Prognóstico

Dor

Geralmente, a dor diminui ou desaparece com o tempo, independentemente da etiologia: 67% dos casos de pancreatite crônica idiopática juvenil após 27 anos, 64% dos casos de pancreatite crônica idiopática de início tardio após 13 anos e 77% dos casos de pancreatite crônica alcoólica após 14 anos.[10][11]​ O alívio da dor está correlacionado ao desenvolvimento de complicações tardias de calcificações e insuficiência exócrina e/ou endócrina em 60% a 80% dos pacientes, sem relação com a etiologia e/ou cirurgia.[10][11][126]​ Entretanto, a dor pode variar de paciente para paciente, nem sempre diminui com o tempo e pode ser imprevisível.[127] A dor recorrente (com o paciente tendo que receber medicações para alívio da dor por 2 anos ou mais) está associada a pancreatite, pseudocistos e colestase obstrutiva, sendo que os dois últimos são as causas mais proeminentes de dor constante/prolongada.[10][124]

Sobrevida

A sobrevida de dez anos após o diagnóstico é 20% a 30% menor que a da população em geral.[233] Dados obtidos de estudos da história natural em longo prazo mostram que a expectativa de vida mediana varia com a etiologia (pancreatite crônica idiopática juvenil, 50 anos; pancreatite crônica idiopática senil, 77-80 anos; pancreatite crônica alcoólica, 55-72 anos; e pancreatite hereditária, 44 anos).

As causas mais comuns de morte variam com a etiologia. Na pancreatite crônica idiopática juvenil, a maior causa de morte era o carcinoma de pâncreas. Na pancreatite crônica idiopática de início tardio, a doença cardiovascular e a malignidade extrapancreática eram as causas mais comuns de morte, seguidas por complicações da pancreatite. Na pancreatite crônica alcoólica, a doença cardiovascular era a causa mais comum de morte, seguida por complicações da pancreatite. Na pancreatite hereditária, a malignidade era a causa mais comum de morte.[10][11]

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal