Novos tratamentos
Larsucosterol
O larsucosterol, um modulador epigenético endógeno, regula os padrões de expressão gênica sem afetar a sequência do DNA.[145] Ele recebeu a designação de terapia inovadora pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA para o tratamento de pacientes com hepatite alcoólica grave, com base em dados do ensaio clínico de fase 2B AHFIRM.[146][147] O larsucosterol demonstrou uma redução significativa na mortalidade a 90 dias, em comparação com placebo, e foi bem tolerado a diferentes doses estudadas no ensaio clínico.[147]
Fator estimulador de colônias de granulócitos (G-CSF)
O G-CSF é uma glicoproteína que estimula a medula óssea a liberar neutrófilos e células-tronco (CD34+) na corrente sanguínea. Um estudo aberto realizado com 57 pacientes com hepatite alcoólica grave constatou que o G- CSF melhora a função hepática e aumenta os tempos de sobrevida em comparação com uma dieta de 800-2000 kcal/dia associada a pentoxifilina.[148] Uma revisão sistemática e metanálise relatou melhora na sobrevida em 90 dias com o G-CSF em comparação com a terapia medicamentosa padrão.[149] Outra revisão sistemática e metanálise concluiu que, apesar de sua idade para melhorar o prognóstico em pacientes com hepatite alcoólica grave, G-CSF não é recomendado na Europa devido à alta heterogeneidade decorrente de achados conflitantes entre estudos asiáticos e europeus.[150] Ainda não está claro se essas diferenças podem ser explicadas por diferenças étnicas ou disparidades na seleção de pacientes e na gravidade da doença. Estudos adicionais são necessários para definir melhor a utilidade do G-CSF na hepatite alcoólica grave.
Terapia celular extracorpórea
Em um estudo sobre a terapia celular extracorpórea (ELAD), as células C3A derivadas do hepatoblastoma (que expressam proteínas anti-inflamatórias e factores de crescimento) não conseguiram melhorar a sobrevida global em pacientes com hepatite alcoólica grave.[151] A análise de subgrupos sugeriu que investigações adicionais da ELAD em pacientes mais jovens (<46.9 anos) com pontuação inferior a 28 no modelo para doença hepática terminal (Model End-Stage Liver Disease; MELD) podem ser justificadas.
Transplante de microbiota fecal (FMT)
Em um estudo piloto, uma semana de FMT (de doadores saudáveis) melhorou os índices de doença hepática e a sobrevida (a 12 meses) entre pacientes com hepatite alcoólica grave não elegíveis para corticoterapia.[152] São necessários estudos controlados maiores com acompanhamento de longo prazo.
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