Epidemiologia

A hepatite autoimune ocorre no mundo todo em indivíduos de todas as idades e etnias. Uma metanálise de 22 estudos constatou uma incidência mundial combinada de 1.37 por 100,000 pessoas e prevalência de 17.44 por 100,000 pessoas, com alto nível de heterogeneidade entre os estudos.[4] Análises de subgrupos sugeriram que as taxas de incidência foram similares no mundo todo, mas a prevalência foi menor em populações asiáticas que em populações europeias e americanas; essa diferença pode ocorrer por conta de fatores genéticos, pois as populações europeia e norte-americana são predominantemente brancas, com alta frequência de marcadores de antígeno leucocitário humano (HLA)-DR3 e HLA-DR4. Foi relatado aumento na incidência de hepatite autoimune do tipo 1 na Dinamarca, o que parece representar um verdadeiro aumento da doença, com elevação de 1.37 para 2.33 casos por 100,000 indivíduos ao ano, entre 1994 e 2014. Esse aumento também foi refletido por um aumento na prevalência.[5]

As mulheres são mais frequentemente afetadas que os homens.[5][6]​​[7][8][9][10]​ As taxas de incidência para mulheres na Europa são de 1.2 a 3.05 por 100,000 habitantes, em comparação com 0.26 a 0.89 por 100,000 habitantes para homens​.[11]

A hepatite autoimune do tipo 1 é a forma mais comum; 78% dos pacientes são mulheres (proporção mulheres:homens de 4:1).[12] A hepatite autoimune do tipo 1 demonstra uma distribuição de idade bimodal, afetando com mais frequência pessoas entre 10 e 30 anos e 40 e 60 anos de idade.[13] Início da hepatite autoimune nos picos de idade mais avançada (>60 anos) foram relatados na Dinamarca e na Nova Zelândia.​[5][6]

A hepatite autoimune do tipo 2 afeta principalmente crianças; novamente, a maioria dos pacientes é do sexo feminino.[3][13][14] A prevalência é desconhecida. Em um estudo realizado no Canadá, que incluiu 159 crianças e adolescentes com hepatite autoimune, a incidência anual de hepatite autoimune foi de 0.23 casos por 100,000 crianças; a hepatite autoimune do tipo 1 foi diagnosticada com frequência 5.5 maior do que a hepatite autoimune do tipo 2.[10]​​​

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