Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

anastomose jejunoileocólica

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1ª linha – 

reidratação e dieta oral

Quando os pacientes ficarem com sede, eles devem ser incentivados a tomar uma solução de reidratação oral (SRO) em vez de água, suco ou bebidas esportivas.[16][37][38]

Os pacientes devem ser encorajados a comer 2 a 3 vezes a quantidade de calorias consumidas antes de adquirir a SIC.

Os pacientes devem ser estimulados a comer uma dieta rica em carboidratos complexos, amido e fibras solúveis, e pobre em oxalato.[4][27] Alimentos contendo lactose são uma rica fonte de cálcio e devem ser estimulados, a menos que o paciente seja intolerante à lactose, ou caso tenha sido submetido a uma ressecção jejunal maciça.[39]

Os pacientes com má absorção dos sais biliares podem se beneficiar de uma dieta rica em triglicerídeos de cadeia média (TCM) ou podem usar suplementos de TCM.

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associado a – 

tratamento antidiarreico

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Um medicamento antidiarreico é necessário para controlar as perdas de fluidos.[4]

As opções incluem loperamida, difenoxilato/atropina, codeína, tintura de ópio, octreotida ou clonidina.

A clonidina produz efeitos colaterais de hipotensão e efeitos centrais como torpor.

A octreotida desacelera o trânsito intestinal e inibe a adaptação intestinal. Ela precisa ser administrada por via subcutânea ou intravenosa. Logo, ela deve ser usada somente se outros agentes falharem em controlar a diarreia devido aos possíveis efeitos adversos na adaptação intestinal e na motilidade da vesícula biliar.

Opções primárias

loperamida: 2 mg por via oral quatro vezes ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 16 mg/dia

ou

difenoxilato/atropina: 2.5 mg por via oral quatro vezes ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia

Mais

Opções secundárias

fosfato de codeína: 15-60 mg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 240 mg/dia

ou

tintura de ópio: 15 gotas por via oral quatro vezes ao dia, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mL/dia

Opções terciárias

clonidina transdérmica: adesivo de 0.1 mg/24 horas uma vez por semana

ou

clonidina: 0.1 a 0.6 mg por via oral duas vezes ao dia

ou

octreotida: 100-1500 microgramas/dia por via subcutânea administrados em 2-4 doses fracionadas

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associado a – 

suplementação de cálcio

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Indicada para todos os pacientes, a fim de manter o nível de cálcio normal e proteger contra a osteoporose.

Opções primárias

carbonato de cálcio: 1-2 g/dia por via oral administrados em 3-4 doses fracionadas

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Considerar – 

suporte com nutrição parenteral (NP) com subsequente desmame

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os pacientes requerem suporte com NP caso a nutrição adequada não seja atingida somente com dieta oral. Isso é mais comum em pacientes com intestino residual ≤100 cm (ou ≤150 cm se o cólon for parcialmente removido). Os pacientes com anastomose jejunoileocólica têm as maiores probabilidades de desmame da NP.[4]

Inicialmente, a NP é administrada em um período de 24 horas, e o tempo de alimentação é gradualmente condensado a um cronograma de alimentação noturna de 10 a 12 horas (geralmente em incrementos de 2 horas quando a taxa de infusão é aumentada e a duração da infusão é diminuída).

As instruções de segurança do cateter são essenciais para a prevenção de complicações, como a sepse associada ao cateter e a trombose venosa.

Atinge-se o desmame aumentando gradativamente a ingestão oral em alimentações pequenas e frequentes, conforme tolerado. O objetivo é consumir 2 a 3 vezes a ingestão calórica oral normal. Isso é acompanhado de: ajuste correspondente da frequência e do conteúdo da NP; monitoramento dos estados hídrico e nutricional; controle da diarreia; e uso de soluções de reidratação oral.

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Considerar – 

inibidor da bomba de prótons

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Necessário por 6 meses após a cirurgia inicial para controlar a hipersecreção gástrica.[2][4][42][43][44][45][46]

Uma cirurgia menos extensa, como ressecções segmentais pequenas para doença de Crohn, pode não causar hipersecreção gástrica, e a terapia pode não ser necessária nesses casos.

Podem induzir diarreia em alguns pacientes, portanto pode ser útil monitorar os volumes de diarreia antes e depois do início do tratamento.

Opções primárias

omeprazol: 40 mg por via oral duas vezes ao dia

ou

lansoprazol: 15-30 mg por via oral uma ou duas vezes ao dia

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Considerar – 

reposição de eletrólitos, vitaminas e micronutrientes

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os pacientes são examinados regularmente quanto às deficiências de eletrólitos e vitaminas para orientar a suplementação, inclusive vitaminas A, piridoxina (B6), B12, D, E e K, cobre, zinco e selênio.

As deficiências das vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K) são as deficiências de vitamina encontradas mais comumente; a absorção das vitaminas hidrossolúveis é preservada.

A suplementação de potássio, magnésio, bicarbonato e fósforo também deve ser fornecida conforme necessário.

Deve-se tomar cuidado com suplementos de magnésio oral, já que eles podem induzir diarreia e piorar a absorção. O gluconato de magnésio é preferido, já que pode resultar em menos diarreia que outras fórmulas.

Geralmente, os pacientes com ressecção do íleo terminal superior a 60 cm desenvolvem deficiência de vitamina B12.

anastomose jejunoileal com ressecção total do cólon

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1ª linha – 

nutrição parenteral (NP) com reidratação oral

Inicialmente, a NP é administrada em um período de 24 horas, e o tempo de alimentação é gradualmente condensado a um cronograma de alimentação noturna de 10 a 12 horas (geralmente em incrementos de 2 horas quando a taxa de infusão é aumentada e a duração da infusão é diminuída) para permitir que o paciente fique livre da bomba de infusão durante o dia.

Instruções sobre os cuidados adequados com o cateter são essenciais para a prevenção de complicações, como a sepse do cateter e trombose venosa.

Quando os pacientes ficarem com sede, eles devem ser incentivados a tomar uma solução de reidratação oral em vez de água, suco ou bebidas esportivas.[16][37][38]

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associado a – 

tratamento antidiarreico

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Um medicamento antidiarreico é necessário para controlar as perdas de fluidos.[4]

As opções incluem loperamida, difenoxilato/atropina, codeína, tintura de ópio ou octreotida.

A clonidina produz efeitos colaterais de hipotensão e efeitos centrais como torpor.

A octreotida desacelera o trânsito intestinal e inibe a adaptação intestinal. Ela precisa ser administrada por via subcutânea ou intravenosa. Logo, ela deve ser usada somente se outros agentes falharem em controlar a diarreia devido aos possíveis efeitos adversos na adaptação intestinal e na motilidade da vesícula biliar.

Opções primárias

loperamida: 2 mg por via oral quatro vezes ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 16 mg/dia

ou

difenoxilato/atropina: 2.5 mg por via oral quatro vezes ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia

Mais

Opções secundárias

fosfato de codeína: 15-60 mg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 240 mg/dia

ou

tintura de ópio: 15 gotas por via oral quatro vezes ao dia, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mL/dia

Opções terciárias

octreotida: 100-1500 microgramas/dia por via subcutânea administrados em 2-4 doses fracionadas

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associado a – 

suplementação de cálcio

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Indicada para todos os pacientes, a fim de manter o nível de cálcio normal e proteger contra a osteoporose.

Opções primárias

carbonato de cálcio: 1-2 g/dia por via oral administrados em 3-4 doses fracionadas

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inibidores da bomba de prótons

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Necessários por 6 meses após a cirurgia inicial para controlar a hipersecreção gástrica.[2][4][42][43][44][45][46]

Cirurgias menos extensas, como ressecções segmentais pequenas para doença de Crohn, podem não causar hipersecreção gástrica, e a terapia não é requerida nesses casos.

Podem induzir diarreia em alguns pacientes, portanto pode ser útil monitorar os volumes de diarreia antes e depois do início do tratamento.

Opções primárias

omeprazol: 40 mg por via oral duas vezes ao dia

ou

lansoprazol: 15-30 mg por via oral uma ou duas vezes ao dia

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reposição de eletrólitos, vitaminas e micronutrientes

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os pacientes são examinados regularmente quanto às deficiências de eletrólitos e vitaminas para orientar a suplementação, inclusive vitaminas A, piridoxina (B6), B12, D, E e K, cobre, zinco e selênio.

As deficiências das vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K) são as deficiências de vitamina encontradas mais comumente nesse grupo de pacientes; a absorção das vitaminas hidrossolúveis é preservada. O risco de deficiência de vitamina K aumenta ainda mais devido à perda da flora bacteriana colônica, que pode sintetizar a vitamina K.

A suplementação de potássio, magnésio, bicarbonato e fósforo também deve ser fornecida conforme necessário.

Deve-se tomar cuidado com suplementos de magnésio oral, já que eles podem induzir diarreia e piorar a absorção. O gluconato de magnésio é preferido, já que pode resultar em menos diarreia que outras fórmulas.

Geralmente, os pacientes com ressecção do íleo terminal superior a 60 cm desenvolvem deficiência de vitamina B12.

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nutrição oral com desmame da nutrição parenteral (NP)

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

O desmame da NP pode ser viável em pacientes com intestino delgado residual >100 cm e é obtido pelo aumento gradativo da ingestão oral em porções pequenas e frequentes, conforme tolerado. O objetivo é consumir 2 a 3 vezes a ingestão calórica oral normal anterior à ressecção. Isso é acompanhado de: ajuste correspondente da frequência e do conteúdo da NP; monitoramento dos estados hídrico e nutricional; controle da diarreia; e uso de soluções de reidratação oral.

jejunostomia terminal ou duodenostomia

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reanastomose do cólon

Deve-se realizar uma reanastomose primária do intestino delgado com o cólon em todos os pacientes a fim de permitir que o intestino se beneficie da função do cólon na absorção de fluidos e nutrientes. Isso aumenta muito as chances do paciente desmamar da nutrição parenteral (NP).

É provável que os pacientes fiquem dependentes de NP caso a reanastomose do cólon não seja possível.

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suporte com nutrição parenteral (NP) e reidratação oral

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os pacientes necessitam de suporte com NP total pelos primeiros 7 a 10 dias após a cirurgia, após os quais deve-se iniciar suporte com NP parcial em combinação com dieta oral. Os pacientes com intestino delgado residual >100 cm (ou >150 cm se o cólon for parcialmente removido) podem ser transferidos para a dieta oral com relativa rapidez, enquanto aqueles com intestino delgado residual ≤100 cm (ou ≤150 cm, se o cólon for parcialmente removido) podem precisar de NP por mais tempo. A ingestão alimentar pode precisar ser diminuída para controlar as perdas fecais.

Instruções sobre os cuidados adequados com o cateter são essenciais para a prevenção de complicações, como a sepse do cateter e trombose venosa.

Quando os pacientes ficarem com sede, eles devem ser incentivados a tomar uma solução de reidratação oral (SRO) em vez de água, suco ou bebidas esportivas.[16][37][38]

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associado a – 

tratamento antidiarreico

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Um medicamento antidiarreico é necessário para controlar as perdas de fluidos.[4]

As opções incluem loperamida, difenoxilato/atropina, codeína, tintura de ópio ou octreotida.

A octreotida desacelera o trânsito intestinal e inibe a adaptação intestinal. Ela precisa ser administrada por via subcutânea ou intravenosa. Logo, ela deve ser usada somente se outros agentes falharem em controlar a diarreia devido aos possíveis efeitos adversos na adaptação intestinal e na motilidade da vesícula biliar.

Opções primárias

loperamida: 4 mg por via oral quatro vezes ao dia

ou

difenoxilato/atropina: 5 mg por via oral quatro vezes ao dia

Mais

Opções secundárias

fosfato de codeína: 15-60 mg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 240 mg/dia

ou

tintura de ópio: 15 gotas por via oral quatro vezes ao dia, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mL/dia

Opções terciárias

octreotida: 100-1500 microgramas/dia por via subcutânea administrados em 2-4 doses fracionadas

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associado a – 

suplementação de cálcio

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Indicada para todos os pacientes, a fim de manter o nível de cálcio normal e proteger contra a osteoporose.

Opções primárias

carbonato de cálcio: 1-2 g/dia por via oral administrados em 3-4 doses fracionadas

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Considerar – 

inibidores da bomba de prótons

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Necessário por 6 meses após a cirurgia inicial para controlar a hipersecreção gástrica.[2][4][42][43][44][45][46]

Podem induzir diarreia em alguns pacientes, portanto pode ser útil monitorar os volumes de diarreia antes e depois do início do tratamento.

Opções primárias

omeprazol: 40 mg por via oral duas vezes ao dia

ou

lansoprazol: 15-30 mg por via oral uma ou duas vezes ao dia

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reposição de eletrólitos, vitaminas e micronutrientes

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os pacientes são examinados regularmente quanto às deficiências de eletrólitos e vitaminas para orientar a suplementação, inclusive vitaminas A, tiamina (B1), piridoxina (B6), folato (B9), B12, D, E e K, cobre, zinco e selênio.

Esse grupo de pacientes pode desenvolver deficiências de vitaminas lipossolúveis e hidrossolúveis.

A suplementação de ferro, potássio, magnésio, bicarbonato e fósforo também deve ser fornecida conforme necessário.

Deve-se tomar cuidado com suplementos de magnésio oral, já que eles podem induzir diarreia e piorar a absorção. O gluconato de magnésio é preferido, já que pode resultar em menos diarreia que outras fórmulas.

Geralmente, pacientes com ressecção do íleo terminal >60 cm desenvolvem deficiência de vitamina B12.

CONTÍNUA

todos os pacientes

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1ª linha – 

reposição de eletrólitos, vitaminas e micronutrientes

Os pacientes são examinados regularmente quanto às deficiências de eletrólitos e vitaminas para orientar a suplementação, inclusive vitaminas A, tiamina (B1), piridoxina (B6), folato (B9), B12, D, E e K, cobre, zinco e selênio.

Geralmente indica-se a suplementação de cálcio em todos os pacientes para proteger contra a osteoporose.

Opções primárias

carbonato de cálcio: 1-2 g/dia por via oral administrados em 3-4 doses fracionadas

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NP de longa duração

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os pacientes que não puderem ser desmamados irão requerer uma NP de longa duração. Eles devem ser cuidadosamente monitorados quanto a complicações como insuficiência hepática.

Pacientes com anastomose jejunoileocólica têm mais probabilidade de desmame da NP. É quase certo que pacientes com anastomose jejunoileal, com ressecção total do cólon e com intestino residual ≤100 cm, serão dependentes de NP, bem como os pacientes nos quais não for realizada uma reanastomose primária com o cólon. Instruções sobre os cuidados adequados com o cateter são essenciais para a prevenção de complicações, como a sepse do cateter e trombose venosa.

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teduglutida

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Análogo humano do peptídeo semelhante ao glucagon 2 (GLP-2) que mostrou melhorar a absorção intestinal e reduzir a necessidade de nutrição parenteral (NP) em pacientes dependentes de NP com SIC.[28][29]

Pode-se tentar o desmame após 4 semanas de tratamento com teduglutida. Se o desmame for bem-sucedido será necessário tratamento contínuo por toda a vida. No entanto, há incertezas quanto à dosagem de manutenção ideal.

Há risco de aceleração do crescimento neoplásico com a teduglutida. A neoplasia do intestino delgado foi constatada em estudos com animais, e há risco teórico de câncer colorretal em seres humanos.[30] Portanto, pacientes com cólon intacto precisam de fazer uma colonoscopia antes de iniciar o tratamento e, depois disso, em intervalos regulares durante o tratamento (pelo menos, a cada 5 anos). Deve-se descontinuar o tratamento em pacientes com malignidade gastrointestinal, tendo cautela em pacientes com malignidade não gastrointestinais.

Opções primárias

teduglutida (recombinante): 0.05 mg/kg por via subcutânea uma vez por dia em quadrantes alternados do abdome, coxas ou braços

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cirurgia de alongamento/estreitamento intestinal

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A cirurgia de alongamento/estreitamento intestinal baseada no procedimento de Bianchi ou na enteroplastia transversa seriada [STEP] pode ser realizada para ajudar na adaptação intestinal e no desmame de pacientes dependentes de nutrição parenteral (NP) com segmentos intestinais dilatados.

Os critérios de inclusão incluem: diâmetro intestinal >3 cm; comprimento do intestino delgado residual >40 cm com ≥20 cm de intestino delgado dilatado; dependência de NP; e ausência de doença hepática, doença de Crohn e enterite por radiação.

O procedimento de Bianchi usa um segmento imóvel do intestino delgado, realiza uma transecção do segmento e reconecta as metades pelas extremidades, dobrando, assim, o comprimento do intestino e ajudando na motilidade.

O procedimento STEP envolve a aplicação de grampos lineares ao longo do intestino delgado em direções alternadas e opostas, a fim de dividir de forma incompleta o intestino dilatado. O efeito é o mesmo do procedimento de Bianchi, mas, tecnicamente, é de mais fácil realização, com a vantagem de evitar a formação de estenoses pós-operatórias.[36]

Não há nenhum ensaio clínico randomizado e controlado que tenha comparado o procedimento de Bianchi com a STEP; logo, não se sabe ao certo qual procedimento é superior.

Pacientes com SIC e dilatação de segmentos do intestino podem apresentar supercrescimento bacteriano no intestino. Se persistente, é preciso tratá-lo antes da realização da cirurgia de alongamento/estreitamento do intestino.

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ajustar a composição da NP

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Considera-se que os pacientes não estão respondendo à terapia de NP caso apresentem um ou mais dos seguintes fatores: insuficiência hepática iminente ou evidente, pelo menos 2 tromboses nos principais canais venosos centrais, sepses frequentes relacionadas ao acesso venoso central, ou depleção de volume grave e frequente.[15]

A composição da NP deve ser ajustada em pacientes que desenvolvem doença hepática associada à insuficiência intestinal (DHAII). Deve-se evitar o excesso de alimentação com dextrose (>40 kcal/kg/dia) e reduzir a administração de lipídios intravenosos para menos de 1.0 g/kg/dia, se possível.[2] No entanto, as emulsões lipídicas intravenosas a base de óleo de soja devem continuar fornecendo pelo menos 4% a 8% da energia total. Isso geralmente requer uma redução da ingestão total de calorias, já que se deve evitar o excesso de alimentação. Emulsões lipídicas alternativas, contendo óleo de peixe ou uma combinação de óleo de peixe e de oliva, podem ser usadas como fonte de energia em pacientes com DHAII.[31][32]

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transplante de intestino ± transplante de fígado

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Pode-se considerar o transplante intestinal caso não haja melhora clínica após o ajuste da nutrição parenteral (NP), ou se a NP falhar em razão de trombose recorrente dos canais venosos centrais ou depleção de volume frequente e grave.

O transplante intestinal está associado a um risco de morbidade e mortalidade e, portanto, deve ser considerado uma terapia de resgate e não uma opção terapêutica.

Os pacientes com insuficiência hepática em estágio terminal após insuficiência intestinal de longa duração precisarão de transplante combinado de intestino e de fígado.

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