Prognóstico

Priapismo isquêmico

A complicação mais comum do priapismo é a disfunção erétil completa, que foi relatada em >50% dos pacientes com priapismo que dura 24-48 horas.[36] Logo, o fator mais crítico para manter a função erétil é o tratamento imediato e agressivo do homem com priapismo e a prevenção de futuros episódios.[25]

Os pacientes tratados dentro de 12-24 horas terão uma resposta mais favorável que aqueles com tratamento tardio. Os pacientes com priapismo prolongado (>36 horas) e episódios recorrentes têm maior probabilidade de ter disfunção erétil devido à deficiência na função do músculo liso e à fibrose. Isquemia corporal com duração >24 horas resulta em diversos graus de fibrose peniana irreversível com destruição celular endotelial e do músculo liso.[67] Se não for tratado, o priapismo isquêmico resulta em fibrose peniana global com deficiências significativas na função erétil. Esse grupo de pacientes pode precisar ser submetido a uma cirurgia de implante peniano, pois a terapia farmacológica quase certamente irá fracassar.[1] Reconhecimento e tratamento imediatos do priapismo isquêmico e recorrente são essenciais para desfechos ideais.

Para episódios de priapismo refratários à terapia medicamentosa que requeiram shunt cirúrgico, a taxa de sucesso desses procedimentos varia entre 50% e 65%.

Para esses pacientes refratários a todas as estratégias de tratamento ou que apresentem disfunção erétil irreversível, uma prótese peniana é a única opção de manejo disponível.

Reconhecimento e tratamento imediatos do priapismo isquêmico e recorrente são essenciais para desfechos ideais.

Priapismo não isquêmico

Uma remissão espontânea do priapismo não isquêmico não tratado é relatada na maioria dos casos, embora dificuldades eréteis subsequentes possam ocorrer em alguns pacientes.[46]

Em casos tratados por embolização, a resolução do priapismo não isquêmico é relatada em 85% dos pacientes, com 80% mantendo ereções funcionais.[1]

Priapismo recorrente (stuttering)

A frequência e a duração com a qual os episódios de priapismo ocorrem irá determinar amplamente a quantidade e a extensão do dano ao pênis, bem como a probabilidade de disfunção erétil. Muitas vezes, na verdade, a disfunção vascular peniana pode ser uma consequência de fibrose significativa, resultando de episódios repetidos e prolongados de priapismo, em vez de ser resultado de um procedimento cirúrgico ou do shunt em si.[3][21]

Fibrose significativa, que é comumente encontrada nesses pacientes, torna a cirurgia mais difícil, com taxas mais elevadas de complicações.[1][44] Este tipo de priapismo deve ser acompanhado e tratado como priapismo isquêmico, com o objetivo de prevenir futuros episódios de stuttering.

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