História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
episódio prévio de dor biliar
Cerca de 50% dos pacientes que apresentam um episódio de dor biliar apresentarão outro em 1 ano.[46]
dor no quadrante superior direito
Geralmente intensa, durando mais de 30 minutos.
Pode iniciar no epigástrio ou no quadrante superior esquerdo e se mover para a região subcostal direita. Na maioria das vezes ocorre após a ingestão de uma refeição gordurosa.
sinal de Murphy positivo
A palpação da região subcostal direita revela sensibilidade. Durante a inspiração profunda, a sensibilidade piora subitamente e produz parada inspiratória. Também pode ser elicitado durante o exame de ultrassonografia.
massa abdominal
Uma vesícula biliar sensível e distendida pode ser palpável como uma massa distinta em 30% a 40% dos casos.[14]
Outros fatores diagnósticos
comuns
dor no ombro direito
A dor irradiada da vesícula biliar pode ser sentida no ombro direito ou na região interescapular.
anorexia
Sintoma inespecífico comumente associado à doença biliar.
náuseas
Normalmente associadas a dor abdominal constante no quadrante superior direito em pacientes com doença biliar.
febre
Dor persistente e febre sugerem uma doença ainda mais complicada, como formação de abscesso, perfuração ou colecistite acalculosa.
Incomuns
vômitos
Sintoma inespecífico comumente associado à doença biliar.
icterícia
Icterícia leve está presente em cerca de 10% dos pacientes com a afecção.[1] Devido à inflamação e edema em torno do trato biliar e à pressão direta sobre o trato biliar, provocada pela vesícula biliar distendida, aos cálculos dentro do ducto colédoco, ou à obstrução por um cálculo impactado no colo da vesícula biliar (síndrome de Mirizzi).
Fatores de risco
Fortes
cálculos biliares
Os cálculos biliares provocam 90% dos casos, ao obstruírem o ducto cístico, levando à inflamação da vesícula biliar.[7] Os cálculos biliares se tornam mais comuns com a idade em ambos os gêneros. A mais elevada prevalência de cálculos biliares ocorre entre os norte-americanos nativos em comparação com os outros grupos étnicos nos EUA.[9] Estudos indicaram uma frequência elevada de litíase biliar nas famílias, gêmeos e parentes de pacientes com cálculos biliares.[9]
doença grave
Os fatores que levam à doença do trato biliar em pacientes criticamente doentes incluem alteração da motilidade da vesícula biliar, isquemia da vesícula biliar e nutrição parenteral total.[9] Acredita-se que o comprometimento vascular, especialmente em pacientes criticamente doentes, que apresentam episódios de hipotensão, seja um fator contribuinte.[22] Doença grave recente, incluindo trauma e queimaduras, coloca o paciente em risco de colecistite acalculosa.
nutrição parenteral total (NPT)
O jejum provoca hipomobilidade da vesícula biliar. A NPT prolongada provoca estase da vesícula biliar, sedimento biliar e cálculos biliares devido ao esvaziamento diminuído da vesícula biliar. Cerca de 60% dos pacientes que recebem NPT desenvolvem a sedimento após 3 semanas.[9] Acredita-se que a estase da bile leve ao acúmulo de agentes tóxicos no lúmen da vesícula biliar, provocando danos na mucosa.[22]
diabetes
Há maior risco de doença calculosa da vesícula biliar em diabéticos.[25]
Fracos
sedentarismo
Fator de risco para o desenvolvimento de cálculos biliares.
baixo consumo de fibras
Fator de risco para o desenvolvimento de cálculos biliares.
trauma
Relacionado à estase da bile, isquemia, infecção bacteriana, sepse e ativação do fator XII.[23]
queimaduras graves
Pacientes com queimaduras extensas comumente apresentam vários fatores de risco para o desenvolvimento de colecistite acalculosa, como sepse, desidratação, uso de nutrição parenteral total e ventilação por pressão positiva.[24]
ceftriaxona
Secretada na bile; pode precipitar com cálcio, formando sedimento e cálculos biliares.[9]
ciclosporina
Pode diminuir a secreção de ácido biliar, o que predispõe à formação de sedimento ou cálculo.[14]
embolização arterial hepática
A isquemia ocorre como evento primário (por exemplo, vasculite de pequenos vasos) ou como uma complicação da quimioembolização hepática, como embolização inadvertida da artéria cística, provocando colecistite aguda acalculosa.[26]
infecções
Citomegalovírus, Cryptosporidium e Salmonella typhi podem infectar o sistema biliar e produzir colecistite. Pode ocorrer nos pacientes com síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) como parte do espectro da colangiopatia relacionada a AIDS provocada por infecções com espécies microsporídias.
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