Caso clínico

Caso clínico #1

Um menino de 3 meses é trazido à clínica pela mãe. Ela relata história de vômitos após a alimentação, associada a caretas faciais, arqueamento das costas e do pescoço e irritabilidade. Não há história de febre, erupção cutânea ou torpor. Esses sintomas a preocupam há 6 semanas. O lactente apresenta um exame físico normal, incluindo avaliação de neurodesenvolvimento normal, e está seguindo o 25º percentil para peso, comprimento e perímetro cefálico.

Caso clínico #2

Uma menina de 10 meses de idade come uma variedade muito limitada de alimentos e, com frequência, recusa completamente os alimentos. Seu peso caiu do nono para o segundo percentil. Seus pais relatam que o momento das refeições é muito estressante. Ela nasceu prematura, com 27 semanas de gestação, e foi intubada e ventilada na unidade de terapia intensiva neonatal. Ela recebeu alimentação enteral por meio de sonda nasogástrica por muitas semanas.

Outras apresentações

As outras manifestações possíveis de distúrbios alimentares em lactentes podem incluir esforço para vomitar, regurgitação ou vômitos do alimento; dor abdominal (por exemplo, como um sintoma de cólica); caretas e mudanças de postura após a alimentação (por exemplo, arqueamento do pescoço para trás, virar a cabeça evitando o alimento); irritabilidade ou falta de vivacidade durante a alimentação; recusa de alimento ou líquido; alimentação lenta; tosse, sufocamento ou reflexo faríngeo ao se alimentar; sialorreia ou dificuldade na mastigação ou deglutição; dificuldade em coordenar respiração com alimentação; infecções torácicas recorrentes ou sibilância; ou sintomas de alergia alimentar, incluindo erupções cutâneas, rinite, diarreia e constipação. Eventos com aparente risco de vida ocasionalmente são associados à regurgitação recorrente.

O deficit no crescimento pode ser uma consequência de longo prazo de um distúrbio alimentar de qualquer etiologia.

As manifestações adicionais de distúrbios alimentares mais comumente observados em lactentes prematuros, principalmente naqueles nascidos com restrição do crescimento intrauterino, incluem intolerância alimentar com má absorção do alimento e volume elevado de aspirados da sonda nasogástrica; apneias recorrentes, bradicardias e dessaturações (uma relação temporal com a alimentação pode não ser evidente); distensão abdominal; ou sequelas decorrentes de enterocolite necrosante (por exemplo, ressecção intestinal resultando em formação de estoma ou síndrome do intestino curto).

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