O priapismo está associado a diversos estados patológicos diferentes, e inúmeros contextos clínicos apresentam associações de risco para o desenvolvimento do transtorno.[3]Broderick GA, Kadioglu A, Bivalacqua TJ, et al. Priapism: pathogenesis, epidemiology, and management. J Sex Med. 2010 Jan;7(1 Pt 2):476-500.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20092449?tool=bestpractice.com
[4]European Association of Urology. Guidelines: sexual and reproductive health. 2022 [internet publication].
https://uroweb.org/guidelines/sexual-and-reproductive-health#9
[5]Berger R, Billups K, Brock G, et al. Report of the American Foundation for Urologic Disease (AFUD) Thought Leader Panel for evaluation and treatment of priapism. Int J Impot Res. 2001 Dec;13(suppl 5):S39-43.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11781746?tool=bestpractice.com
Populações específicas de pacientes (condições neurológicas, discrasias hematológicas, neoplasias) constituem as principais categorias de risco para o priapismo. A doença falciforme é a etiologia mais comum de priapismo na infância, respondendo por 65% dos casos.[6]Donaldson JF, Rees RW, Steinbrecher HA. Priapism in children: a comprehensive review and clinical guideline. J Pediatr Urol. 2014 Feb;10(1):11-24.
https://www.jpurol.com/article/S1477-5131(13)00214-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24135215?tool=bestpractice.com
Em um grande estudo de coorte multicêntrico realizado com pacientes com doença falciforme (n=1314), 14.3% dos pacientes apresentaram priapismo (n=188).[7]Cintho Ozahata M, Page GP, Guo Y, et al; International Component of the NHLBI Recipient Epidemiology and Donor Evaluation Study (REDS-III). Clinical and genetic predictors of priapism in sickle cell disease: results from the Recipient Epidemiology and Donor Evaluation Study III Brazil Cohort Study. J Sex Med. 2019 Dec;16(12):1988-9.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6904926
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31668730?tool=bestpractice.com
A idade mediana do primeiro episódio de priapismo foi 16 anos. Preditores significativos de priapismo no estudo de coorte incluíram idade mais avançada (51 de 745 homens com menos de 18 anos [6.9%] vs. 137 de 568 homens com 18 anos ou mais [24.1%]) e genótipo de doença falciforme mais grave (por exemplo, SS homozigótico).[7]Cintho Ozahata M, Page GP, Guo Y, et al; International Component of the NHLBI Recipient Epidemiology and Donor Evaluation Study (REDS-III). Clinical and genetic predictors of priapism in sickle cell disease: results from the Recipient Epidemiology and Donor Evaluation Study III Brazil Cohort Study. J Sex Med. 2019 Dec;16(12):1988-9.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6904926
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31668730?tool=bestpractice.com
Em uma revisão da literatura (que retornou 13 artigos), a prevalência relatada de priapismo variou de 0.7% a 48% em pacientes (7-30 anos de idade) com doença falciforme.[8]Arduini GAO, Trovó de Marqui AB. Prevalence and characteristics of priapism in sickle cell disease. Hemoglobin. 2018 Mar;42(2):73-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29745276?tool=bestpractice.com
É preciso ampliar a conscientização e a educação acerca do priapismo pela comunidade médica e pelo público geral.[5]Berger R, Billups K, Brock G, et al. Report of the American Foundation for Urologic Disease (AFUD) Thought Leader Panel for evaluation and treatment of priapism. Int J Impot Res. 2001 Dec;13(suppl 5):S39-43.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11781746?tool=bestpractice.com
Uma revisão de prontuários constatou que apenas 5% dos homens que apresentaram priapismo já tinham recebido orientação ou estavam cientes de que o priapismo é uma complicação da doença falciforme.[9]Bennett N, Mulhall J. Sickle cell disease status and outcomes of African-American men presenting with priapism. J Sex Med. 2008 May;5(5):1244-50.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18312286?tool=bestpractice.com
Os agentes vasoativos (por exemplo, sildenafila, tadalafila) usados para tratar a disfunção erétil podem causar priapismo, mas o priapismo induzido por medicamentos também pode ser atribuído a antipsicóticos e antidepressivos.[10]Rezaee ME, Gross MS. Are we overstating the risk of priapism with oral phosphodiesterase type 5 inhibitors? J Sex Med. 2020 Aug;17(8):1579-82.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32622767?tool=bestpractice.com
Antipsicóticos de segunda geração (33.8%), outros medicamentos (11.3%) e antagonistas de alfa-adrenérgicos (8.8%) representam a maioria dos casos relatados de priapismo induzido por medicamentos.[10]Rezaee ME, Gross MS. Are we overstating the risk of priapism with oral phosphodiesterase type 5 inhibitors? J Sex Med. 2020 Aug;17(8):1579-82.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32622767?tool=bestpractice.com
Há poucos estudos epidemiológicos realizados fora das populações em risco. No entanto, há dados que sugerem que as taxas de incidência do priapismo na população em geral variam de 0.3 a 1.5 por 100,000 ao ano.[11]Kulmala RV, Lehtonen TA, Tammela TL. Priapism, its incidence and seasonal distribution in Finland. Scand J Urol Nephrol. 1995 Mar;29(1):93-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7618054?tool=bestpractice.com
[12]Eland IA, van der Lei J, Stricker BH, et al. Incidence of priapism in the general population. Urology. 2001 May;57(5):970-2.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11337305?tool=bestpractice.com