Prognóstico

O prognóstico geralmente é favorável.[101][102]

As convulsões febris recorrem em aproximadamente 30% das crianças durante subsequentes doenças febris.[95] A maioria das recorrências ocorre em até 2 anos. O risco de convulsões não febris e do desenvolvimento de epilepsia após convulsões febris simples é de 5% ou menos. No entanto, após convulsões febris complexas, o risco de desenvolver epilepsia é de 10% a 20%.[103] As convulsões febris não estão associadas à morte súbita e inesperada na epilepsia.[103][104] Dados epidemiológicos indicam que a ampla maioria das crianças com convulsões febris tem um desfecho de longo prazo normal.[6][105]

Estudos genéticos sugerem que a relação entre convulsões febris e a subsequente epilepsia e disfunção neurocognitiva às vezes tem origem genética, mas existem interações complexas entre os modificadores genéticos e ambientais.[106]

Anormalidades hipocampais (esclerose mesial temporal) e epilepsia focal algumas vezes estão associadas a convulsões febris prolongadas.[66] Anormalidades cerebrais detectadas na ressonância nuclear magnética (RNM) também foram relatadas em crianças após convulsões febris simples e em adultos com uma história de convulsões febris simples na infância.[107][108] Portanto, as convulsões febris podem ser menos benignas do que geralmente se pensa.

A literatura parece apoiar um papel do estado febril no desenvolvimento da epilepsia focal, mas o estado febril claramente não é necessário ou suficiente por si só no processo de epileptogênese focal. Provavelmente são necessários vários eventos para que uma criança com estado de mal epiléptico febril desenvolva epilepsia mais tarde na vida.[109]

Um estudo mostrou que crianças que têm convulsões febris correm maior risco de desenvolver transtornos psiquiátricos na vida adulta.[110]

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