Hepatite autoimune
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
doença aguda grave
corticosteroide em altas doses
A American Association for the Study of Liver Diseases e a European Association of the Study of the Liver definem a hepatite autoimune aguda grave como pacientes que apresentam icterícia, razão normalizada internacional >1.5 a <2, sem encefalopatia e sem doença hepática previamente reconhecida.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com [26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com
Pacientes com hepatite autoimune aguda grave devem ser tratados com altas doses de corticosteroides o mais cedo possível.[26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com Se não houver melhora em 7 a 14 dias, o paciente deve ser avaliado para transplante de fígado de emergência.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com [26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com
Opções primárias
succinato sódico de metilprednisolona: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
prednisolona: 60 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, reduzir a dose gradualmente de acordo com a resposta
ou
prednisona: 60 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, reduzir a dose gradualmente de acordo com a resposta
transplante de fígado
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pacientes com hepatite autoimune aguda grave e insuficiência hepática aguda devem ser avaliados para transplante de fígado imediatamente.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
doença ativa
monoterapia com corticosteroide
Todos os indivíduos com hepatite autoimune devem ser considerados candidatos à terapia, exceto aqueles com doença inativa com base na avaliação clínica, laboratorial e histológica.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
O tratamento é obrigatório quando os sintomas ou a atividade da doença são graves.
A doença grave é definida como níveis de aminotransferases superiores a 10 vezes o limite superior do normal; ou 5 vezes o limite superior do normal com um nível de gamaglobulina sérica pelo menos duas vezes o limite superior do normal; ou necrose em ponte ou necrose multiacinar na histologia do fígado.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com [26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com [36]Gleeson D, Heneghan MA; British Society of Gastroenterology. British Society of Gastroenterology (BSG) guidelines for management of autoimmune hepatitis. Gut. 2011 Dec;60(12):1611-29. https://gut.bmj.com/content/60/12/1611.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21757447?tool=bestpractice.com
Em pacientes que não atendem aos critérios para doença grave, o tratamento deve ser individualizado e a decisão de tratar ou monitorar é baseada na presença dos sintomas (fadiga, artralgia, icterícia); níveis de aminotransferase sérica, gamaglobulinas ou ambas; e na presença de hepatite de interface na histologia hepática.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
A American Society for the Study of Liver Diseases recomenda a monoterapia com corticosteroides como um possível tratamento inicial para pacientes com hepatite autoimune que não apresentam hepatite aguda grave ou insuficiência hepática aguda.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com A budesonida não deve ser usada em pacientes com cirrose.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
A British Society of Gastroenterology e a European Association for the Study of the Liver recomendam que a monoterapia com corticosteroides seja reservada para pacientes com contraindicação à terapia imunossupressora (por exemplo, citopenia, neoplasias malignas ativas ou deficiência de tiopurina metiltransferase), ou quando o ciclo de tratamento presumido será curto (ou seja, menos de 6 meses).[26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com [36]Gleeson D, Heneghan MA; British Society of Gastroenterology. British Society of Gastroenterology (BSG) guidelines for management of autoimmune hepatitis. Gut. 2011 Dec;60(12):1611-29. https://gut.bmj.com/content/60/12/1611.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21757447?tool=bestpractice.com
A monoterapia com corticosteroide é contraindicada em mulheres menopausadas e pacientes com osteoporose, diabetes, glaucoma, catarata, hipertensão, depressão maior e labilidade emocional.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com [26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com [36]Gleeson D, Heneghan MA; British Society of Gastroenterology. British Society of Gastroenterology (BSG) guidelines for management of autoimmune hepatitis. Gut. 2011 Dec;60(12):1611-29. https://gut.bmj.com/content/60/12/1611.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21757447?tool=bestpractice.com
A prednisolona é um metabólito ativo da prednisona e qualquer uma pode ser usada; no entanto, a cirrose avançada pode prejudicar significativamente a conversão da prednisona em prednisolona, embora esse comprometimento geralmente seja insuficiente para alterar a resposta ao tratamento ou justificar a administração preferencial de prednisolona.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com [41]Lamers MM, van Oijen MG, Pronk M, et al. Treatment options for autoimmune hepatitis: a systematic review of randomized controlled trials. J Hepatol. 2010 Jul;53(1):191-8. https://www.journal-of-hepatology.eu/article/S0168-8278(10)00189-3/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20400196?tool=bestpractice.com [42]Yeoman AD, Longhi MS, Heneghan MA. Review article: the modern management of autoimmune hepatitis. Aliment Pharmacol Ther. 2010 Apr;31(8):771-87. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2036.2010.04241.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20096018?tool=bestpractice.com
A budesonida é recomendada como uma alternativa à prednisona ou prednisolona em pacientes não cirróticos que apresentaram, ou apresenta, aumento do risco de, efeitos colaterais graves com prednisona ou prednisolona (por exemplo, diabetes mal controlado, osteoporose, psicose).[26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com [36]Gleeson D, Heneghan MA; British Society of Gastroenterology. British Society of Gastroenterology (BSG) guidelines for management of autoimmune hepatitis. Gut. 2011 Dec;60(12):1611-29. https://gut.bmj.com/content/60/12/1611.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21757447?tool=bestpractice.com A maioria dos estudos é favorável e relata boa resposta ao tratamento.[43]Zandieh I, Krygier D, Wong V, et al. The use of budesonide in the treatment of autoimmune hepatitis in Canada. Can J Gastroenterol. 2008 Apr;22(4):388-92. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2662897 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18414714?tool=bestpractice.com [44]Wiegand J, Schüler A, Kanzler S, et al. Budesonide in previously untreated autoimmune hepatitis. Liver Int. 2005 Oct;25(5):927-34. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16162148?tool=bestpractice.com [45]Strassburg CP, Manns MP. Treatment of autoimmune hepatitis. Semin Liver Dis. 2009 Aug;29(3):273-85. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19676000?tool=bestpractice.com [46]Manns MP, Woynarowski M, Kreisel W, et al. Budesonide induces remission more effectively than prednisone in a controlled trial of patients with autoimmune hepatitis. Gastroenterology. 2010 Oct;139(4):1198-206. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20600032?tool=bestpractice.com [47]Csepregi A, Röcken C, Treiber G, et al. Budesonide induces complete remission in autoimmune hepatitis. World J Gastroenterol. 2006 Mar 7;12(9):1362-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16552802?tool=bestpractice.com A monoterapia com budesonida demonstrou normalização das transaminases, mas as respostas histológicas ao tratamento não foram bem estudadas até agora.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Opções primárias
prednisolona: 40-60 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, reduzir a dose gradualmente de acordo com a resposta
ou
prednisona: 40-60 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, reduzir a dose gradualmente de acordo com a resposta
Opções secundárias
budesonida: 9 mg por via oral (liberação retardada ou prolongada) uma vez ao dia
corticosteroides associados a imunossupressores
A American Society for the Study of Liver Diseases recomenda um corticosteroide associado a azatioprina como um possível tratamento inicial para pacientes com hepatite autoimune que não apresentam hepatite aguda grave ou insuficiência hepática aguda.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com A budesonida não deve ser usada em pacientes com cirrose.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
A British Society of Gastroenterology e a European Association for the Study of the Liver recomendam um corticosteroide associado a azatioprina como opção de tratamento inicial quando o ciclo de tratamento presumido é >6 meses, visto que resulta em menos efeitos adversos e melhor eficácia em comparação com a monoterapia com corticosteroides.[26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com [36]Gleeson D, Heneghan MA; British Society of Gastroenterology. British Society of Gastroenterology (BSG) guidelines for management of autoimmune hepatitis. Gut. 2011 Dec;60(12):1611-29. https://gut.bmj.com/content/60/12/1611.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21757447?tool=bestpractice.com
A azatioprina deve ser iniciada 2 semanas após o tratamento com corticosteroides para confirmar a responsividade ao esteroide, avaliar o status de tiopurina metiltransferase (TPMT) e avaliar a resposta ao tratamento, descartando a possibilidade de hepatite induzida por azatioprina.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com [26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com Algumas pessoas têm atividade reduzida da TPMT, que medeia a eliminação da mercaptopurina (o metabólito ativo da azatioprina). Aqueles com menor atividade de TPMT correm maior risco de toxicidade pela azatioprina; portanto, é recomendado que todos os pacientes sejam testados rotineiramente para atividade de TPMT.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com [26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com [36]Gleeson D, Heneghan MA; British Society of Gastroenterology. British Society of Gastroenterology (BSG) guidelines for management of autoimmune hepatitis. Gut. 2011 Dec;60(12):1611-29. https://gut.bmj.com/content/60/12/1611.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21757447?tool=bestpractice.com A azatioprina deve ser evitada ou usada em dose mais baixa naqueles com menor atividade de TPMT.
A azatioprina pode ser continuada durante a gravidez.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com [26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com Os efeitos adversos da azatioprina incluem hepatite colestática, doença veno-oclusiva, pancreatite, náuseas, vômitos e supressão da medula óssea.
A prednisolona é um metabólito ativo da prednisona e qualquer uma pode ser usada; no entanto, a cirrose avançada pode prejudicar significativamente a conversão da prednisona em prednisolona, embora esse comprometimento geralmente seja insuficiente para alterar a resposta ao tratamento ou justificar a administração preferencial de prednisolona.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com [41]Lamers MM, van Oijen MG, Pronk M, et al. Treatment options for autoimmune hepatitis: a systematic review of randomized controlled trials. J Hepatol. 2010 Jul;53(1):191-8. https://www.journal-of-hepatology.eu/article/S0168-8278(10)00189-3/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20400196?tool=bestpractice.com [42]Yeoman AD, Longhi MS, Heneghan MA. Review article: the modern management of autoimmune hepatitis. Aliment Pharmacol Ther. 2010 Apr;31(8):771-87. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2036.2010.04241.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20096018?tool=bestpractice.com
A budesonida é recomendada como opção alternativa à prednisona ou prednisolona em pacientes não cirróticos que tiveram efeitos colaterais intensos com prednisona ou prednisolona (por exemplo, diabetes pouco controlado, osteoporose, psicose).[26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com [36]Gleeson D, Heneghan MA; British Society of Gastroenterology. British Society of Gastroenterology (BSG) guidelines for management of autoimmune hepatitis. Gut. 2011 Dec;60(12):1611-29. https://gut.bmj.com/content/60/12/1611.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21757447?tool=bestpractice.com
Um estudo de pacientes pediátricos com hepatite autoimune comparou a combinação de prednisona e azatioprina versus budesonida e azatioprina e não encontrou diferenças estatisticamente significativas na resposta e nos efeitos adversos.[48]Woynarowski M, Nemeth A, Baruch Y, et al; European Autoimmune Hepatitis-Budesonide Study Group. Budesonide versus prednisone with azathioprine for the treatment of autoimmune hepatitis in children and adolescents. J Pediatr. 2013 Nov;163(5):1347-53.e1. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23810723?tool=bestpractice.com Tendências não significativas foram observadas, incluindo peso mais baixo no grupo da budesonida e taxa de remissão bioquímica modestamente melhorada no grupo da prednisona.
O micofenolato e a ciclosporina podem ser considerados imunossupressores alternativos à azatioprina para pacientes intolerantes à azatioprina ou com contraindicação ao seu uso.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
O micofenolato combinado com prednisona foi relatado por evidências de revisão sistemática como superior à azatioprina com prednisona na normalização dos níveis de alanina aminotransferase, aspartato aminotransferase e imunoglobulina G e na taxa de não resposta em pacientes com hepatite autoimune.[49]Yu ZJ, Zhang LL, Huang TT, et al. Comparison of mycophenolate mofetil with standard treatment for autoimmune hepatitis: a meta-analysis. Eur J Gastroenterol Hepatol. 2019 Jul;31(7):873-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31150366?tool=bestpractice.com [50]Selvarajah V, Montano-Loza AJ, Czaja AJ. Systematic review: managing suboptimal treatment responses in autoimmune hepatitis with conventional and nonstandard drugs. Aliment Pharmacol Ther. 2012 Oct;36(8):691-707. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/apt.12042/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22973822?tool=bestpractice.com O micofenolato é contraindicado na gravidez.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Estudos demonstraram que a ciclosporina normaliza os níveis séricos de transaminase e melhora a histologia em pacientes com hepatite autoimune sem efeitos adversos significativos que requeiram o término da terapia.[51]Nasseri-Moghaddam S, Nikfam S, Karimian S, et al. Cyclosporine-A versus prednisolone for induction of remission in auto-immune hepatitis: interim analysis report of a randomized controlled trial. Middle East J Dig Dis. 2013 Oct;5(4):193-200. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3990153 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24829691?tool=bestpractice.com [52]Malekzadeh R, Nasseri-Moghaddam S, Kaviani MJ, et al. Cyclosporin A is a promising alternative to corticosteroids in autoimmune hepatitis. Dig Dis Sci. 2001 Jun;46(6):1321-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11414311?tool=bestpractice.com Entretanto, seu alto perfil de toxicidade pode limitar seu uso em virtude do aumento do risco de hipertensão, insuficiência renal, hiperlipidemia, hirsutismo, infecção oportunista e malignidade.
Opções primárias
prednisolona: 20-40 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, reduzir a dose gradualmente de acordo com a resposta
ou
prednisona: 20-40 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, reduzir a dose gradualmente de acordo com a resposta
--E--
azatioprina: 50-150 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas
Opções secundárias
budesonida: 9 mg por via oral (liberação retardada ou prolongada) uma vez ao dia
e
azatioprina: 50-150 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas
ou
prednisolona: 20-40 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, reduzir a dose gradualmente de acordo com a resposta
ou
prednisona: 20-40 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, reduzir a dose gradualmente de acordo com a resposta
--E--
micofenolato de mofetila: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
ciclosporina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
doença inativa ou doença minimamente ativa com comorbidades
observação e monitoramento apenas
O tratamento não deve ser iniciado em pacientes com cirrose que se tornou inativa e também pode ser adiado em pacientes com doença minimamente ativa que apresentam comorbidades.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com Esses pacientes devem ser acompanhados de perto com avaliação em intervalos de 3 a 6 meses.[26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com
Síndrome de sobreposição de cirrose biliar primária por hepatite autoimune
corticosteroide associado a imunossupressores ou monoterapia com corticosteroide
Pacientes com características histológicas de hepatite autoimune, mas achados sorológicos de cirrose biliar primária (ou seja, anticorpos antimitocondriais positivos), podem evoluir rapidamente para cirrose, por isso mesmo os pacientes assintomáticos devem ser tratados.
Esquemas de combinação de um corticosteroide e um imunossupressor geralmente são preferenciais.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com Pacientes com contraindicações à terapia com imunossupressores (por exemplo, citopenia, neoplasias ativas ou deficiência de tiopurina metiltransferase) são tratados com monoterapia com corticosteroide.[3]Krawitt EL. Autoimmune hepatitis. N Engl J Med. 2006 Jan 5;354(1):54-66. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16394302?tool=bestpractice.com
A terapia deve ser continuada até a remissão, falha do tratamento, resposta incompleta ou toxicidade medicamentosa.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Opções primárias
prednisolona: 20-40 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, reduzir a dose gradualmente de acordo com a resposta
ou
prednisona: 20-40 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, reduzir a dose gradualmente de acordo com a resposta
--E--
azatioprina: 50-150 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas
Opções secundárias
prednisolona: 40-60 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, reduzir a dose gradualmente de acordo com a resposta
ou
prednisona: 40-60 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, reduzir a dose gradualmente de acordo com a resposta
ácido ursodesoxicólico
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O ácido ursodesoxicólico deve ser administrado em combinação com terapia imunossupressora em pacientes com síndrome de sobreposição.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Opções primárias
ácido ursodesoxicólico: 13-15 mg/kg/dia por via oral administrados em 2-4 doses fracionadas
resposta inadequada à terapia inicial ou recidiva única: sem descompensação hepática
corticosteroide e/ou outro imunossupressor
As terapias de segunda linha são usadas para controlar a falha do tratamento, a resposta incompleta e a intolerância ao medicamento.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
A falha do tratamento é definida como agravamento das características clínicas, laboratoriais e histológicas apesar da observância à terapia.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com Uma elevação dos valores de aminotransferase em pelo menos 67% geralmente é considerada um sinal de falha do tratamento, bem como o desenvolvimento de icterícia, ascite ou encefalopatia hepática. Pelo menos 9% dos pacientes adultos e 5% a 15% das crianças apresentam falha no tratamento com esquemas de tratamento padrão.
A resposta incompleta é definida como falha em alcançar remissão após 3 anos de terapia, com alguma ou nenhuma melhora nas características clínicas, laboratoriais e histológicas, mas sem agravamento da doença. Esse desfecho é observado em aproximadamente 15% dos pacientes.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
A intolerância ao tratamento indica a incapacidade de continuar a terapia devido aos efeitos adversos do medicamento.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
A American Association for the Study of Liver Diseases (AASLD) recomenda um ensaio com micofenolato ou tacrolimo para crianças e adultos com hepatite autoimune que apresentam falha no tratamento, resposta incompleta ou intolerância medicamentosa aos agentes de primeira linha. Com base na facilidade de uso e no perfil de efeitos adversos, a AASLD sugere o micofenolato em vez do tacrolimo como agente de segunda linha inicial.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com O micofenolato é contraindicado na gravidez.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
A European Association for the Study of the Liver e a British Society of Gastroenterology recomendam uma abordagem padrão para controlar a falha do tratamento com doses muito altas de um corticosteroide ou uma combinação de um corticosteroide com azatioprina por pelo menos 1 mês.[26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com [36]Gleeson D, Heneghan MA; British Society of Gastroenterology. British Society of Gastroenterology (BSG) guidelines for management of autoimmune hepatitis. Gut. 2011 Dec;60(12):1611-29. https://gut.bmj.com/content/60/12/1611.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21757447?tool=bestpractice.com A dose do corticosteroide e da azatioprina é reduzida após cada mês de melhora clínica e laboratorial, e a redução da dose é mantida até sejam atingidos que os níveis convencionais de manutenção dos medicamentos.
A terapia deve ser continuada até a remissão, falha do tratamento, resposta incompleta ou toxicidade medicamentosa.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Opções primárias
prednisolona: 20-40 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, reduzir a dose gradualmente de acordo com a resposta
ou
prednisona: 20-40 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, reduzir a dose gradualmente de acordo com a resposta
--E--
azatioprina: 50-150 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas
ou
prednisolona: 60 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, reduzir a dose gradualmente de acordo com a resposta
ou
prednisona: 60 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, reduzir a dose gradualmente de acordo com a resposta
ou
micofenolato de mofetila: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
tacrolimo: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
monoterapia com corticosteroide em altas doses
As terapias de segunda linha são usadas para controlar a falha do tratamento, a resposta incompleta e a intolerância ao medicamento.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
A falha do tratamento é definida como agravamento das características clínicas, laboratoriais e histológicas apesar da observância à terapia.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com Uma elevação dos valores de aminotransferase em pelo menos 67% geralmente é considerada um sinal de falha do tratamento, bem como o desenvolvimento de icterícia, ascite ou encefalopatia hepática. Pelo menos 9% dos pacientes adultos e 5% a 15% das crianças apresentam falha no tratamento com esquemas de tratamento padrão.
A resposta incompleta é definida como falha em alcançar remissão após 3 anos de terapia, com alguma ou nenhuma melhora nas características clínicas, laboratoriais e histológicas, mas sem agravamento da doença. Esse desfecho é observado em aproximadamente 15% dos pacientes.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
A intolerância ao tratamento indica a incapacidade de continuar a terapia devido aos efeitos adversos do medicamento.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
A European Association for the Study of the Liver e a British Society of Gastroenterology recomendam uma abordagem padrão para controlar a falha do tratamento com doses muito altas de um corticosteroide por pelo menos 1 mês.[26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com [36]Gleeson D, Heneghan MA; British Society of Gastroenterology. British Society of Gastroenterology (BSG) guidelines for management of autoimmune hepatitis. Gut. 2011 Dec;60(12):1611-29. https://gut.bmj.com/content/60/12/1611.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21757447?tool=bestpractice.com A dose do corticosteroide é reduzida após cada mês de melhora clínica e laboratorial, e a redução da dose é mantida até que os níveis convencionais de manutenção dos medicamentos sejam atingidos.
A terapia deve ser continuada até a remissão, falha do tratamento, resposta incompleta ou toxicidade medicamentosa.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Opções primárias
prednisolona: 60 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, reduzir a dose gradualmente de acordo com a resposta
ou
prednisona: 60 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, reduzir a dose gradualmente de acordo com a resposta
múltiplas recidivas prévias: sem descompensação hepática
manutenção da monoterapia com imunossupressores
A recidiva é definida como a exacerbação da atividade da doença após a indução da remissão e retirada do medicamento e ocorre em até 87% dos adultos e 80% das crianças.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com Essa infecção é comumente assintomática.
O exame do tecido hepático antes da retirada do medicamento pode ajudar a descartar inflamação não suspeita e reduzir a frequência de recidiva.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Os pacientes que apresentam recidiva após a retirada do medicamento geralmente respondem ao regime original.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com Um esquema de manutenção de longo prazo pode ser implementado quando a remissão bioquímica é alcançada.
A American Association for the Study of Liver Diseases e a European Association for the Study of the Liver afirmam que a azatioprina pode ser administrada durante a gravidez.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com [26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com
Os efeitos adversos da azatioprina incluem hepatite colestática, doença veno-oclusiva, pancreatite, náuseas, vômitos e supressão da medula óssea.
Opções primárias
azatioprina: 50-150 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas
manutenção com corticosteroide em baixa dose associado a imunossupressor
Uma combinação de um corticosteroide associado a um imunossupressor como a azatioprina reduz os efeitos adversos dos corticosteroides. Em geral, o corticosteroide em baixa dose é reduzido mensalmente até que a dose mais baixa seja atingida com estabilidade clínica e bioquímica.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Opções primárias
prednisolona: 5-10 mg por via oral uma vez ao dia
ou
prednisona: 5-10 mg por via oral uma vez ao dia
--E--
azatioprina: 50-150 mg/dia por via oral administrados em 2 doses fracionadas
manutenção com corticosteroide em baixa dose
Adultos que tiveram recidiva ao menos duas vezes requerem tratamento em longo prazo.
A monoterapia com corticosteroide é indicada em pacientes com contraindicações a imunossupressores (por exemplo, citopenias, neoplasia ativa ou deficiência de tiopurina metiltransferase).
As principais vantagens do esquema de monoterapia de corticosteroide em baixas doses são evitar os riscos teóricos de oncogenicidade e teratogenicidade em adultos férteis e evitar a supressão da medula óssea por agentes imunossupressores.
Os pacientes devem ser monitorados quanto a efeitos adversos e a possíveis complicações da corticoterapia por monitoramento da pressão arterial, exame de sangue de rotina e exames oftalmológicos para catarata e glaucoma; densitometria mineral óssea anual da coluna lombar e do quadril geralmente também é recomendada.
Opções primárias
prednisolona: 5-10 mg por via oral uma vez ao dia
ou
prednisona: 5-10 mg por via oral uma vez ao dia
doença hepática descompensada
avaliação de transplante de fígado
Indicada em pacientes que pioram durante ou após o tratamento com corticosteroide e em pacientes que são refratários ou intolerantes ao tratamento padrão e nos quais a doença hepática de estágio terminal se desenvolve.
No geral, o transplante de fígado é amplamente bem-sucedido com taxa de sobrevida em 5 anos de 80% a 90%.[54]Molmenti EP, Netto GJ, Murray NG, et al. Incidence and recurrence of autoimmune/alloimmune hepatitis in liver transplant recipients. Liver Transpl. 2002 Jun;8(6):519-26. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1053/jlts.2002.32981 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12037782?tool=bestpractice.com Pacientes que recebem transplantes de fígado para hepatite autoimune, no entanto, têm maior risco de desenvolver rejeição celular e ductopênica aguda, em comparação com pacientes que recebem transplante de fígado para outras doenças.[53]Carbone M, Neuberger JM. Autoimmune liver disease, autoimmunity and liver transplantation. J Hepatol. 2014 Jan;60(1):210-23. https://www.journal-of-hepatology.eu/article/S0168-8278(13)00680-6/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24084655?tool=bestpractice.com
manutenção da monoterapia com corticosteroide em altas doses
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A monoterapia com corticosteroides em altas doses é recomendada antes da avaliação para transplante.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Opções primárias
prednisolona: 60 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, reduzir a dose gradualmente de acordo com a resposta
ou
prednisona: 60 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, reduzir a dose gradualmente de acordo com a resposta
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