Rastreamento
A identificação das crianças com obesidade é o primeiro teste de rastreamento. A American Diabetes Association recomenda o seguinte em relação ao rastreamento para pré-diabetes e diabetes mellitus do tipo 2 (DMT2) em jovens assintomáticos.[1]
Testes para pré-diabetes e/ou DMT2 devem ser considerados após o início da puberdade ou ≥10 anos de idade (o que ocorrer primeiro) naqueles com sobrepeso (IMC ≥ 85° percentil) ou obesidade (IMC ≥ 95° percentil) e com um ou mais fatores de risco adicionais para diabetes:
História materna de diabetes ou diabetes gestacional durante a gestação da criança
História familiar de DMT2 em parente de primeiro ou segundo grau
Grupo étnico/racial indígena norte-americano, afro-americano, latino, asiático-americano ou de habitantes das ilhas do Pacífico
Sinais de resistência insulínica ou condições associadas a resistência insulínica (acantose nigricans, hipertensão, dislipidemia, síndrome do ovário policístico ou peso ao nascer pequeno para a idade gestacional).
Idade ao início: 10 anos ou no início da puberdade, se ela ocorrer mais cedo.
Frequência de rastreamento: mínimo a cada 3 anos. Um rastreamento mais frequente é indicado se o IMC estiver aumentando ou se houver mudanças no perfil dos fatores de risco.
Exame de rastreamento: glicemia de jejum, glicose plasmática de 2 horas durante um teste oral de tolerância à glicose com 75 g de glicose e hemoglobina A1c (HbA1c) podem ser usados.
A American Academy of Pediatrics aconselha ter um “índice de suspeita elevado” para o diabetes do tipo 2 e pré-diabetes em todas as crianças com obesidade, especialmente na presença de outros fatores de risco.[64]
A American Heart Association propôs agrupar diabetes, doenças cardiovasculares, obesidade e doença renal crônica em um único espectro conhecido como síndrome cardiovascular-renal-metabólica, e realizar proativamente o rastreamento de todos os fatores de risco no início da vida.[48] Em uma declaração presidencial de 2023, recomenda o rastreamento anual do sobrepeso e da obesidade, e a medição da pressão arterial em todas as consultas clínicas, a partir dos 3 anos de idade. Um perfil lipídico deve ser verificado entre 9 e 11 anos e novamente entre 17 e 21 anos, com avaliação adicional da intolerância à glicose (usando glicemia de jejum, teste oral de tolerância à glicose ou HbA1c) e alanina aminotransferase em pessoas com sobrepeso ou obesidade. Se o rastreamento inicial da intolerância à glicose for normal, os testes devem ser repetidos a cada 2 a 3 anos para todas as crianças com obesidade e para aqueles com sobrepeso e com fatores de risco adicionais, tais como tabagismo, pressão arterial ou lipídios elevados.[48]
Exame para rastreamento de DMT2 é recomendado para qualquer pessoa aborígene australiana ou das Ilhas do Estreito de Torres >10 anos de idade (ou após o início da puberdade) que esteja com sobrepeso ou obesa, tenha história familiar positiva de diabetes, tenha sinais de resistência insulínica, tenha dislipidemia, tenha recebido terapia com psicotrópicos ou tenha sido exposta ao diabetes in utero.[54]
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