Critérios
Critérios diagnósticos de Roma IV para distúrbios gastrointestinais funcionais[62]
Desenvolvidos para a síndrome do intestino irritável, os critérios de Roma III fornecem um sistema para diagnosticar distúrbios gastrointestinais funcionais pelos sintomas. Nem todos os critérios são aplicáveis aos lactentes.
G1. Regurgitação em lactentes (deve incluir os dois itens seguintes em lactentes saudáveis com 3 semanas a 12 meses de idade):
Regurgitação ≥2 vezes por dia por ≥3 semanas
Ausência de esforço para vomitar, hematêmese, aspiração, apneia, retardo do crescimento pôndero-estatural, dificuldades de alimentação ou deglutição, ou postura anormal.
G4. Cólica infantil (por razões clínicas, deve incluir todos os seguintes itens):
Um bebê com <5 meses de idade quando os sintomas começam e terminam
Períodos recorrentes e prolongados de choro, lamentação ou irritabilidade do bebê relatados pelo cuidador que ocorrem sem causa óbvia e que não podem ser evitados ou resolvidos pelo cuidador
Nenhuma evidência de retardo do crescimento pôndero-estatural, febre ou doença no bebê.
Foi proposto um termo diagnóstico unificado de "distúrbios alimentares pediátricos", utilizando a estrutura de classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde da Organização Mundial da Saúde.[1] Essa classificação descreve o efeito de um distúrbio alimentar nas funcionalidades da criança, unificando capacidades clínicas, nutricionais e alimentares, e as questões psicossociais associadas ao distúrbio, justificando a avaliação da doença subjacente e das limitações funcionais para orientar sobre os planos de cuidados ideal.
Os critérios propostos são:[1]
A. Alteração na ingestão oral de nutrientes, inadequada para a idade, que dura pelo menos 2 semanas e está associada a 1 ou mais dos seguintes fatores:
Disfunção clínica, conforme evidenciada por:
Comprometimento cardiorrespiratório durante a alimentação oral
Aspiração ou pneumonite por aspiração recorrentes
Disfunção nutricional, conforme evidenciada por:
Desnutrição
Deficiência de nutriente específico ou ingestão significativamente restrita de um ou mais nutrientes, resultante de menor diversidade alimentar
Dependência de alimentação enteral ou suplementos orais para manter a nutrição e/ou a hidratação
Disfunção da capacidade alimentar, conforme evidenciada por:
Necessidade de modificação da textura do líquido ou alimento
Uso de posição de alimentação modificada ou de equipamento
Uso de estratégias de alimentação modificadas
Disfunção psicossocial, conforme evidenciada por:
Comportamentos evitativos ativos ou passivos pela criança ao se alimentar ou ser alimentada
Manejo inadequado do cuidador em relação às necessidades alimentares e/ou nutricionais da criança
Perturbação da função social no contexto alimentar
Perturbação da relação entre cuidador e criança associada à alimentação
B. A ausência de processos cognitivos consistentes com distúrbios alimentares e padrões de ingestão oral não ocorre por falta de alimento ou de acordo com as normas culturais.
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