Monitoramento
O American College of Rheumatology (ACR) recomenda a vigilância da infecção no rastreamento da tuberculose (TB) antes de iniciar a terapia biológica e quando houver preocupação relativa à exposição a tuberculose. A exposição é ampla e inclui contato com alguém com tuberculose ativa, viagem a locais em que a tuberculose é endêmica, contato com indivíduos de alto risco (por exemplo, presidiários, visitantes que estiveram em áreas endêmicas para tuberculose) ou residência em comunidades com alta frequência de tuberculose. No entanto, em um cenário clínico urgente (isto é, na artrite idiopática juvenil sistêmica ativa e na síndrome de ativação de macrófagos), seria apropriado iniciar o tratamento imediatamente.[70]
Os pacientes geralmente são tratados ativamente por reumatologistas pediátricos até que a doença atinja remissão. Em remissão, podem ser acompanhados por profissionais de atenção primária.
A dieta deve ser otimizada e, quando necessário, suplementos de cálcio e vitamina D devem ser usados, principalmente se os pacientes estiverem tomando corticosteroides em longo prazo.[126]
Hemograma completo, creatinina sérica e enzimas hepáticas devem ser verificados a cada 3 a 4 meses durante o tratamento com metotrexato.[70] A elevação da aspartato aminotransferase ou alanina aminotransferase acima de 2 vezes o limite superior justifica a suspensão temporária do metotrexato, que pode ser reiniciado após a normalização dos níveis séricos das enzimas hepáticas.[59]
Ultrassonografia e ressonâncias nucleares magnéticas (RNMs) são úteis para monitorar a atividade das articulações que são de difícil avaliação clínica nos estágios iniciais (articulações temporomandibulares, subtalares e do quadril). Anormalidades sutis de crescimento podem ocorrer insidiosamente ao longo do tempo, de modo que é importante monitorar discrepância do comprimento das pernas, escoliose e assimetria da articulação temporomandibular.
Exames oftalmológicos regulares para sinais de uveíte anterior são essenciais. O ACR recomenda o rastreamento a cada 3 meses para crianças com alto risco de uveíte, e o rastreamento a cada 6 a 12 meses para crianças com menor risco.[123] As características de alto risco são artrite idiopática juvenil oligoaorticular, artrite idiopática juvenil poliarticular com fator reumatoide regativo, artrite psoriática, artrite não diferenciada com fator antinuclear positivo, idade inferior a 7 anos no início da artrite idiopática juvenil e duração de 4 anos ou menos da artrite idiopática juvenil.[123]
As diretrizes da British Society for Paedriatric and Adolescent Rheumatology afirmam que o rastreamento inicial deve ser realizado nas 6 semanas seguintes ao diagnóstico e, para aqueles com alto risco, a cada 2 meses por 6 meses. Quando os pacientes entram em remissão e são retirados do tratamento imunossupressor, o rastreamento deve ser recomeçado com intervalos de 2 meses por 6 meses antes de voltar aos arranjos prévios de rastreamento.[57]
O ACR recomenda testes laboratoriais iniciais antes de começar o tratamento, para todos os medicamentos.[70] Isso deve incluir hemograma completo com celularidade diferencial e teste da função hepática (por exemplo, alanina aminotransferase e aspartato aminotransferase), associados a testes da função renal (por exemplo, ureia, creatinina e urinálise) para pacientes tratados com metotrexato, sulfassalazina ou anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e perfil lipídico para pacientes tratados com tocilizumabe e tofacitinibe. Ele também recomenda o monitoramento laboratorial regular para detectar toxicidade da medicação e o risco de eventos adversos a medicamentos ou classes de medicamentos específicos. Caso uma criança receba >1 medicamento, recomenda-se um cronograma mais frequente de testes laboratoriais.[70]
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