História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco
Os pacientes com doença hepática em estágio terminal que apresentam encefalopatia hepática, cirrose descompensada, aumento no volume e/ou frequência da ascite ou sangramento gastrointestinal estão particularmente em alto risco.
Os pacientes que fizeram recentemente endoscopia terapêutica também correm risco.
A ascite maligna também carrega um risco, apesar de ser menos descrito que o risco em pacientes com doença hepática em estágio terminal.[78]
dor ou sensibilidade abdominal
sinais de ascite
Manobras clínicas para se detectar ascite incluem exame em busca de macicez no flanco, macicez móvel, onda de fluidos e percussão na ausculta.
As sensibilidades e especificidades desses sinais de ascite são amplamente variáveis. A percussão da parede abdominal é a mais sensível das manobras para ascite, com uma sensibilidade de 84%.[83]
náuseas/vômitos
Causada pela hipomotilidade intestinal e supercrescimento bacteriano associados à cirrose e PBE.
diarreia
Causada pela hipomotilidade intestinal e supercrescimento bacteriano associados à cirrose e PBE.
estado mental alterado
Em pacientes hospitalizados com encefalopatia hepática, houve uma prevalência de 18% de PBE em 1 série.[5]
Outros fatores diagnósticos
comuns
hipotermia
Sinais de sepse podem estar presentes.
hipotensão
Sinais de sepse podem estar presentes.
taquicardia
Sinais de sepse podem estar presentes.
Fatores de risco
Fortes
estado hepático descompensado (geralmente cirrose)
Em pacientes com cirrose avançada (episódios cada vez mais frequentes de ascite tensa, sangramento gastrointestinal, encefalopatia hepática), pode haver agravamento do supercrescimento bacteriano no intestino com aumento da disseminação hematogênica, bem como diminuição do conteúdo proteico ascítico e da atividade opsônica para combater a infecção.
proteínas/complemento ascíticos baixos
Um ensaio clínico randomizado e controlado por placebo demonstrou que pacientes com concentração total de proteínas ascíticas <15 g/L (<1.5 g/dL) apresentaram aumento do risco de desenvolvimento de PBE em comparação com os pacientes com concentração de proteínas mais elevada.[55] No entanto, estudos de coorte subsequentes não foram capazes de replicar esse achado.[56][57]
hemorragia digestiva
Fracos
ascite devido a malignidade, insuficiência renal ou insuficiência cardíaca congestiva
Não há estudos que descrevam que os pacientes com ascite causada por doença hepática em estágio terminal tenham maior risco de PBE que os com ascite causada por doença hepática. No entanto, há alguma sugestão de que os mecanismos na cirrose que causam aumento da susceptibilidade a infecções possam não estar presentes nos pacientes sem cirrose.[58]
infecção extraintestinal
Infecções dos tratos urinário e respiratório podem passar para o líquido ascítico. Nesses casos, os organismos causadores da PBE podem não fazer parte da flora intestinal normal.
procedimentos invasivos
Procedimentos invasivos, como cateterização venosa central, cateterismo urinário, paracentese e colocação de anastomose portossistêmica intra-hepática transjugular foram associados à PBE.
uso de inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Os IBPs facilitam a colonização entérica, o supercrescimento e a translocação para o peritônio, o que pode aumentar o risco de PBE. As metanálises demonstram o uso de IBP como um preditor independente de aumento do risco de PBE em pacientes cirróticos.[59] Uma metanálise recente que analisou mais de 10,000 pacientes demonstrou uma associação fraca, mas estatisticamente significativa, entre a PBE e uso de IBP.[60] A decisão de prescrever um IBP para um paciente com cirrose deve ser tomada com cautela.
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