Epidemiologia

No mundo desenvolvido, a deficiência de vitamina B1 que se manifesta como a encefalopatia de Wernicke ocorre principalmente naqueles que apresentam abuso crônico de álcool, particularmente no contexto de ingestão nutricional pobre.[2] Estudos de autópsia estimam que a prevalência da encefalopatia de Wernicke seja de 0.1% a 1.0% nos EUA, com taxas similares na Europa.[3] A deficiência de vitamina B1 em bebês e crianças é extremamente rara no mundo desenvolvido, pois há acesso a alimentos ricos em tiamina e ingestão adequada.[1] A deficiência de vitamina B1 é mais prevalente em países de renda baixa e média, em que a dieta adotada tem níveis baixos de tiamina, por exemplo, países da Ásia onde há grande consumo de arroz polido isento de tiamina, nações africanas onde a mandioca é uma fonte primária de energia, em algumas áreas das Américas e até mesmo em regiões em que algumas condições causam insegurança alimentar (por exemplo, seca, fome, conflito, deslocamento), principalmente em indivíduos com maior necessidade metabólica (por exemplo, gestação, primeira infância, doença grave).[1][4] A falta de padronização dos dados de diferentes laboratórios e métodos de ensaio e a ausência de consenso sobre definições de casos clínicos complicam a avaliação da prevalência global de distúrbios causados pela deficiência de tiamina.[1][4]

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