Critérios

Transverse Myelitis Consortium Working Group (grupo de trabalho do consórcio da mielite transversa)[1][23]

Critérios de inclusão:

  • Desenvolvimento de disfunção autonômica, sensorial ou motora atribuível à medula espinhal

  • Sinais e/ou sintomas bilaterais (embora não necessariamente simétricos)

  • Nível sensorial claramente definido

  • Exclusão de etiologia compressiva extra-axial por neuroimagem (ressonância nuclear magnética [RNM] ou mielotomografia por tomografia computadorizada [TC])

  • Inflamação da medula espinhal demonstrada por pleocitose do líquido cefalorraquidiano, índice de imunoglobulina G (IgG) elevado ou realce do gadolínio na RNM

  • Progressão para nadir entre 4 horas e 21 dias após o início dos sintomas.

Critérios de exclusão:

  • História de radiação prévia na coluna vertebral nos últimos 10 anos

  • Clara distribuição arterial consistente com trombose da artéria espinhal anterior.

  • Ausências de fluxo anormais na superfície da medula espinhal consistentes com fístula arteriovenosa dural

  • Evidências clínicas ou sorológicas de doença do tecido conjuntivo

  • Manifestações de sífilis do sistema nervoso central, doença de Lyme, vírus da imunodeficiência humana (HIV), vírus linfotrópico de células T humanas tipo 1, Mycoplasma, outra infecção viral

  • Anormalidades na RNM cranioencefálica sugestivas de esclerose múltipla (EM)

  • História de neurite óptica clinicamente aparente.

Critérios para diagnóstico de distúrbio do espectro da neuromielite óptica[74]

Características clínicas principais

  1. Neurite óptica

  2. Mielite aguda

  3. Síndrome da área postrema: episódio de soluços ou náuseas e vômitos inexplicáveis

  4. Síndrome de lesão aguda do tronco encefálico

  5. Narcolepsia sintomática ou síndrome clínica diencefálica aguda acompanhada de lesões diencefálicas típicas do distúrbio do espectro da neuromielite óptica na RNM

  6. Síndrome cerebral sintomática acompanhada de lesões cerebrais típicas do distúrbio do espectro da neuromielite óptica

Critérios de diagnóstico para distúrbio do espectro da neuromielite óptica na presença de imunoglobulina G antiaquaporina-4 (AQP4-IgG)

  1. Pelo menos 1 característica clínica principal

  2. Teste positivo para AQP4-IgG usando o melhor método de detecção disponível (ensaio baseado em células fortemente recomendado)

  3. Exclusão de diagnósticos alternativos

Critérios de diagnóstico para distúrbio do espectro da neuromielite óptica na ausência de imunoglobulina G antiaquaporina-4 (AQP4-IgG) ou status AQP4-IgG desconhecido

  1. Pelo menos 2 características clínicas principais ocorrendo como resultado de um ou mais ataques clínicos e atendendo aos seguintes requisitos:

    • Pelo menos 1 característica clínica principal deve ser neurite óptica, mielite aguda com mielite transversa extensiva longitudinalmente, ou síndrome da área postrema

    • Disseminação no espaço (2 ou mais características clínicas principais diferentes)

    • Preenchimento dos requisitos de RNM adicionais, conforme aplicável

  2. Teste(s) negativo(s) para AQP4-IgG usando o melhor método de detecção disponível, ou teste indisponível

  3. Exclusão de diagnósticos alternativos

Requisitos de RNM adicionais para distúrbio do espectro da neuromielite óptica na ausência de imunoglobulina G antiaquaporina-4 (AQP4-IgG) e distúrbio do espectro da neuromielite óptica com status AQP4-IgG desconhecido

  1. Neurite óptica aguda: requer RNM cranioencefálica mostrando a) achados normais ou apenas lesões inespecíficas da substância branca; ou b) RNM do nervo óptico com lesão hiperintensa em T2 ou lesão realçada com gadolínio ponderada em T1 se estendendo sobre >1/2 do comprimento do nervo óptico ou envolvendo o quiasma óptico

  2. Mielite aguda: requer lesão associada na RNM intramedular se estendendo por >3 segmentos contíguos (mielite transversa extensiva longitudinalmente) ou >3 segmentos contíguos de atrofia focal da medula espinhal em pacientes com história pregressa compatível com mielite aguda

  3. Síndrome da área postrema: requer lesões associadas da medula dorsal/área postrema

  4. Síndrome de lesão aguda do tronco encefálico: requer lesões periependimárias associadas do tronco encefálico

Critérios de diagnóstico para esclerose múltipla de McDonald revisados em 2017[75]

[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Os critérios para o diagnóstico de esclerose múltipla de McDonaldCriados utilizando dados de Thompson AJ, et al. Lancet Neurol 2018;17:162–73 [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@74908c7e

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