Monitoramento

A detecção e o tratamento precoces de complicações da doença renal policística autossômica dominante (DRPAD) provavelmente melhorarão a qualidade de vida e a expectativa de vida em pacientes afetados pela DRPAD. Deve ser dada atenção especialmente às complicações cardiovasculares, que são a causa mais comum de morbidade e mortalidade na DRPAD.

Os pacientes com hipertensão devem ser acompanhados a cada 6 a 12 meses para garantir que a pressão arterial esteja controlada dentro do alvo de <130/80 mmHg. O aparelho para avaliação da PA deve ser comparado anualmente com o monitor de PA do ambulatório. Os pacientes com doença em fase inicial ou doença leve sem hipertensão são acompanhados a cada 1 a 3 anos: são fornecidas instruções referentes ao monitoramento da PA; é recomendado seguir uma dieta saudável, incluindo aconselhamento quanto à necessidade de evitar sal ou proteínas em excesso; os fatores de risco cardiovascular (como hiperlipidemia) são corrigidos; e são discutidas modificações no estilo de vida (como abandono do hábito de fumar), se pertinente. O monitoramento cuidadoso da função renal é recomendado já que doses dos anti-hipertensivos podem precisar de ajustes se houver declínio da função renal.

A frequência do acompanhamento dos pacientes deve ser ajustada em relação às comorbidades. Se houver nefrolitíase metabolicamente ativa (ou seja, formação ativa de cálculos), esses pacientes precisam ser acompanhados a cada 6 a 12 meses para monitorar sua atividade metabólica. A tomografia computadorizada dos rins pode ser indicada.

Se a função renal estiver prejudicada, o paciente deve ser encaminhado a um nefrologista para monitorar de perto a taxa de declínio da função renal, ajustar a dieta e os medicamentos anti-hipertensivos, preparar a terapia renal substitutiva e controlar as anormalidades metabólicas associadas à progressão da doença renal crônica. Agentes estimuladores de eritropoese devem ser iniciados para manter a hemoglobina entre 100 e 110 g/L (10-11 g/dL).

Os problemas de controle da dor podem exigir consultas mais frequentes e deve ser fornecida analgesia adequada. Recomenda-se rastrear a presença de depressão, devido à sua alta prevalência e seu impacto significativo sobre a morbidade e mortalidade.

O encaminhamento precoce a um nefrologista provavelmente irá conduzir a uma melhora na taxa de filtração glomerular e uma duração mais longa dos cuidados regulares de nefrologia em um período sem doença renal em estágio terminal está associada à diminuição na hospitalização e a uma melhor sobrevida em longo prazo após o início da diálise.[118][119][120]

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