Epidemiologia
Existe uma variação geográfica nas taxas de transtornos do espectro alcoólico fetal (TEAF) e no modo como os casos são contados (isto é, estudos de base populacional ou clínica, vigilância ativa ou passiva) e registrados. As taxas são registradas como incidência, prevalência ou prevalência de natalidade (isto é, número de crianças que nascem com um transtorno congênito em comparação com o total de 100 bebês nascidos vivos em um período específico).[4][5]
Os transtornos do espectro alcoólico fetal (TEAF) afetam todos os grupos étnicos, mas as taxas variam em cada país. As taxas de síndrome alcoólica fetal (SAF) costumam ser mais relatadas que as taxas de malformações congênitas relacionadas ao álcool e transtorno do neurodesenvolvimento relacionado ao álcool, que são mais difíceis de diagnosticar. As tendências e variações de taxa podem refletir o conhecimento dos profissionais da saúde sobre o espectro.
Em uma meta-análise de 2017, a prevalência global de TEAF foi estimada em 8 de 1000 na população em geral, com prevalência superior a 1% em 76 de 187 países.[5] A Região Europeia da Organização Mundial da Saúde (OMS) teve a prevalência mais alta (19.8 por 1000 habitantes) e a Região do Mediterrâneo Oriental da OMS a mais baixa (0.1 por 1000 habitantes). Dos 187 países, estima-se que a África do Sul tenha a maior prevalência de TEAF (111;1 por 1000 habitantes), seguida pela Croácia (53.3 por 1000 habitantes) e Irlanda (47.5 por 1000 habitantes). A prevalência de TEAF em certas populações de alto risco foi notavelmente maior do que na população em geral, por exemplo, 15.6 a 24.6 vezes maior entre populações indígenas de alto risco e 5.2 a 67.7 vezes maior entre crianças sob cuidados.[5]
Com base em dados dps anos 1980 e 1990, as estimativas de prevalência de natalidade dos EUA para TEAF são, coletivamente, 10 a cada 1000 nascimentos e, para SAF, são de 0.5 a 2 a cada 1000 nascimentos.[6] Usando métodos ativos de verificação de casos, um estudo transversal descobriu que entre os alunos da primeira série em 4 comunidades dos EUA entre 2010 e 2016, as estimativas conservadoras da prevalência de TEAF variaram de 11.3 (IC 95% 7.8 a 15.8) a 50.0 (IC 95% 39.9 a 61.7) por 1000 crianças, com a SAF respondendo por menos de 20% da prevalência geral de TEAF (as estimativas de prevalência ponderadas para SAF variaram de 0 [IC 95% 0.00 a 12.7] a 7.8 [IC 95% 4.2 a 13.5] por 1000 crianças).[7] As taxas dos EUA são mais altas entre os índios norte-americanos das planícies do sudoeste (9.8 a cada 1000 nascimentos) e mais baixas entre os americanos asiáticos (0.03 a cada 1000 nascimentos).[6]
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