Caso clínico
Caso clínico #1
Um professor percebe que um menino de 6 anos de idade está com um olho roxo. Quando questionado sobre como a lesão ocorreu, o menino afirma que o padrasto o espancou. Ele é encaminhado ao serviço social e levado a um pediatra para avaliação adicional. No exame físico, ele tem um hematoma no aspecto externo da órbita esquerda. Em uma inspeção cuidadosa, há 2 hematomas lineares na bochecha esquerda que se estendem até a orelha, um hematoma no aspecto anterior e posterior da pina direita e 4 hematomas menores no aspecto externo na parte superior do braço. No questionamento mais atento, o menino declara que o padrasto o agarrou pelo braço e bateu em sua face por tê-lo perturbado enquanto assistia televisão. O menino também declara que há muitas discussões em casa, que seu padrasto é ameaçador e já espancou sua mãe e, se ele for desobediente, o padrasto agarra sua orelha e a torce até machucar.
Caso clínico #2
Um bebê de 5 meses é levado ao pronto-socorro por uma ambulância. A mãe declara que ele não está se alimentando e esteve irritável na últimas 24 horas. Ela afirma que o bebê vomitou todo o alimento oferecido e, posteriormente, ficou "azul" e pareceu parar de respirar, o que a fez chamar uma ambulância. No pronto-socorro o bebê parece letárgico, mas com resposta clínica. O exame físico não apresenta nada digno de nota, com exceção de um pequeno hematoma na bochecha direita e um freio (ou frênulo) rompido. A mãe está ansiosa em relação ao bebê. Ela tem 19 anos de idade e teve um bebê que morreu de SMSI anteriormente. Ela teve este bebê com seu segundo parceiro, o qual a deixou recentemente. O bebê é internado para observação e investigação. Registra-se uma escala de coma de Glasgow modificada de 8, e o bebê tem uma convulsão generalizada na enfermaria. O hemograma completo, as plaquetas, os exames de coagulação, o exame séptico e o perfil bioquímico estão normais. Observam-se hemorragias retinianas bilaterais extensas à oftalmologia indireta. A radiografia do esqueleto mostra fraturas nas costelas posteriores em processo de cura no lado esquerdo das costelas 7 a 10. Uma TC cranioencefálica mostra várias pequenas hemorragias subdurais ao longo da convexidade e na fissura inter-hemisférica, com lesão hipóxica-isquêmica difusa. Um diagnóstico de trauma cranioencefálico violento parece mais provável, e são feitos encaminhamentos para a polícia e para serviços sociais.
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