Diagnósticos diferenciais
Meningite bacteriana aguda
SINAIS / SINTOMAS
Irritabilidade persistente e letargia, consciência obnubilada pós-ictal prolongada, erupção cutânea, fontanela abaulada e rigidez da nuca.
Investigações
As anormalidades típicas do líquido cefalorraquidiano (LCR) são pleocitose, proteínas elevadas, nível de glicose baixo e cultura positiva.
Meningite viral
SINAIS / SINTOMAS
Febre, cefaleia e rigidez de nuca são comuns. Também podem ocorrer náuseas, vômitos e fotofobia.
Investigações
Líquido cefalorraquidiano: pleocitose linfocítica.
A glicose é normal ou alta.
A coloração de Gram e a cultura bacteriana são negativas; a cultura viral e reação em cadeia da polimerase podem ser positivas.
Encefalite viral
SINAIS / SINTOMAS
Sintomas prodrômicos do trato respiratório superior com febre e mal-estar, seguidos por cefaleia, rigidez de nuca e convulsão.
Erupção cutânea também é comum.
Investigações
A punção lombar (PL) pode exibir pleocitose e proteínas elevadas, mas algumas vezes é normal.
A cultura é negativa para bactérias.
Os resultados de estudos virais são positivos (ou seja, herpes simples, varicela).
Encefalopatia aguda
SINAIS / SINTOMAS
Pródromo viral, vômitos, seguidos por comprometimento profundo da consciência e convulsões.
As toxinas incluem a aspirina (síndrome de Reye).
Investigações
A PL pode revelar pressão elevada do LCR, celularidade e proteínas aumentadas, com glicose moderadamente reduzida.
As culturas bacterianas são negativas.
Uma razão elevada de albumina no LCR/sérica indica uma barreira hematoencefálica comprometida e é o primeiro sinal de encefalopatia viral aguda.[70]
Enzimas hepáticas e amônia sanguínea estão elevadas.
Glicose sanguínea baixa pode estar presente.
As anormalidades no eletroencefalograma (EEG) são variáveis, mas são de significância prognóstica.
As anormalidades na ressonância nuclear magnética (RNM) podem incluir necrose talâmica bilateral, lesões na substância branca e edema cerebral. A RNM também pode ser anormal.
Os estudos virais podem ser positivos (por exemplo, influenza A).
Crises epilépticas
SINAIS / SINTOMAS
Convulsão afebril.
Investigações
O EEG mostra descargas epileptiformes paroxísticas (por exemplo, espículas, espícula e onda lenta).
Epilepsia generalizada com convulsões febris plus (GEFS+)
SINAIS / SINTOMAS
Síndrome epiléptica familiar na qual os pacientes podem ter uma convulsão febril clássica, convulsões febris que persistem além dos 5 anos de idade (i.e., convulsões febris plus) e/ou epilepsia. Fatores genéticos e ambientais demonstraram contribuir para a patogênese da convulsão febril e epilepsia generalizada com convulsões febris plus.[71]
As convulsões cessam até meados da infância (idade mediana de 11 anos).
Uma evolução composta de muitas síndromes, com susceptibilidade genética compartilhada.[72]
Investigações
Os testes genéticos exibem ligação aos cromossomos 2q24, 19q13 e 5q31, uma herança autossômica dominante com 50% de penetrância.
Epilepsia de água quente (EAQ)
SINAIS / SINTOMAS
O diagnóstico é feito pela história.
As convulsões geralmente são focais e são desencadeadas por banho ou ducha de água quente (40-50 °C [104-122 °F]) sobre a cabeça.
Mais comum na Índia e Turquia.
Não é dependente da idade, mas predomina no sexo masculino na razão 3:1. Apenas 7% apresentam história de convulsões febris.
História familiar positiva para epilepsia em 22% e para a EAQ em 7%.[73]
Investigações
O eletroencefalograma interictal exibe espículas temporais.
Períodos de apneia voluntária
SINAIS / SINTOMAS
Bebê afebril, com um ataque apneico, cianose, perda da consciência e episódios generalizados curtos de tremores dos membros após um período de choro.
A respiração é suspensa na expiração.
O início ocorre na idade de 6 a 18 meses, similar ao das convulsões febris.
O período de apneia voluntária não cianótica com palidez resulta da estimulação vagal após um estímulo desagradável não esperado.
Está associada à assistolia cardíaca e é acompanhada por síncope ou convulsão anóxica.
Síndrome de Dravet: epilepsia mioclônica grave do lactente
SINAIS / SINTOMAS
Epilepsia intratável, que se assemelha ao transtorno convulsivo febril no primeiro ano.
O início da convulsão é precoce, recorrente (>5), prolongado, geralmente focal e clônico.
Há evidências de que a vacinação provoca o início das convulsões febris em um terço dos pacientes com síndrome de Dravet.[75]
Investigações
Análise da mutação SCN1A positiva.[76]
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