Complicações
O uso de antibióticos de amplo espectro pode resultar no supercrescimento fúngico, que pode se manifestar com febre persistente ou recorrente apesar da administração de antibióticos de amplo espectro. Febre persistente ou recorrente durante tratamento com antibióticos indica necessidade de culturas fúngicas e testes sorológicos, juntamente com exames de imagem por tomografia computadorizada e consideração de tratamento empírico com agentes antifúngicos.
A mortalidade por neutropenia febril diminui para menos de 10% entre os pacientes de alto risco que recebem antibióticos imediatamente.[12]
A mortalidade em pacientes de baixo risco é de 1% a 2%.[77]
O risco de mortalidade é maior em pacientes que apresentam hipotensão e infecção documentada na corrente sanguínea (de até 24% a 82%).[92][93][94] Também é elevada em pacientes com pneumonia, câncer não controlado, infecções polimicrobianas e idade avançada.[95][96][97]
O uso de antibióticos de amplo espectro pode resultar no desenvolvimento de colite por C difficile, que pode ser transitória ou tornar-se um problema continuado em decorrência de imunossupressão repetida. Deve ser suspeitada em pacientes que recebem antibióticos ou com história de exposição a antibióticos que apresentam diarreia volumosa associada a dor em cólica, febre e leucocitose.
O uso de antibióticos empíricos de amplo espectro pode resultar em colonização e/ou infecção por organismos resistentes a múltiplos medicamentos (MRSA, enterococos resistentes à vancomicina, produtores de beta-lactamase de espectro estendido, Enterobacterales resistentes ao carbapeném). Deve-se suspeitar de infecções resistentes a múltiplos medicamentos se o paciente apresentar febres recorrentes ou persistentes durante o tratamento com antibióticos. As culturas com dados sobre suscetibilidade são o padrão ouro para o diagnóstico.
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