Prevenção primária

A política de prevenção primária geralmente procura fortalecer as dinâmicas familiares e inclui programas intensos de visitas em domicílio com treinamento dos pais e outros programas de educação dos pais.[6][42][43][44][45][46][47][48] Modelos de prevenção de atenção primária, que se concentram em melhorar a educação dos pais e reduzir os maus-tratos à criança, mostraram ser eficazes em várias populações dos EUA.[49][50][51]​ Programas familiares específicos para a prevenção do traumatismo cranioencefálico infligido, envolvendo a exibição de vídeos educacionais em unidades neonatais e creches que incluem a concordância dos pais em não sacudir o bebê, também mostraram alguns benefícios nos EUA e no Japão.[52]​​[53][54]​ A Organização Mundial da Saúde identificou um grupo de estratégias que demonstraram sucesso na redução da violência contra crianças. WHO: seven strategies for ending violence against children. Opens in new window Campanhas de conscientização do público e de profissionais também podem ser benéficas.[55]

Não há evidências suficientes para dar suporte ao rastreamento universal para maus-tratos a crianças.[56] No entanto, um número crescente de proponentes apoia o uso de rastreamento da violência doméstica como uma ferramenta de rastreamento de maus-tratos a crianças, pois a taxa relatada de coocorrência de violência doméstica com abuso físico infantil varia de 22% a 67%.[13]

Prevenção secundária

A prevenção secundária envolve uma variedade de procedimentos de proteção à criança com o objetivo de prevenir a recorrência do abuso infantil. Exemplos incluem programas de treinamento parental para pais agressores e não agressores, programas para lidar com comportamentos parentais de alto risco (por exemplo, abuso de substâncias e violência doméstica) e serviços de saúde mental para os pais.[15]

Enquanto a legislação, como a comunicação obrigatória, varia entre países e entre estados nos EUA e na Austrália, o princípio superior de "supremacia" (ou seja, que o bem-estar da criança é fundamental) é universal. A maior parte da legislação sobre comunicação obrigatória requer que determinados cidadãos informem quando há preocupação razoável quanto à ocorrência de abuso infantil ou negligência. É solicitado aos médicos que compartilhem informações com outras agências e com a assistência social e órgãos de cumprimento da lei, para garantir que as necessidades da criança sejam atendidas e ela seja protegida contra lesões. Pode ser solicitado aos médicos o fornecimento de relatórios por escrito para uso em reuniões multidisciplinares, investigações policiais e tribunais civis ou criminais, e pode ser solicitado que compareçam ao tribunal como testemunhas (do fato ou como especialistas). O fornecimento de serviços de suporte à justiça criminal, junto com serviços clínicos e terapêuticos, pode ajudar a reduzir a recorrência do mesmo tipo de violência em curto prazo, bem como de sintomas de trauma. WHO: seven strategies for ending violence against children. Opens in new window

A prevenção terciária envolve o manejo de casos de abuso físico e pode envolver situações de cuidado alternativo para a criança.[178]

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