Investigações
Investigações a serem consideradas
exclusão temporária da proteína do leite de vaca
Exame
O leite de vaca deve ser excluído da dieta do lactente por 2 a 4 semanas. A fórmula extensivamente hidrolisada é usada para os lactentes alimentados com fórmula. A mãe elimina a proteína do leite de vaca de sua dieta se o lactente estiver em aleitamento materno.
Em geral, os sintomas melhoram consideravelmente em até 2 semanas se o diagnóstico estiver correto.
A falha em responder à modificação alimentar deve indicar reconsideração do diagnóstico original.
Resultado
intolerância alimentar: melhora dos sintomas com uma nova alimentação, recorrência dos sintomas quando o leite de vaca é reintroduzido
estudo do pH esofágico por 24 horas
Exame
Útil para correlacionar o refluxo gastroesofágico com os sintomas, embora a precisão dependa do relato dos pais.[35] Deve ser considerado nos pacientes com problemas neurológicos ou neuromusculares associados, pacientes com sintomas graves e pacientes que não tiverem apresentado resposta a medicamentos antirrefluxo.[36][35] Como teste para DRGE, tem sensibilidade de 50% e especificidade de 82%.[35]
A avaliação inicial deve ser realizada quando o medicamento antirrefluxo não estiver sendo administrado.
Não detecta episódios de refluxo com pH >4, que são comuns em lactentes, principalmente em lactentes prematuros.[15][35]
Resultado
DRGE: um episódio de refluxo gastroesofágico ocorre quando o pH esofágico é <4 por 15-30 segundos; o índice de refluxo (porcentagem de tempo com pH esofágico <4) é <12% em lactentes normais
estudo do trato gastrointestinal superior com contraste
Exame
Usado para confirmar ou descartar anormalidades anatômicas.[35]
Resultado
possível anatomia anormal (por exemplo, fístula, bolsa, estenose, hérnia de hiato, compressão extrínseca do esôfago, má rotação); evidência de aspiração, evidência de refluxo com fluxo retrógrado para o esôfago a partir do estômago
medida da impedância esofágica
Exame
Detecta episódios de refluxo líquido ou gasoso monitorando a dilatação do esôfago distal. O monitoramento da impedância pode detectar refluxo não gastroesofágico (pH ≥4).[35]
Deve ser considerado em pacientes com problemas neurológicos ou neuromusculares associados.[36]
Pode ser usado especialmente na detecção de refluxo em lactentes prematuros e muito pequenos cuja alimentação é frequente e o refluxo não ácido é mais comum.[15]
Disponível em centros especializados.
Resultado
DRGE: um episódio de refluxo corresponde a uma queda na impedância para <50% da basal, começando no esôfago distal e deslocando-se progressivamente em direção à boca
radiografia torácica
videofluoroscopia da deglutição
Exame
Para fornecer imagens dinâmicas das fases oral, faríngea e esofágica superior da deglutição.[8] Mais útil para definir a fisiologia faríngea.[25]
Pode fornecer informações sobre a resistência e coordenação dos músculos na orofaringe.
Pode detectar aspiração, deve ser interpretada em relação ao momento da deglutição.[8]
Não permite um estudo completo da anatomia esofágica, que será melhor observada em um estudo com contraste do trato gastrointestinal superior.[8]
Envolve exposição à radiação.
Em geral, disponível somente em centros de atenção terciária ou com fonoaudiólogos especialistas.
Resultado
possível fase faríngea da deglutição anormal
avaliação da deglutição por endoscopia de fibra óptica com teste sensorial
Exame
Pode ser útil para determinar a função da deglutição, principalmente os eventos em torno da parte faríngea da deglutição.
Não há exposição à radiação. Não fornece visualização da fase oral da deglutição porque o acesso do endoscópio é por via transnasal.[8][25]
Não disponível em todos os hospitais.
Resultado
possíveis massas anormais ou secreções na faringe e no vestíbulo laríngeo; presença de material aspirado pode ser observada abaixo das pregas vocais
endoscopia digestiva alta com biópsia
Exame
Para avaliar a presença de esofagite, estenoses esofágicas e redes.
Distingue entre DRGE e a esofagite eosinofílica, que é menos comum (associada à atopia e alergia alimentar).[8][35] Biópsias devem ser realizadas, pois o endotélio pode parecer normal macroscopicamente.[35][60]
A endoscopia digestiva alta e biópsia deve ser considerada para as crianças com DRGE se houver aversão à alimentação e história de regurgitação, ou se houver deficit de peso persistente.[36]
Pode diagnosticar doença celíaca após uma transglutaminase tecidual positiva.
Resultado
esofagite eosinofílica: alterações inflamatórias da mucosa esofágica, com infiltrado predominantemente eosinofílico; DRGE: linhas vermelhas verticais na porção distal do esôfago; doença celíaca: atrofia vilosa e hiperplasia da cripta
exame radioalergoadsorvente (RAST) para proteína do leite de vaca
Exame
Pode dar suporte ao diagnóstico de alergia à proteína do leite de vaca, mas um resultado positivo não necessariamente significa que um lactente será sintomático.[42]
Resultado
alergia à proteína do leite de vaca: um resultado positivo corrobora o diagnóstico clínico
tentativa de dieta sem lactose
Exame
A intolerância à lactose geralmente é diagnosticada com a realização de uma tentativa terapêutica de alimentação sem lactose.
Resultado
intolerância à lactose: melhora dos sintomas com dieta
substâncias redutoras nas fezes
Exame
Uma amostra fecal recente será positiva para açúcares redutores nas fezes em pacientes com intolerância à lactose. Requer uma amostra fecal recente, pois os açúcares se degradam após 2-4 horas.
Resultado
intolerância à lactose: positiva
anticorpos antitransglutaminase tecidual (tTG) e imunoglobulina A total
Exame
Para rastrear doença celíaca quando houver suspeita clínica.[50]
Um falso-negativo pode ocorrer com níveis baixos de imunoglobulina A (IgA) (observados em 2% das crianças sintomáticas com doença celíaca). Se os níveis totais de IgA estiverem baixos, um teste baseado em IgG deve ser realizado.[50][61]
Resultado
doença celíaca: IgA contra tTG positiva
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