Corticosteroides e imunossupressores compõem a base do tratamento. O julgamento clínico forma a base de qualquer decisão para tratar, devido à possível toxicidade dos medicamentos usados, o tratamento nem sempre pode ser indicado.
Pacientes com cirrose, osteopenia menopausada ou compressão vertebral, labilidade emocional ou psicose, hipertensão pouco controlada ou diabetes instável, apresentam aumento do risco de efeitos adversos com corticosteroides (e podem, portanto, ter um desfecho desfavorável).[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Indicações para tratamento
Todos os indivíduos com hepatite autoimune devem ser considerados candidatos à terapia, exceto aqueles com doença inativa com base na avaliação clínica, laboratorial e histológica.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
O tratamento é obrigatório quando os sintomas ou a atividade da doença são graves e na presença de hepatite autoimune grave.
Doença grave
Os pacientes serão considerados como tendo doença grave se apresentarem:[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
[26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com
[36]Gleeson D, Heneghan MA; British Society of Gastroenterology. British Society of Gastroenterology (BSG) guidelines for management of autoimmune hepatitis. Gut. 2011 Dec;60(12):1611-29.
https://gut.bmj.com/content/60/12/1611.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21757447?tool=bestpractice.com
níveis de aminotransferase sérica maiores que 10 vezes o limite superior do normal, ou
níveis de aminotransferase sérica 5 vezes o limite superior do normal com nível de gamaglobulina sérica ao menos duas vezes o limite superior do normal, ou
necrose em ponte ou necrose multiacinar na histologia hepática.
Hepatite autoimune aguda grave
Existem diferentes entidades clínicas de hepatite autoimune aguda grave:[26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com
a exacerbação aguda da hepatite autoimune crônica, e
hepatite autoimune aguda verdadeira sem achados histológicos de doença hepática crônica.
A American Association for the Study of Liver Diseases (AASLD) e a European Association for the Study of the Liver (EASL) definem a hepatite autoimune aguda grave como:[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
[26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com
icterícia
razão normalizada internacional (INR) >1.5 a <2
ausência de encefalopatia
ausência de doença hepática previamente reconhecida.
Esses pacientes devem ser tratados, a menos que outras considerações (por exemplo, alto risco de intolerância ao medicamento devido a comorbidades, cirrose inativa avançada) se apliquem.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Pacientes que não atendem aos critérios para doença grave
O tratamento deve ser individualizado e a decisão de tratar ou monitorar é baseada na presença de sintomas (fadiga, artralgia, icterícia); níveis de aminotransferase sérica, gamaglobulinas ou ambas; e a presença de hepatite de interface na histologia hepática.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
O tratamento não deve ser iniciado em pacientes com cirrose que se tornou inativa e também pode ser adiado em pacientes com doença minimamente ativa que apresentam comorbidades.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Esses pacientes devem ser acompanhados de perto com avaliação em intervalos de 3 a 6 meses.[26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com
Pacientes com fator antinuclear (FAN) negativo, mas com achados de biópsia sugestivos de hepatite autoimune, podem precisar de tratamento. A abordagem do tratamento seria ditada pelos mesmos parâmetros que informam o manejo de um paciente com FAN positivo.
Manejo de hepatite autoimune aguda grave
Pacientes com hepatite autoimune aguda grave devem ser tratados com monoterapia com corticosteroides em altas doses o mais cedo possível.[26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com
Se não houver melhora em 7 a 14 dias, o paciente deve ser avaliado para transplante de fígado de emergência.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
[26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com
Pacientes com hepatite autoimune aguda grave e insuficiência hepática aguda devem ser avaliados para transplante de fígado imediatamente.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Esquemas de tratamento inicial para doença ativa
Os tratamentos iniciais recomendados para hepatite autoimune incluem um corticosteroide isolado ou em combinação com terapia imunossupressora.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
[26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com
[36]Gleeson D, Heneghan MA; British Society of Gastroenterology. British Society of Gastroenterology (BSG) guidelines for management of autoimmune hepatitis. Gut. 2011 Dec;60(12):1611-29.
https://gut.bmj.com/content/60/12/1611.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21757447?tool=bestpractice.com
Monoterapia com corticosteroide
A AASLD recomenda a monoterapia com corticosteroides como um possível tratamento inicial para pacientes com hepatite autoimune que não apresentam hepatite aguda grave ou insuficiência hepática aguda.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
A British Society of Gastroenterology (BSG) e a EASL recomendam que a monoterapia com corticosteroides seja reservada para pacientes com contraindicação à terapia imunossupressora (por exemplo, citopenia, neoplasias malignas ativas ou deficiência de tiopurina metiltransferase [TPMT]), ou quando o ciclo de tratamento presumido será curto (ou seja, menos de 6 meses).[26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com
[36]Gleeson D, Heneghan MA; British Society of Gastroenterology. British Society of Gastroenterology (BSG) guidelines for management of autoimmune hepatitis. Gut. 2011 Dec;60(12):1611-29.
https://gut.bmj.com/content/60/12/1611.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21757447?tool=bestpractice.com
A monoterapia com corticosteroide é contraindicada em mulheres menopausadas e pacientes com osteoporose, diabetes, glaucoma, catarata, hipertensão, depressão maior e labilidade emocional.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
[26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com
[36]Gleeson D, Heneghan MA; British Society of Gastroenterology. British Society of Gastroenterology (BSG) guidelines for management of autoimmune hepatitis. Gut. 2011 Dec;60(12):1611-29.
https://gut.bmj.com/content/60/12/1611.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21757447?tool=bestpractice.com
A prednisolona é um metabólito ativo da prednisona e qualquer uma pode ser usada; no entanto, a cirrose avançada pode prejudicar significativamente a conversão da prednisona em prednisolona, embora esse comprometimento geralmente seja insuficiente para alterar a resposta ao tratamento ou justificar a administração preferencial de prednisolona.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
[41]Lamers MM, van Oijen MG, Pronk M, et al. Treatment options for autoimmune hepatitis: a systematic review of randomized controlled trials. J Hepatol. 2010 Jul;53(1):191-8.
https://www.journal-of-hepatology.eu/article/S0168-8278(10)00189-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20400196?tool=bestpractice.com
[42]Yeoman AD, Longhi MS, Heneghan MA. Review article: the modern management of autoimmune hepatitis. Aliment Pharmacol Ther. 2010 Apr;31(8):771-87.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2036.2010.04241.x
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20096018?tool=bestpractice.com
A budesonida é recomendada como uma alternativa à prednisona ou prednisolona em pacientes não cirróticos que apresentaram, ou apresenta, aumento do risco de, efeitos colaterais graves com prednisona ou prednisolona (por exemplo, diabetes mal controlado, osteoporose, psicose).[26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com
[36]Gleeson D, Heneghan MA; British Society of Gastroenterology. British Society of Gastroenterology (BSG) guidelines for management of autoimmune hepatitis. Gut. 2011 Dec;60(12):1611-29.
https://gut.bmj.com/content/60/12/1611.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21757447?tool=bestpractice.com
A maioria dos estudos é favorável e relata boa resposta ao tratamento.[43]Zandieh I, Krygier D, Wong V, et al. The use of budesonide in the treatment of autoimmune hepatitis in Canada. Can J Gastroenterol. 2008 Apr;22(4):388-92.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2662897
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18414714?tool=bestpractice.com
[44]Wiegand J, Schüler A, Kanzler S, et al. Budesonide in previously untreated autoimmune hepatitis. Liver Int. 2005 Oct;25(5):927-34.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16162148?tool=bestpractice.com
[45]Strassburg CP, Manns MP. Treatment of autoimmune hepatitis. Semin Liver Dis. 2009 Aug;29(3):273-85.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19676000?tool=bestpractice.com
[46]Manns MP, Woynarowski M, Kreisel W, et al. Budesonide induces remission more effectively than prednisone in a controlled trial of patients with autoimmune hepatitis. Gastroenterology. 2010 Oct;139(4):1198-206.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20600032?tool=bestpractice.com
[47]Csepregi A, Röcken C, Treiber G, et al. Budesonide induces complete remission in autoimmune hepatitis. World J Gastroenterol. 2006 Mar 7;12(9):1362-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16552802?tool=bestpractice.com
A monoterapia com budesonida demonstrou normalização das transaminases, mas as respostas histológicas ao tratamento não foram bem estudadas até agora; portanto, a budesonida é contraindicada em pacientes com cirrose e pacientes que apresentam hepatite autoimune aguda grave.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Terapia com corticosteroides associados a imunossupressores
A AASLD recomenda a combinação de um corticosteroide associado a azatioprina como um tratamento inicial alternativo para pacientes com hepatite autoimune que não apresentam hepatite aguda grave ou insuficiência hepática aguda.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
A BSG e a EASL recomendam a combinação de um corticosteroide associado a azatioprina como opção de tratamento inicial quando o ciclo de tratamento presumido é >6 meses, visto que resulta em menos efeitos colaterais e melhor eficácia em comparação com a monoterapia com corticosteroide.[26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com
[36]Gleeson D, Heneghan MA; British Society of Gastroenterology. British Society of Gastroenterology (BSG) guidelines for management of autoimmune hepatitis. Gut. 2011 Dec;60(12):1611-29.
https://gut.bmj.com/content/60/12/1611.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21757447?tool=bestpractice.com
A azatioprina deve ser iniciada 2 semanas após o tratamento com corticosteroides para confirmar a responsividade aos corticosteroides, avaliar o status de TPMT e avaliar a resposta ao tratamento, descartando a possibilidade de hepatite induzida por azatioprina.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
[26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com
Algumas pessoas têm atividade reduzida da enzima TPMT, que medeia a eliminação da mercaptopurina (o metabólito ativo da azatioprina). Aqueles com menor atividade de TPMT correm maior risco de toxicidade pela azatioprina; portanto, é recomendado que todos os pacientes sejam testados rotineiramente para atividade de TPMT.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
[26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com
[36]Gleeson D, Heneghan MA; British Society of Gastroenterology. British Society of Gastroenterology (BSG) guidelines for management of autoimmune hepatitis. Gut. 2011 Dec;60(12):1611-29.
https://gut.bmj.com/content/60/12/1611.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21757447?tool=bestpractice.com
A azatioprina deve ser evitada ou usada em dose mais baixa naqueles com menor atividade de TPMT.
A azatioprina não é recomendada para pacientes com cirrose descompensada.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
A azatioprina pode ser continuada durante a gravidez.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
[26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com
Os efeitos adversos da azatioprina incluem hepatite colestática, doença veno-oclusiva, pancreatite, náuseas, vômitos e supressão da medula óssea.
A prednisolona é um metabólito ativo da prednisona e qualquer uma pode ser usada; no entanto, a cirrose avançada pode prejudicar significativamente a conversão da prednisona em prednisolona, embora esse comprometimento geralmente seja insuficiente para alterar a resposta ao tratamento ou justificar a administração preferencial de prednisolona.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
[41]Lamers MM, van Oijen MG, Pronk M, et al. Treatment options for autoimmune hepatitis: a systematic review of randomized controlled trials. J Hepatol. 2010 Jul;53(1):191-8.
https://www.journal-of-hepatology.eu/article/S0168-8278(10)00189-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20400196?tool=bestpractice.com
[42]Yeoman AD, Longhi MS, Heneghan MA. Review article: the modern management of autoimmune hepatitis. Aliment Pharmacol Ther. 2010 Apr;31(8):771-87.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2036.2010.04241.x
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20096018?tool=bestpractice.com
A budesonida é recomendada como uma opção alternativa à prednisona ou prednisolona em pacientes não cirróticos que apresentaram, ou apresentam, aumento do risco de, efeitos colaterais graves com prednisona ou prednisolona (por exemplo, diabetes mal controlado, osteoporose, psicose).[26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com
[36]Gleeson D, Heneghan MA; British Society of Gastroenterology. British Society of Gastroenterology (BSG) guidelines for management of autoimmune hepatitis. Gut. 2011 Dec;60(12):1611-29.
https://gut.bmj.com/content/60/12/1611.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21757447?tool=bestpractice.com
A budesonida não deve ser usada em pacientes com cirrose ou que apresentem hepatite autoimune aguda grave.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Um estudo de pacientes pediátricos com hepatite autoimune comparou a combinação de prednisona e azatioprina versus budesonida e azatioprina e não encontrou diferenças estatisticamente significativas na resposta e nos efeitos adversos.[48]Woynarowski M, Nemeth A, Baruch Y, et al; European Autoimmune Hepatitis-Budesonide Study Group. Budesonide versus prednisone with azathioprine for the treatment of autoimmune hepatitis in children and adolescents. J Pediatr. 2013 Nov;163(5):1347-53.e1.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23810723?tool=bestpractice.com
Tendências não significativas foram observadas, incluindo peso mais baixo no grupo da budesonida e taxa de remissão bioquímica modestamente melhorada no grupo da prednisona.
O micofenolato e a ciclosporina podem ser considerados imunossupressores alternativos à azatioprina para pacientes intolerantes à azatioprina ou com contraindicação ao seu uso.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
O micofenolato combinado com prednisona foi relatado por evidências de revisão sistemática como superior à azatioprina com prednisona na normalização dos níveis de alanina aminotransferase, aspartato aminotransferase e imunoglobulina G e na taxa de não resposta em pacientes com hepatite autoimune.[49]Yu ZJ, Zhang LL, Huang TT, et al. Comparison of mycophenolate mofetil with standard treatment for autoimmune hepatitis: a meta-analysis. Eur J Gastroenterol Hepatol. 2019 Jul;31(7):873-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31150366?tool=bestpractice.com
[50]Selvarajah V, Montano-Loza AJ, Czaja AJ. Systematic review: managing suboptimal treatment responses in autoimmune hepatitis with conventional and nonstandard drugs. Aliment Pharmacol Ther. 2012 Oct;36(8):691-707.
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/apt.12042/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22973822?tool=bestpractice.com
O micofenolato é contraindicado na gravidez.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Estudos demonstraram que a ciclosporina normaliza os níveis séricos de transaminase e melhora a histologia em pacientes com hepatite autoimune sem efeitos adversos significativos que requeiram o término da terapia.[51]Nasseri-Moghaddam S, Nikfam S, Karimian S, et al. Cyclosporine-A versus prednisolone for induction of remission in auto-immune hepatitis: interim analysis report of a randomized controlled trial. Middle East J Dig Dis. 2013 Oct;5(4):193-200.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3990153
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24829691?tool=bestpractice.com
[52]Malekzadeh R, Nasseri-Moghaddam S, Kaviani MJ, et al. Cyclosporin A is a promising alternative to corticosteroids in autoimmune hepatitis. Dig Dis Sci. 2001 Jun;46(6):1321-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11414311?tool=bestpractice.com
Entretanto, seu alto perfil de toxicidade pode limitar seu uso em virtude do aumento do risco de hipertensão, insuficiência renal, hiperlipidemia, hirsutismo, infecção oportunista e malignidade.
Manejo da hepatite autoimune com colangite biliar primária (síndrome de sobreposição)
Pacientes com características histológicas de hepatite autoimune, mas achados sorológicos de cirrose biliar primária (isto é, anticorpos antimitocondriais [AMA] direcionados a enzimas na família 2-oxoácido desidrogenase) podem progredir rapidamente para cirrose, então mesmo pacientes assintomáticos devem ser tratados.
Uma combinação de um corticosteroide associado a imunossupressor é geralmente preferencial.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Pacientes com contraindicações à terapia com imunossupressores (por exemplo, citopenia, neoplasias malignas ativas ou deficiência de TPMT) são tratados com monoterapia com corticosteroide.[3]Krawitt EL. Autoimmune hepatitis. N Engl J Med. 2006 Jan 5;354(1):54-66.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16394302?tool=bestpractice.com
O ácido ursodesoxicólico deve ser administrado em combinação com terapia imunossupressora em pacientes com síndrome de sobreposição.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Esquemas de tratamento de segunda linha (manejo do fracasso do tratamento, resposta incompleta e intolerância a medicamento)
As terapias de segunda linha são usadas para controlar a falha do tratamento, a resposta incompleta e a intolerância ao medicamento.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
A falha do tratamento é definida como agravamento das características clínicas, laboratoriais e histológicas apesar da observância à terapia.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Uma elevação dos valores de aminotransferase em pelo menos 67% geralmente é considerada um sinal de falha do tratamento, bem como o desenvolvimento de icterícia, ascite ou encefalopatia hepática. Pelo menos 9% dos pacientes adultos e 5% a 15% das crianças apresentam falha no tratamento com esquemas de tratamento padrão.
A resposta incompleta é definida como falha em alcançar remissão após 3 anos de terapia, com alguma ou nenhuma melhora nas características clínicas, laboratoriais e histológicas, mas sem agravamento da doença. Esse desfecho é observado em aproximadamente 15% dos pacientes.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
A intolerância ao tratamento indica a incapacidade de continuar a terapia devido aos efeitos adversos do medicamento.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
A AASLD recomenda um ensaio com micofenolato ou tacrolimo para crianças e adultos com hepatite autoimune que apresentam falha no tratamento, resposta incompleta ou intolerância ao medicamento aos agentes de primeira linha. Com base na facilidade de uso e no perfil de efeitos adversos, a AASLD sugere o micofenolato em vez do tacrolimo como agente de segunda linha inicial.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
O micofenolato é contraindicado na gravidez.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
A EASL e a BSG recomendam uma abordagem padrão para controlar a falha do tratamento com doses muito altas de um corticosteroide ou uma combinação de um corticosteroide com azatioprina por pelo menos 1 mês.[26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com
[36]Gleeson D, Heneghan MA; British Society of Gastroenterology. British Society of Gastroenterology (BSG) guidelines for management of autoimmune hepatitis. Gut. 2011 Dec;60(12):1611-29.
https://gut.bmj.com/content/60/12/1611.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21757447?tool=bestpractice.com
A dose do corticosteroide e da azatioprina é reduzida após cada mês de melhora clínica e laboratorial, e a redução da dose é mantida até que os níveis convencionais de manutenção dos medicamentos sejam atingidos.
Terapia de manutenção
A terapia de manutenção deve ser continuada até a remissão, falha do tratamento, resposta incompleta ou toxicidade medicamentosa.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Os corticosteroides são usados isoladamente ou em combinação com um imunossupressor (por exemplo, azatioprina, mercaptopurina). A preferência do medicamento é informada de acordo com as opções de tratamento iniciais e depende de comorbidades e intolerância. Possíveis complicações da terapia imunossupressora em longo prazo incluem oncogenicidade e teratogenicidade.
Doença hepática descompensada
A terapia combinada não é recomendada para pacientes com doença hepática descompensada; a monoterapia com corticosteroide em altas doses é aconselhada antes da avaliação para transplante.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
[26]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: autoimmune hepatitis. J Hepatol. 2015 Oct;63(4):971-1004.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26341719?tool=bestpractice.com
Ainda é controverso se a terapia medicamentosa com corticosteroides afeta a história natural ou reduz a necessidade de transplante de fígado.
No geral, o transplante de fígado é amplamente bem-sucedido com taxa de sobrevida em 5 anos de 80% a 90%.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Pacientes que recebem transplantes de fígado para hepatite autoimune, no entanto, têm maior risco de desenvolver rejeição celular e ductopênica aguda, em comparação com pacientes que recebem transplante de fígado para outras doenças.[53]Carbone M, Neuberger JM. Autoimmune liver disease, autoimmunity and liver transplantation. J Hepatol. 2014 Jan;60(1):210-23.
https://www.journal-of-hepatology.eu/article/S0168-8278(13)00680-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24084655?tool=bestpractice.com
Prevenção de recidiva em longo prazo
A recidiva é definida como a exacerbação da atividade da doença após a indução da remissão e retirada do medicamento e ocorre em até 87% dos adultos e 80% das crianças.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Essa infecção é comumente assintomática.
O exame do tecido hepático antes da retirada do medicamento pode ajudar a descartar inflamação não suspeita e reduzir a frequência de recidiva.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Os pacientes que apresentam recidiva após a retirada do medicamento geralmente respondem ao regime original.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Um esquema de manutenção de longo prazo pode ser implementado quando a remissão bioquímica é alcançada.
Pontos finais do tratamento
A remissão está associada ao desaparecimento dos sintomas, à melhora dos níveis de aminotransferase sérica, à normalização dos níveis de bilirrubina sérica e gamaglobulina e à normalização da histologia hepática ou com inflamação mínima, mas sem hepatite de interface.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
A normalização dos índices antes do fim do tratamento confere uma redução do risco relativo de recidiva entre 3 e 11 vezes com 87% dos pacientes que alcançam a remissão sustentada com valores normais antes da descontinuação do tratamento. Aproximadamente 65% dos pacientes entram em remissão dentro de 18 meses de terapia e 80% dentro de 3 anos, com uma duração média de tratamento para remissão de 22 meses.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Adultos raramente alcançam a remissão em menos de 12 meses e a probabilidade de remissão diminui após 2 anos.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
A melhora histológica fica atrás da melhora clínica e laboratorial por 3 a 6 meses, o que é importante ao considerar biópsia hepática repetida.[3]Krawitt EL. Autoimmune hepatitis. N Engl J Med. 2006 Jan 5;354(1):54-66.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16394302?tool=bestpractice.com
A recidiva ocorre em 20% a 100% dos pacientes que entram em remissão, dependendo dos achados histológicos antes da supressão do medicamento.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Pacientes com histologia normal têm uma frequência de 20% de recidiva, enquanto pacientes com hepatite portal no término do tratamento têm uma frequência de recidiva de 50% dentro de 6 meses.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
Pacientes com evolução para cirrose durante o tratamento ou com hepatite de interface na supressão do medicamento comumente têm recidiva.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com
A toxicidade medicamentosa requer descontinuação prematura ou alteração da terapia convencional em 13% dos pacientes.[1]Mack CL, Adams D, Assis DN, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis in adults and children: 2019 practice guidance and guidelines from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2020 Aug;72(2):671-722.
https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31065
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31863477?tool=bestpractice.com