Deve-se suspeitar que todos os pacientes com bacteremia potencialmente apresentem EI, particularmente aqueles com sopro audível. O clássico sopro cardíaco novo ou seu agravamento é raro. Os pacientes que desenvolvem novos sopros regurgitantes apresentam maior risco de desenvolver insuficiência cardíaca congestiva. Os pacientes idosos ou imunocomprometidos podem ter uma apresentação atípica, sem febre. À medida que a população envelhece, a EI está se tornando mais frequente em pacientes com mais de 70 anos, com tendências de agravamento dos desfechos.[62]Selton-Suty C, Hoen B, Grentzinger A, et al. Clinical and bacteriological characteristics of infective endocarditis in the elderly. Heart. 1997 Mar;77(3):260-3.
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O diagnóstico em idosos é geralmente feito de maneira tardia na evolução da doença, como resultado de apresentações indolentes, e isso certamente contribui para desfechos mais desfavoráveis. Embora seja incomum na gravidez, a EI deve ser considerada em pacientes gestantes que apresentam febre acompanhada de sinais cardíacos, incluindo taquicardia, sopros cardíacos novos ou em alteração, e evidência de êmbolos sépticos.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042.
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[24]Onofrei VA, Adam CA, Marcu DTM, et al. Infective endocarditis during pregnancy-keep it safe and simple!. Medicina (Kaunas). 2023 May 12;59(5):939.
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Os mesmos fatores de risco para EI dizem respeito a pacientes gestantes e a pacientes não gestantes.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042.
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Os exames laboratoriais iniciais devem incluir um hemograma completo e perfil de eletrólitos básicos, pelo menos dois conjuntos de hemoculturas (idealmente coletados com intervalo de >6 horas, se o estado clínico permitir) e urinálise. A recomendação para a coleta das hemoculturas é que seja feita antes do início dos antibióticos.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227.
https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
Todos os pacientes devem apresentar eletrocardiograma (ECG) inicial e, posteriormente, uma ecocardiografia deve ser obtida.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86.
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[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042.
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[63]Habib G, Badano L, Tribouilloy C, et al. Recommendations for the practice of echocardiography in infective endocarditis. Eur J Echocardiogr. 2010 Mar;11(2):202-19.
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[64]Xie P, Zhuang X, Liu M, et al. An appraisal of clinical practice guidelines for the appropriate use of echocardiography for adult infective endocarditis-the timing and mode of assessment (TTE or TEE). BMC Infect Dis. 2021 Jan 21;21(1):92.
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[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Ecocardiografia transtorácica mostrando grandes vegetações móveis nos folhetos anteriores e posteriores da valva tricúspideFoley JA, Augustine D, Bond R, et al. Lost without Occam's razor: Escherichia coli tricuspid valve endocarditis in a non-intravenous drug user. BMJ Case Rep. 2010 Aug 10;2010. pii: bcr0220102769 [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Imagem de uma ecocardiografia transesofágica. A seta branca indica vegetação na valva aórtica do pacienteTeoh LS, Hart HH, Soh MC, et al. Bartonella henselae aortic valve endocarditis mimicking systemic vasculitis. BMJ Case Rep. 2010 Oct 21;2010. pii: bcr0420102945 [Citation ends].
A American Heart Association e o American College of Cardiology recomendam o uso dos Critérios de Duke Modificados nos pacientes com suspeita de EI.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227.
https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
[
Critérios de diagnóstico de endocardite -- Critérios de Duke modificados
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Aguda
Os pacientes geralmente apresentam sinais e sintomas de êmbolos periféricos ou centrais, ou evidências de insuficiência cardíaca congestiva descompensada. Portanto, a avaliação urgente para EI é importante para todos os pacientes que apresentem febre em conjunto com cefaleia, sinais meníngeos, sintomas de AVC, dor torácica, dispneia ao esforço, ortopneia ou dispneia paroxística noturna; e para quaisquer pacientes com febre inexplicada que estejam em alto risco de EI (por exemplo, valvopatia congênita ou adquirida, EI prévia, valvas cardíacas protéticas, malformações cardíacas congênitas ou hereditárias, imunodeficiência, uso de medicamentos injetáveis).[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227.
https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
As artralgias e dorsalgias também podem resultar de êmbolos sépticos periféricos. Os achados imunológicos clássicos (por exemplo, nódulos de Osler, manchas de Roth) são incomuns em função do rápido início do progresso patológico.
Subagudo
Os pacientes apresentam febre e calafrios, sintomas constitucionais inespecíficos (sudorese noturna, mal-estar, fadiga, anorexia, perda de peso, mialgias) ou palpitações. O exame físico geralmente é inespecífico, mas as apresentações subagudas têm maior probabilidade de exibir achados de exames clássicos como lesões de Janeway (placas hemorrágicas, maculares e indolores com predileção pelas palmas das mãos e solas dos pés), nódulos de Osler (pequenas lesões nodulares dolorosas geralmente encontradas nos coxins dos dedos das mãos e dos pododáctilos), hemorragias em estilhas (comumente observadas nas unhas dos membros superiores e inferiores) ou infartos cutâneos. Petéquias do palato também podem estar presentes. A fundoscopia pode detectar manchas de Roth (lesões retinianas ovais e pálidas, rodeadas por hemorragia). O exame de pele deve incluir a avaliação de evidências de uso de substâncias intravenosas. A EI subaguda deve sempre estar presente no diagnóstico diferencial de um paciente com febre progressiva e sintomas constitucionais.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Lesões de JanewayDo acervo de Sanjay Sharma, St George’s University of London, Reino Unido; usado com permissão [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Lesões de JanewayDe uma coleção particular; usado com permissão [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Nódulo de OslerDo acervo de Sanjay Sharma, St George’s University of London, Reino Unido; usado com permissão [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Nódulos de OslerDe uma coleção particular; usado com permissão [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Infartos cutâneosDo acervo de Sanjay Sharma, St George’s University of London, Reino Unido; usado com permissão [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Manchas de RothDo acervo de Sanjay Sharma, St George’s University of London, Reino Unido; usado com permissão [Citation ends].
EI na unidade de terapia intensiva (UTI)
Há vários desafios no diagnóstico da EI na UTI. A apresentação é geralmente atípica e pode ser camuflada por outra patologia. Além disso, a ecocardiografia transtorácica (ETT) provavelmente será menos precisa em termos de diagnóstico, devido às dificuldades práticas de se realizar exames de imagem na UTI. Portanto, a ecocardiografia transesofágica (ETE) deve ser considerada em um estágio inicial do processo diagnóstico.
Exames laboratoriais
As hemoculturas são o exame laboratorial mais importante para confirmar a EI. Devem ser coletados pelo menos três conjuntos de hemoculturas de diferentes locais de punção venosa, sendo a primeira e a última amostras coletadas com pelo menos uma hora de intervalo (idealmente com intervalo de >6 horas se o estado clínico permitir).[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86.
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[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042.
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Os resultados da hemocultura obtidos desta forma são positivos em 90% dos pacientes com EI.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227.
https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
As culturas não devem ser obtidas de acessos venosos, para minimizar o risco de contaminação.
Entretanto, a antibioticoterapia empírica não deve ser adiada enquanto se espera a coleta de três conjuntos de hemoculturas se o paciente não estiver bem (por exemplo, com sepse).[65]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143.
https://journals.lww.com/ccmjournal/fulltext/2021/11000/surviving_sepsis_campaign__international.21.aspx
O volume de sangue enviado para cultura é mais importante que o número de conjuntos de culturas.[66]Lamy B, Dargère S, Arendrup MC, et al. How to optimize the use of blood cultures for the diagnosis of bloodstream infections? a state-of-the art. Front Microbiol. 2016 May 12:7:697.
https://www.frontiersin.org/journals/microbiology/articles/10.3389/fmicb.2016.00697/full
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A causa mais comum da endocardite com cultura negativa é a antibioticoterapia antes das hemoculturas.[67]Habib G, Derumeaux G, Avierinos JF, et al. Value and limitations of the Duke criteria in the diagnosis of infective endocarditis. J Am Coll Cardiol. 1999 Jun;33(7):2023-9.
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0735109799001163?via%3Dihub
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10362209?tool=bestpractice.com
Não solicite rotineiramente incubação prolongada de hemoculturas em casos de suspeita de endocardite.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227.
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[68]American Society for Microbiology. Five things physicians and patients should question. Choosing Wisely, an initiative of the ABIM Foundation. 2022 [internet publication].
https://web.archive.org/web/20230320213810/https://www.choosingwisely.org/societies/the-american-society-for-microbiology
Outros exames laboratoriais iniciais devem incluir hemograma completo básico e perfil de eletrólitos, proteína C-reativa e urinálise. Se o paciente estiver febril, sinais laboratoriais de infecção (como proteína C-reativa elevada ou leucocitose), anemia e hematúria microscópica dão suporte ao diagnóstico de EI. Entretanto, eles não são específicos para o diagnóstico de EI.
Na prática, a proteína C-reativa também é útil como teste inicial e para monitorar a resposta ao tratamento. A proteína C-reativa elevada >40 mg/L é um fator de risco independente para eventos embólicos em pacientes com EI.[69]Hu W, Wang X, Su G. Infective endocarditis complicated by embolic events: pathogenesis and predictors. Clin Cardiol. 2021 Mar;44(3):307-15.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/clc.23554
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Testar a presença de fator reumatoide e medir a velocidade de hemossedimentação e os níveis de complemento também pode ser útil. A urinálise é usada para avaliar o envolvimento renal. Além disso, o perfil de eletrólitos, a glicose e o teste da função hepática são usados para marcar o progresso da doença e avaliar a função dos órgãos vitais e os efeitos sistêmicos da infecção.
Novos exames
O volume plaquetário médio (VPM) está associado à ativação plaquetária que ocorre no contexto de dano endotelial. Foi demonstrado que o aumento do VPM é um preditor independente de eventos embólicos em pacientes com EI.
Os anticorpos antibeta-2-glicoproteína I aumentam a ativação das plaquetas e a cascata de coagulação e têm sido associados ao aumento do risco de eventos embólicos.
O dímero D e a troponina I também foram associados ao aumento do risco embólico, mas são inespecíficos e podem ser marcadores substitutos da gravidade da doença, em vez de preditores independentes de eventos embólicos.[69]Hu W, Wang X, Su G. Infective endocarditis complicated by embolic events: pathogenesis and predictors. Clin Cardiol. 2021 Mar;44(3):307-15.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/clc.23554
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Ecocardiografia
A ecocardiografia deve ser realizada em todos os pacientes com suspeita de EI.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86.
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[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042.
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[63]Habib G, Badano L, Tribouilloy C, et al. Recommendations for the practice of echocardiography in infective endocarditis. Eur J Echocardiogr. 2010 Mar;11(2):202-19.
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[70]American College of Radiology. ACR appropriateness criteria: infective endocarditis. 2020 [internet publication].
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A ecocardiografia é importante não apenas para confirmar ou descartar o diagnóstico, mas também para avaliar complicações e prognóstico.[63]Habib G, Badano L, Tribouilloy C, et al. Recommendations for the practice of echocardiography in infective endocarditis. Eur J Echocardiogr. 2010 Mar;11(2):202-19.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20223755?tool=bestpractice.com
A decisão de obter uma ETT em vez de uma ETE é muitas vezes difícil e tem sido considerada por várias diretrizes.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86.
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[70]American College of Radiology. ACR appropriateness criteria: infective endocarditis. 2020 [internet publication].
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A American Heart Association e o American College of Cardiology recomendam que qualquer paciente com suspeita de EI de valva nativa deve ser rastreado com ETT para avaliar a presença de vegetação e avaliar quaisquer efeitos sobre a função valvar.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227.
https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
Caso o exame seja negativo e a suspeita persistir, os pacientes devem ser submetidos a uma ETE.[15]Miró JM, del Río A, Mestres CA. Infective endocarditis and cardiac surgery in intravenous drug abusers and HIV-1 infected patients. Cardiol Clin. 2003 May;21(2):167-84.
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[64]Xie P, Zhuang X, Liu M, et al. An appraisal of clinical practice guidelines for the appropriate use of echocardiography for adult infective endocarditis-the timing and mode of assessment (TTE or TEE). BMC Infect Dis. 2021 Jan 21;21(1):92.
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A ETE é a forma preferencial de ecocardiografia nas pessoas com material protético com suspeita de EI.[15]Miró JM, del Río A, Mestres CA. Infective endocarditis and cardiac surgery in intravenous drug abusers and HIV-1 infected patients. Cardiol Clin. 2003 May;21(2):167-84.
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[64]Xie P, Zhuang X, Liu M, et al. An appraisal of clinical practice guidelines for the appropriate use of echocardiography for adult infective endocarditis-the timing and mode of assessment (TTE or TEE). BMC Infect Dis. 2021 Jan 21;21(1):92.
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A ETE também é indicada nos pacientes com uma ETT positiva, mas nos quais complicações são suspeitas ou prováveis, e antes de uma cirurgia cardíaca durante uma EI ativa. A ecocardiografia tridimensional pode fornecer informações anatômicas adicionais e pode ser usada em conjunto com a ecocardiografia bidimensional tradicional.[71]Galzerano D, Kinsara AJ, Di Michele S, et al. Three dimensional transesophageal echocardiography: a missing link in infective endocarditis imaging? Int J Cardiovasc Imaging. 2020 Mar;36(3):403-13.
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Quando a ETE é contraindicada ou não é viável, a ecocardiografia intracardíaca pode ser uma alternativa para o diagnóstico de EI.[72]Sanchez-Nadales A, Cedeño J, Sonnino A, et al. Utility of intracardiac echocardiography for infective endocarditis and cardiovascular device-related endocarditis: a contemporary systematic review. Curr Probl Cardiol. 2023 Sep;48(9):101791.
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eletrocardiograma (ECG)
Um ECG deve ser realizado, já que a progressão da infecção pode conduzir a doença do sistema de condução.[73]Porter TR, Airey K, Quader M. Mitral valve endocarditis presenting as complete heart block. Tex Heart Inst J. 2006;33(1):100-1.
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Anormalidades de condução secundárias à EI (principalmente bloqueio atrioventricular de primeiro, segundo e terceiro graus) são incomuns, mas estão associadas a um prognóstico mais desfavorável e maior mortalidade em comparação com pacientes sem anormalidades de condução.[74]DiNubile MJ, Calderwood SB, Steinhaus DM, et al. Cardiac conduction abnormalities complicating native valve active infective endocarditis. Am J Cardiol. 1986 Dec 1;58(13):1213-7.
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Tomografia computadorizada cardíaca (TC)
A TC é usada para o diagnóstico de EI de valva protética e nativa para a detecção de complicações da EI, incluindo abscessos, pseudoaneurismas e fístulas.[75]Jain V, Wang TKM, Bansal A, et al. Diagnostic performance of cardiac computed tomography versus transesophageal echocardiography in infective endocarditis: a contemporary comparative meta-analysis. J Cardiovasc Comput Tomogr. 2021 Jul-Aug;15(4):313-21.
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[76]Expert Panel on Cardiac Imaging, Malik SB, Hsu JY, et al. ACR appropriateness criteria infective endocarditis. J Am Coll Radiol. 2021 May;18(5s):S52-61.
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Foi descoberto que a TC se compara favoravelmente à ETT na detecção de anormalidades valvares em pacientes com EI, mas pode não detectar pequenos defeitos (por exemplo, pequenas perfurações de folhetos [≤2 mm de diâmetro], pequenas vegetações <10 mm).[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042.
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[77]Feuchtner GM, Stolzmann P, Dichtl W, et al. Multislice computed tomography in infective endocarditis: comparison with transesophageal echocardiography and intraoperative findings. J Am Coll Cardiol. 2009 Feb 3;53(5):436-44.
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A TC de corpo inteiro e do cérebro pode ser usada para procurar lesões distantes, complicações sistêmicas da EI e êmbolos sépticos, além de ter um papel na detecção de fontes extracardíacas de bacteremia e diagnósticos potencialmente alternativos em pacientes nos quais a EI foi descartada.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86.
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[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com
A angiotomografia é um teste sensível e específico para detectar aneurismas arteriais micóticos; a ressonância nuclear magnética (RNM) é superior para avaliação de complicações neurológicas em termos de imagem, mas é limitada pela acessibilidade e disponibilidade.[6]Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, et al. Infective endocarditis in adults: diagnosis, antimicrobial therapy, and management of complications: a scientific statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015 Oct 13;132(15):1435-86.
http://circ.ahajournals.org/content/132/15/1435.full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26373316?tool=bestpractice.com
[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042.
https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com
ressonância nuclear magnética (RNM) do crânio
A RNM tem menor valor diagnóstico que a TC, mas é a modalidade de imagem de escolha na investigação de complicações cerebrais da EI, com estudos relatando consistentemente infartos cerebrais em até 80% dos pacientes.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042.
https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107
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[78]Snygg-Martin U, Gustafsson L, Rosengren L, et al. Cerebrovascular complications in patients with left-sided infective endocarditis are common: a prospective study using magnetic resonance imaging and neurochemical brain damage markers. Clin Infect Dis. 2008 Jul 1;47(1):23-30.
http://cid.oxfordjournals.org/content/47/1/23.long
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[79]Ahn Y, Joo L, Suh CH, et al. Impact of brain MRI on the diagnosis of infective endocarditis and treatment decisions: systematic review and meta-analysis. AJR Am J Roentgenol. 2022 Jun;218(6):958-68.
https://www.ajronline.org/doi/10.2214/AJR.21.26896
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35043667?tool=bestpractice.com
A RNM revela lesões cerebrais em 50% dos pacientes que não manifestam sintomas neurológicos.[80]Hess A, Klein I, Iung B, et al. Brain MRI findings in neurologically asymptomatic patients with infective endocarditis. AJNR Am J Neuroradiol. 2013 Aug;34(8):1579-84.
http://www.ajnr.org/content/34/8/1579.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23639563?tool=bestpractice.com
A RNM também é usada para avaliar o envolvimento da coluna na EI, incluindo espondilodiscite e osteomielite vertebral.[7]Delgado V, Ajmone Marsan N, de Waha S, et al. 2023 ESC guidelines for the management of endocarditis. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):3948-4042.
https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/3948/7243107
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622656?tool=bestpractice.com
Imagem nuclear e tomografia por emissão de fótons (PET)
A PET/CT simples e a PET/CT com 18F-fluordesoxiglucose podem ser particularmente úteis em pacientes com "possível EI" definida de acordo com os critérios de Duke, na demonstração de eventos embólicos infecciosos e em casos de suspeita de EI em valva protética em que a ecocardiografia não é diagnóstica.[20]Otto CM, Nishimura RA, Bonow RO, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2021 Feb 2;143(5):e72-227.
https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000923
[76]Expert Panel on Cardiac Imaging, Malik SB, Hsu JY, et al. ACR appropriateness criteria infective endocarditis. J Am Coll Radiol. 2021 May;18(5s):S52-61.
https://www.jacr.org/article/S1546-1440(21)00029-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33958118?tool=bestpractice.com
[81]Saby L, Laas O, Habib G, et al. Positron emission tomography/computed tomography for diagnosis of prosthetic valve endocarditis: increased valvular 18F-fluorodeoxyglucose uptake as a novel major criterion. J Am Coll Cardiol. 2013 Jun 11;61(23):2374-82.
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[82]O'Gorman P, Nair L, Kisiel N, et al. Meta-analysis assessing the sensitivity and specificity of (18)F-FDG PET/CT for the diagnosis of prosthetic valve endocarditis (PVE) using individual patient data (IPD). Am Heart J. 2023 Jul;261:21-34.
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[83]Mahmood M, Kendi AT, Ajmal S, et al. Meta-analysis of 18F-FDG PET/CT in the diagnosis of infective endocarditis. J Nucl Cardiol. 2019 Jun;26(3):922-35.
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[84]Wang TKM, Sánchez-Nadales A, Igbinomwanhia E, et al. Diagnosis of infective endocarditis by subtype using (18)F-fluorodeoxyglucose positron emission tomography/computed tomography: a contemporary meta-analysis. Circ Cardiovasc Imaging. 2020 Jun;13(6):e010600.
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[85]Bourque JM, Birgersdotter-Green U, Bravo PE, et al. 18F-FDG PET/CT and radiolabeled leukocyte SPECT/CT imaging for the evaluation of cardiovascular infection in the multimodality context: ASNC imaging indications (ASNC I2) Series Expert Consensus recommendations from ASNC, AATS, ACC, AHA, ASE, EANM, HRS, IDSA, SCCT, SNMMI, and STS. Clin Infect Dis. 11 Mar 2024 [Epub ahead of print].
https://academic.oup.com/cid/advance-article/doi/10.1093/cid/ciae046/7618607?login=false
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38466039?tool=bestpractice.com