia precoce também deve ser considerada para os pacientes com: êmbolos recorrentes e vegetação persistente; EI de valva nativa do lado esquerdo com vegetação móvel >10 mm de comprimento.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
cirurgia + terapia antifúngica
Mais frequentemente, as infecções fúngicas afetam os pacientes com valvas protéticas ou aqueles que estiverem imunocomprometidos.[100]Meena DS, Kumar D, Agarwal M, et al. Clinical features, diagnosis and treatment outcome of fungal endocarditis: a systematic review of reported cases. Mycoses. 2022 Mar;65(3):294-302. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34787939?tool=bestpractice.com Os usuários de drogas intravenosas também têm um risco aumentado para EI fúngica.[100]Meena DS, Kumar D, Agarwal M, et al. Clinical features, diagnosis and treatment outcome of fungal endocarditis: a systematic review of reported cases. Mycoses. 2022 Mar;65(3):294-302. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34787939?tool=bestpractice.com Os agentes causadores mais comuns são Candida e Aspergillus, com mortalidade >40% a 50%. O tratamento inclui substituição da valva e terapia antifúngica.[100]Meena DS, Kumar D, Agarwal M, et al. Clinical features, diagnosis and treatment outcome of fungal endocarditis: a systematic review of reported cases. Mycoses. 2022 Mar;65(3):294-302. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34787939?tool=bestpractice.com [101]Ellis ME, Al-Abdely H, Sandridge A, et al. Fungal endocarditis: evidence in the world literature, 1965-1995. Clin Infect Dis. 2001 Jan;32(1):50-62. http://cid.oxfordjournals.org/content/32/1/50.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11118386?tool=bestpractice.com A intervenção cirúrgica precoce (durante a hospitalização inicial) é recomendada.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 [125]Douglas AP, Smibert OC, Bajel A, et al. Consensus guidelines for the diagnosis and management of invasive aspergillosis, 2021. Intern Med J. 2021 Nov;51 Suppl 7:143-76. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/imj.15591 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34937136?tool=bestpractice.com
A cirurgia de substituição valvar precisa ser realizada o mais rapidamente possível em caso de endocardite de valva protética por Candida.[124]Pappas PG, Kauffman CA, Andes DR, et al. Clinical practice guideline for the management of candidiasis: 2016 update by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2016 Feb 15;62(4):e1-50. https://academic.oup.com/cid/article/62/4/409/2462633 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26679628?tool=bestpractice.com A escolha da terapia antifúngica é baseada em evidências limitadas, de baixa qualidade, de ensaios clínicos randomizados.[123]Patterson TF, Thompson GR 3rd, Denning DW, et al. Practice guidelines for the diagnosis and management of aspergillosis: 2016 update by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2016 Aug 15;63(4):e1-60. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4967602 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27365388?tool=bestpractice.com [124]Pappas PG, Kauffman CA, Andes DR, et al. Clinical practice guideline for the management of candidiasis: 2016 update by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2016 Feb 15;62(4):e1-50. https://academic.oup.com/cid/article/62/4/409/2462633 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26679628?tool=bestpractice.com [125]Douglas AP, Smibert OC, Bajel A, et al. Consensus guidelines for the diagnosis and management of invasive aspergillosis, 2021. Intern Med J. 2021 Nov;51 Suppl 7:143-76. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/imj.15591 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34937136?tool=bestpractice.com Deve-se consultar um especialista.
com alto risco para endocardite infecciosa
profilaxia antibiótica
A profilaxia antibiótica é recomendada apenas para os pacientes com doenças cardíacas subjacentes associadas ao maior risco de desenvolver EI e com alto risco de apresentarem desfechos adversos a partir dela: pacientes com valvas cardíacas protéticas, incluindo próteses implantadas transcateter e homoenxertos, ou reparos valvares com material protético; pacientes que tiverem sofrido um episódio prévio de EI; pacientes com cardiopatia congênita cianótica não reparada ou cardiopatia congênita reparada com shunts residuais ou regurgitações valvares no sítio de, ou adjacente a, um adesivo ou dispositivo protético; ou pacientes receptores de transplante cardíaco com regurgitação valvar devida a valva estruturalmente anormal.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
A profilaxia é recomendada para todos os procedimentos odontológicos que envolvam manipulação dos tecidos gengivais ou da região periapical do dente, ou perfuração da mucosa oral.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923 [40]Wilson WR, Gewitz M, Lockhart PB, et al. Prevention of viridans group streptococcal infective endocarditis: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2021 May 18;143(20):e963-78. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000969 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33853363?tool=bestpractice.com
A profilaxia não é recomendada para os seguintes procedimentos odontológicos: injeções de anestésico através de tecido não infectado, realização de radiografias dentárias, colocação de próteses removíveis ou aparelhos ortodônticos, ajuste de aparelhos ortodônticos, colocação de braquetes ortodônticos, remoção de dentes decíduos e sangramento devido a trauma nos lábios ou na mucosa oral.[40]Wilson WR, Gewitz M, Lockhart PB, et al. Prevention of viridans group streptococcal infective endocarditis: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2021 May 18;143(20):e963-78. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000969 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33853363?tool=bestpractice.com
A profilaxia não é recomendada nos pacientes submetidos a procedimentos não odontológicos (por exemplo, ecocardiografia transtorácica, endoscopia digestiva alta, colonoscopia ou cistoscopia) na ausência de infecção ativa.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
A amoxicilina é o agente de escolha nos pacientes que puderem tomar medicamentos por via oral.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com [40]Wilson WR, Gewitz M, Lockhart PB, et al. Prevention of viridans group streptococcal infective endocarditis: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2021 May 18;143(20):e963-78. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000969 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33853363?tool=bestpractice.com
Ampicilina, cefazolina ou ceftriaxona parenterais são opções para os pacientes que não possam tomar medicamentos por via oral.[40]Wilson WR, Gewitz M, Lockhart PB, et al. Prevention of viridans group streptococcal infective endocarditis: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2021 May 18;143(20):e963-78. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000969 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33853363?tool=bestpractice.com
Nos pacientes alérgicos a penicilinas e que podem tomar medicamentos por via oral, a cefalexina (ou outra cefalosporina oral de primeira ou segunda geração), a azitromicina, a claritromicina ou a doxiciclina são opções.[40]Wilson WR, Gewitz M, Lockhart PB, et al. Prevention of viridans group streptococcal infective endocarditis: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2021 May 18;143(20):e963-78. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000969 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33853363?tool=bestpractice.com
As cefalosporinas devem ser evitadas nos pacientes com história de anafilaxia, angioedema ou urticária com penicilinas.[40]Wilson WR, Gewitz M, Lockhart PB, et al. Prevention of viridans group streptococcal infective endocarditis: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2021 May 18;143(20):e963-78. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000969 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33853363?tool=bestpractice.com
A clindamicina não é mais recomendada para a profilaxia antibiótica nos procedimentos odontológicos.[40]Wilson WR, Gewitz M, Lockhart PB, et al. Prevention of viridans group streptococcal infective endocarditis: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2021 May 18;143(20):e963-78. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000969 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33853363?tool=bestpractice.com
Antibióticos são administrados em dose única 30 a 60 minutos antes do procedimento.[40]Wilson WR, Gewitz M, Lockhart PB, et al. Prevention of viridans group streptococcal infective endocarditis: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2021 May 18;143(20):e963-78. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000969 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33853363?tool=bestpractice.com
No Reino Unido, o National Institute for Health and Care Excellence (NICE) recomenda que pacientes de risco, submetidos a procedimentos intervencionistas, não devem receber profilaxia com antibióticos para endocardite infecciosa (EI). Entretanto, o instituto enfatiza que a antibioticoterapia ainda é necessária para tratar infecções ativas ou potenciais.[61]National Institute for Health and Care Excellence. Prophylaxis against infective endocarditis: antimicrobial prophylaxis against infective endocarditis in adults and children undergoing interventional procedures. Jul 2016 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/cg64 As recomendações da American Heart Association e do NICE podem não ser universalmente aceitas em outros países.
Opções primárias
amoxicilina: 2 g por via oral em dose única 30-60 minutos antes do procedimento
Opções secundárias
ampicilina: 2 g por via intravenosa/intramuscular em dose única 30-60 minutos antes do procedimento
ou
cefazolina: 1 g por via intravenosa/intramuscular em dose única 30-60 minutos antes do procedimento
ou
ceftriaxona: 1 g por via intravenosa/intramuscular em dose única 30-60 minutos antes do procedimento
ou
cefalexina: 2 g por via oral em dose única 30-60 minutos antes do procedimento
ou
azitromicina: 500 mg por via oral em dose única 30-60 minutos antes do procedimento
ou
claritromicina: 500 mg por via oral em dose única 30-60 minutos antes do procedimento
ou
doxiciclina: 100 mg por via oral em dose única 30-60 minutos antes do procedimento
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