Prognóstico
A maioria dos neonatos com hiperbilirrubinemia neonatal não conjugada passa bem depois da fototerapia e/ou exsanguineotransfusão. O kernicterus pode ser evitado se as recomendações para tratamento de hiperbilirrubinemia forem seguidas de maneira correta.[9]
Para neonatos com anemia hemolítica devida a incompatibilidade de grupo sanguíneo, a hemólise não deverá ser um problema assim que os anticorpos maternos não existirem mais.
Os bebês com policitemia e extravasamento de sangue não deverão ter nenhum problema quando a quebra de hemoglobina extra for realizada.
As causas cirúrgicas do aumento da circulação entero-hepática devem remitir após o tratamento da condição específica. Os níveis bilirrubínicos de bebês com defeitos parciais de conjugação enzimática específicos geralmente podem ser mantidos sob controle com a fototerapia noturna.
Para os bebês com hiperbilirrubinemia conjugada, a perspectiva depende da etiologia da condição. A evolução clínica é variável nos bebês com deficiência de alfa 1-antitripsina e com fibrose cística. Nos bebês com síndrome de Zellweger, o prognóstico é desfavorável: a maioria dos neonatos morre durante o primeiro ano de vida ou sobrevive com atraso profundo do desenvolvimento e convulsões. Os pacientes com as síndromes de Dubin-Johnson e de Rotor (herança autossômica recessiva) têm um prognóstico excelente. O prognóstico nos bebês com outros defeitos metabólicos/genéticos depende do reconhecimento e do tratamento precoces das deficiências enzimáticas específicas e do acúmulo de metabólitos. A colestase induzida de modo parenteral deve melhorar caso seja possível estabelecer a alimentação enteral. Algumas etiologias infecciosas (como sífilis congênita, bacteriana) da hepatite melhoram com os tratamentos específicos; outras remitem com o passar do tempo. O tratamento de suporte é necessário para os sobreviventes de kernicterus. O tratamento com reabilitação é recomendado para os deficits neurológicos específicos.
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