Prevenção primária

Evitar picadas de mosquitos

  • A infecção pode ser evitada pela prevenção das picadas de mosquito.

  • As possíveis medidas incluem: redução do tempo de exposição a ambientes externos (os mosquitos podem transmitir a infecção durante todo o dia, não somente ao amanhecer ou anoitecer); uso de mangas longas; uso constante de repelentes que contenham N,N-dietil-meta-toluamida (DEET) (30% a 50%), picaridina, IR3535, óleo de eucalipto-limão ou para-mentano-diol; uso de permetrina nas roupas; combate às condições dentro ou fora da residência capazes de favorecer a criação de larvas (como remoção de recipientes que contêm água); uso de telas mosquiteiras e ar condicionado; e cuidado redobrado ao viajar a áreas endêmicas.[25][34][40]

  • O departamento de saúde pública da Califórnia tem diretrizes extensas para a vigilância, detecção e erradicação do mosquito, que podem ser usadas por departamentos de saúde locais.[41]

Vacina

  • Uma vacina de vírus vivo atenuado de dose única está aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA e pela European Medicines Agency (EMA) para prevenção da doença causada pelo vírus chikungunya em adultos ≥18 anos de idade com risco elevado de exposição ao vírus chikungunya.

  • A vacina foi aprovada nos EUA por um processo de aprovação acelerada, com base em títulos de anticorpos neutralizadores do vírus chikungunya. Os mesmos dados foram usados para a aprovação europeia. A continuação da aprovação pode depender da verificação da eficácia clínica em estudos confirmatórios.[42]

    • Um ensaio clínico randomizado de fase 3 central que usou a vacina contou com 4128 participantes. Os anticorpos neutralizadores específicos contra o vírus chikungunya demonstraram um aumento de 471 vezes, em comparação com a linha basal, no dia 29 do estudo, e permaneceram com um aumento de até 107 vezes, em comparação com a linha basal, no dia 180 do estudo. A vacina foi segura e bem tolerada, e não surgiu nenhuma preocupação em relação à segurança.[43]​ O ensaio não teve desfechos clínicos; no entanto, um marcador intermediário de proteção é considerado aceitável para aprovação pelo processo de aprovação acelerada da FDA.

  • O Advisory Committee on Immunization Practices dos EUA recomenda a vacina para as pessoas ≥18 anos que viajarem para um país ou território onde houver um surto de chikungunya, e trabalhadores de laboratórios com potencial exposição ao vírus. A vacina também pode ser considerada para as seguintes pessoas que viajam a um país ou território sem surto, mas com evidência de transmissão do vírus chikungunya entre humanos nos últimos 5 anos:[44]

    • Pessoas >65 anos de idade, particularmente aquelas com doenças subjacentes e provável exposição pelo menos moderada aos mosquitos

    • Pessoas que ficarão por um período cumulativo de ≥6 meses.

  • A vacina é contraindicada para indivíduos imunocomprometidos.

  • A decisão de usar a vacina durante a gestação deve levar em consideração o risco pessoal de infecção pelo vírus chikungunya de tipo selvagem, a idade gestacional e os riscos de transmissão vertical do vírus chikungunya do tipo selvagem para o feto ou o neonato. Os neonatos devem ser monitorados rigorosamente por 7 dias após o nascimento, se tiverem nascido até 14 dias após a vacinação da mãe. Não se sabe se o vírus da vacina pode ser transmitido verticalmente e causar eventos adversos fetais ou neonatais.

  • É possível que haja efeitos adversos graves ou prolongados, similares à chikungunya, os quais podem limitar as atividades diárias ou requerer intervenção médica após a vacinação. São necessários estudos pós-comercialização para avaliar o risco de reações adversas graves similares à chikungunya após a administração.

Vacinas em desenvolvimento

  • Outras vacinas estão em fase de desenvolvimento clínico ou pré-clínico avançado.

  • As principais candidatas incluem uma vacina de partículas semelhantes ao vírus (que conta com designação de tramitação rápida pela FDA e designação de medicamento prioritário pela European Medicines Agency), e a BBV87 (uma vacina de vírion inteiro inativado).[45]

  • Uma vacina quimérica que usa o vírus do sarampo com codificação das proteínas estruturais do chikungunya (MV-CHIK) também demonstrou segurança e tolerabilidade em ensaios clínicos randomizados de fase 2, além de produzir imunogenicidade na maioria dos receptores após uma única injeção.[46]

Prevenção secundária

A educação da comunidade é importante para identificar a responsabilidade do problema e estabelecer ações para evitar a proliferação de mosquitos e evitar exposição.[63]

Especialmente em áreas não endêmicas, os indivíduos infectados devem ficar longe dos mosquitos causadores enquanto estiverem doentes, a fim de evitar novos surtos locais.

Os viajantes precisam ser orientados quanto ao risco e às precauções básicas que devem ser tomadas. Eles também têm de identificar os sintomas e buscar atendimento, se necessário.[32] CDC: Yellow Book: Health information for international travel Opens in new window

As autoridades sanitárias precisam estar conscientes do risco de transmissão por transfusão sanguínea e avaliar a necessidade de rastreamento de doadores em situações epidêmicas.[26]

É uma doença de notificação compulsória em alguns países.

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