Etiologia
A etiologia da NF1 é uma mutação envolvendo o gene NF1, causando sua ruptura funcional ou sua perda. Variantes patogênicas envolvendo esse locus são comuns nos seres humanos (1 em 10,000).[7] O gene NF1 é muito grande e é um alvo importante para todos os tipos de mutação genética, tanto nos óvulos quanto no esperma, para causar a doença hereditária, e nas células somáticas, para causar tumor e outras características. A herança da NF1 é autossômica dominante, mas os tumores são causados pela perda de ambas as cópias funcionais. Tem sido difícil estabelecer ligações entre o fenótipo clínico, mas grandes deleções do gene causam um fenótipo grave e as mudanças que afetam um único aminoácido causam um fenótipo mais leve.[4] As mutações na primeira parte do gene foram ligadas a um aumento do risco de glioma da via óptica.[9]
Fisiopatologia
A consequência das mutações é a redução do produto gênico da neurofibromina da NF1, que resulta na ruptura de múltiplas vias de sinalização mediadas pelo oncogene Ras nas células de Schwann, glia, melanócitos, mastócitos, células vasculares (endoteliais e musculares lisas), osteócitos, células cromafins, células do estroma gastrointestinal e, provavelmente, outros tipos de células. Essas rupturas causam displasias e neoplasias específicas desses tecidos, cujo efeito final é o quadro clínico da NF1. Muitos tipos de células envolvidos (por exemplo, células de Schwann, melanócitos, células cromafins, osteócitos cefálicos) são derivados da crista neural; por esse motivo, a NF1 era anteriormente denominada neurocristopatia. A perda de heterozigosidade (isto é, perda de células somáticas do alelo normal da NF1) ocorre em algumas lesões benignas, incluindo alguns neurofibromas (ou partes deles), manchas café-com-leite e pelo menos duas neoplasias malignas associadas: tumor maligno da bainha dos nervos periféricos e leucemia mielogênica crônica juvenil.
Classificação
Neurofibromatose (declaração da conferência para desenvolvimento de consenso do National Institutes of Health [NIH])[2][3]
A NF1 é distinta da neurofibromatose do tipo 2 (NF2), sendo essa última caracterizada por schwannomas vestibulares bilaterais (neuromas acústicos), meningiomas do sistema nervoso central (SNC), catarata subcapsular, retinopatia pigmentar e schwannomas cutâneos. Os loci de genes para a NF1 e a NF2 estão nos braços longos do cromossomo 17 e do cromossomo 22, respectivamente.
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal