Investigações

Primeiras investigações a serem solicitadas

ressonância nuclear magnética (RNM) da medula espinhal

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Exame

Deve ser feita em todos os pacientes para descartar mielopatia compressiva.[1]

A detecção de lesão intrínseca na medula ajuda na confirmação de mielite.

Lesão parcial/assimétrica na medula que se estende ao longo de 1 ou 2 segmentos vertebrais dá suporte ao diagnóstico de MT parcial aguda.[8]

MT completa com lesão longitudinalmente extensa (≥3 segmentos vertebrais contíguos) apoia o diagnóstico de MT extensa em sentido longitudinal, o que sugere outras causas que não a esclerose múltipla. Isso inclui distúrbio do espectro de neuromielite óptica, infecção, MT associada a doença do tecido conjuntivo ou MT idiopática.[1][23][8]

Se a RNM inicial for negativa, reconsidere o diagnóstico de mielopatia e avalie a possibilidade de repetir a RNM em 7 a 10 dias.[1][23][8][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Ressonância nuclear magnética (RNM) ponderada em T2 sagital da medula espinhal cervical mostrando lesão de mieliteDo acervo pessoal de Dean M. Wingerchuk, MD, MSc, FRCP(C); usado com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@7dfb42cf[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Ressonância nuclear magnética (RNM) ponderada em T2 sagital mostrando lesão de mielite relacionada à esclerose múltiplaDo acervo pessoal de Dean M. Wingerchuk, MD, MSc, FRCP(C); usado com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@2752d08f[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Ressonância nuclear magnética (RNM) ponderada em T2 sagital mostrando lesão de mielite transversa longitudinalmente extensaDo acervo pessoal de Dean M. Wingerchuk, MD, MSc, FRCP(C); usado com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@6e3ac828[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Ressonância nuclear magnética (RNM) ponderada em T1 sagital mostrando realce de lesão relacionada à neuromielite ópticaDo acervo pessoal de Dean M. Wingerchuk, MD, MSc, FRCP(C); usado com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@bfef905

Resultado

aumento de sinal na RNM ponderada em T2 no interior da medula espinhal, geralmente com realce da lesão por gadolínio; descarta lesão compressiva

ressonância nuclear magnética (RNM) cranioencefálica

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Exame

Lesões periventriculares, do tronco encefálico e justacorticais sugerem esclerose múltipla (EM) nos casos de MT parcial aguda.[58]

Lesões periaquedutais ou lesões que comprometem a região talâmica e hipotalâmica sugerem um distúrbio do espectro de neuromielite óptica (NMOSD).

Resultados normais sugerem que um NMOSD ou MT idiopática nos casos de MT completa.[1][23][8]

Resultado

lesões detectadas pelo aumento do sinal de RNM ponderada em T2 nos casos de EM (comum) e NMOSD (incomum); caso contrário, normal

autoanticorpos anti-aquaporina-4 e autoanticorpos anti-glicoproteína mielina-oligodendrócito séricos

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A mielite longitudinalmente extensa, definida por uma lesão que se estende ao longo de ≥3 segmentos vertebrais contíguos, apresenta maior risco de recorrência na presença de autoanticorpos antiaquaporina-4 (AQP4) séricos.[5]

Portanto, os testes para detectar a presença de autoanticorpos anti-AQP4 são essenciais para determinar se a terapia preventiva é necessária.

IgG contra a glicoproteína mielina-oligodendrócito persistentemente positivo também está associado a recidivas clínicas.[59][60]

Resultado

pode estar presente

celularidade do líquido cefalorraquidiano, diferencial de celularidade, nível de proteínas, índice de imunoglobulina G (IgG) e bandas oligoclonais

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Exame

O aumento da celularidade (>5 leucócitos/mm³) corrobora o diagnóstico de mielite inflamatória.

O líquido cefalorraquidiano normal não descarta MT, mas, se a suspeita de MT for muito alta, deve-se considerar a possibilidade de repetir a punção lombar em 7 a 10 dias.

A maioria das causas é associada a 10 a 2000 leucócitos/mm³.

A presença de neutrófilos >50 leucócitos/mm³ e bandas oligoclonais negativas sugerem um distúrbio do espectro da neuromielite óptica.[4]

Menos de 50 leucócitos/mm³ com diferenciação linfocítica e índice de IgG aumentado ou a presença de bandas oligoclonais nos casos de MT parcial aguda sugerem esclerose múltipla.[1][23][8]

Resultado

pleocitose, aumento do nível de proteína, produção anormal de imunoglobulina (índice de IgG) e presença de bandas oligoclonais

coloração de Gram, culturas (bacteriana, fúngica e para tuberculose) e esfregaço com tinta nanquim no líquido cefalorraquidiano

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Exame

Negativo na MT não infecciosa; útil quando há sintomas constitucionais, febre e/ou pleocitose do líquido cefalorraquidiano.[61]

Resultado

positivo na mielite infecciosa causada por bactérias, tuberculose (TB) ou fungos

líquido cefalorraquidiano, reação em cadeia da polimerase para detecção de vírus do herpes simples (HSV)-1, HSV-2, vírus da varicela-zóster (VZV), Borrelia burgdorferi (doença de Lyme), citomegalovírus (CMV), vírus Epstein-Barr (EBV) e vírus do Nilo Ocidental

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Exame

Útil para detecção de vírus do herpes simples 1 (HSV-1), HSV-2, vírus da varicela-zóster (VZV), Borrelia burgdorferi (doença de Lyme), citomegalovírus (CMV), vírus Epstein-Barr (EBV) e vírus do Nilo Ocidental.[61]

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positivo em infecção específica

exame Venereal Disease Research Laboratory do líquido cefalorraquidiano

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O exame Venereal Disease Research Laboratory do líquido cefalorraquidiano positivo é praticamente 100% específico para sífilis, mas um resultado negativo não descarta o diagnóstico.

Resultado

positivo para sífilis

fator antinuclear sérico, DNA de fita dupla

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Múltiplos autoanticorpos positivos também são encontrados em associação com o distúrbio do espectro de neuromielite óptica.[62]

Resultado

positivo no lúpus eritematoso sistêmico

antígeno nuclear extraível (incluindo síndrome de Sjögren A [SSA] e síndrome de Sjögren B [SSB])

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Exame

Múltiplos autoanticorpos positivos também são encontrados em associação com o distúrbio do espectro de neuromielite óptica.[62]

Esses anticorpos são insensíveis, e pode ser necessário fazer uma biópsia das glândulas salivares caso haja forte suspeita de síndrome de Sjögren.

Resultado

positivos na síndrome de Sjögren

autoanticorpos paraneoplásicos séricos ou no líquido cefalorraquidiano

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Exame

Pode indicar a presença de malignidade subjacente. Os mais comuns são anfifisina e proteína-5 mediadora da resposta à colapsina.[42]

Resultado

positivo na mielopatia associada a anticorpos paraneoplásicos.

outros autoanticorpos neurais

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Exame

A doença associada a autoanticorpos para proteína glial fibrilar ácida (GFAP) é um distúrbio inflamatório do sistema nervoso central em contextos autoimunes idiopáticos e paraneoplásicos, que podem estar presentes com a MT.[63]

Resultado

positivo na mielopatia associada a anticorpos GFAP-IgG

Investigações a serem consideradas

enzima conversora de angiotensina sérica e do líquido cefalorraquidiano

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Testes insensíveis.

Resultado

elevada na sarcoidose

radiografia torácica

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Exame

Pode detectar infecção pulmonar ou linfadenopatia mediastinal ou outra anormalidade do parênquima pulmonar condizente com sarcoidose.

Resultado

positiva em algumas infecções, neoplasia e sarcoidose

tomografia computadorizada (TC) corporal (tórax, abdome e pelve)

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Exame

Pode detectar infecção pulmonar ou linfadenopatia mediastinal ou outra anormalidade do parênquima pulmonar condizente com sarcoidose.[64]

Resultado

linfadenopatia em sarcoidose, neoplasia

PET do corpo inteiro

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Pode ser realizada em conjunto com a TC corporal. É parte da investigação diagnóstica para neoplasia oculta relacionada à mielopatia paraneoplásica.

Resultado

malignidade e linfadenopatia na sarcoidose

citometria de fluxo e citologia do líquido cefalorraquidiano

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Exame

Indicada se houver forte suspeita clínica de malignidade.

Talvez seja necessário realizar até 3 exames seriados do líquido cefalorraquidiano para descartar resultados falsos-negativos.

Resultado

positiva em caso de malignidade

sorologia para vírus do herpes simples (HSV) -1, HSV-2, vírus da varicela-zóster, citomegalovírus, vírus Epstein-Barr e vírus do Nilo Ocidental

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Sorologias na fase aguda e na convalescência podem confirmar infecção recente na MT infecciosa ou parainfecciosa.[61]

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positiva em casos de infecção viral

urinálise

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Pode ser útil para detectar um possível lúpus eritematoso sistêmico (LES).

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hematúria com lúpus eritematoso sistêmico (LES)

anticorpos antivírus da imunodeficiência humana (anti-HIV)

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Indivíduos de alto risco.[23]

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positivo para HIV

potencial evocado visual

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Retardo de condução nas vias visuais anteriores dá suporte ao diagnóstico de neuropatia óptica/neurite recente ou prévia.[1][23]

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anormal na esclerose múltipla e no distúrbio do espectro de neuromielite óptica

tomografia de coerência óptica

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Afinamento da camada de fibras nervosas da retina, dá suporte à neurite/neuropatia óptica recente ou prévia.[45]

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anormal na esclerose múltipla e no distúrbio do espectro de neuromielite óptica

tentativa terapêutica com corticosteroide

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Exame

Se a RNM e os estudos de líquido cefalorraquidiano derem suporte ao diagnóstico de MT, mas todos os outros estudos forem negativos, poderá ser considerado o tratamento empírico com corticosteroides para confirmar se o distúrbio apresenta resposta clínica a esteroides e melhorar os sintomas.[23]

A melhora clínica durante ou logo após corticosteroides confirma uma MT inflamatória responsiva a esteroides na maioria dos casos, embora deva ser considerada a possibilidade de linfoma do sistema nervoso central, que também responde aos corticosteroides.[23]

Nesse momento, a avaliação pode mudar de diagnóstico para avaliação de risco de MT recorrente, distúrbio do espectro de neuromielite óptica ou esclerose múltipla.

Resultado

melhora clínica e radiológica na mielite inflamatória

biópsia da medula espinhal

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A biópsia deve ser considerada em pacientes com MT grave com ausência de melhora, ou uma lesão que aumentou apesar dos corticosteroides empíricos.[23] A biópsia pode permitir a diferenciação entre MT inflamatória e doença granulomatosa (sarcoidose), linfoma ou outra neoplasia.

Resultado

confirma mielopatia inflamatória ou diagnóstico específico

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